Um André em minha vida (7)

Um conto erótico de Marco
Categoria: Homossexual
Contém 1457 palavras
Data: 26/11/2012 12:55:10
Assuntos: Homossexual, Gay, Medo, assalto

Depois de algum tempo, o qual permaneci ali agarrado ao corpo de André como uma criança que procura proteção, me acalmei e o soltei e enxugando o rosto com as mãos disse:

Marco: -Desculpa pela cena no meio da rua.

André: -Que nada! Não tem que se desculpar, amigos são para isso mesmo! Vem, entra aí.

Com isso ele deu uma ré curta e voltou para a porta da casa dele.

André: -Aguarda ai que vou pegar minha carteira.

Saltou do carro, pulou a mureta mais uma vez e entrou em casa.

Respirei fundo, realmente eu estava mais calmo, observei ele correndo de volta e saltando mais uma vez a mureta para sair de casa e entrar no carro.

André: -Vamos tomar um trago!

Paramos em um barzinho na praça e tomamos duas doses de tequila, coisa que eu nunca tinha bebido, mas ele insistiu demais para isso.

André: -Bem, vamos tratar agora do que precisa ser tratado.

Marco: -Desculpa cara eu sei que você tem sido muito legal comigo, e que você merece isso, mas não queria falar disso agora.

André: -Cara do assalto a gente conversa quando você estiver pronto, mas vamos falar das coisas praticas. Levaram cartão, cheque, essas coisas?

Marco: -Sim, mas já passei no banco e essas coisas resolvi, saquei algum dinheiro também.

André: -Beleza, menos isso, então já resolveu as coisas na policia também?

Marco: -Sim, passei a manhã toda na delegacia.

André: -Sua casa tem seguro? Já acionou? Ligou para operadora e bloqueou a linha? Procurou a Mitsubishi para ver como fazer para abrir o carro sem nenhuma das duas chaves?

Marco: -André a primeira coisa que fiz ao sair do banco foi vim para cá, não vi nenhuma dessas coisas, eu estou ainda atordoado. Nem na minha casa consegui entrar e acho que nem vou conseguir tão cedo.

Ao me ouvir dizendo isso ele bateu o copo com força na mesa e me falou em tom serio.

André: -Isso não! Você não vai ficar com medo de voltar para sua casa! Você vai mostrar que não tem medo desses filhos da mãe! Vamos, levanta!

Marco: -Como assim André?

André: -Vamos agora para sua casa, vamo, vamo.

E me puxou pelo abraço ate o carro e arrancou em direção a cidade. Tentei falar com ele no carro que eu não me sentia pronto para isso ainda, mas ele bateu o pé que se não fosse para casa eles ganhariam, que eu não podia me deixar me amedrontar por causa do que aconteceu.

Chegamos em minha casa e ao colocar a chave na porta vacilei. Pode não ser compreensível para quem nunca passou por uma situação como a que passei, mas a lembrança de tudo que aconteceu me assustava. André parece ter percebido isso. Então ele passou o braço pelo meu pescoço o abraçando.

André: -Que isso cara? Entendo que você ainda esta meio receoso, mas eu estou aqui com você. Fica tranquilo, ninguém vai te fazer mal nenhum quando enquanto eu estiver aqui do seu lado. Abre a porta, vamos entrar juntos.

As palavras dele me fez sorrir, e assim destranquei a porta e entramos. Ele foi na frente olhando a casa inteira, que estava um caos, os bandidos não se satisfizeram em levar praticamente todos os meus eletrônicos, eles precisaram bagunçar toda a minha casa, aquela cena de desolação e destruição do meu lar me afligiam e notando que eu estava prestes a chorar ele veio novamente ao meu socorro e me abraçou de novo.

André: -Cara isso tudo a gente limpa, arruma, concerta o que der pra concertar, joga fora o que não tiver mais jeito e compra de novo tudo que foi levado. O que importa é que você esta bem.

Eu devolvi o abraço e dessa vez deitei a minha cabeça no ombro dele.

André: -Iiiih cara eu nem tomei banho, quando você chegou em casa eu tinha acabado de sair da academia, devo tá puro cheiro de suor. Tô precisando de um banho.

Ainda como estava respondi.

Marco: -Agora não cara, não quero ficar sozinho ainda.

André riu e me segurou pelos ombros.

André: -Deixa de ser mané e se aproveita bobão!

Eu não entendi o que ele quis dizer e fiz uma careta deixando isso claro.

André: -Você tem que aproveitar a oportunidade e dizer: “tudo bem, mas como não quero ficar só vou ter que ficar no banheiro com você enquanto você toma banho!”, que ai você aproveita e me ver peladão tomando banho!

Eu ri sem graça.

André: -Não quer não?

Eu timidamente respondi.

Marco: -Adoraria.

André: -Agora assim, pode olhar, mas não pode bater punheta beleza?

Apenas balancei a cabeça concordando. Subimos e falei para ir tomar banho no meu banheiro, peguei uma toalha para ele e quando entramos no banheiro ele já foi soltando o cordão da bermurda e entrar pelado no box e fechar a porta. Abaixei a tampa do vaso e me sentei sobre ela e fiquei olhando ele tomar banho. Ele falava alguma coisa mas não dei atenção porque me perdi em meus pensamentos. Era obvio que ele fez aquilo porque queria tirar da minha cabeça o pensamento sobre o que tinha acontecido, a prova disso foi que ele não teve nenhuma ereção. Ele não fez nenhuma conotação sexual durante todo o banho, ate que ele chamou minha atenção.

