A Montanha Russa da Vida I
Ele olhou em meus olhos e sorriu, ainda não tinha visto nada igual a aquele sorriso era simplesmente perfeito. Ele possui – me e eu vicieiHavia se passado duas semanas do incidente do vídeo, até aquele momento eu tinha suportado tudo com pousos de aços, mas naquele dia aparentemente o aço que me recobria havia sido dissolvidoEstava eu deitado em minha cama pensando sobre o tinha ocorrido naquela mesma tarde, meu subconsciente dizia que era necessário senti raiva, mas meu coração me mandava ter calma que dali sairia algo muito bomTudo ocorreu em uma sexta-feira que tinha tudo pra dar errado, todas as minhas forças tinham ido embora e não me restava nada a não ser chorar. Saindo da cama senti – me um lixo, apronto – me para ir ao colégio mesmo contra a minha vontade, mas quando se tem pais como os meus que fazem questão que eu vá ao colégio mesmo quando estou doente, é puxando convence – ló do contrario.
Eu: Mãe eu não estou afim de ir à aula hoje.
Mãe: Rafha você estar procurando uma forma de se livrar dos seus problemas. Seja mais maduro e encare isso de frente, como você sempre fez !
Quer dizer que agora eu sou infantil ?! Eu me questionava. Menos com todos os meus problemas, ela tinha razão. Ficar em casa não iria adiantar alguma coisa. Era necessário enfrentar a fera de frente.
Depois de insistir muito, ela me deu uma carona até o colégio. E ao descer do carro foi à mesma coisa de sempre, ou seja, os mesmos olhares, os mesmos sorrisos, os dedos apontados em minha direção. Aparentava – se que as pessoas não iriam esquecer o ocorrido do vídeo.
Eu estava totalmente sem fé e sem amigos. Isso mesmo, sem amigos. Marcela estava sem falar comigo desde aquela segunda-feira, ela alegava que não podia olhar pra mim por que se sentia culpada por toda a história, já que a mesma deu todo o apoio para eu ir em frente nessa história que tinha tudo pra ser um romance perfeito e acabou em uma grande tragédia. O Tom estava totalmente divido, no colégio mal falava comigo por que sempre estava com a Marcela que igualmente a mim se sentia a pior criatura do mundo e praticamente todas as tarde ele ia lá em casa passar a tarde comigo ouvindo as minhas lamentações enquanto eu chorava sem para em seu colo.
Sim, eu chorava. Não por causa da humilhação que passava todos os dias no colégio. Nunca sentir e não vou sentir – me mal por causa da minha opção sexual, na verdade acho que ninguém deve sentir vergonhar de ser o que é. Até mesmo por que nós somos pessoas do mesmo jeito que os héteros são. Ao contrário do que pensam os homofóbicos, nós da classe GLBTS, somos pessoas normais, ou seja, homens e mulheres que só se diferem dos demais da sociedade pelo simples e misero fato de gostar de pessoas do mesmo sexo e isso não nos faz aberrações.
Chorava por causa da grande ferida que estava no meu coração. O Felipe não era ninguém para fazer uma coisa dessa. Quem já teve o seu coração quebrado deve saber do que estou falando.
Mais eu precisava dar a volta por cima, ainda não sabia como nem quandoBoa leitura e Comentem a vontade