Ele se aproximou até nós com um sorriso aberto. Oliver era um amigo meu desde que éramos mais novos... Ele também trabalha no mesmo ramo que eu, segurança de viagens. Era tão alto e forte como eu, mas tinha cabelos pretos, olhos cor de mel. Era muito mulherengo e pervertido, mas não podia falar nada por que, apesar de estar engatado com Cecília na época... Dava de vez em quando uns "pulos".
-- Olha quem temos aqui... Se não é o grande Lorenzão! Como vai amigo? - disse ele me dando um aperto de mão.
-- O que faz por aqui imprestável? - disse rindo.
-- Levando uma mercadoria para casa. - ele disse socando o meu ombro de leve que devolvi acertando a barriga fazendo-o arfar. Éramos assim mesmo. - Quem é esse... ? - perguntou ele olhando para Louis.
-- A tralha que tenho que levar... - disse rindo fazendo graça. Louis por sua vez, deu um chute na minha canela com força dando a língua. - AAIII!
-- Urgh! - ele bufou, pisando duro para entrar no navio.
-- Humm, e então... Quem era aquela gracinha? - disse Oliver... Gracinha???
-- Louis. O noivo de Cecília. - suspirei enquanto entrávamos dentro do navio.
-- O noivo de Cecília!!! Aquele que você disse que iria matar?! - ele arregalou os olhos.
-- Sim... Ele mesmo.
-- Mas ele é... Quase um bambino! Uma criança... Quantos anos ele tem? - ele disse olhando Louis de longe, que ficava escorado na balaustrada do naviofalei.
-- E então, vai mesmo... Acabar com a vida dele? - Oliver perguntou passando o dedo no pescoço botando a língua de fora.
-- Não. Não vale mais a pena. - disse me sentando em um banco.
-- Por quê? - ele disse alisando o colete de couro.
-- Estou... Estou loucamente apaixonado. - disse sorrindo.
-- Quem é a pobre coitada? - ele riu.
-- Não. Te. Interessa! - ri.
Depois disso, nós dois fomos até onde Louis estava. O navio começou a desembocar do porto de Cannes e pela as condições climáticas de vento iríamos chegar na Itália o mais rápido que imaginávamos. Talvez na mesma noite.
-- Olá, prazer em te conhecer... - disse Oliver se curvando, beijando a mão do fedelho. - Sou Oliver Adamantinni.
-- Digo o mesmo... - disse Louis corando sem jeito. - Louis Édouard Saint-Clair. - Peguei o imprestável pelo o colete, puxando para traz... Contato físico com o fedelho DEMAIS.
-- Relaxa camarada! Eu não vou fazer nada ao seu protegido. Além do mais, só estava sendo educado. - ele disse se endireitando.
-- Finalmente alguém aqui que tenha modos e etiqueta! - retrucou Louis cruzando os braços fazendo uma careta bonitinha.
Depois daquilo eu e Oliver ficamos conversando, enquanto Louis ficava com um espelho de prata, vendo se tinha uma imperfeição no rosto impecável, e passando a escova nos cabelos loiros. Egocêntrico e convencido, como sempre.
-- Então a Itália vai mesmo declarar guerra? - perguntei preocupado.
-- É o que parece amigo... Já é a quinta desdeele acenou com a cabeça.
-- Besteira! Guerra, fome, morte e blá blá blá... Essa conversa esfriou todas as festas nesta última primavera e é um assunto tão monótono que dá vontade de gritar! - disse Louis indiferente com as pernas esticadas e os tornozelos cruzados.
-- Mas Louis... - disse Oliver.
-- Por que os homens só tem cabeça para essas coisas? E não pensam em assuntos deveras mais importantes. - falou o fedelho.
-- E o que seria? - perguntei me inclinando em direção a ele.
-- Meus sapatos, por exemplo... Acho que esqueci naquela pocilga de hospedaria. Sabe quanto tempo esperei na fila para encomendar aqueles sapatos? - ele tagarelou olhando as botas de montaria. - Eram couro e cetim inglês!
Fiz sinal de negação com a cabeça não acreditando no que ouvia. Isso não deveria me surpreender nenhum pouco.
-- Você compra outros quando chegar a Florença. - disse rindo. - Larga esse sapato de mão.
-- Mas eram únicos... Lá em Florença não fazem daquele jeito especifico.
-- Louis... São sapatos!!! - eu disse incrédulo.
-- Humpf... - disse Louis desanimado. - Vou para a minha cabine. Ninguém aqui me compreende!!!
Quando ele saiu, Oliver disse.
-- Loirinho cheio de fogo esse, hein? - ele riu.
-- Nem imagina o quanto - falei sem pensar.
-- Como? - ele perguntou.
-- Nada! Deixe para lá... E então seu vadio, está com alguma donna? - falei.
-- Que nada amigo. Esqueceu que eu sou de todas, mas não sou de nenhuma? - ele disse dando um sorriso. - Que nem tu...
-- Era... Como te falei mais cedo eu me apaixonei. - disse vendo Louis entrando todo duro no corredor que levava as cabines, gritando por que algum marinheiro esqueceu as bagagens dele largadas no chão.
