Achei melhor retornamos para a casa. Tirei a areia das pernas e segui em direção a trilha que levava à estrada. Rodrigo veio atrás. Passou um carro, levantou uma nuvem de poeira obrigando-nos a fechar os olhos. Senti o pó grudando na pele suada. Precisava de um banho.
Seguimos andando em silêncio. Eu ainda sentia a garganta incomodar, o gosto na boca, os lábios ainda pegajosos. Rodrigo deveria estar na mesma situação. Entramos na casa. Na garagem ele pegou a chave escondida e abriu a porta da cozinha. Dona Aparecida já estava no quarto dela nos fundos do terreno, via-se a luz acesa. Fui logo beber uma água. Rodrigo fez o mesmo. Foi quando o clima, até então estranho quando voltamos da lagoa, se quebrou. "Pra tirar o gosto...", disse ele sorrindo enquanto eu bebia a água. Ri meio sem graça e devolvi, forçando uma naturalidade que eu ainda não sentia, "parece que fica grudado na garganta". Ele riu.
Fomos tomar banho. Entramos no boxe, comprido. Ele se molhava, eu aguardava observando. Virou de costas para mim e o que eu disse não passou pela censura do superego, "sua bunda é gostosa". Ele não se virou, ao contrário, pegou o sabonete e passou nela. Não quis saber, me encostei nele. Como no episódio da mangueira, rocei, mas dessa vez não me afastei quando fiquei duro, pelo contrário, colei nela, queria que ele sentisse, e ele retribuiu aceitando e remexendo o quadril.
Na mesma hora peguei em seu pau, já duro, e passei a punhetar, a água caía sobre nós. Enquanto rolava esse sarro eu não parava para pensar no que era aquilo, ou seja, eu e outro garoto, só depois, nas indagações que se seguiram me dei conta que agi de forma natural do mesmo modo que se tivesse sido com uma garota, e isso ficou rolando na minha cabeça por muito tempo na busca de uma resposta.
Rebolava gostosinho e meu tesão estava a toda. Perguntei se ele queria, disse que sim mas que tinha receio. Já tinha enfiado o dedo, se masturbava desse modo, e uma caneta de quatro cores que havia na época, usava o condicionador para lubrificar, "mas eu nunca de verdade...", complementou. De frente para mim, falou "eu sou bicha, nunca gostei de garotas." Naquela época mal se usava a palavra gay, menos ainda entre adolescentes. Eu fui sincero, já que aquilo devia ter sido difícil para ele colocar para fora, "e eu achava que só gostava de garotas", respondi pegando em sua bunda. Rodrigo sorriu e me beijou num ímpeto que eu sequer esperava. Roçava meu pau nele, apertava sua bunda e disse que queria ele, que queria meter nele. Meu tesão não fazia distinção de sexo. Pegou o condicionador, Neutrox.
Aquilo não seria novo para mim, exceto pelo fato de ele ser um garoto. A Fabíola, com medo da mãe descobrir que não era mais virgem, pois sempre ia ao ginecologista com ela, só transava assim. Isso era relativamente comum na época, na frente mantinha o cabaço e atrás mandava ver. A gente terminou sem eu nunca ter metido pela frente, a maior parte do tempo era só oral e às vezes anal.
Rodrigo se agachou e me chupou. Era nítido que fazia com gosto. Fiquei de joelhos diante dele, senti meu gosto em sua boca, pedi para que ficasse de quatro, o olhar dele era de desejo e receio. "Não vai doer", falei. Passei Neutrox no dedo e enfiei, eu fazia isso na Fabíola. Estava um tesãozinho de quatro, a bunda, molhada, ainda mais redondinha, lisinha, pelos só em volta do cu. O pau dele duro como pedra rente ao corpo, não cedia um milímetro, o saco junto a ele. Ele disse que estava gostoso o entre e sai do meu dedo, e parecia estar gostando mesmo, os poros da bunda estavam eriçados. Passei o condicionador em mim, bastante. Encostei a cabeça forçando meu pau para baixo, o que naquela época não era tão fácil, comecei a penetrar, aos poucos ele se abriu, mas não era uma caneta nem um dedo.
