• 19 – Diferentes rumos
Eu tinha ciência de que havia dormido mal na noite passada. Ou seria mais correto dizer na madrugada do dia atual? Que seja! Sonhos horríveis atormentaram a minha noite. Não me lembro de nenhum. Eram feios e poucos nítidos, alguns não tinham “nem pé e nem cabeça”, coisas sem sentidos. Eu não conseguia raciocinar bem daquela maneira. Apenas lembro-me que sofria. Sofria por saber que poderia perder, rapidamente, a pessoa que amo. No meio da noite, durante tais pesadelos, por um momento, senti-me protegido e preenchido sentimentalmente.
Acordei com a famosa enxaqueca e com uma super indisposição para levantar da cama. Eu precisava, eu realmente precisava levantar-me. Iria ser a primeira ultrassonografia da Nadine e eu queria acompanha-la, juntamente com o José. Queria saber o sexo do bebê, e já pressentia que seria uma garota. Em meio a meus sonhos de ser ‘pai’, – Sonhos estes quase impossíveis, pois nunca cogitei ter uma vida conjugal ao lado de uma mulher. – sempre tive a esperança de que meu primeiro herdeiro fosse uma menina. E como eu sabia que toda a responsabilidade, tanto da parte materna como da paterna, seria minha, eu preferia cuidar e trocar as fraldas de uma menina do que as de um menino.
Levantei de minha cama e fui observar-me no espelho; minha aparência incentivou-me a fazer uma careta enquanto me olhava no espelho. “Estou horrível”, falava comigo mesmo fitando a imagem projetada, “E que olheiras são essas, Walmir?”, impressionei-me com o meu estado, “A que ponto eu cheguei?”, sorri comigo mesmo. Talvez eu só precisasse de uma repaginada no visual. Mudanças... Acho que todos precisam desse critério para continuar no ritmo da sociedade. Somos mutáveis e isso é indiscutível. Entrei no chuveiro e deixei a água gelada banhar meu corpo. Quando a água tocou-me, percebi que havia sido penetrado durante a noite; meu anel ardia e se contraia a cada gota d’água que ali passava. Agora eu entendia o porquê de me sentir seguro depois de todos aqueles sonhos malucos que tive: José esteve comigo. E aquilo me alegrava. E meu corpo arrepiava-se só em pensar em tudo o que ele fez para estar ali, ao meu lado.
Sai do banho, peguei uma roupa qualquer (Peças cotidianas, como: Calça jeans e camiseta polo ou de manga comprida) para me vestir e arrumei o meu cabelo rapidamente. Desci para a mesa do café-da-manhã e percebi que ninguém estava em casa. Olhei no relógio e constatei que já se passavam das doze horas da tarde. Eu estava mais que atrasado; sequer havia café na mesa, tive de arrumar o meu almoço e depois rumei para a casa de Senhor Antônio, detalhe: a pé. Chegando lá, achei a movimentação um pouco estranha: O carro de José não estava na casa e pude perceber que apenas Silvia marcava sua presença lá. Concluí que Antônio deveria estar na prefeitura, trabalhando em algum projeto. Toquei a campainha da casa e Silvia atendeu-me, surpresa.
– Bom dia, Walmir! O que faz aqui?
– Como assim “O que faço aqui”? Vou esperar o meu noivo para irmos ver qual o sexo do nosso bebê. – Falei sorrindo, enquanto Silvia fazia uma cara de espanta, esbugalhando os olhos.
– Desculpe-me, Walmir, mas o José já saiu há bastante tempo com a Nanny. Acho que você deveria ter chegado mais cedo. – Aquela noticia enfureceu-me bastante. Eu, realmente, queria ter ido ver o feto se mexendo. – Quer deixar algum recado, meu doce?
– Não, nenhum. – Fui seco. – Diga apenas que vim aqui! – Dei as costas e nem a deixei se despedir de mim.
Não era de o meu feitio deixar as pessoas no vácuo, mas, poxa, eu estava chateadíssimo; não era só com o José, mas, também, com a Nanny. Primeiro, ela me pede para participar da vida do filho dela e agora resolveu ir e me deixar só. “Mas, se eles que são os pais quiseram assim, eles que arquem com as consequências! Meu papel eu fiz”, pensei comigo enquanto dirigia-me, fulo da vida, para a minha casinha.
Com algumas horas depois de eu ter cochilado um pouco, sou acordado com a Nanny fazendo carinho em meu rosto. Foi um sufoco abrir os olhos e visualizar a projeção de qual sentimento o seu rosto emitia.
