Gente, por favor, comente o conto, para eu saber se está gostando, se devo mudar alguma coisa. Adoro as críticas e os elogios de vocês. Um beijão e boa leitura.
Nossa! Já eram seis e meia. Peguei o Caio, arrumei sua mochila, e saí correndo para casa da Dona Carmem. Mas uma vez ressaltei todas as recomendações que eu havia feito, e dei um beijo em sua cabeça. Pronto! Agora podia sair tranqüilo sem ter que me preocupar com meu irmão mais novo. Hoje a night promete Lucca!
Tomei um banho demorado, depois comecei a escolher uma roupa.
- Nossa Lucca você ta precisando trocar o seu armário. – depois de um tempo, escolhi uma peça. Esta daqui está ótima!
Coloquei uma calça jeans skinning, uma camisa gola v branca e sapatênis preto. Agradou-me o look. Separei o dinheiro do táxi e da bebida, e desci até a portaria.
- Seu Antônio, o senhor pode cuidar das minhas chaves?
- Claro!
- Obrigado. Boa noite.
Sai do prédio e liguei pra Bia.
- Oi, já estou pronto. Vou pegar um táxi e te encontro em frente à boate ok?
Desliguei o telefone e me encaminhei para o outro lado da rua. Ai que raiva, não passava um táxi vazio.
- Vai sair?
Ah não! Eu não estou acreditando que é aquele cara de novo. Poxa a vida, virou perseguição.
- Não, estou indo a padaria. – não contive meu sarcasmo. Rir pra mim mesmo baixinho. E ele nem se importou.
- Vai ficar de gracinha agora é?
- Olha só, será que eu posso sair em paz, ou está difícil?
- Calma cara, eu não te fiz nada. É só uma pergunta.
- Tá, então eu vou te responder. Eu vou sair sim, estou indo numa balada, e estou aqui plantado esperando um táxi. Respondido?
- Hummm... Seus problemas acabaram. Vem. Entra no carro que eu te levo. Eu estava de bobeira mesmo, poderemos sair juntos.
Como ele era oferecido e invasivo. Que garoto mais intrometido!
- E quem te informou que eu quero a sua companhia hein?
- Pelo menos é o que diz a sua cara.
- Ai cara você é chatinho hein?
- Eu to brincando com você. Desculpa ta? Se você não quiser minha carona e tão pouco a minha companhia, eu vou respeitar a sua opinião.
Acho que eu peguei um pouco pesado com ele. Me redimi imediatamente o convidando para ir junto comigo. Espero que eu esteja fazendo a coisa certa.
- Tá bom então. Eu peço perdão pela minha grosseria. Aceito sua carona sim, e pode ir junto comigo.
Ele ficou feliz e eu fiquei sem entender nada. No trajeto fomos conversando de tudo um pouco. Ele me falou que era de Santa Catarina e que está no Rio há três anos. Fui conhecendo ele aos poucos.
- Vinicius eu vou logo te dizendo que eu sou gay e que se você não quiser mais falar comigo, pode ficar a vontade.
Eu tinha que ser direto ao ponto. Este tipo de coisa não dá pra ficar escondendo. Ele olhou pra mim e riu não de deboche, mas pela cara que eu fiz.
- Pode ficar tranqüilo Lucca, eu não sou preconceituoso, muito pelo contrário, tenho vários amigos que são gay, e adoro todos eles.
Confesso que fiquei surpreendido à atitude dele. Eu não esperava uma resposta daquela. Mas por dentro fiquei muito feliz, afinal era mais um amigo que eu estava fazendo.
Chegamos à boate e logo avistei a Bia e o Leo, junto aos demais. O Diogo me olhou com uma cara enfezada, talvez por eu está ao lado do Vinicius. Será que ele ta pensando que nós dois somos namorados? Eu hein, que maluquice.
- Oi gente, deixa apresentar o meu vizinho novo a vocês. Vinicius, estes daqui são o Leo, a Bia, o Diogo e a irmã da Bia, a Beatriz.
- É um prazer conhecê-los.
Após as apresentações, entramos e logo fomos procurar uma bebida. O Vinicius estava bem à vontade, falava com todo mundo, se dava bem com todos, quer dizer, com exceção do Diogo, que ainda permanecia com a cara fechada e vazia questão de demonstrar.
- Quem é esse cara afinal Lucca?
- Iiiiiiii vai começar a crise de ciúmes ridícula? Se for meu bem, me avisa, por eu já te despacho logo para longe de mim.
- Você não perde tempo mesmo né? Basta largar a boca de um, pra ir correndo atrás de outro.
- Escuta aqui, me respeite. Não te dou o direito de se meter na minha vida.
Nesse momento o Vinicius se aproximou de nós.
- Tá acontecendo alguma coisa aqui Lucca?
Disfarcei, para não causar tumulto e fui me juntar aos outros, que estavam no maior agito.
- Vem Vinicius, vamos dançar – puxei-o pelo braço e o arrastei para pista de dança. O Diogo ficou me olhando meio chateado, mas não dei a menor importância.
- Ele é o seu namorado?
- Não, eu não tenho namorado; sou solteiríssimo.
As luzes batiam no rosto dele, e eu via um homem lindo na minha frente. Seu sorriso era devastador. Fiquei numa vontade tremenda de atacá-lo ali mesmo e dar um beijo naquela boca. Mas consegui me controlar.
- E aí ta gostando?
- Sim. Seus amigos são divertidos. Acho que o mais sério é você.
Ele riu e acabei rindo também.
- Eu sério? Hahahahaha... Isso é um sinal de que você ainda precisa me conhecer bastante. – rimos novamente e a noite ia se prolongando cada vez melhor.
- Vou pegar uma bebida pra nós dois.
- Tá bom Vini. Vou te esperar aqui.
Ele me olhou com uma cara de surpreso, deveria está pensando: Vini? Como assim Vini? Confesso que saiu no automático.
Ele estava mexendo comigo, sei lá, uma atração forte talvez. Ai Lucca, como você é bobo. - disse a mim mesmo.
CONTINUA...