-- Ah, me fala agora quem é... Conta-me! E então ela é melhor de cama que a Cecília?
Dei um cascudo forte na cabeça dela.
-- Respeito figlio di una cagna! Isso não é de sua conta, além do que... É impossível comparar. - disse.
-- Está bem. Não está mais aqui quem falou! - ele disse, passando a mão na cabeça.
-- Certo. Eu vou te contar... - disse brincando com a espada nova.
-- Isso aí! - ele se animou.
-- Se você contar para qualquer pessoa eu te castro seu ordinário. - disse apontando a lâmina no pau dele, fazendo-o engolir o seco. Ele sabia muito bem que eu faria isso caso ele desonrasse a promessa de silêncio.
-- Dou a minha palavra de homem! - disse Oliver.
Respirei fundo e soltei.
-- É o Louis. É por ele por quem estou loucamente apaixonado.
Ele arregalou os olhos. Ficou-se assim por uns cinco minutos.
-- Louis?! O bambino... Noivo de Cecília?! Você tá apaixonado por aquele francesinho!!! - disse ele chocado.
-- Sim. - disse.
-- Mas vocês dois são... Isso é errado?! - ele fez uma pergunta ou interrogação?
-- Eu não sei... Mas só sei que eu o amo demais. Completamente louco por ele... E ele também por mim. - disse suando frio.
-- Ah... Bem, eu não sei o que dizer não é? Mas como também nunca fui um bom moço - ele riu - Eu não vou me meter no meio. Mas até que... Olhando assim o corpinho dele... - ele começou a esboçar um sorriso safado.
Fiquei completamente enfurecido.
-- Fale alguma coisa a respeito dele, eu te corto desde o umbigo ao nariz - falei com a voz rouca, passando a espada no rosto dele.
-- Calma ciumentinho. Minhas preferências são outras... - ele disse acompanhando o andar de uma mulher espanhola... Com uns peitos maravilhosos apertados pelo decote.
-- Vai lá seu imprestável. - disse.
Ele levantou e começou a cortejar a espanhola. E em meia hora os dois simplesmente sumiram de vista. Sinceramente eu não me importava em contar a Oliver sobre o meu relacionamento com o Louis, por que eu e ele éramos quase como irmãos. Ele me acobertava e eu o acobertava em momentos críticos. E, além disso, ele era um bom amigo, por isso o risco era praticamente nulo.
Quando deu por mim, estava quase na hora do por do sol. Levantei do banco, e fui em direção a cabine de Louis. Abri a porta com cuidado vendo-o dormir de costas, apenas com um camisolão de dormir e os meiões que iam até metade das cochas grossinhas. Entrei sem fazer barulho, e tranquei a porta. Tirei o meu colete de couro preto e a camisa branca... As botas... Ficando apenas com a parte de baixo. Lógico que eu já estava com a pica em estado de pulsação, por que só de vê-lo em uma cama, e ainda por cima só com a roupa de baixo... O interessante era que vê-lo assim me deixava com muito tesão... Por que era como ter que desembrulhar um presente de Natal.
Deitei com cuidado na cama pequena (aliás, aquele quarto era pequeno demais para mim, parecia um armário), e passei o braço em volta da cintura dele, colocando a bundinha empinada nele em contato entre os tecidos no meu pau. Friccionei, roçando o mastro fazendo-o gemer de leve.
Ele se levantou e e ficou em cima de meu pau, rebolando devagarinho em cima de mim. Segurei os quadris e as coxas... Ele se abaixou e me deu um beijo delicioso... Ah aquela boquinha com gosto de fruta... Não uma fruta qualquer, mas, sim uma nova, com um gosto único, doce, viciante. Ele colocou a mão pequena mão cima do meu peitoral esquerdo, alisando de leve os meus pelos. Ele agora estava abraçado, ficando por cima... Passou os lábios em beijinhos pelos meus ombros, dando uma mordida de leve no meu bíceps.
Da mesma forma que o corpo dele me excitava ( e como... Tentação em forma de carne e osso), ele ficava aparentemente deslumbrado com o meu. Sempre fui alto e tinha músculos firmes e rígidos, cada um no seu devido lugar. O ideal de beleza em minha época era ter o corpo que se assemelhasse as estátuas dos deuses gregos que agora era o tema central de qualquer coisa. Nisso eu me encaixava perfeitamente, tirando é claro o pau pequeno rsrsrs.
Ele ficou com a coluna erguida de novo, passando a ponta dos dedos em meu abdômen sentindo a ondulação dos gomos. Desatei os laços do camisolão, um por um... Entre os beijos. Joguei para o outro lado da cabine aquela peça de roupa, deixando ele apenas de meiões. Agora o contato entre a minha pica e a bundinha dele, era mais quente. Ele saiu de cima de mim e puxou de uma vez o meu calção fazendo o meu pau saltar para fora, duro que nem um metal forjado.
