Continuando ...
O carro rolava em alta velocidade. Como eu estava sem sinto, rolava, batendo-me de um lado para o outro. Nós gritávamos desesperadamente . Não duraram poucos segundos, e bato minha cabeça com muita força. Depois disto não lembro-me mais de nada.
Tive algumas sensações estranhas. Era como se minha alma vivesse mais meu corpo não. Me sentia em outra dimensão.
...
Acordo com muita dificuldade. Todo o meu corpo está dolorido. Pareço não saber controlar a mim mesma.
Havia muita claridade na sala onde eu estava, o que dificultava a minha visão.
Aos poucos percebo que estou em um leito de hospital.
Fico observando cada detalhe da sala. Tudo parecia novo.
Até que aparece um homem vestido de branco. Deveria ser o médico.
Ele era lindo. Cabelos loiros, e reluzentes olhos verdes. Ele tinha um sorriso encantador em seu rosto.
- Até que enfim acordou heim!
Falou ele colocando sua prancheta encima de minha cama.
Eu: Onde estão meus pais? Eles estão bem?
Médico: Eles estão vivos. Sua mãe foi a que menos sofreu com o acidente. Ela foi em casa tomar banho. Mas logo, logo estará aqui. E seu pai... Bem... Dês do acidente ele está em coma profundo, mas, a qualquer momento pode acordar.
Eu: Quando tempo faz que o acidente aconteceu?
Médico: Cerca de um mês. Você também estava em coma. Mas Graças à Deus, acordou! Sua mãe e seus irmãos ficarão muito felizes!
Eu: Irmãos? Mas que irmãos?
Médico: O Thiago e a Rebeca! Por que? Não se lembra do seus irmãos?
Nesse momento lembrei-me de todo o acontecido.
Eu: Ah, claro que me lembro. Não se preocupe. Quando vou ter alta? Eu quero ver o meu pai!
Médico: Preciso fazer algumas avaliações ainda. Mas. Se tudo der certo. Amanhã de manhã. Vou agora mesmo solicitar que as enfermeiras venham fazer todos os procedimentos. Relaxe, que sua mãe já vai chegar para visitá-la.
Eu: Tudo bem.
Após alguns minutos minha mãe chega, e aos choros vem me abraçar.
Nos abraçamos como nunca. As lágrimas pareciam incontroláveis.
Mãe: Tive tanto medo de te perder minha filha!
Eu: Mas eu to aqui mãe!
Ficamos mais alguns segundos abraçadas, depois nos recompomos.
Eu: Mãe, e papai? Como ele ta?
Mãe: Desde o acidente ainda não acordou. Seu coma está profundo. Mas, a qualquer momento pode acordar...
Eu: O médico veio aqui e me falou de irmãos meus... Que história é essa?
Mãe: Ai minha filha... Eu não pude negar o direito dos filhos verem o pai. Você já sabe de tudo não é mesmo?! Então não havia sentido eu surtar mais por isso. Eu e a Márcia estamos convivendo bem. Lógico que há certos assuntos que são intocáveis entre nós, está sendo confuso para mim, mas até agora não está sendo nada traumático. Ela cuida de seu pai, e eu cuido de você. Foi assim que se resumiu a minha vida até agora. Só falta seu pai acordar, toda a papelada da separação já está pronta, só falta ele assinar. Quero me livrar logo desta situação. Quando você sair daqui, quero que vá conversar com ela. Você precisa conhecer seus irmãos.
Eu: Eu não quero! Pra mim eles não existem!
Nesse momento a enfermeira avisando que chegaria visita. Em poucos segundos entra Marina.
Mãe: Bem, eu vou sair para deixar vocês à sós.
Marina sorri para mamãe e se aproxima de mim.
Marina: Iai, como você ta?
Eu: Um pouco confusa. Mas de certa forma, melhor, pelo menos eu estou viva!
Marina: Verdade ...
Eu: Mas me conta o que aconteceu durante esse tempo.
Marina: Nem sabe... Eu e Romualdo fugimos mesmo, e isso você já deve saber.
Nós já estávamos um pouco longe, até que aparece a mulher dele e minha mãe atrás da gente com um carro buzinando! Foi que nem aquelas perseguições de filmes de ação, sabe?! Haha
Até que resolvemos parar. Houve o maior quebra pau. De um lado minha mãe brigando comigo, e do outro a mulher dele, brigando com ele. Por fim, fomos todos para casa. Só que, Romualdo se separou, e agora a gente ta junto! Ai amiga eu to tão feliz! Pretendemos casar ainda este ano!
Eu: Caramba! Quem diria heim ... Nossa... Fico feliz por você!
Fiquei extremamente surpresa, eu não dava absolutamente nada por aquela relação deles, e agora iriam até se casar!
Marina não demora muito e logo vai embora.
O resto do dia resume-se a exames, e mais exames.
À noite o médico me avisa que de manhã cedo já poderia voltar para casa, mas com certas precauções. Pra a alegria minha, e de minha mãe, que não tirava o sorriso do rosto.
O dia amanhece, acordo bem cedo, pois não queria ficar mais naquele hospital, queria a minha vida de volta.
Mas, antes precisava fazer uma coisa. Precisava ver o meu pai.
Depois de tudo pronto para irmos embora, pedi que minha mãe me levasse até ele.
Ela caminha comigo por um corredor que dava acesso à vários quartos. Até que para no 291.
Mãe: Entre minha filha, seu pai está ai dentro.
Respiro fundo. Não seria fácil ver meu pai naquela situação. Ele sempre foi ágil, trabalhador. Não ficava um segundo sequer parado. E agora estava ali paralisado, em um sono profundo.
Eu não aceitava tal ironia do destino. Mas precisava vê-lo, a saudade era grande.
Vou abrindo a porta bem devagar. Entro e vejo uma cena que não esperava.
Uma mulher, e duas crianças ao seu redor. Ou seja, Márcia, Thiago e Rebeca.
Teria que enfrentá-los.
CONTINUADesculpem o texto pequeno. Quero avisar que a série HSN, demorará um pouco mais para ser postada. Pois os capítulos que já estavam prontos, terminaram. Então estou continuando à escrever ela. Já tenho alguns parágrafos, mas, quero postar um texto maior. Pelo menos maior do que os do Primeiro Amor.
Espero que tenham gostado.
Abraço à todos =)