E aí, o que acharam da atitude do Carlos?? E do Bruno?? Situação hein... Espero que estejam gostando. Obrigo pelos comentários, até o próximo e boa leitura...
Não pensei mais. Fui até o lugar onde jurei felicidade a mim mesmo e a meu amor, meu irmão. Bruno.
Cheguei até o apartamento e bati na porta. Eram duas horas da manhã.
Bati tanto, com medo de acordar os vizinhos, mas certo de que estava fazendo o melhor.
Não demorou e ele atendeu. Tomei a atitude que devia ter tomado há tempos. Me ajoelhei e implorei:
- Bruno, me perdoa. Por favor. Eu te amo. Me perdoa?
- Que palhaçada é essa?
- Não tem palhaçada nenhuma Bruno. Eu errei feio, eu sei. Mas eu to aqui, de joelhos, pedindo seu perdão. Eu te amo demais. Eu não aguento mais essa culpa.
Ele me empurrou com perna me deixando no chão, chorando. Por um momento achei que ele fecharia a porta e me deixaria ali, mas ele não fez isso.
Me carregou no colo e me colocou no sofá, trancando a porta.
Só nesse momento pude reparar que ele estava só de cueca boxer, a vermelha que eu mais gostava nele. Estava mais que perfeito. Esse era meu Bruno.
- Agora me explica essa atitude idiota.
- Bruno, eu preciso de você, mais do que eu imaginava.
- Já sei, o idiota lá terminou tudo contigo ou te colocou pra fora.
Balancei a cabeça afirmando. Ainda não era capaz de assumir mais essa merda, mas estava disposto a tudo para reconhecer meus erros.
- Eu preciso que você me desculpe. Eu sei que eu sou um traidor, mas eu te amo cara. Não é possível que você vai me negar um lar, carinho, seu amor.
Ele deu mais uns passos em minha direção e me segurou com certa força:
- Eu não te negar um lugar pra dormir não, apesar de você merecer. Eu sou seu irmão, não vou fazer isso contigo.
Respirei aliviado, mas ainda faltava muita coisa.
- Então voltamos as boas?
Ele deu uma risada e se afastou.
- Você tá louco né? Você acha que vou aceitar essa sujeira que você fez e fica tudo bem? Bebeu, só pode.
- Mas eu achei que...
- Num devia achar nada cara. A última vez que você achou alguma coisa, tava voltando pra casa dos seus pais e fazendo mais merda.
Eu só me encolhia no sofá, percebendo o quanto eu estava errado. Eu não era assim, mas eu fiz muita coisa errada e sabia que precisava me redimir.
- Então como a gente fica Bruno?
- Ficamos irmãos, porque isso não dá pra mudar. Coloca suas coisas no quarto que tá vazio. Vou dormir, porque tenho que trabalhar pra te sustentar de novo.
Ele saiu e eu fiquei lá, sem coragem pra entrar no quarto. Acabei dormindo no sofá mesmo, aliás, não consegui dormir.
Me levantei mais cedo, mesmo mal disposto. Era hora de fazer por merecer o Bruno.
Eu tinha que reconquistá-lo.
Corri pra cozinha e preparei o café da manhã. Só percebi que ele havia acordado quando ouvi o chuveiro sendo ligado. Morri de vontade de entrar no banheiro e senti-lo, nu, ao meu lado. Mas não era a hora. Fiquei quieto na cozinha, esperando-o chegar para comer.
Havia feitos umas torradas e misto-quente, sabendo que ele adora. Além de seu café bem forte, como ele.
Bruno entrou na cozinha já arrumado. Aquela roupa social o deixava ainda mais lindo. Nesses momentos eu percebia o quanto eu era apaixonado por ele, cada dia mais.
- Madrugou hein?
- Pois é. Fiz seu café já.
- Hum.
Ele sequer me deu bom dia, apenas bebeu o café e se despediu. Rapidamente ele já estava na porta, carregando suas coisas e pegando o elevador.
Eu entendia sua reação, mas sua forma de me tratar me magoava, me jogava ao fundo do poço. Eu sabia que era
merecido, mas isso doía.
Me arrumei pra faculdade e não conseguia esconder minha tristeza. Mesmo que ao lado de Bruno novamente, ele parecia cada vez mais distante, cada vez mais inacessível.
Eu conhecia seu lado ogro, mais do que ninguém, mas não acreditava que todo o amor que ele sentia, que ele demonstrava, já houvesse acabado. Mas sabia que eu precisava despertá-lo, mais uma vez.
Me arrumei rapidamente, fazendo o possível para esconder as olheiras para evitar os comentários, mesmo sabendo que seria em vão.
Cheguei na portaria da faculdade e só lá me lembrei de Leandro. Como ele estaria depois da bebedeira?
Ah, que se dane!
Se não fosse por ele eu ainda estaria no meu namoro “feliz” com Bruno. Cheguei na sala e não o encontrei.
A aula passou rápido e eu voltei rapidamente pra casa. Voltaria, se não tivesse visto o que vi.
Ele estava jogado no chão, rodeado de curiosos e bastante machucado. Uma quantidade de sangue ao seu lado e estremeci quando vi seu rosto.
CONTINUA...