• 16x02 – Sintonia entre casais 2.0
Na manhã do dia seguinte, acordei-me com uma certa movimentação na cama. Era engraçada de se ver a cena: O Baixinho tentando livrar-se de minha perna que estava por cima dele.
– Eu preciso sair, José. – Ele falou ao perceber que Eu já sorria da situação.
– Desculpa, Baixinho. Mas fica aqui, vai?! – Falei puxando-o, com apenas um braço, para mais perto de mim. Beijei-lhe a nuca. – Fica aqui com seu noivo, vai?! – Pedi mais uma vez.
– Não. – Ele falou firme e gemendo. – Eu preciso me arrumar. Aliás, você também. Daqui a pouco vai começar a vaquejada. E dá pra sentir que a cidade inteira já está de pé, exceto nós dois, Marcos e Acácio.
– Que horas são? – Falei estranhando tudo o que ele falava.
– São 06h35min. – Ele afirmou olhando para o relógio na parede. – Deixe-me sair, por favor! Eu preciso arrumar o café da manhã.
Como não havia mais saídas, o jeito foi deixá-lo ir; claro, não antes do meu beijo. Beijei-o como se fosse a primeira e última vez que estava fazendo aquilo. Já estava me excitando com tudo aquilo. Por fim, mordi a ponta de seus lábios, como forma de marcar meu ‘território’ naquela cidade, enquanto ele tentava se desprender de mim. Em questão de segundos, seus lábios incharam. No lugar onde ficou uma marca, ele passou a mão e depois me bateu com raiva. Eu apenas pude sorrir do jeito que ele saiu bufando do quarto. Aproveitei o pouco de tempo que tinha naquela manhã e voltei a dormir.
...
Por volta das 07h45min, acordei com o cheiro de queijo, cuscuz e ovos estralados. Nada melhor que um café bem reforçado para um dia bastante cansativo. Levantei-me da cama e fui higienizar-me no banheiro – Diferente de minha casa onde os quartos são suítes, essa casa tinha dois banheiros e eram separados do quarto. – Passei pela sala onde avistei o Acácio com uma tigela de cereal na mão e beijei-lhe a testa. Banhei-me, barbeei-me e fiz minhas necessidades. Voltei para sala e fiquei jogando conversa fora com o Acácio.
– Você e o Walmir não demoraram em ter a primeira vez, não foi? – Ele perguntou-me fitando o visor da TV.
– Sim. – Fui monossilábico. Eu queria saber onde aquela conversa daria.
– Você esperaria mais se, por um acaso, ele não estivesse preparado.
– Pra falar a verdade? Não. – Ele olhou-me com uma cara de espantado. – Há um segredo que precisa ficar entre nós, okay?! – Ele apenas acenou positivamente com a cabeça. – No começo da relação, Eu só pensava em comer o Walmir, você acha mesmo que Eu, um machão fodedor, iria ficar sem sexo por muito tempo? – Acácio olhou-me espantado com a revelação. Nota: Não quero, e acho que não preciso, entrar em detalhes sobre essa história, mesmo que, agora, o Baixinho já saiba. – Mas você... Olha só! Você e o Marcos estão em situações diferentes. Ele precisa esperar o seu tempo. Ele está, realmente, apaixonado por você. Acho que você só precisa admitir para si que já está na hora de satisfazer as necessidades de vocês dois.
– Obrigado, José! – Ele falou abraçando ternamente.
Assistimos um pouco de desenho enquanto o Walmir colocava a comida na mesa e nossas roupas na maquina de lavar.
– Acácio! – Exclamou Walmir na área do quintal. – Vai acordar o Marcos para que a gente possa comer.
E assim Acácio o fez; foi chamar Marcos. Demorou um pouco mais de 20 minutos e eles saíram do quarto. Sentamos à mesa e nos pomos a comer. Walmir havia separado a cuscuzeira maior para mim e Marcos, e a menor para ele e o Acácio; Havia estalado vários ovos e fritou umas oito fatias de queijo, fez o suco de maracujá e laranja e partiu algumas frutas. Marcos e Eu parecíamos dois monstros comendo. Acácio sorria e Walmir afastou o prato de si, em forma de reprovação ao nosso comportamento.
– Sinto-me enjoado. – Walmir falou revirando os olhos.
