Amar contra o destino – Capítulo XI (O Assalto)

Um conto erótico de Gustavo
Categoria: Homossexual
Contém 1465 palavras
Data: 26/11/2012 22:41:39

Amar contra o destino – Capítulo XI (O Assalto)

... Pareci não acreditar. Como é que ele teve coragem de vir na minha casa depois de ter feito aquilo comigo. O Ricardo percebeu o clima estranho que estava entre nós, e perguntou:

- Aconteceu alguma coisa que eu não sei?

Ficamos ali parados até o Guilherme decidir falar alguma coisa.

- Posso conversar com você Bernardo? – Disse abaixando a cabeça. Deveria estar sentido vergonha depois do que fez comigo.

- Não tenho nada a falar com você. – Disse isso puxando o Ricardo para perto de mim, eu estava com medo, fiquei assustado com a reação que ele teve pela manhã, última coisa que eu queria era ficar sozinho com ele. O Ricardo percebeu isso e foi falando:

- Então vey, ele não ta muito afim de falar com você não, acho melhor você vazar. – Disse isso me apertando pela cintura. Eu sabia que assim eu tava protegido. Mas ele ainda insistiu que queria falar comigo, até eu aceitar, eu queria mesmo saber por que daquela reação dele. O Ricardo não ficou muito animado, e me fuzilou com os olhos.

- Fica tranqüilo Rick, preciso conversar com o ele. – Disse isso abraçando-o. – Você confia em mim não confia? – Falei baixo em seu ouvido.

- Claro. – Respondeu ele. Me deu um selinho e foi embora, claro sem antes dar uma fuzilada em Guilherme e falar:

- Não se meta com meu ‘NAMORADO’. – Disse ele destacando muito bem a palavra namorado.

Ricardo saiu e o Guilherme ficou ali paralizado, com cara de poucos amigos, mandei ele entrar. Fomos para meu quarto. Ele entrou e se sentou na cadeira do computador. Ficamos em silêncio até ele me perguntar.

- Vocês dois são namorados então? Não sabia que você era...

- Gay? – Não deixei ele terminar de dizer. – Sim sou gay e estamos namorando, se bem que isso não é muito da sua conta. – Falei o ignorando e me virando para a janela.

Ele se levantou e veio por trás de mim, me segurou pela cintura e disse:

- Por favor, me perdoa por hoje de manhã. – Ele falou já soluçando, o toque dele em meu corpo me fez sentir-me estranho. Mas não podia, ele me machucou de manhã, e eu tenho namorado.

- Me solta fazendo favor, não quero que encoste um dedo mais em mim. – Disse irritado com ele.

- Tá, desculpa eu solto. Diz alguma coisa me perdoa. – Ele já chorava, mas eu tava firme, podia chorar o Rio Nilo que fosse na minha frente que eu não me importaria. Me virei de frente a ele e perguntei.

- Só me diz uma coisa por que você fez aquilo?

- Eu não sei, não era minha intenção.

- Ah ta, não era sua intenção, que bonitinho. – Disse ironizando o que me disse.

- Bernardo, e não era mesmo, nunca ninguém fez por mim o que você fez. Eu não mereço um cara como você.

- E é me batendo, me machucando que você expressa sua gratidão? Não basta ter sido atropelado por sua causa e ainda você vem fazer isso comigo, ainda dói do acidente sabia?

- Não, já te pedi perdão poxa. Não queria te machucar, você não faz idéia de como estou me sentindo um lixo por ter te feito isso, e como me sinto culpado, não era pra você ter sofrido aquele acidente.

- Eu vou te desculpar, agora meu perdão e minha confiança novamente você vai ter que conquistar.

- Saiba que já é muito importante, eu te prometo Bernardo, que nunca mais eu encosto um dedo em você.

- Eu espero isso. Mas agora você já pode ir não é?

- Tudo bem, obrigado por me desculpar e obrigado por ser meu amigo. – Disse ele se aproximando de mim, beijando meu rosto.

Eu não retribuí, fiquei paralisado, não consegui ficar bravo com ele, eu estava completamente aborrecido, mas não chegava ser raiva muito menos ódio. Ele saiu do meu quarto e foi em direção a porta, eu fui logo atrás por que iria almoçar, antes de fechar a porta ele olhou pra mim, deu um sorriso encantador e disse:

- Te adoro, tchau.

Me adora? Eu não consigo entender esse garoto. Ele é muito imprevisível, sei lá, meio bipolar. Fui para cozinha e meus avós e o Guto já estavam almoçando, o Augusto de cara fechada começou a falar:

- Acabou as visitas? Ou vem mais alguém, você esta muito requisitado hoje. – Ele fez uma cara de bravo e de ciúmes ao mesmo tempo que não agüentei. Me sentei ao seu lado na mesa e comecei a fazer cócegas e falar:

- Tem mais alguém sim, um irmão chato, mimado pra caramba, precisando de uma cócega.

- Haha... ai.. para... para... ta bom chega.. haha – Ele deu uma risada tão encantadora, aquele jeito meigo e sapeca misturado do meu irmão que me encantava. No fundo sabia de seus sentimentos por mim, mas sei lá, meu sentimento por ele, é forte, é amor também, mas é um amor de irmão, tenho obrigação de cuidar dele, sou seu irmão mais velho, tenho que protegê-lo. Comi um pouco apenas, não estava com muito apetite, terminei de almoçar e voltei para meu quarto, logo mais o Guto apareceu na porta, ele estava lindo, parece que tinha acabado de sair do banho, sem camisa, aquele peitoral másculo dele, e aquela carinha linda que só ele tem. Parado ali naquela porta, enquanto não mandei entrar ele só ficava naquela porta me olhando. Ele entrou e sentou em minha cama, ele não parava de me olhar um segundo se quer, comecei a ficar incomodado.

