Cinco Segundos - PARTE 2

Um conto erótico de Donatello
Categoria: Homossexual
Contém 2295 palavras
Data: 28/11/2012 00:54:36

Miguel ainda respirava ofegante. Seu pau, já não tão duro, brilhava coberto pela camada de porra recém-ejaculada. Eu gostava do cheiro que ela exalava. Cheiro de sexo, cheiro de macho. A vontade que eu tinha era abocanhar aquele pau melado, fazê-lo endurecer na minha boca e gozar outra vez, mas eu precisava me conter. Era tudo muito novo, tanto pra mim, quanto para o Miguel.

Sem saber ao certo o que fazer, deitei minha cabeça sobre seu peito suado e senti o movimento da respiração, senti seu coração bater acelerado e, o mais importante, pude sentir nossa pele junta outra vez. Era muito bom estar ao lado dele, mas eu não sabia o quanto aquilo tudo iria durar e apenas me calei, esperando que ele se pronunciasse e desse seu veredito. O silêncio se estendeu por um tempo que parecia infindo.

Quando tudo isso aconteceu? Quando aquele garotinho sem preocupações se transformou nesse homem dominado pelos sentimentos dos adultos? Tenho saudade do tempo da pureza, do medo do monstro do armário, – em seu sentido mítico – das canções de ninar antes de dormir, de achar que felicidade era uma estrada que podia ser percorrida sozinha.

- André! – falou Miguel ainda baixinho, tímido.

- Oi.

- Preciso ir ao banheiro.

Saí de cima de seu peito e ele levantou sem me olhar, seguindo direto para o banheiro. Ouvi o barulho do chuveiro, que ficou ligado por uns 20 minutos. Na minha cabeça, já era certo que a mágica tinha se acabado e que eu deveria me afastar, antes que o clima ficasse ainda pior. Limpei a mão na minha própria cueca e a vesti, assim como vesti o resto da roupa.

Eu já me preparava para sair à francesa, quando Miguel saiu do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura, pingando água por todo o chão do quarto.

- Aonde você vai? – perguntou ele.

- Embora. Eu acho que a gente não deveria ter...

- Ah, que clichê, André! Tira essa roupa e deita aí. A gente ainda nem começou.

Miguel estava decidido. Não queria conversar. Percebi em seus olhos que queria mais. Era um safado e eu também não ficava por menos. Nunca transei com outro homem. Na verdade, nem com outra mulher. Havia rolado uma brincadeira com uma vizinha alguns anos atrás, mas nem cheguei a gozar. Era a minha primeira vez, mas, confiante na experiência em assistir filmes, queria que parecesse profissional.

Miguel desenrolou a toalha da cintura, jogou-a no chão e me empurrou, fazendo com que eu caísse sentado na cama. Ele aproximou seu pau molhado do meu rosto e o esfregou em mim. Ainda estava mole, mas eu pude senti-lo crescer e inchar na minha cara.

- Bota a língua pra fora. – falou Miguel imperativo.

Eu obedeci. Passei a língua pela cabeça rosada e lambi a ponta. Deixei-o completamente lubrificado com minha saliva. Miguel sussurrava gritos, se me permitem a liberdade poética. Ele conduzia seu membro pela minha boca. Passou seu saco pelo meu rosto e eu, num impulso, chupei os testículos, levando-o à loucura. Era uma delícia, tinha um gosto doce e eu ficaria ali a noite inteira, facilmente.

Fui me soltando aos poucos. Eu me esforçava para me lembrar dos filmes que eu costumava assistir. Queria engolir aquela rola. Queria sentir seu toque na minha garganta. Miguel introduziu o pau na minha boca. Primeiro, só a cabeça e eu chupei, fiz uma sucção tão gostosa para mim quanto para ele. Queria mais. Ele introduzia lentamente o pau, fodia minha boca. Eu queria ser seu puto. Queria que ele me usasse e gozasse em mim inteiro.