– Parabéns, papai! – Ele sorriu e me fez sorrir, mesmo chateado, com aquela palavra. – A gente tem uma linda menina para cuidar agora.
– Jura? – Exclamei feliz, enquanto pulava da cama e alisava a saliência que ali se formava. – Você já tem um nome para ela? – Eu estava muito excitado com toda aquela situação. Ter uma menina era tudo o que eu queria.
– Não, eu e o José ainda não pensamos, mas, pelo visto, você já tem um nome em mente, certo? – Ela perguntou-me, ainda sorrindo.
– Sim! – Gritei feliz, caindo de costas, e deitado, na cama. – Cecília. – Nanny fez uma cara de interrogação e eu a respondi. – Esse era o nome da avó do José, a avó materna. – Falei um pouco triste. – Ele não tem nenhuma base familiar além do pai e dos tios, a avó dele faleceu há pouco menos de quatro anos. E ele a amava demais. Se puder fazer isso por ele, serei eternamente grato. – Falei enxugando uma lágrima que teimava em cair.
– Por ele, não. Por você, sim. – Ela falou tocando o meu rosto. – Vou avisá-lo da escolha do nome.
– Não! – Eu falei segurando o braço dela. – O deixe quebrar um pouco aquela cabeça dura e depois você fala sobre a escolha. Aposto que ele vai amar.
– Obrigada! – Beijou-me a testa.
Feliz, porém não me parecia totalmente, ela retirou-se de meu quarto. Tirei minha roupa e fui tomar outro banho, dessa vez vesti-me apenas com uma cueca Box branca. Queria dormir, mas o sono não veio. Por fim, peguei um livro de química e fiquei estudando uma variedade de assuntos. Esperei até uma ligação do José, mas ele não o fez. Apenas sai do meu quarto para comer e depois voltei para escutar música. Enquanto ouvia MPB na rádio, ajeitava o meu material para ir ao colégio. Sim, ainda tínhamos aulas e mais aulas no mês de dezembro, porém, raramente, quem já estava passado parava de frequentar tal ambiente. Isso nunca se aplicou ao meu caso. Enquanto alguns são ratos de academia, eu sempre fui rato de escola. Dormi após ter ajeitado todo o meu material e ter comido, por fim, uma maçã.
Fui despertado, pela manhã, por meu relógio biológico que ainda estava acostumado as rotinas das caminhadas. Após ter feito todo o processo matinal, rumei para a escola. Constatei que havia sido uma péssima ideia eu ter ido para aquele lugar. Além de mim, de conhecido só havia Celina, Sofia e Plinio. Ao menos as aulas daquele dia não foram entediantes. Divertimo-nos, brincamos, cantamos e revisamos alguns assuntos de vestibular, mesmo sendo do segundo ano. José não deu o seu “ar da graça” e ninguém tinha noticias dele.
Ao sair do colégio, fui visitar as únicas pessoas que poderiam me informar onde o José estava: Silvia e Antônio. Infelizmente, ninguém estava em casa. Tentativas falhas...
Ao chegar em casa, e notando minha impaciência, mamãe foi a pessoa adequada para me fazer um carinho bem gostoso que só mãe sabe fazer. Durante a tarde, depois do almoço e de meu descanso, eu fui caminhar e passei na academia para treinar um pouco. Voltei para a minha casa quando estava anoitecendo. Sequer vi a cara do Rafael e da Nadine. “Melhor assim”, pensei, sem entender o que se passava, de verdade, em minha cabeça. Acabei o dia vendo o DVD da festa de aniversário de meu Grandão. Meu... Um “meu” tão ausente, ultimamente. Era “meu” apenas por ser, e não porque de fato era. Dormi pensando nessas amenidades e nas armadilhas que a vida já havia jogado para cima de mim.
O dia posterior pareceu ter sido um dejavú do dia anterior. A minha rotina pessoal, e minha rotina escolar não mudou em nada, exceto pelo fato de, ao ir à casa do Senhor Antônio, ele estava lá.
– Olá, Senhor Antônio! O José está? – Saudei, alegremente, ao meu sogro.
– Não, não está, Walmir. – Ele falou um pouco desconfiado. – Que deixar algum recado? Logo, logo ele volta, se quiser esperar, sinta-se a vontade!
– Obrigado, Antônio, mas eu acho que hoje não. De qualquer maneira, obrigado por tudo! – Falei abraçando-o e saindo dali.