Ele cedia, não reclamava, não apenas parecia ter aguardado por aquilo há bastante tempo como já tinha alguma prática com o dedo e a caneta, de não travar, o que seria a reação natural. Devagar penetrei, parando um pouco, deixando ele se acostumar, depois segui até encostar os pelos na bunda dele. Ao senti-los e notar que eu estava todo dentro pediu para eu comê-lo. E assim foi, passei mais Neutrox, um vai e vem, seu cu apertando meu pau, ele gemia, eu perguntava se estava gostoso, se era como ele imaginava, ele confirmava com a cabeça. Rodrigo começou a se masturbar enquanto minhas coxas batiam contra a dele, a bundinha redonda me recebendo era linda, um tesão só de vê-la me engolir, gozou, deixando sair um gemido longo, o meu também vinha, perguntei se ele queria que eu gozasse dentro, queria, senti gozar duas vezes e tirei, ejaculando o resto na bunda, caindo morno sobre a pele, a Fabíola gostava de sentir o gozo caindo na bunda, achei que ele também iria curtir. E curtiu.
Puxei ele, encostou suas costas em mim, eu ainda dentro dele. Virou o rosto e nos beijamos, mexia o quadril, perguntei se ele havia gostado, o sorriso dele dizia tudo, mas que estava quente lá. "Gostou do gozo caindo na bunda?" "Adorei", respondeu buscando minha boca. Era outro, seu lado feminino assumiu sem bloqueios. Levantamos, fui me lavar no chuveiro. Ele chegou perto. "Quer experimentar?", perguntou segurando em minha bunda e roçando a ponta do dedo no meu cu. Dei um passo atrás avaliando e respondi que não. Nem dedo eu já havia enfiado, nunca havia cogitado tal coisa.
Me vinha a lembrança da Fabíola na mesma posição que ele ficou e eu ficaria. Era estranho, não bateu vontade. Não reclamou, sorriu ao ver que não era a minha, o tomei na boca, ainda brinquei, "disso eu gostei". Depois de um tempo não muito longo chupando, gozou, quantidade bem menor. Sentei e me apoiei nos cotovelos. Joguei a cabeça para trás para ajudar o gozo descer. Rodrigo passou Neutrox em mim e de uma vez só sentou, eu estava dentro de novo. Ele queria mais. Ficamos encaixados, ele rebolava tal qual uma menina, fazia expressões idem, me aproximei, segurei em sua bunda, começamos a nos beijar, ele grudou seu corpo no meu, as mãos apertavam minhas costas, seu pau melado entre nós e o meu dentro dele. Quando percebeu que eu gozava, aumentou os movimentos do quadril e dizia para eu gozar. Deitei no chão do boxe, braços esticados para trás, Rodrigo permaneceu comigo dentro dele até sentir que o vigor se ia. Levantou e entrou debaixo do chuveiro. Depois fui eu. Nos enxugamos e seguimos pro quarto sem roupa mesmo. Mas a ideia era dormir, estava bom por um dia.
Fiquei na cama olhando pro teto, cheio de questionamentos, sem o tesão as coisas tomam outra forma. Levantei na manhã seguinte achando que o que havia acontecido no dia anterior não mais se repetiria, não deixaria. Puro engano. Na quinta e na sexta, onde ainda éramos só nós e a empregada, repetimos tudo. A gente se chupava antes mesmo de sair do quarto pro café, rolava no banho e na lagoa à noite. Quando os pais dele chegaram no sábado, ainda fazíamos oral no quarto, mas nada de banho juntos ou lagoa.
Assim foram as férias de verão daquele ano.
(Continua..)
Alex