AH, QUE DROGA foguinho99, hehehe, SO QUERIA TE PERGUNTAR: QUAL O RESULTADO DA MEGA SENA DE QUARTA FEIRA???? GALERA AGRADEÇO A ATENÇÃO DE TODOS, PENA QUE ESTOU SENDO PREVISÍVEL.... :( HEHEHE
O homem empurrou o sujeito com o pé, o corpo rolou de cima de mim. O homem parou abaixado, pude ouvi-lo soluçando enquanto colocava minha calça no lugar. Ruan me pegou no colo e me abraçou forte, se eu pudesse teria abraçado de volta. Ele era meu anjo salvador, eu já não chorava mais, ali abraçado com ele percebi que estava em casa.
Ruan começou a se afastar indo em direção do carro, com a cabeça apoiada em seu ombro podia ver claramente o corpo do Gian caído, com as calças arriadas, com muito esforço consegui fechar os olhos. Ruan abriu a porta do seu carro e me ajeitava no banco. Fechou a porta, o Ruan entrou de novo no beco, pegou o corpo do Gian e o jogou nos ombros, caminhou até o carro e foi lá para trás onde eu não podia vê-lo, escutei o porta malas sendo aberto, depois um baque seco, e depois um barulho igual ao porta malas sendo fechado.
Ruan entrou, passou o cinto de segurança em mim e ligou o carro. Eu não sabia se ele estava chorando ou se era apenas a água da chuva. Olhava-me, chorava, sim chorava. Ruan enfiou a mão no bolso e tirou um pequeno saquinho plástico com um pó branco, ele colocou um pouco do pó nas costas da mão e cheirou. E sem olhar pra mim, ele ligou o carro e saímos. Eu sabia o que ele tinha feito, não podia deixar o corpo ali onde qualquer pessoa pudesse encontrá-lo, isso eu entendia, mas usar drogas, não isso eu não podia entender.
Olhando pela janela, a chuva caia com mais força. Como eles tinham me achado? Será que o Ruan estava com o Gian? Não, claro que não, mas… tentei afastar esses pensamentos da minha mente. O Ruan estava ali, ele tinha me salvado, e era isso o que importava.
Rodamos não sei por quanto tempo, percebi que estávamos saindo da cidade, eu conhecia aquele caminho, pelo menos tinha uma vaga lembrança. Não tomamos os desvios como naquela noite, seguimos reto por mais de duas horas, ai sim tomamos um desvio. Pelo que eu podia ver não tinha caminho algum ali, Ruan estava entrando no meio do mato com o carro. Nesse tempo acho que o efeito do que quer que estava na seringa começava a passar, um formigamento percorria meu corpo inteiro. Ruan parou o carro.
(Ruan) — Me perdoa Lucas. Eu sou um monstro. Me desculpe, eu não consegui chegar a tempo. Me perdoa por favor.
Ruan me implorava, tive a impressão de que se ele pudesse estaria ajoelhado. Eu queria dizer que estava tudo bem, que ele não tinha culpa de nada. Que o Gian tinha feito aquilo, que o Gian era um monstro, não ele, Ruan era meu salvador, meu anjo vingador. Ele me encarava com aqueles olhos cheios de lagrimas, seu cabelo molhado colado na testa.
(Ruan) — O maior erro da minha vida foi ter parado sua mãe naquela noite. Se eu tivesse escolhido outro carro, isso não teria acontecido. – Ele tinha escolhido o carro de mamãe? Então não tinha sido aleatório? Ruan segurava minhas mãos dentro das suas, acho que ele não sabia a força que tinha, estava esmagando meus dedos. Eu queria abraçá-lo, mas meu corpo ainda estava dormente. Não tinha sido um erro, nada na vida é por acaso. Por mais que em casa eu pensasse que estava apenas gostando, apaixonado por ele, agora com ele ali era totalmente diferente. As lembranças não faziam jus à força que aquele homem tinha sobre mim, eu me sentia completo quando ele estava por perto. A verdade que eu tinha escondido e de certa forma negado a aceitar caiu sobre mim como uma bomba.