Fui para a minha residência, um pouco chateado e triste. Eu estava começando a ficar com ódio de algo, algo esse que eu ainda não reconhecia o que era, mas eu sentia ódio de tudo o que estava acontecendo naquele momento. José estava estranho; não me procurava, não me contatava e sequer para mim. Senti-me excluído.
Alguns dias se passaram, não tão diferentes dos outros. José não ia à escola, mau o via e mau via a Nanny, para acabar de acertar, Rafael também não estava tendo contato com nenhum dos dois e eu, a cada dia que passava, me sentia mais excluído.
Na sexta-feira, da primeira semana de dezembro, resolvi passar pela casa de meu sogro e receber noticias do José. Toquei, impacientemente, a campainha e senhor Antônio, mais uma vez, atendeu-me com cara de espanto.
– Olá, Walmir! O que faz aqui? Pensei que estivesse em Recife. – Falou abraçando-me.
– E por que eu estaria lá? – Perguntei prevendo a resposta.
– O José viajou com a Nadine, ontem. Pensei que ele iria com você e... – Sequer o deixei terminar a frase e subi para o quarto do José.
Não sabia o que se passava na minha mente enquanto passava pelos cômodos daquela casa. A cada pisada que eu dava, parecia que eu estava esmagando meu próprio coração. Eu não sabia o que realmente estava prestes a fazer, mas deixei meus impulsos me levar. Entrei no quarto do Otavio, abri uma mala por sobre a cama, e comecei a despejar, na mesma, todas as minhas roupas que no guarda-roupa se encontravam. Não tive tempo ou paciência para ajeitar todas as peças, ao menos elas couberam, não tão perfeitamente, na bagagem.
– Para onde você vai?
Essa foi a primeira pergunta de Antônio logo quando atravessei a sala; se não tivesse sido um momento num tanto ”trágico”, eu estaria rindo de sua feição.
– Para a minha casa. – Respondi secamente cruzando a sala e me direcionando a entrada principal.
– Por quê? – Ele tocou meu pulso e sentiu a minha pele gelada. Eu estava nervoso.
– Porque tudo o que eu construí com o José, acabou. Não tenho mais forças para continuar numa relação tão ‘sem-futuro’ como essa que eu estou vivendo.
– Mas, Walmir...
– Sem “mas”, senhor Antônio, por favor! Eu já aguentei demais por essa relação, mas ser excluído por deslize dele eu não aceito. Não mesmo.
Soltei meu pulso da mão de meu sogro e caminhei até a rua. Liguei para mamãe e pedi para que ela me mandasse seu motorista. Em menos de cinco minutos ele já estava lá. Entrei no carro e nem o cumprimentei e quando ele o fez, não obteve saudações. Ao chegar em casa, subi para o meu quarto, desfiz a mala e arrumei tudo em meu guarda-roupa. Tudo cheirava a ele, tudo lembrava a ele, mas não, em nenhum momento eu me permiti chorar. Não dessa vez; eu precisava ser forte ao menos uma vez em minha vida.
Tomei meu banho e, ao terminar, pus minha roupa de dormir. Era cedo, eu ainda não queria dormir, mas, ao menos, fazer isso seria uma boa escolha como fuga para o termino de uma relação. Era a primeira vez que eu tomava uma decisão sem a presença dele, mas, ultimamente, tinha sido isso o que ele estava fazendo. Fui para a cozinha e preparei dois sanduiches para mim, acompanhados com um copo de 500ml de Pepsi twist. Sentei-me na sala e pus um filme para rodar no DVD. Pinóquio, meu musical infantil favorito.
– O que está acontecendo com você, Walmir? – Perguntou-me mamãe enquanto adentrava a sala.
Ao ver aquela figura, aquele símbolo mais representativo de minha vida, eu pude ser eu mesmo: deixei minhas lágrimas caírem e corri para abraçar a minha querida e amada protetora.
– Acabou, mamãe. Acabou tudo. – Falei em meio a soluços.
– Sente-se! – Ela guiou-me até o sofá. – Quando você diz que acabou, está se referindo ao seu relacionamento com o José, certo? – Ela falou enquanto se sentava no sofá e eu apenas afirmei com a cabeça. – Por quê, Walmir?
– Desde o dia que ele foi fazer a maldita ultrassom, que ele fez o favor de me esquecer. Ele fez o favor de me excluir da vida dele. Eu até engulo o fato da outra estar grávida dele, mas chegar ao ponto de apenas os dois fazerem as coisas juntos, isso eu não admito.