– A mocinha está grávida? – Marcos falou soltando farelos de cuscuz para todos os lados. Acácio e Eu riamos da pergunta, já o Walmir saiu bufando da mesa e indo para o quintal estender as roupas.
Terminamos o café da manhã e fomos nos arrumar para o torneio. Banhei-me, mais uma vez, e escovei meus dentes. Perfumei-me, ainda nu, e depois pus minha roupa (Similar a do dia anterior). Ao sair do banheiro, avistei o Walmir sentado na calçada e fui falar com ele.
– Ei! O que está acontecendo? – Perguntei sentando-me próximo a ele. – Vai responder não? – Ele apenas me olhou e depois desviou o olhar. – Isso é por causa da brincadeira do Marcos? – Walmir virou-se para mim e abraçou-me.
– Eu apenas estou cansado. – Ele falou chorando.
– Ei! – Exclamei um pouco temeroso com o que o incomodava. – Eu estou aqui Walmir. Você não precisa se cansar a toa. – Walmir olhou para mim e pude enxugar suas lágrimas. – Um beijo para melhorar? – Perguntei para descontrair.
– Tem gente em todos s lugares.
– Que se dane! – Exclamei puxando-o para um beijo.
Walmir começou a passar a mão por sobre a calça na extensão de meu pênis.
– Calma , Walmir! Vamos entrar pra terminar isso. – Falei puxando-o para dentro de casa.
Infelizmente, fomos interrompidos.
– Vamos à vaquejada! – Exclamou Marcos enquanto passávamos pela sala.
Ao chegar ao quarto, Walmir saiu correndo para o banheiro social que ficava próximo a cozinha. Eu nem acreditava que ele havia me deixado no vácuo. Fui para a sala puto da vida.
– Esconde essa mala, mano! – Falou, sorrindo, Marcos.
– A culpa é sua, seu filho da puta. – Falei com raiva.
– Não sabia que te deixava excitado. – A risada não só veio dele, mas, também, de Acácio.
– Vá se foder! – Falei chateado.
Depois de 15 minutos, Walmir saiu do banho e foi arrumar-se. Voltou com uma calça jeans skinny e debotada, camiseta branca e o bracelete que Eu o havia dado em seu aniversário.
– Vamos?! – Ele nos intimou sorridente.
– Vamos! – Responderam em uníssono, Acácio e Marcos.
Quando todos cruzaram a porta e Walmir passou por mim, dei-lhe uma tapa na bunda e apertei com bastante força, fazendo com que ele voltasse para trás e gemesse ao encostar, ainda de costas, em meu peito.
– Não acabou. – Sussurrei, soltando-o de leve.
Walmir correu até o carro e fechou, mais que depressa, a porta. Tranquei toda a casa e direcionei-me a meu carro. Sentei em meu banco e com um sorriso no rosto acenei, pelo espelho, para Walmir. Dirigi até onde estava tendo a vaquejada.
Ao chegarmos lá, fomos bem recebidos por todas as pessoas que ali trabalhavam. Não havíamos sido os primeiros a chegar para ter esse tipo de tratamento, mas uma senhora que recepcionava o evento explicou-me que os funcionários sempre tratam bem quem participava do evento e, principalmente, as pessoas que vêm de fora.
Sentamos em uma arquibancada próxima a pista, compramos pipoca, refrigerante e algodão doce. Assistimos vários tipos de competições; desde montarias em bezerros (Categoria infantil) até as montarias de bois. A vaquejada (Torneio) acabou por volta das 15h00min, já a festa começou por volta das 16h00min. No começo havia apenas som de carro. Logo depois a coisa foi se animando com várias bandas. Marcos e Eu, como sempre, nunca ficávamos parados, sempre havia alguma menina querendo dançar com a gente.
– José! – Walmir chamou-me a atenção. – Vou comprar mais refrigerante com o Acácio. – Eu apenas acenei com a cabeça para que ele fosse.
Não posso mentir, fiquei desconfortável por não ter ido com ele. 15 minutos se passaram e nada de eles terem voltado. Marcos e Eu ainda dançávamos.
– José, Eu estou preocupado com os meninos. Vamos ver onde eles estão? – Intimou-me, Marcos.