(Ruan) — Eu não posso mudar o passado Lucas, NÃO POSSO ATRAPALHAR MAIS, você vai ver, será como se eu não existisse, você não vai precisar mais ter medo – o que ele queria dizer com aquilo? Logo agora que eu estava começando a entender o que sentia por ele. Eu não tinha medo dele, muito pelo contrario, ao seu lado eu me sentia seguro, ao seu lado tudo parecia perfeito, tudo no mundo se encaixava, tinha seu lugar, e o meu era ao seu lado. Ele tirou o saquinho e despejou o conteúdo novamente nas costas da mão e cheirou de novo. Ruan sorriu em meio as lagrimas, - me perdoe por isso também, mas é que falta coragem pra fazer o que é certo. Pode me chamar de fraco, mas isso não é nada. Minha maior fraqueza é você garoto, eu não sei, às vezes penso que você é um tipo de bruxa, sei lá. Eu só gostei uma vez de uma mulher como eu gosto de você, - ele suspirou, a lembrança dela devia machucá-lo muito – ela morreu faz quatro anos, ela estava grávida de sete meses, estávamos tão felizes. – As lagrimas agora rolavam pelo meu rosto também, no de Ruan, nunca pensei que alguém podia chorar tanto, eu queria tomá-lo em meus braços e conforta-lo, mas não podia. – Em uma noite enquanto eu bebia no bar com uns colegas, invadiram a minha casa e estupraram Melissa, esse era o nome dela. A usaram como se fosse um objeto. Ela sofreu aborto, ela sobreviveu por milagre, mas depois daquele dia ela nunca, nunca mesmo sorriu, um mês depois ela morreu. Os médicos disseram que foi infarto. Eu sei que foi de tristeza.
Ruan respirou fundo, beijou a minha testa, – talvez se eu tivesse coragem de fazer a coisa certa a quatro anos atrás você não teria passado por isso, agora talvez possa… - o que ele queria dizer com fazer a coisa certa? Vi assombrado Ruan tirar à mesma arma que tinha usado para matar Gian de dentro do casaco. – Sabe naquela noite quando você quis proteger sua mãe? – Sem esperar resposta ele continuou – Eu me apaixonei por você naquele instante. Nunca mude, por ninguém. Adeus meu menino. – Seus lábios tocaram os meus e eu pude sentir o gosto das suas lagrimas. – Deus me perdoe por isso. – Ele segurou a minha mão e com a outra colocou a arma dentro da boca.
NAAAAAÃOOOOO!!!!!!!!! ELE NÃO PODIA FAZER ISSO! DEUS NÃO PERMITA QUE ELE FAÇA ISSO! Se meu corpo ao menos me obedecesse, MALDITO GIAN, eu podia passar por qualquer coisa, suportaria qualquer coisa, menos perde-lo, isso nunca. Ruan fechou os olhos, Deus me ajude agora e eu nunca mais te peço nada, mas, por favor, não permita. Se existe um deus, por favor, me ajude.
Meu corpo inteiro formigava, parecia que milhões de formigas me picavam, em um esforço sobre humano movi as pontas dos dedos dentro de sua mão, pedia a Deus que aquilo bastasse para chamar a atenção dele.
Ruan respirou fundo, tentei gritar, mas o que saiu foi algo baixo, mais parecido com – nuuugg.
Fechei os olhos, eu não queria ver aquilo. Fiquei esperando pelo som que destroçaria meu coração. Passou um minuto, passou dois, e nada. Será que ele tinha feito e eu não tinha escutado? Talvez ele tivesse colocado um silenciador na arma? Ou eu tinha ficado surdo? A pressão em minha mão me fez abrir os olhos. Inclinado sobre mim estava Ruan, VIVO! Não tenho como descrever a alegria e o alivio que me invadiram, eu chorava de novo, ta eu sei que estou parecendo um bebê chorão, só que eu não podia evitar, eram fortes emoções. Obrigado Deus.
Ele desatou meu cinto e me puxou para o colo dele, me abraçando e sussurrando que tudo ia ficar bem. Ficamos assim por um longo tempo, senti que a pinicação cedia aos poucos. Ruan adormeceu comigo no colo, mas eu não podia dormir, por que talvez se eu dormisse não voltasse a vê-lo. Tinha medo de que se eu dormisse, ele acordasse e se matasse. Ele devia estar exausto, ressonava baixinho. Meu celular tocou, Ruan acordou assustado. Meu corpo me obedecia, mais ou menos, consegui pegar o celular, Ruan só me olhava, eu não conseguia desvendar o que se passava em sua mente.
(Eu) — Aglo! – Minha língua ainda estava meio dormente.
(Mãe) — Lucas onde você esta? Aconteceu alguma coisa? – A voz dela estava muito aflita.
(Eu) — Te ligu despois. – Eu falei e desliguei o celular sem dar chance dela retrucar, tinha uma pessoa que eu precisava conversar. Desliguei mesmo o aparelho para que ela não ligasse de novo. Deitei a cabeça em seu peito, eu queria fala, mas não com a língua mole. Esperaria o tempo que fosse necessário. E quando tive certeza que não ia morder a língua ao falar me afastei de seu peito e olhei em seus olhos.