– Está assim porque ele te excluiu da vida paternal dele? – Acenei positivamente. – Isso é a coisa mais normal do mundo, Walmir. Ele só está curtindo o momento dele. É o primeiro filho dele. Não deverias estar assim, meu amor.
– Ah, mamãe, por favor! Não me venha com essa de “primeiro filho”! Por mim, ele que se vire sozinho, agora, já que a mãe daquele feto é uma irresponsável.
– Calma, Walmir! Está passando dos limites.
– É mesmo? Talvez a senhora tenha razão, eu passei dos limites desde o dia em que o perdoei quando ele me traiu. Era ali que o nosso relacionamento deveria ter terminado. – Fiz uma grande pausa enquanto passava de um lado para o outro da sala. Eu já não me reconhecia. – A culpa é toda da Nanny e daquela criança.
– Walmir! – Mamãe exclamou espantada. – Eu não acredito no que você disse. A criança não tem culpa de nada. Meu filho, você está sendo egoísta.
– Não me chama de egoísta, mamãe!
– Você é egoísta sim, mas eu não vou falar mais nada. Você só vai acreditar quando a Silvia passar isso tudo em sua cara.
Mamãe me deu as costas e foi para o seu quarto. Corri para o jardim até esfriar a minha cabeça. Que merda era aquela que eu havia falado? Era a primeira vez que sentia ódio em algo que não pertencia, ainda, naquela parte da história, ao menos aquele algo não tinha culpa daquilo o que estava acontecendo. O errado poderia ser qualquer um, menos a menina que a Nanny estava se preparando para dar a luz. Como fui burro e mesquinho. Por um minuto eu fiquei cego, e eu não queria ficar de novo.
Acabei decidindo ir dormir. Era o melhor a se fazer.
Na manhã do dia seguinte, sábado, acordei por volta das nove horas. Tomei meu café-da-manhã e fui correr pela cidade. Era quase meio-dia quando me dirigi até a casa do Acácio, ele recebeu-me com um sorriso e um abraço. Seu sorriso se desfez logo depois que eu contei a história para ele.
– Por que fez isso, Walmir?
– Nem você vai me apoiar? – Indaguei.
– Claro que não. Você precisava ter conversado com ele e dizer no que ele estava errando. Olha! Você já passou por muita coisa na sua relação com ele e apenas pela ausência dele você se abala? Você já foi melhor, Walmir.
– Ah, não Acácio! – Exclamei virando minhas costas para ele e o mesmo me puxava.
– Entra! Pra sua casa você não volta. Não hoje. – Ele sorriu e levou-me até o banheiro social. – Não gosto de gente suada em minha casa. – Pigarreei. – Exceto o meu Marcos. – Sorrimos e entrei no banho. Acácio trouxe algumas roupas leves, dele, para mim.
Estar na casa de meu melhor é a melhor coisa do mundo. Sempre que José e eu tínhamos, ou temos, alguma briga, era ele quem estava, e está, lá por mim. Curando as minhas feridas. Preparando-me para uma nova aventura.
Almoçamos, brincamos, lanchamos, dançamos e cantamos bastante; coisas que amigos fazem enquanto estão juntos. Quando tardou a noite, deitamos juntos.
– O Marcos vai ficar com ciúmes de mim? – Perguntei ironicamente.
– Pode crer que vai. – Respondeu no mesmo nível. – Como se houvesse perigo entre mim e você. – Sorrimos juntos. Acácio é muito cara de pau. – Tem certeza que você vai aguentar ficar sem foder todos esses dias?
– Acácio? Crápula! – Recriminei seu modo de falar.
– Perguntei alguma mentira? Vai dizer que você faz amor com ele? – Acenei positivamente. – Não, Walmir. Não se faz amor. Amor não é algo material, não pode ser produzido. Você fode. E fode muito. – Fiquei vermelho na hora, cheguei a chorar.
– Minha nossa! Você é tão devasso, assim?
– Pior.
– Vamos mudar de assunto, por favor! – Pedi manhoso.
– Quer falar sobre mulheres? Não sabia que essa era a sua praia.
– Para!
– Vamos dormir, tá bom?
– Certo. – Eu queria conversar mais, mas o Acácio não iria me ouvir e sempre iria tirar um sarro comigo.
Acabei adormecendo.