– Velho, relaxe! Eles devem estar bem. – Menti para mim, pois também queria vê-los. – Fica aqui que daqui a pouco eles voltam...
Marcos nem me deixou completar a frase e saiu correndo no meio da multidão. Ótimo! Agora Eu estava sendo responsável pelos três sumidos. Não podia fazer nada a não ser desprender-me da menina que dançava comigo e sair à procura de todos eles. Eu sabia onde era o bar e direcionei-me para lá. Próximo ao bar havia uma pequena, porém aglomerada, movimentação. Quando cheguei mais perto pude ver Marcos se atracando com um cara enorme no chão. O individuo deveria ter uns dois metros, era negro e musculoso, porém, mesmo assim, era notável que ele havia apanhado, e muito, do Marcos, mas Marcos ainda levava a pior. Ao me aproximar da briga, puxei Marcos pela gola da camisa e arremessei-o para longe daquele cara enorme.
– Qual é a da briga? – Perguntei gritando para qualquer pessoa.
– Esse... Esse nojento queria pegar o Acácio a força. – Na hora Eu fiquei puto com aquilo e me preparei para o embate.
– E se esse idiota não tivesse chegado, eu pegava esse tal de Acácio e o amigo baixinho dele. Os dois... – Antes de o individuo, cujo o qual não perguntei o nome, falar alguma coisa, deferi-lhe um soco no meio da cara que o fez cair, estático, no chão.
E mais uma vez a multidão havia se formado.
– Walmir! – Exclamei, o mais alto e grave que pude, fechando meu punho.
Em questão de instantes, Walmir colocou-se atrás de mim e segurou-me pelos ombros. Agarrei as suas mãos e puxei-o para mim.
– Você está bem? – Amedrontado, ele apenas acenou positivamente com a cabeça. – Ele tocou em você? – E mais uma vez a afirmação. Nesse momento pude notar algumas marcas roxas no braço do Walmir. – Esse nojento te bateu? – Houve uma negativa. – Ele tentou te beijar? – E mais uma afirmativa. E, dessa vez, desprendi Walmir de meus braços. – Gorila desgraçado! – Falei arrancando, com tudo, para cima daquele nojento.
O cara ainda permanecia no chão enquanto Eu lhe aplicava vários golpes certeiros no rosto. Quando vi que o individuo não servia mais pra nada, parei de bater nele e voltei para o Walmir.
– Cadê o Acácio? – Perguntei, ainda com fúria.
– Marcos levou o Acácio para o carro. – Lágrimas corriam pelos olhos dele. – Tire-me daqui, Grandão! Por favor! – Suas últimas palavras saíram sem som, foram lidas por meus olhos.
Puxei o Walmir pelo braço, com cuidado para que não o machucasse, e o pus em meus ombros. Andei, apressadamente, até o carro e pus Walmir no banco do passageiro. Acácio cuidava de Marcos no banco do carona. Pedi para que ele, de uma vez, entrasse no carro e assim ele o fez. A viagem inteira fora feita em silêncio. Apenas os nossos olhares conversavam. E, em um dado momento onde o Walmir chorou, Eu chorei. De repente, todos os que estavam no carro choravam. Chegamos a casa e os casais foram tomar banho nos sociais da casa. Marcos e Acácio foram para o banheiro próximo a cozinha, e Eu e Walmir fomos para o social do quintal. Walmir chorava muito com toda aquela situação e permanecia estático. Com pressa, tirei a minha roupa e a dele. Os hematomas eram mais notáveis quando ele estava sem roupa. Havia marcas em seus braços e no contorno da cintura. Aquele veado filho de uma puta machucou demais o meu Baixinho, e aquilo não ia ficar daquele jeito.
Pus o Walmir debaixo do chuveiro e comecei a lhe dar banho.
– Vai ficar tudo bem, amor. – Eu prometia, desesperado, enquanto passava a esponja por toda a extensão de seu corpo. – Ninguém vai te tocar de novo. Ninguém.
O banho se sucedeu assim: Eu banhei o Walmir e fazia promessas de vingança, ao mesmo tempo em que prometia que nenhum homem, além de mim, o tocaria como aquele homem o tocou, com desejo.
