.. (real) ..
Canalhas... Quem disse que eles não existem? Ainda mais quando se trata de homens que deixam suas mulheres em casa para saírem por aí comendo o rabo de homossexuais. Héteros? Talvez, mas prefiro usar a palavra canalha mesmo.
A ambição por sexo anal se torna incontrolável quando suas mulheres não se doam atrás. Elas deveriam? Se existe outro buraco para esses caras enfiar, porque saem por aí a procura de uma companhia masculina? Como podem ver uma mulher no corpo de um garoto e como podem meter em alguém que como eles também têm um pênis?
Homens héteros... Para eles ser macho significa comer, não importa quem ou o que. É uma desculpa perfeita, assim podem se passar por homossexuais sem a culpa de achar que não passam de bichas encubadas.
Essa história se trata de mais um cowboy, um peão que trabalhava com minha mãe e veio à minha cidade para se divertir. Um hétero safado que deixou sua mulher e veio se meter comigo. Tentou se meter comigo e conseguiu.
Certamente eu deveria ter caráter para não aceitar sua proposta. Mas já estávamos bêbados, eu estava há muito tempo sem fazer sexo, a oportunidade apareceu então eu acabei cedendo. Vocês me entendem né?
Que culpa eu deveria ter se o traidor, o safado, o desonesto, encubado... Agiu por livre e espontânea vontade, se sentindo atraído por mim a ponto de se arriscar e me levar para seu quarto de hotel?
Sua família, sua mulher, seus filhos, sua reputação. Eu deveria me preocupar com isso? Naquela noite eu queria apenas gozar e de certa forma aquele cara não era de se jogar fora.
Depois de várias cervejas, de todos irem embora, de ficarmos sozinhos e ele me mostrar o pau na escada da praça, eu não seria capaz de dizer não.
- É sempre bom no momento, meu amigo, mas depois tudo o que nos resta é o arrependimento. Eu e você nos arrependeremos se fizermos isso – essa foi minha tentativa de fazê-lo desistir.
Mas ele estava disposto e como todo tarado que sempre deixa o tesão falar mais alto, ele insistiu.
- Eu não ligo – me convenceu.
Pronto... Tarde demais para impedir que aquele cara me comesse. Subimos as escadas do hotel, com cautela para ninguém nos ouvir e entramos no quarto.
Ele tirou as roupas e entrou em baixo do chuveiro, ficou se ensaboando e olhando para mim. Aquele corpo peludo de um metro e oitenta de altura, seus 79 kg, o pau grosso, o rosto barbado que eu detesto nos homens. Por que diabos estou aqui? Perguntei-me.
E me veio em mente a consciência da estupidez que faz o homem quando precisa exalar suas pressões sexuais (já ouvi histórias de pessoas desesperadas que chegam a se aliviar com animais). E antes de começar, já me sentia arrependido.
Apenas por experiência, por me envolver com a canalhice das pessoas com o único propósito de estudá-las e tentar entendê-las, fiquei nu e me juntei a ele.
Vamos ver o que esse cara tem em mente. O resultado não foi difícil de prever. Eu não estava com um homem, não estava namorando em baixo de um chuveiro, não estava com alguém que gosto. Estava ali como vítima de um organismo que precisava completar um processo. Ao lado de uma volúpia que me usava como ferramenta, certamente com alguém que eu não veria mais (e meses depois, ainda não vi mesmo).
O cowboy queria me enfiar aquele pinto de todas as maneiras, para ele estava lá apenas minha bunda e seu pau, era incapaz de reconhecer um ser humano ao seu lado vivendo uma experiência. A contra gosto o deixei fazer tudo o que quis. Me submeti as suas vontades e deixei que ele gozasse dentro de mim.
Depois de tudo feito, vesti a roupa e fui abrir a porta, quando ele me interrompeu.
- Já vai embora?
- Você já teve o que queria, gozou e se aliviou, então não tenho mais o que fazer aqui. Vou te deixar sozinho para pensar. Você vai se lembrar da sua mulher e se perguntar por que fez isso comigo.
- Tudo bem, mas precisa falar desse jeito?
- Quer que eu diga que foi uma maravilha, que você é demais e que estou agora apaixonado por você? Não, não costumo mentir, boa noite.
Saí do hotel e o deixei naquela cama para enfrentar a consciência... Se é que ele tem alguma.