Gente continue comentando, os elogios e criticas servem para eu me aprimorar ainda mais. Agradeço a todos por gostarem do conto. Um beijãoooooooo. E Boa leitura.
Minha vontade era negar na mesma hora e me afastar dele. Minha atração por ele poderia complicar nossas vidas; mas acabei aceitando o convite.
- Se eu estiver vivo amanhã, eu vou sim. Agora se me der licença, eu preciso entrar. Boa noite.
Ai Lucca, às vezes você é tão imaturo. E esse rapaz, como pode mexer assim comigo em tão pouco tempo? Bom, essa era uma resposta que eu ia deixar o próprio tempo responder.
Entrei e levei um susto. Caraca! A minha casa tava uma zona; tudo espalhado, muita coisa fora do lugar. Já viu né? Criança em casa e sem empregada? Da nisso. Amanhã eu arrumo esta bagunça.
Tomei um longo banho para vê se ao menos melhorava o porre. Me joguei na cama logo em seguida, completamente nu, aliás, eu adorava dormir nu, me sentia mais confortável.
Fiquei pensando na noite de hoje. Quem diria que o Vinicius fosse um cara tão bom e gentil? Seu jeito alegre, divertido e até mesmo irônico de ser me atraia muito. Será Lucca? Será que ele também é gay? Afinal ele tentou me beijar. Talvez fosse melhor não se aproximar tanto assim, eu não estou a fim de me envolver com ninguém sério, e estando ao lado dele, eu não ia conseguir controlar os meus impulsos.
- Meu Deus! O Caio. Dei um pulo da cama. Aiiiiiiiiiiii minha cabeça, que dor terrível. Nossa já são dez da manhã. Acho que nem vou tomar café, vou correndo buscá-lo na casa da Dona Carmem. Me apressei no banho e consegui chegar rápido na casa dela.
- Oi Dona Carmem, como à senhora está?
- Oi meu filho, estou bem querido. Entre!
- Não tem necessidade, eu só vim buscar o Caio.
- Deixe de bobagem, venha, vamos entrar e tomar café.
Eu agradeci profundamente por dentro, pois eu estava com uma fome de leão. Nem pensei duas vezes, e aceitei o convite.
- As crianças estão lá em cima, e adivinha? – Jogando vídeo game. Isso é um vicio meu filho, eles não querem saber de outra coisa.
Dei um leve sorriso em concordância.
Tomei o meu café super rápido, pois não queria incomodá-la. E pedi para que chamasse o Caio. Ele veio descendo as pressas e me deu um abraço forte.
- E aí lindão? Comportou-se direitinho? Você não deu trabalho a Dona Carmem não né?
- Ele nunca dá trabalho, é um menino maravilhoso.
- Se a senhora ficar dizendo estas coisas na frente dele, vai ficar ainda mais convencido.
Rimos todos juntos. O Caio conhecia o Pedro desde a infância e cresceram juntos. Dona Carmem era praticamente da família, a amizade entre ele e a minha mãe, era algo impressionante de vê.
- Dona Carmem, muiiiiiiiito obrigado por ter cuidado dele pra mim. A senhora é um anjo.
- Ohhhh meu filho, foi um prazer; e sempre que precisar é só ligar.
- Vamos? Dá um abraço no Pedrinho e um beijo na Dona Carmem.
Saimos de lá e fomos direto pra casa. Caio como sempre, soltou a minha mão e saiu correndo pela rua, me fazendo gritar horrores. De repente meu celular começou a tocar. Ahhhh não, eu não acredito que esse idiota ta me ligando?
- Fala logo o que você quer Diogo.
- Eu não gostei nenhum pouco da forma como você me tratou ontem. Mas eu relevei porque você estava bêbado.
- E mesmo que eu não estivesse querido. Olha só, vai ver se eu estou na esquina ta bom? Porra! Fica enchendo o meu saco a essa hora!
Bati o telefone na cara dele. Ninguém merece.
Quando eu ia chegando em casa, o carro do Vinicius se aproximou do prédio. Por incrível que pareça, chegamos juntos.
- Oi, eu vim de buscar pra gente sair.
Eu estava meio sem graça, e pra variar, com o cabelo todo desgrenhado, morrendo de vergonha de está daquele jeito em sua frente.
- É que... Podemos deixar para outro dia? Eu acabei de buscar o irmão na casa do amigo dele, e ainda nem me recuperei da noite de ontem.
- Não senhor. Eu não aceito um não como resposta. E enquanto ao seu irmãozinho, ele pode vir com a gente sem nenhum problema.
Eu sabia que ele ia dizer aquilo. Já havia até me esquecido, o quanto ele era persistente.
- Obaaaaaaaa, vamos sair de carro Lulu?
Aquilo foi à morte pra mim. Eu odiava aquele apelido que o Breno havia colocado em mim, e me vem o Caio com esta lembrança maldita. Sussurrei bravo perto dele.
- Para de me chamar assim, ou eu ponho você de castigo, trancado no quarto.
Era tarde demais, ele tinha ouvido tudo.
- Ohhhhh Lulu... Não seja tão mal assim com o coitadinho, ele é só uma criança.
Pra variar, os dois começaram a rir da minha cara, numa gargalhada que parecia nunca acabar.
- Pode parar a palhaçada ta? Lulu é a avó!
- Ui, como ele ta bravinho Caio. Kkkkkkkk...
- Ai que raiva de vocês dois. Chega! Não vou mais para lugar nenhum.
- Ahhh... Vai ficar com essa carinha brava, só por causa de um apelido bobo, Lulu?
Quanto mais a minha raiva aumentava, mais ele me irritava. Que cara chato!
CONTINUA...