(Eu) — Como você me achou?
(Ruan) — Eu tinha te seguido durante vários dias, - eu concordei com a cabeça, agora eu tinha certeza que era ele que me vigiava.
(Eu) — Entendo… como o – eu não consegui falar o nome dele – como ele me achou?
Ruan colocou a arma no banco que antes eu estava sentado, começou a revirar os bolsos do casaco ate achar o que procurava, de dentro tirou meu antigo celular e o da minha mãe – sabe, não foi muito difícil achar a senha da sua mãe, sinceramente foi burrice dela colocar LUCAS como senha – ele balançou como se desaprova-se – pensei que você fosse mais esperto, não tinha uma senha melhor que SoNiA ? – Esse era o nome da minha mãe.
Dei um empurrãozinho nele – ei, não imaginava que ia ser roubado, ta?
(Ruan) — Depois daquela noite, - não precisava perguntar, eu sabia a qual noite ele se referia. – Gian ficou insuportável, ele ficou completamente alucinado. Ele queria você, queria que eu te achasse. Eu disse que não sabia como, ele disse pra eu descobrir. Eu sabia onde você estava, ainda naquela noite eu desbloqueei seu celular. Eu nunca te entregaria. – Ele respirou fundo, me perdi por um momento dentro dos seus olhos. – Ele começou a te caçar, para ele era um esporte, o Gian começou a atacar qualquer um que se parecesse com você. Eu fiquei desesperado, sabia que ele só ia parar quando te encontra-se.
(Eu) — Então foi você que me mandou as tulipas?
(Ruan) — Fui eu sim, queria que você soube-se que eu estava te protegendo – nisso ele começou a chorar de novo, Ruan desviou o olhar de mim – me perdoa Lucas.
Peguei seu rosto em minhas mãos, - ei, tudo bem, já passou, você tinha prometido que eu não me machucaria se você estivesse por perto, você não tem culpa.
(Ruan) — TENHO SIM, tenho sim. O Gian descobriu que eu sabia sobre você. Ele me ameaçou, se fosse por mim ele poderia ter me matado.
(Eu) — Não.
(Ruan) — Sim, poderia, mas ele disse que se eu não falasse, não só te estupraria, mataria sua mãe e todo mundo que você conhece na sua frente. Eu fui fraco, - agora ele soluçava – eu disse a ele, droga eu disse a ele. E ele me deu uma coronhada por trás, quando acordei fui atrás de você mas era tarde, era tarde de mais.
Eu não sabia o que fazer, ele tinha me protegido me jogando na boca do leão. Ruan tinha protegido minha mãe, a segunda pessoa mais importante no mundo para mim. Sei que aquela decisão não tinha sido fácil para ele. Eu o abracei.
(Eu) — Obrigado.
Seus braços me apertaram com força. Me afastei dele com dificuldade, peguei a arma, Ruan me olhava curioso.
(Eu) — Quero que me prometa uma coisa.
(Ruan) — O que?
(Eu) — Primeiro prometa depois eu digo!
Acho que ele desconfiava o que eu iria lhe pedir, mas não era o que ele pensava.
(Ruan) — Não acho que sou capaz de cumprir a mais simples das promessas, eu não pude te salvar.
(Eu) — Ai é que esta. Você sabe o quanto me machucaria se ele cumprisse o que prometeu? – Perguntei, Ruan balançava a cabeça. – Por favor, Ruan, me prometa uma ultima coisa, e eu deixo você, - fechei os olhos e respirei fundo, eu ia colocar a minha vida nas mãos de um cara drogado, mas não era qualquer cara, era o Ruan, e eu confiava minha vida a ele, de qualquer forma – deixo você fazer o que quiser com essa arma.
Abri os olhos, Ruan olhava para a arma, depois para mim.
(Ruan) — Prometo, - ele disse em um sussurro, era tudo o que eu precisava ouvir. – Agora me diz o que eu acabei de prometer.
Olhei pela janela, ele não ia ficar feliz em saber – que antes de usar essa arma para tirar a sua vida, - engoli – você vai usá-la para tirar a minha.
(Ruan) — VOCÊ TA LOUCO?!? – Ele segurou meu queixo com força me forçando a encara-lo – Eu não seria capaz, essa é uma promessa que eu não vou poder cumprir Lucas. Você não entende inferno que tenho passado, não é justo você me fazer prometer isso.
(Eu) — E VOCÊ ACHA JUSTO SE MATAR E ME DEIXAR? Eu te amo, não posso e não quero viver sem você. – Ta eu sei sou um bebê chorão, lá estava eu chorando de novo.