André: -Cara para de olhar pro meu pau! Olha pra outro lugar um pouco pra variar!

Eu fiquei totalmente sem graça, não estava mesmo encarando o pau dele, só estava perdido em meus pensamentos.

Marco: -Desculpa eu não....

Ele me interrompeu rindo.

André: Tô pirraçando você rapaz! Fica tranquilo!

Ele voltou a tocar no assunto de resolver as coisas que não haviam sido resolvidas e o que teríamos que fazer mas agora sou sincero, desse momento em diante eu o ouvia mas agora estava mais ligado no corpão daquele homem e eu ficar de pau duro foi inevitável. Depois que ele terminou de se enxugar me pediu um short, ele não tinha trazido nada, só a bermuda e a cueca que estava vestindo ao pega-lo em casa.

Marco: -Quanto você veste? Eu acho que tenho umas cuecas boxers que posso te emprestar também.

André: -Huuuum, cara não me leve a mal, mas não vou vestir cueca de outro macho não, o short eu aceito, a cueca não rola.

Marco: -Claro, tudo bem, me da só um tempinho que procuro para você.

André abriu um sorriso.

André: -Você tá de pau duro né?

Marco: -Porra, você falou que a punheta não podia, mas pau duro não disse nada.

André: -Ta certo, tudo bem, levanta vai, pega o short pra mim.

Levantei de pau duro mesmo e procurei um short para ele e encontrei um preto que coube perfeitamente nele. Embora ele fosse apenas 1cm mais alto que eu o corpo dele era muito mais largo, por isso só esse short ficou bom nele.

André: -Você não deve ter dormido nada né?

Marco: -Dormi mal mesmo.

André: -Então deita agora para dormir.

Marco: -Acho que não vou conseguir.

André: -Eu sei que é cedo não são nem sete da noite, mas você precisa dormir nem que seja um pouco, fica tranquilo que vou ficar aqui do seu lado. Eu prometo para você.

Me deitei na cama e ele se sentou encostado na cabeceira da cama e ficou em silencio. Tentei dormir, me virei de um lado para o outro e por vários e vários minutos mas o sono não vinha, eu estava tenso, nervoso, estar ali mesmo com ele do meu lado não me deixava relaxar.

André: -Tá difícil de dormir né?

Marco: -Não estou conseguindo. Mesmo com você aqui do meu lado, eu sabendo que estou seguro eu não sei, mas não me sinto seguro. Estou com medo de nem mesmo sei do que.

André se deitou na minha cama, me pegou pelo braço, me puxou colocando minha cabeça sobre o peito dele. Acabei abraçado nele.

André: -Assim você relaxa. Tô aqui com você. Não precisa ter medo de nada, você tá seguro comigo.

Minha vontade agora era agarrar e beijar ele, ali ele tinha me dado toda a abertura para isso, eu mal acreditei que ele fez aquilo, ele praticamente estava me pedindo para dar o próximo passo. Mas.... Não dei o passo. Pensei melhor, se ele estava me dando aquela abertura toda, ele que teria que me beijar, eu não faria isso. Comecei a entrar em uma viagem estranha pensando: “será que ele só esta fazendo isso tudo por pena? Se eu beijar ele e ele retribuir será que só vai retribuir porque estou fragilizado? Ou será que vai me rejeitar, falar um monte de coisas?”, bem só sei que fiquei viajando tanto nessa loucura que... Dormi.

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Comentários

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Ah Andre esta querendo q o Marco tome a inciciativa, so pode! Amoooo seu conto"!

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Nossa nossa poxa vida em woow kkk meu que coisa se tivesse no seu lugar ja teria atacado ele faz tempo meu ele ta na sua se toca kkk seu conto ta demais esperando continuação logo nota 10

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muito bom, curtindo muito e louca pra saber como vai terminar esse caso.

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Mas se, mas se, mas se... Até entendo e dificil querer algo com André e ele dando tanta abertura assim. Uma hora cansa, acho que você vai acabar beijando ele, com tantas oportunidades. E bem capaz dele dizer: Vai beijar ou vai ficar só olhando! (Seria ótimo) ahshahshhahshha

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Porra cara acaba logo com isso ou vc ataca ou parte pra outra... e v se publica aproxima parte ainda hoje rsss

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Perfeito! Posta logo! :)

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esse andre ja ta me estressando com esses joguinhos... sendo vc sai na noite pegava alguem so pra fazer ciumes ao andre

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Nao vejo a hora desses dois fikarem juntos.

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Acho q o que acontece c o Marco é que ele esta fragilizado pelo assalto que sofreu, mas o André é sem sombra de duvidas muito maduro para a idade dele.

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Muito bom mesmo. O André é mesmo muito homem e muito fofo!!!

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O modo dele agir com você e amor, estou achando que ele ta te curtindo.

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Tem certeza que você é mais velho que ele?!!! Perto dele você parece um menino, tão fofinho, que até eu tive vontade de te fazer um cafuné! O André é mesmo muito homem, e eleestá mesmo afim de você, nenhum "hetero" seria tão fofo com outro homem. Também espero que ele te beije primeiro. O conto tá cada dia melhor, parabéns!!! 10!!!

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