Depois de terminado o banho, fomos para a sala de estar e acabei por pedir pizza. Três no total. Brigar me deixava com fome. Ninguém queria tocar no assunto da briga, mas Walmir, mesmo sem pronunciar uma palavra, deixava bem claro a aversão que ele tinha por aquele homem que, mais cedo, o tocou. Sentei-me no sofá, por trás do Walmir e comecei a beijar-lhe a nuca e dizer que iria ficar tudo bem. Walmir virou-se para mim e começou a me beijar. Sentou-se de modo a laçar suas pernas em minha cintura e começou a fazer movimentos de subir e descer em meu pau – Que por pouco quase não saiu da cueca.
– Por favor, parem com isso! – Acácio falou um pouco triste, mas Walmir não o atendeu e continuou ali comigo.
Walmir só saiu de meu colo quando o entregador de pizza chegou. Pegamos a pizza e, em silêncio, a devoramos em questão de poucos minutos.
A pizza estava ótima, de fato. Mas o clima que ali havia se formado era um dos piores que eu podia prever ou descrever. Nenhum de nós tocava no assunto e Acácio parecia super frio diante daquela situação, mas Eu não sabia o que, ao certo, se passava em seu coração. Eu estava preocupado com aquilo, porém não me atrevia a falar nada.
– O que você fez para que aquele cara ficasse em cima de você? – Por fim, Marcos havia quebrado o silêncio.
– Eu não preciso fazer nada para que venham dar em cima de mim. – Acácio respondeu calmo e com frieza. – Quem você pensa que sou? – Dessa vez ele se mostrava indignado e confuso ao mesmo tempo.
– Ah! Não me venha com essa! Sabes muito bem quem és, Acácio. – Marcos gritava como se estivesse julgando alguém.
– Então me diga! Diga-me para ver se refresco a memória. – Agora ninguém falava normal. Ambos gritavam.
– Você é uma vadia barata. Uma cachorra que dá pra qualquer, exceto para o namorado corno aqui. E Eu confiei tanto que você havia mudado. – O tom de sua voz fora gutural e extremamente arrepiante. A minha casa tornou-se uma peça teatral onde havia um réu e um acusador. A vitima e o juiz. E eu não sabia quem iria ganhar nessa história.
– É uma pena que, depois de tantos meses, você ainda desconfie de mim. – Acácio falou derrubando algumas lágrimas. – E Eu esperando o momento certo para você. Graças a Deus não veio. – Acácio falou indo em direção ao quarto e sendo seguido por Marcos que, àquela altura, bufava e resmungava algo que não consegui escutar.
Por alguns instantes, Walmir e Eu permanecemos em silêncio. Walmir sentou-se na cadeira de balanço que ficava próxima a televisão e defronte ao sofá de três lugares. Sentei-me no sofá a frente a cadeira de balanço e esperei que o silêncio fosse quebrado por ele mesmo.
– Não vai falar nada? – Ele disse, enfim.
– O que quer que eu diga?
– Pensei que fosse concordar com seu amigo e chamar-me do que ele chamou o namorado dele.
– E por que Eu faria isso? – Perguntei confuso.
– Não sei. Talvez porque vocês se mereçam, um é tão parecido com o outro que...
– Deixa de besteira, Walmir! Não quero brigar com você. Não por causa dos problemas de outras pessoas.
– Viu só! – Ele exclamou levantando-se da cadeira. – Você sempre foge de nossas discussões de casais. Até quando vai ser assim? – Ele perguntou com raiva.
– Walmir, Eu só não quero brigar com você sem que haja motivos. A minha parte foi feita. Eu te protegi de um gorila de dois metros que queria abusar de você e do Acácio. Eu mereço compreensão ao menos uma vez em nosso relacionamento. Não me venha dizer que fujo de meus compromissos, pois, em momento algum, te deixei na mão quando você precisou. Nunca te faltou casa, comida e, muito menos, amor. Eu nunca deixei de cumprir minhas obrigações como homem fora e dentro da cama. Não me venha dizer que fujo de discussões! Só que, dessa vez, Eu apenas quero descanso. Pode ser? – Perguntei fitando-o.
– Claro que sim. Vou te deixar aí, sozinho, pensando.