- Para de ficar me olhando assim, credo.

- Para de ser chato assim. – Disse ele bagunçando todo meu cabelo.

Ficamos ali mais um pouco em silêncio, ele acariciava minha cabeça, ele queria me dizer algo, mas parecia que engasgava as palavras e não saía. Eu não perguntei, fiquei com medo do que ele poderia dizer, preferi ficar quieto.

- Eu te adoro maninho. – Disse ele olhando fixamente em meus olhos.

- Eu também Guto.

- Posso fazer uma pergunta?

- Já fez.

- Para de ser bobo é serio.

- Ok então, fala.

- Você está feliz com o Ricardo?

- Porque essa pergunta? Claro que sim.

- Só pra saber, quero melhor pra você, e quero que ele te faça feliz, porque você merece ser muito feliz meu irmão. – Seus olhos encheram de lágrimas.

- Eu te amo Guto, só de ter um irmão como você eu me sinto realizado e muito feliz.

Nos abraçamos e ele começou a fazer cócegas em mim.

- Só estou dando o troco do almoço. – Disse ele com aquele sorriso mais lindo desse mundo. – Já vou indo maninho tenho que fazer um trabalho na casa de uma amiga.

- Trabalho é?

- Sim – Disse ele com aquele olhar safado.

- Sei que trabalho é esse. – Eu disse com expressão séria.

- Ah para né, não posso ser feliz também não?

- Claro que pode Guto, só falar a verdade, não precisa dizer que vai fazer um trabalho, sendo que a finalidade não é essa.

- Isso tudo é ciúmes?

- Não.

- Mas eu e ela vamos fazer um trabalho, não menti, agora se rolar algo a mais é lucro.

- Olha lá em, se cuida.

- Tá, beijos maninho

Ele saiu do quarto, e eu fiquei lá com ciúmes, sim, ciúmes, mas seu poderia ter um namorado e ser feliz por que ele também não? Fiquei mais um pouco deitado e decidi ir na casa do Rick, não agüentava fica sozinho em casa, minha vó não queria deixar, mas consegui convencê-la de que estava bem. Vesti uma roupa melhor e fui a pé, no caminho meu celular tocou era o Rick.

- Oi amor.

- Oi bebê. Como você está?

- Bem estou a caminho da tua casa.

- O quê? Você está louco vir a pé pra cá?

- Eu to bem amor, eu já chego to aqui passando na praça.

- Então ta né, teimoso, to te esperando, te amo.

- Eu tam... – Não consegui terminar de responder. Senti alguém me empurrando no chão e pegando meu celular... Eu fui assaltado. Não consegui ver muito bem, mas era um garoto jovem com um gorro de lã cinza, ele saiu correndo, eu caído ali no chão, minha dor voltou não consegui levantar só pude gritar... “Devolve meu celular”. Ele olhou para trás e ficou alguns segundo me observando, seus olhos eram fixos em minha direção, não pude deixar de notar, um garoto com um gorro, uma roupa suja e rasgada e uma barba por fazer. Ele parou de me olhar e saiu correndo novamente com o meu celular...

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Ta aí minha gente, mais uma parte, eu não vou parar o conto, tentarei postar com mais freqüências, agradeço a todos os comentários de vocês, saibam que eu não vou parar, comecei e vou ate o fim. Muito obrigado vocês são uns amores, e eu espero que tenham gostado desse capítulo, até o próximo, que tentarei postar amanhã ou quarta. Beijos e abraços a todos.

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Comentários

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Bem, primeiro, que maravilha que você vai continuar postando, sabia que você não nos abandonaria, tô adorando isso. Segundo, o conto está maravilhoso, parabéns, ancioso para saber como vai ocorrer o desenrolar desta história! Abraços e até a próxima.

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AH! Gostaria de dar a minha opnião, acho que o Bernardo ficasse com o Augusto, alguma coisa me diz que o Rick irá falacer.

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Realemnte, este conto é ótimo, parabéns. Estarei esperando o próximo capítulo ancioso. ^^

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que bom que voce nao vai parar Gustavo... seu conto esta otimo, mais um capitulo fantastico. Fiquei com pena do Augusto ele tem um amor tao grande pelo Bernardo. Continua logoo, to ancioso pra saber o que vai rolar... Nota 10 sempre

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guhh meu lindo desculpa não ter comentado os seus ultimos contos mais a vida por aqui anda meio complicada. fiquei com pena do guilherme tadinho. e que bom que vc não vai parar seu conto fico feliz. bjs

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e to anciosa por esse triangulo nao da pra decifrar como vai ser. Mas to torcendo por Rick, Guto e Be

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fiquei feliz agora que nao vai parar \o/

mais um capitulo perfeito como sempre. Augusto e mto fofo meu deus quero que o Be fique com ele.

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Meu você ta arradando coraçoes em, tô achando que seu irmão gosta muito de você mais ele gosta tanto de você que quer, que você seje feliz eu acho ele super fofo, e ainda bem que você nao vai parar de postar amo muito seu conto.

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Fiqei feliz agora, que bom que vc não vai parar de postar, me deu um alívio rsrs O conto ta d+... Cada capítulo eu tento achar alguma coisa que leve ao possível triangulo, mas vc é dificil de decifrar rs Mas continuo torcendo pelo Guto, Guilherme e Bernardo :). Pow Guh da uma pista ae rsrs...

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amigo me da um pouco do seu açucar to precisando kkkk ta de parabéns kra

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é bom ter irmão que ajuda e te protege.

ladrãp merece cadeia

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