Passeei a mão pelo seu corpo, enquanto fazia o boquete. Seus pelos molhados eram ainda mais tesudos. Queria excitá-lo em todos os pontos possíveis. Percebi que ele massageava os próprios mamilos. Tirei suas mãos e eu mesmo comecei a fazer o trabalho. Miguel colocou as mãos atrás da cabeça e tudo o que fazia era foder a minha boca. Fodia com gosto. Era bom sentir aquela rola pulsando e eu queria muito que ele gozasse dentro. Eu ainda senti um pouco da baba, mas retirou antes que a porra viesse.

- Agora não! Tá cedo! – falou ele.

Miguel me empurrou sobre a cama e puxou minha bermuda, deixando o meu pau erguido para o teto. Ele empurrou meus joelhos em direções opostas e ficou no meio das minhas pernas. Eu jamais teria imaginado vê-lo naquela posição, preste a me dar ainda mais prazer do que aquela visão me dava.

Miguel começou lambendo o meu saco. Gelei! Nunca tinha experimentado aquela sensação. Sua saliva era gelada e, ao mesmo tempo, quente. Parecia entrar pelos meus poros, percorrer minhas veias e atingir o meu cérebro. Como eu tinha conseguido viver tanto tempo sem ele? Como eu tinha conseguido viver sem conhecer tudo isso?

Ele parecia fanático, com a cara enfiada entre meu saco e meu cu. Queria que ele descesse mais, queria saber como era ser invadido por um homem. Comecei a rebolar, ele ficou louco. Gostou! Pareceu ainda mais animal do que até então. Confesso que sempre sonhei com o sexo romântico, mas o que me apetecia e me excitava eram aqueles movimentos mais selvagens.

Que tesão! Eu poderia morrer naquele instante que morreria feliz. Tinha a sensação que nunca mais ficaria de pau mole. Era tudo muito intenso. Sentir a boca de Miguel engolindo meu pau com vontade, chupando tão forte que parecia querer engoli-lo, era a melhor coisa do mundo. Queria que aquele momento não acabasse. Mas Miguel sabia que eu ainda tinha muito a aprender. Ele sabia que aquele era apenas o começo de um longo aprendizado.

Devagar, ele subiu com a língua pelo meu corpo, parando no umbigo, o que causou um arrepio do outro mundo. Miguel arrancou-me a camisa e deitou seu peito sobre o meu. Ficamos ali, colados um no outros, nossos paus se encostaram, senti o arranhar macio de seu peito cabeludo se esfregando no meu e sua respiração invadindo meu rosto.

Nossos olhos se encontraram no meio de toda aquela putaria, ele sorriu e eu também, ao perceber que um sonho se realizava da maneira mais linda e verdadeira. Tudo aquilo só era gostoso, só havia tesão, porque também havia um sentimento por trás. Um sentimento que não nos preocupávamos em nomear. Queríamos apenas aproveitar cada instante, antes que nos déssemos conta que o mundo a nossa volta é mais que o mundo que criamos para nós dois.

Miguel encostou seus lábios nos meus devagar, como quem explora a pele, eu avancei com minha língua. Tinha gosto de mel. E não estou sendo meloso. Senti seus dentes e, depois, nossas línguas se tocaram. Foi um beijo paradoxal. Quente e doce. De desejo e de amor.

Ao mesmo tempo em que me beijava, ele pressionava sua rola na minha e eu podia sentir como ela pulsava forte. Eu podia sentir como ele me queria. Como tomado de prazer, ergui minhas pernas, apoiando meus pés sobre suas costas. Pude perceber que ele se controlou para não descer o pau direto para o meu cu, que já piscava, torcendo para que esse momento não demorasse.

Li muitas opiniões na internet sobre a primeira vez que se dá. Todos eram unânimes ao dizer que a dor da primeira vez era a pior de todas. Mas a maioria dizia que, com o tempo, o prazer começava a substituir essa sensação ruim. Eu tinha medo. Sempre tive, mas naquele momento, tudo o que eu queria era ser dele de uma vez por todas. Completar o que havíamos começado, antes que eu descobrisse que tudo aquilo não passava de um sonho e acordasse ao som do maldito despertador.