Eu não acreditei, pela primeira vez, na atitude do Walmir. Eu só queria um pouco de compreensão. Era pedir demais? Walmir direcionou-se para o quarto e eu fui, mais uma vez, para a calçada. A briga e a gritaria de Marcos e Acácio acabaram em menos de 30 minutos. A rua já começava a escurecer, pois todas as casas estavam a desligar as luzes. Apenas restou a luz dos postes e das estrelas. Mais uma vez fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo. E Eu não julgava aquilo como um inferno em minha vida, pelo contrário, era apenas experiência para me tornar mais forte ainda.
Ao perceber que já me rendia ao sono, decidi voltar para dentro da casa. O silêncio, mais uma vez, reinava naquela noite. O inferno havia se dissipado e Eu apenas desejava dormir confortavelmente ao lado de meu parceiro. Entrei em meu quarto, tirei toda a minha roupa e deitei do lado do Walmir, porém algo estava errado, ele ainda estava acordado; soluçando e chorando. Aproximei-me, por trás, dele e beijei-lhe a nuca.
– Vai dormir, Walmir! Amanhã a gente volta pra nossa cidadezinha. – Dei-lhe um beijo na bochecha.
– Promete que não vai me chamar daquelas coisas que o Marcos chamou o Acácio? Promete?! – Ele balbuciava com a voz tremula.
– Eu não posso.
– Por quê? – Ele parecia desconfortável com o que falei.
– Pelo simples fato de você ser tudo aquilo. Você é minha vadia. – Falei pondo minha perna direita entre suas duas pernas. – É minha cachorra. – Falei abrindo as suas pernas em borboleta. – E você é minha fêmea. – Falei apontando a cabeça de meu mastro na entrada de seu ânus. – Mas Eu só te chamo assim na cama, e quando você implorar. – Falei estocando, lentamente, a minha jeba.
Walmir não resistiu a nenhum de meus movimentos e, enfim, abriu passagem para que Eu o penetrasse da melhor maneira possível. A caminhada era longa, mas não era infinita. A minha única intenção era fazer com que o Walmir se sentisse bem naquela noite. Ele precisava daquilo, bem mais que Eu. Ele precisava de um homem de verdade, e aquele homem era Eu. Era o que Eu estava me tornando. E era o que Eu seria dali pra frente.
Penetrar Walmir é a melhor sensação que já senti. Ou que já sentira até tal momento. Como sempre ele estava apertado, quente e sedento por mim. E a cada estocada que Eu dava, ele gritava por mais. E assim Eu o atendia. Eu ia mais rápido, mais grosso e o mais fundo possível. Eu queria estar totalmente dentro dele.
Em um dado momento daquela transa maravilhosa, virei-me ao modo de ficar em cima de meu Baixinho e fitei o seu olhar; sério, compreensivo e carinhoso.
– Quer conversar? – Perguntei sorridente.
– Você aguenta manter-se firme conversando comigo?
– Eu nunca broxo com você. Você tá sentindo isso? – Falei movimento, um pouco mais rápido, meu quadril.
– Uhum! – Ele respondeu gemendo. – Está bom demais. É tão... Tão... – Ele arfava e suava. – É tão forte e... Carinhoso, ao mesmo tempo. Eu quero... Quero você todo dentro de mim! Agora!
Sem pestanejar, introduzi meus 20 centímetros buraco à dentro. Não de uma única vez. Calma e vagarosamente; para que ele sentisse toda a minha potência.
– É tão bom quando você está assim... Totalmente dentro.
– Você não sabe o quão bom é estar dentro de você, Walmir. É macio e apertado. Ahhhhhhhhh! – Exclamei sentindo o gozo próximo. – Eu não sinto frio aqui dentro.
– Então fica! Não sai mais! Fica de uma vez!
– Goza comigo, vai?! Goza pra mim?! Aperta meu caralho, Walmir! Eu preciso... Eu preciso sentir a sua pressão!
E, como se fossemos um, gozamos simultaneamente.
Agarrei meu Baixinho pelas costas e o fiz deitar por cima de minha barriga.
– Deixe-me ficar dentro de você, por favor!
– Não me abandona, por favor! Fica aqui... Dentro! – E foi a última coisa que ele disse antes de adormecer com a cabeça encstada no meu peitoral.
– Eu te amo tanto, Walmir. – E essa fora a última coisa que Eu disse antes de dormir. E era a única coisa que Eu queria dizer todas as noites que estivesse com ele.