(Ruan) — Você o que?
(Eu) — Amo você como nunca amei ninguém, não me importa quem você é ou que você faz, só quero estar com você, para sempre.
O silencio ficou pairando no ar, ele assim como eu digeria o que eu tinha acabado de falar. Quer saber? Que se dane! Eu o amo e não ia desistir sem lutar.
(Ruan) — Eu não sei o que dizer Lucas…
(Eu) — Diga que vai ficar comigo?
(Ruan) — Não é tão fácil, e a sua mãe, o que ela ia fala?
(Eu) — Não me importa.
(Ruan) — Você merece alguém melhor do que eu.
(Eu) — Você é o melhor para mim.
(Ruan) — Não sou, sou um monstro Lucas e não digo pela minha aparência, machuquei muita gente. – Ele desviou os olhos, - eu ajudei o Gian a estuprar, era o único jeito, que eu sentia que podia estar com você, nunca pensei que você gosta-se de mim.
Ta, aquilo me chocou, encostei a cabeça em seu ombro, eu não ia desistir tão fácil – não me importo.
(Eu) — Eu não gosto de você eu te amo, te amo, você não tem o direito de fazer isso comigo. Se você se for eu não vou conseguir me recuperar. Vou ficar destruído, para sempre.
Ele me abraçou forte, me afastei, olhei profundamente, tinha uma coisa ainda que eu precisava saber.
(Eu) — Se você perdeu a Melissa por causa de estupro, então por que faz isso?
(Ruan) — Por que assim me sentia mais perto dela. Se eu tivesse tido a coragem de me matar, você não teria passado por isso.
(Eu) — Se você tivesse feito isso, talvez eu estivesse bem, dentro de um caixão agora, - o senti estremecer – você me salvou aquela noite, se você não estive-se lá sabe Deus o que teria acontecido.
Nossos lábios se encostaram, fechei os olhos, senti sua língua tocar meus lábios como se pedi-se passagem, sua língua invadiu minha boca, explorando. Seu gosto era doce, não como se tivesse chupado uma bala, era diferente. Era o melhor sabor do mundo pra mim. Suas mãos desceram através das minhas costas, e quando ele colocou a mão em minha bunda, (me assustei, não sabia se seria capaz de fazer aquilo) ele me empurrou suavemente. Abri os olhos, ele me encarou preocupado. Ele me mostrou sua mão, manchada de sangue.
(Ruan) — Lucas, precisamos ir em um hospital…
(Eu) — Não…
(Ruan) — Aquele desgraçado te machucou muito.
(Eu) — Eu não quero – disse resoluto.
Ruan suspirou – eu vou cuidar do corpo e depois vamos para o hospital!
Ele me colocou no banco, me deu um beijo na testa e saiu do carro. Tinha parado de chover. Sai do carro atrás dele.
(Ruan) — Volta para o carro Lucas.
(Eu) — O que você pretende fazer com o corpo.
(Ruan) — Volte para a porra do carro Lucas, não quero que você se envolva nisso.
(Eu) — Goste você ou não eu já estou envolvido.
(Ruan) — Você não entende garoto.
(Eu) — Não vou entrar se você não me explicar
(Ruan) — Mas como você é teimoso hein? Agora que eu o matei, a Família vai vir atrás de mim. Atrás de você e eu não posso deixar isso acontecer, quando eles descobrirem que por sua causa eu o matei não sei o que farão.
Estou tão perdido quanto vocês…
(Eu) — O que é Família?
(Ruan) — É um esquema de traficantes, que começaram a se denominar Família, como na Máfia. – Ele me explicava isso enquanto pegava o corpo no porta malas – Gian tinha as costas quente, por isso nunca foi pego, ele era um irresponsável, mas sabia fazer o trabalho dele. – Engoli em seco. E jogando o corpo sobre os ombros, Ruan entrou na mata, - entra no carro Lucas, depois conversamos, prometo não demorar.
Entrei no carro, eu confiava nele, e esperaria para todo o sempre se fosse preciso.
ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO, DEIXEM COMENTARIOS QUERO MELHORAR POR ISSO ME FALEM ONDE ESTOU ERRANDO????, E Realginario, SINTO MUITO SE NÃO CONSEGUI TE SURPREENDER, NEM SEMPRE CONSIGO O QUE QUERO, ISSO É, NA MAIORIA DAS VEZES, MAS ESPERO QUE TENHA GOSTADO DESTE CAPITULO.
BEIJO DOCE E QUENTE EM TODOS VOCÊS!