No outro dia, o Acácio e tia Lourdes – Tia do Acácio e considerada minha. – acordaram-me com a maior folia. Serviram-me até café na cama. Chorei lembrando-me dos mimos que recebia do José. Tia Lourdes me aconchegava e o Acácio me melava de chocolate.
Voltei de tardezinha para casa. Quando cheguei perto do portão, avistei um carro vermelho. Era um dos dele. Entrei calmamente e passei para entrar pelas portas dos fundos, porém fui puxado bruscamente para trás.
– Onde você estava? – Ele estava furioso comigo. E eu já ameaçava chorar.
– Acho que isso não interessa a você.
– Como é? – Ele me perguntou com raiva.
– Eu estava na casa do Acácio, ok? Deixe-me ir! – Ele puxou-me e deu-me um beijo.
Inúmeras vezes eu tentei me desvencilhar, mas era vencido por sua força descomunal e por minha fraqueza sentimental; eu precisava dele, era difícil admitir.
– A gente não terminou, Walmir. – Ele impôs. Céus! Por que eu me permitia ser tão submisso?
– Por favor, me deixa! – Falei virando meu rosto para não olhá-lo.
– Por que está fazendo isso com a gente? Hãm? Responda-me, se possível!
– Como é que você tem a cara de pau em me perguntar uma coisa dessas? Logo depois de ter me excluído de sua vida, você...
– Por que está sendo tão egoísta comigo?
– Até você? – Perguntei enquanto punha a minha cabeça em seu peito e chorava.
– Baixinho, meu amor, eu estava em um momento que era só meu. Claro que eu queria dividir a minha felicidade com você, mas era muita coisa em minha cabeça. Em momento nenhum eu deixei de pensar em você. Desculpa o seu grandão, vai amor?
– Agora não. – Falei secando minhas lágrimas. – Eu quero você, mas não desse jeito. – Ele me fez uma cara de interrogação. – Vai ter que me mostrar que precisa de minha confiança, vai ter que provar que não me esqueceu. Eu acredito em suas palavras, mas eu quero saber até onde há veracidade no que você me diz.
– É um desafio? – Acenei positivamente. – Eu aceito. – Ele sorriu enquanto eu o encarava. – Já estou de saída, então.
– Tchau. – Fui seco e virei de costas.
– Não antes disso. – Ele virou-me de frente e, mais uma vez, beijou-me. – Ninguém... Toca... Em... Você... Entendeu? – Ele falava intercalando em selinhos. Apenas acenei e o beijei. Sim, a iniciativa veio de mim. Fui fraco. Pequei.
Subi para o quarto, um pouco mais radiante. Eu nem acreditava no que estava acontecendo e como estava acontecendo. Eu estava tão indeciso; com ele, com a Nanny, com a vida, comigo...
Eu tomava diferentes rumos, apenas não sabia onde iria chegarBeleza, galera? Essa parte fora narrada e escrita pelo meu Baixinho e acho que alguns dos próximos contos serão do ponto de vista e da autoria dele.
Acho que houve uma interpretação errônea da parte de vocês quando Eu postei a frase que dizia que Eu não tinha culpa do que havia ocorrido. Essa frase não é uma referencial de algo que Eu havia feito no passado, mas, sim, no que está acontecendo agora.
Como Eu disse, o Baixinho já me perdoou, mas Eu me sinto culpa (Recentemente). Quanto a o que aconteceu no passado, Eu sempre irei me arrepender de tê-lo excluído de minha vida, mas em momento algum eu deixei de pensar neleEdu15, Robin Hood, frannnh - Eu amadureci muito naquele tempo, mas, sim, considero um deslize meu. Deslize do qual me arrependo.
foguinho99 - Acho que você foi uma das pessoas que fez uma interpretação errada de minha frase. E Eu também não entendo como o Walmir ainda está comigo. Tanto é que, pelo o que está acontecendo agora, Eu iria pedir a separação, porém não me deixaram e ele alegou que não se separaria tão facilmente de mim.
Jhonnycash, diiegoh' - Obrigado por ler e comentar.
¤$€MI¤@L@DO¤ - Você vai ver que Eu tentei, do meu jeito brutão, reconquistar o Walmir. Muita coisa ainda vai acontecer. Quanto ao pedala robinho, ele já faz isso sem ninguém pedir, todos os dias. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
grimm, CARPE DIEM* - Obrigado pelas palavras sábias de vocês, meninas. Muito obrigado por tudo.