Ele continuava a me beijar e fez um movimento com o quadril, de modo que a cabeça de seu pau tocasse a entrada do meu cu. Que delícia. Pude sentir um ligeiro incômodo, quando ele fingia forçar a entrada. Eu sabia que iria doer. Não estava nem aí.

- Me come! – falei sussurrando.

- Vadia! – Falou ele, cochichando, enquanto dava pequenas mordidas no lóbulo da minha orelha.

- Chama de novo!

- Vadia! Vadia, minha vadia!

Miguel fechou os olhos e começou a empurrar ainda mais a pica contra meu cu. Contrai involuntariamente. Eu só conseguia pensar que ele não conseguiria me penetrar.

- Relaxa! – falou ele, ao perceber que aquela era minha primeira vez. – Eu estou aqui com você e você está aqui comigo. Tudo que você sentir, eu vou sentir junto. Não existe mais você e eu agora. Só existe nós. Sente a mim que eu vou sentir você.

Ele me beijou mais uma vez e empurrou com mais força. Eu estava gostando. Percebi que a cabeça de seu pau começava a me penetrar. Era difícil relaxar. Estava doendo e os relatos da internet não eram exageros. Mas não era ruim. Era o homem que eu gostava conhecendo meu corpo. A cara de tesão que ele fazia, o prazer que sentia em me ter compensava qualquer coisa.

Doía muito. Eu queria gritar, queria urrar, queria gemer, mas qualquer som que eu fizesse, com certeza, acordaria a casa inteira. Controlei-me. Beijei-o e ele finalmente terminou de colocar o pau inteiro dentro de mim. Era com aquele pau enfiado até o talo que eu iria relaxar.

Queria que ele ficasse satisfeito. Comecei a rebolar e a apertar seu pênis, usando os músculos do esfíncter anal. Ele me beijava e me acariciava. A carícia de seus pelos era um capítulo à parte. Ele não estava mais conseguindo se segurar e começou o movimento de vai e vem. Ainda doía, mas a cada enfiada, a dor era menor. Primeiro devagar. Depois, quando já era impossível controlar o tesão, ficou mais acelerado, de modo que sua coxa batendo contra minha bunda fazia aquele barulho característico.

Nossa, se eu soubesse que dar o cu era tão bom, eu teria feito antes. Pode até parecer ridícula a comparação que vou fazer, mas a primeira coisa que me veio à cabeça foi aquela coceirinha no pé que começa como uma pinicada e depois vai ficando tão gostosa que não dá vontade de parar nunca. Eu queria roçar o meu cu mais e mais. Que tesão! E meu pau que tinha amolecido no começo, voltou a ficar duro e eu sentia que iria gozar a qualquer minuto, mesmo sem tocá-lo.

Miguel começava a suar muito, mas não para seu movimento um instante. Do ângulo que eu o via, ele ficava ainda mais gostoso. O suor que eu via escorrer pelo seu peito e pingava em mim era a cereja do bolo.

- Eu vou gozar. – disse ele! – Goza junto comigo.

Comecei a me masturbar para tentar igualar o meu orgasmo ao dele. Nesses últimos instantes, tudo ficou ainda mais avassalador. Já não nos importávamos se fossem escutar o barulho das batidas, mas tentávamos ao máximo controlar nossos gemidos. Eu senti que estava vindo. Miguel também começou a se contorcer.

-Eu vou gozar!

Eu o segurei ao perceber que ele pretendia tirar o pau.

- Goza dentro. – falei.

Ele não se negou e eu senti aquele líquido quente e gostoso me invadir. Miguel jogou o corpo quente e suado sobre o meu e ainda ficou se contraindo durante alguns instantes. Com sua barriga sobre meu pau, eu gozei e nos lambuzamos. Respiramos aliviados e ofegantes.

