Olá... espero que estejam gostando dos rumos da história. Valeu demais pelos comentários, onde eu vejo o que está agradando e o que não está. Obrigado mesmo e boa leitura...
- Bruno, não quero confusão. Só quero meus documentos.
- Não. Você quer isso aqui.
Ele me puxou com força contra seu corpo e abriu rapidamente a porta, me arrastando por sofá. Em segundos, eu já estava sem roupa.
Estava anestesiado pela situação. Sentia falta de fazer amor com ele com todo o desejo dos primeiros dias, das primeiras vezes. Nossas mãos transitavam pelo nosso corpo e pude perceber o quanto estava entregue, que bastava um toque pra eu ser só dele. Ele era o homem da minha vida.
Ele me colocou em sua frente e pude sentir seu pau rijo na minha bunda. Aquela era uma das melhores sensações que eu tinha na vida. Me inclinava pra trás, procurando sua boca, mas ele não queria me beijar. Não entendi sua reação, mas o tesão no momento não me deixava pensar nisso.
Ele me inclinou, me deixando ainda mais exposto e enfiou seu dedo, sem lubrificação, o que me fez gemer um pouco alto, mas de prazer, sentindo uma extensão do seu corpo me invadir, ainda que não fosse a que meu corpo pedia.
Seus movimentos com o dedo me deixava ainda mais excitado e ao olhar para Bruno o vi sem expressão, sem demonstrar o prazer, como ele sempre fez. Pelo contrário, seu olhar ainda transmitia raiva e eu estava com medo do que estava por vir. Mais uma vez, o tesão era mais forte e eu não ousava discutir com suas intenções.
Alguns minutos depois de seus dois dedos me invadirem, não aguentei:
- Me come Bruno.
- Não.
Ele se afastou de mim e se vestiu rapidamente, restando apenas seu tronco desnudo. Não entendia nada. Permanecia nu, encostado ao sofá, aguardando uma explicação.
- Vista-se. Eu vou sair enquanto você pega seus documentos.
Ele se virou, vestindo lentamente a camisa e seu ar de superioridade ainda me deixava confuso.
- Bruno, me explica o que foi isso?
- Isso o que? Essa putaria aqui? Eu só tava tentando provar uma coisa, mas eu já consegui.
- Como assim?
- Só tava querendo saber o quanto você é vidrado em pau. É só isso que interessa pra você.
Ele estava me machucando, de novo. Me encolhi no sofá enquanto juntava minhas roupas pelo chão, e ainda ouvia seus insultos:
- Na boa, eu nunca imaginei que você gostasse tanto assim de pica. Se eu soubesse disso, a gente ficaria só trepando e pronto.
- Você tá me ofendendo Bruno.
- Não, a ideia nem é essa. Só te falar umas verdades mesmo. Você é fraco.
- Sou, sou um fraco, um idiota. Eu não mereço mesmo você, mas também não mereço o que você tá me fazendo passar.
Nesse ponto eu já estava vestido e, pra não chorar em sua frente, segui pro quarto em busca dos meus documentos. Não pude deixar de reparar na bagunça do apartamento. Ele me seguiu e continuou:
- Você merece muita coisa, mas eu sei que vou sentir muita culpa se eu fizer. Agora, me faz um favor, pega tudo que tiver de pegar e vaza daqui.
- Não se preocupa Bruno. Eu não quero mais te atrapalhar não. Vou só pegar minhas coisas e ir embora.
- Vai viver com seu novo amor?
- Não. Não existe novo amor.
Senti que ele estava preocupado demais comigo. E ele não parava de me seguir com os olhos, enquanto eu pegava meus documentos e papeis da faculdade:
- E você viver onde? Na porta de boate procurando homem?
- Você quer saber por quê? Pra ir à porta me procurar? Fica nessa pose de machão, mas eu sei que você me ama cara. Se a sua intenção agora é só me ferir, vá em frente, mas num adianta ficar negando o que você sente não.
Acho que aquilo foi um choque pra ele. Ele nunca esperaria uma atitude dessas da minha parte, na verdade nem eu esperava, saiu.
- Eu te amo sim seu otário, mas esse amor vai sumir quando você sumir daqui.
- Olha só Bruno. Eu tô muito arrependido do que eu fiz, mesmo você não me ouvindo eu sei que no fundo você...
- Vai embora Carlos. Antes que eu esqueça que você é meu irmão e faça uma burrada.
- Você nunca vai esquecer... Mas pode deixar, vou ir pra bem longe de você.
Peguei tudo que precisava, joguei a antiga chave na mesinha de centro e fui embora. Andava a passos largos, mesmo sabendo que Bruno estava atrás, me observando, me vigiando. Sem a mínima intenção de ser discreto.
Cheguei a uma rua mais deserta e só me toquei pra realidade quando Bruno me segurou com força:
- E pra onde você vai?
- Vou assumir que isso tudo foi um erro. Vou dar minha cara a tapa como eu nunca fiz na minha vida e me responsabilizar pelas coisas.
- Seja direto Carlos.
- Eu vou voltar pra BH. Eu vou encarar meus pais!
CONTINUA...