Gente, mais uma parte. Estou adorando os comentários, eles serão muito importantes para o conto. Comentem muito e deixem suas notas. Grande Abraço!
O Antônio resolveu pegar um drink para nós dois, me deixando sozinho. Às vezes recebia uns olhares de uns caras, mas nada me interessava. De repente quando me viro, percebo o Henrique vindo na minha direção, e detalhe: sem a Sabrina. Meu coração gelou.
- Te deixaram sozinho?
- É... Eu... Sim!O Antônio foi pegar um drink, aí resolvi ficar aqui esperando.
A voz dele era algo sem explicação; seu olhar observador e penetrante me deixava extasiado. Não dava para esconder o quanto me sentia atraído por ele.
- Nossa! Você chama muito atenção. Quando eu estava dançando, notava que alguns caras não paravam te olhar.
Quase engasguei! Será que ele notou que eu sou gay?
- A Julia me falou muito de você.
- Hã? Como assim? – Perguntei a mim mesmo. O que será que a Julia disse para ele ao meu respeito? Minha curiosidade era tanta, que não me contive.
- E eu posso saber o que ela falou de mim?
Ele riu percebendo a minha curiosidade. Seu charme, seu cheiro, era enlouquecedor.
- Ah, ela me falou que vocês são muito amigos, que você faz Gastronomia, que é Ator, que se mudou para o Rio, porque teve uma desilusão amorosa, que...
Não estava acreditando no que eu ouvia. A minha vontade era de enforcar a Julia. Como ela pode detalhar a minha vida para aquele homem? A essa altura, ele já devia saber de tudo.
- Pode parar, por favor. Acho que ela te contou demais sobre mim. (Não pude deixar de demonstrar a minha raiva).
- Desculpe. Pode ficar tranqüilo, pois ela não entrou em detalhes sobre sua vida. Mas confesso, que... Vendo o seu nervosismo, eu fiquei um pouco curioso.
A sua ironia me matou. Ele achava mesmo, que eu era do tipo que conhece um cara e saioi contado sobre a minha vida. Ele tinha que ter um defeito: Intrometido.
- É uma pena eu deixá-lo na curiosidade.
- Estou com uma leve sensação de que você não gostou muito de mim. Já estava observado isso.
Ele deve ter percebido os meus olhares fechados para os dois quando dançavam. Minha vontade era dizer que ele estava equivocado, que ao contrário do que ele pensa, eu estava muito atraído por ele. Mas precisava conter os meus ânimos.
- Desculpe. É que às vezes esse meu jeito sério, pode transmitir outra coisa.
- Como você está recente aqui no Rio, queria te propor uma coisa.
- Me propor o quê?
- Te levar pra conhecer a cidade. Se você topar é claro!
Senti uma felicidade por dentro. Já estava me imaginando a sós com ele, andando pelas ruas da cidade. Eu não estava me reconhecendo. Nunca tinha ficado assim por homem nenhum. E ele estava me deixando atraído, mexido, sei lá o quê. Nem pensava mais no Tony, aliás, eu nem deveria tocar em seu nome. Desgraçado! Fiquei perdido nos meus pensamentos quando ele me trouxe pra realidade.
- Então Gustavo? Você topa?
- Hã? Desculpa. A tá. Claro. Será ótimo conhecer a cidade.
- Então posso te pegar amanhã às dez horas?
- Mas vamos só nós dois. (Mandei direto pra ele, sem nem pensar antes).
- Sim. A Sabrina estará ocupada, e é melhor mesmo. Papo de homem mulher não entende muito.
Eu nem acreditava que iria ficar a sós com ele. Mas porque eu ficava alimentado a idéia ridícula dele olhar pra mim com interesse? Afinal ele era comprometido, e não era gay. Eu precisava manter a minha postura séria, evitá-lo, e dar uma desculpa urgente.
- Pensando bem... Eu preciso arrumar algumas coisas em minha casa.
- Não aceito um não como resposta.
Ele sorriu, tocando por cima da minha mão.
- Tenho certeza de que você vai adorar o passeio.
Tirei a minha mão sobre a dele de forma rápida, pois todos já vinham em nossa direção.
- Não vai dançar Guga?
A Julia tinha que me chamar de Guga na frente de todos né?
- Não, não. Estou um pouco enferrujado. Prometo que da próxima vez eu danço.
Ficamos ali por mais algumas horas, bebendo, conversando de tudo, rindo, eu já estava mais solto. Às vezes o meu olha cruzava com o do Henrique. Ele me olhava, e eu não entendia nada. Mas de uma coisa eu estava certo: Eu estava mexido por ele cada vez mais.
Chegando em casa me despedi de todos com um abraço, quando o Henrique conseguiu, não sei como, sussurrar em meu ouvido.
- Não vai me dar um bolo ta?
Vingir nem ter ouvido. Abracei a Julia, e disse que precisávamos ter uma coisa. Entrei em casa e fui direto tomar um banho, mas a imagem do Henrique não saia da minha cabeça.
CONTINUA...