Eu não sabia ao certo o que fazer, estava perdido. Acho que aquele momento era apenas pra descansar. Parecia que um mundo tinha caído sobre minhas costas de tão desgastante que era. Mas valeu a pena. Envolvi seu corpo com meus braços e o acarinhei. Sem que eu esperasse, Miguel começou a me dar pequenos beijinhos no pescoço.

- Será que é muito cedo? – disse ele com a voz mais mansa, realmente cansado.

- Cedo para o quê?

- Pra dizer o que eu quero dizer.

- E o que você quer dizer?

- Que eu estou completamente apaixonado por você.

Fiquei em silêncio. Queria digerir aquelas palavras, pra não correr o risco de me precipitar e no final descobrir coisas demais. Será que ele disse o que eu achei que disse?

- Você não vai dizer nada?

- Dizer o quê? Que eu sou louco por você desde o primeiro segundo que eu o vi entrar naquela sala?

- Bobo!

- É verdade. Desde então você ficou em minha mente como uma obsessão. Fiquei até com medo de fazer alguma loucura por sua causa.

- Que tipo de loucura?

- Essa, por exemplo.

- Você não gostou?

- Olha pra esse sorriso que insiste em permanecer no meu rosto e me diz se você acha que eu gostei ou não.

Miguel olhou-me novamente nos olhos e sorriu. Ele começou me fazendo um cafuné e, aos poucos, seus dedos foram descendo por todo o contorno do meu rosto, como se ele quisesse decorar as minhas feições ou deixá-las gravadas nas pontas de seus dedos.

- E se eu disser que eu também sou louco por você desde o primeiro instante que entrei naquela sala? – disse ele.

- Eu diria que você é um mentiroso! Você preferia jogar bola a ficar do meu lado no intervalo.

- Mas escolhi sentar atrás de você, não foi? Mesmo com tanta cadeira por ali, eu escolhi justo aquele lugar. Você acha que foi por acaso?

- Você tá falando sério?

- Não!

- Miguel!

- Claro que eu estou falando sério, seu bobo. – respondeu Miguel rindo e me dando outro selinho. – Mas agora você sabe que vem a próxima etapa, não é?

- Que etapa?

- Quer namorar comigo?

- Mais uma pergunta cuja resposta está estampada no meu rosto.

Ele sorriu. Era o sorriso mais lindo do mundo. Era o menino mais lindo do mundo e agora era meu. Começávamos a escrever uma história. Era uma história que não estava nos livros, nem nos filmes ou novelas. Talvez um novelista tivesse nos dado o final que merecíamos, mas a vida, às vezes, resolve ser cruel em detrimento a um final feliz.

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Comentários

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Perfect... aguardo ansiosissimo a continuaçao, sou teu fã agora, continua logo por favor hehe ;9

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Cara, muito bom, melhorou demais de um conto pro outro, talvez as pessoas nem percebam, mas eu percebi a diferença. E o tesão dessa transa é coisa de louco. Tá de parabéns. Só que já estou ficando irritado com essa história de que naum vai ter um final feliz! Mas a cada autor cabe a sua história, e o que eu posso fazer se já me viciei nessa?! Aguardo os próximos. Vlw, abraço. (PS.: já sou seu fã)

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Com esse finalzinho aí, você quis dizer que vocês se separaram, não estão mais juntos?! Seu conto é maravilhoso, um tesão! 10!

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Eu pensei q Miguel iria se afastar dele depois disso, me surpreendi... O conto ta d+, nota 10000

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adorei espero que esses dois fikem junto por um bom tempo e espero que vc poste logo *-*

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Não foi rápido não. kkkkkkkk Eles enrolaram bastante até chegar aí. (Veja a parte 1) Além do mais, é um conto. Não dá pra enrolar muito, senão o povo dorme. kkkkkkkkk Obrigado pela leitura.

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nossa é tudo tão rápido, fácil e inesperado. mais foi intenso. gostei!

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Adorei lindo demais cara continue assim

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