Ele pegou na base, e segurou com firmeza. E olhou fixamente para mim, passando a ponta da língua desde a cabecinha até as bolas... Aquilo soltou uma descarga nova de emoção. Era um fogo violento, que subia e corria junto com o meu sangue, como se algo tivesse colidido em mim. Agarrei os cabelos de Louis, querendo que ele enfiasse na boca a minha rola de uma vez só... Mas Louis sabia o que fazer para me enlouquecer... Ele gostava de me ver quase implorando para que ele chupasse logo...
E assim se permaneceu até que ele abocanhou com uma gula gananciosa. Rosnei de tesão... Aquilo era simplesmente uma sensação fora dos limites do bom... Meu pau pulsava cada vez mais enquanto ele chupava... Mas não queria gozar ainda não... Peguei-o pelo os cabelos e o joguei na cama, de quatro. Abracei ele por trás, esfregando a minha pica melada no rabinho dele...
-- Ahh fedelho... Eu hoje vou pegar pesado com você... Vou te virar do avesso. – disse com um tom de voz autoritário. Louis era assim: detesta que os outros lhe imponha ordens, mas na cama... Ama ser mandado e “adestrado”.
-- Mesmo? Humm... Então venha... Vamos ver o quão capaz você será! Vamos lá meu macho... – disse ele olhando pelo canto dos olhos... Em desafio. Agora era o tesão que falava mais alto do que a razão.
Não havia meios, nem muito menos tempo (não tempo em si, mas sim controle o suficiente pra tanto tesão acumulados), para chupar o reguinho dele. Enfiei os dedos devagarinho, sentindo a musculatura interior dele se abrindo para o invasor... Ele gemia baixinho...
Depois de um tempinho, comecei a forçar a cabeça no cuzinho... Sentindo as pregas, uma por uma sendo abertas... Segurando-o pelo o quadril, mordendo as costas brancas, cheias de pequenas sardas douradas, e sussurrei no seu ouvido.
-- Como é quentinho e apertadinho... – disse enfiando mais ainda...
-- Aiiii... Isso dói muito.... Ahhhh – disse ele choramingando.
-- Pois trate de se acostumar. – disse dando uma leve estocada.
-- Aiiiiiiiiiiii Enzo... Por favor... Para...– Ele colocou as mãos na minha virilha criando uma leve barreira.
-- Quem disse que eu vou parar? – falei sorrindo com maldade.
-- M-Mas... – ele disse gaguejando.
-- Sem “mas” pirralho.
Eu continuei a estocar de leve, mas nunca parando... Louis mordia o lençol e o travesseiro, escondendo o rosto gemendo baixinho. Bombava com cada vez mais força, naquele cuzinho apertado, afundando cada vez mais a minha rola lá dentro. Trocamos de posição... De ladinho... Ficamos assim por mais algum tempo... E gozei muito dentro dele, inundando-o por dentro com a minha gala...
Nós dois estávamos suados... Arfantes... Virei de lado ficando de frente para ele. Alguma coisa estava errada... Ele não me olhava nos olhos. As bochechas estavam rosadas, mas não era por que coraram e sim por que... ele chorou?!
-- Ei amor... Louis... O que foi? – disse me preocupando
-- Nada... Não é nada. – ele disse.
-- Ei ei... Desculpe se eu peguei pesado com você.
Ouve uma batida na porta.
-- O capitão mandou avisar que já ancoramos em terra firme. – falou um marinheiro.
E depois saiu.
-- Eu vou me arrumar... – ele saiu da cama, pegando a chemise de linho, o corpete, calça, botas e o gibão, sem pedir a minha ajuda. Enquanto ele abotoava a longa fileira dos botões da frente, perguntei com remorso.
-- Louis... Olha para mim... Te machuquei?
-- Olha para a cama e você terá a resposta, seu brutamontes insensível! – ele disse vestindo uma capa azul saindo do quarto chorando.
Abaixei os olhos na cama... Tinha alguns filetes de sangue estava no lençol branco... e alguns também em minha virilha. Aquilo foi o auge do meu arrependimento. A ultima coisa que eu queria era machuca-lo... E protegê-lo. Peguei as minhas roupas aos poucos e fui me arrumando. Sai da cabine, em direção ao deck do navio. Louis descia as rampas, me devagar... Corri em sua direção e tentei segurar o ombro dele.
-- Não toque em mim!!! – ele disse ainda chorando. Ele se virou para o marinheiro. – Providencie por gentileza uma carruagem que me leve até Florença, sem escalas. Quero chegar lá ainda amanhã de manhã.
-- Como quiser vossa alteza. – disse o marinheiro.
-- Quanto a você... Obrigado pelo os seus serviços... Mas creio que a partir de agora não serão mais necessários. – Ele jogou um saco de veludo preto que peguei na hora. Era pesado e continha varias e varias florins e francos de ouro.
-- Louis você não pode... –disse desesperado.
-- Au revoir monsieur Lorenzo. – ele se virou de costas subindo na carruagem.
-- Louis... Volte aqui... VOLTE AQUI AGORA!!! – gritei, vendo a carruagem partir a toda velocidade desaparecendo na noite.
Ajoelhei no chão completamente... Enfurecido comigo... Desesperado por ele... Arrependido por nós dois.
CONTINUA.
bernardodelavoglio123@hotmail.com