Oi Galera, mais um capitulo pra vocês. Não deixem de acompanhar o conto, pois ele ainda vai surpreender vocês. Comentem e votem. Um abraço e boa leitura.
Não pude deixar de notar o quanto ele estava lindo. De bermuda marrom, com uma camisa pólo branca, que o deixava ainda mais atraente e charmoso.
- Tem algum lugar em especial?
- Deixo ao seu critério.
Entrei no carro e percorremos o trajeto em silêncio, às vezes nossos olhares se cruzavam, às vezes ele sorria para mim, num tom de deboche claro! Ele ia me mostrando alguns pontos interessantes da cidade, e eu acenava com a cabeça, mostrando aprovação e fazendo comentários.
- Vamos para um pouco aqui, para tomarmos um drink?
- Claro!
Paramos num ponto da praia de Copacabana, e sentamos numa mesa de frente para o mar. Nossa! Que vista linda, ainda mais estando ao lado daquele homem maravilhoso. Controlei os meus ânimos.
- O Rio é mesmo maravilhoso!
Ele quebrou o silêncio. A cada sorriso dele, eu me derretia ainda mais.
- Concordo. É um lugar fascinante.
- O que te fez sair de São Paulo, para vim morar aqui?
Como ele era direto em suas perguntas. A sua curiosidade estava cada vez mais intensa, mas resolvi abri o jogo; não tinha nada o que esconder.
- Eu vim para cá, com a intenção de mudar a minha vida. Dá uma sacudida entende?
- Hummm... Sei; e a tal desilusão amorosa que você teve em São Paulo? Ainda persiste com você.
Que atrevido, minha vida para ele, parecia à coisa mais importante do mundo. Como podia ser tão direto e ousado? Tocar num assunto, do qual ele não tinha o direito de saber? Quer saber? Decidir contar toda a verdade de uma vez, e acabar com a sua curiosidade.
- Não! Ela não persiste comigo. Porque a minha desilusão amorosa já morreu há muito tempo.
Entre um drink e outro, ele ia observando cada detalhe do que eu dizia não perdendo nada.
- Você deve ter ficado muito arrasado hein?
- A principio sim, mas já superei isso.
Ele notou a minha cara de tristeza, ao falar daquele assunto. Era tudo muito recente pra mim, mas não desisti de contar e continuei; primeiro, revelando o mais importante pra ele.
- Henrique... Eu... Sou gay!
Ele não fez cara de surpresa, e ao contrário do que eu pensava, abriu um sorriso largo e lindo, passando a sensação de compreensão das minhas palavras ditas.
- Eu sei o quanto é difícil pra você me contar todas estas coisas.
Ele colocou sua mão por cima da minha, num gesto de carinho, mas recuei, procurando não demonstrar o quanto eu estava atraído por ele. Será que era mesmo atração? Perguntei pra mim mesmo
- Eu agradeço a sua compreensão.
Ficamos ali, por mais um tempo, e revelei todas as tristezas que eu havia passado com o Tony, os sofrimentos; e ele me ouvia atento a cada palavra. Às vezes me passava o seu carinho como forma de conforto. Ele era um homem bom, de um caráter digno, e isto eu não poderia negar.
A tarde chegava, e íamos parando em alguns lugares. Naquele instante, já estávamos descontraído. Eu ria muito com os seus contos, de como ele era teimoso quando criança, e o quanto dava trabalho para sua mãe. Ele morava sozinho, seus pais estavam passando um tempo fora do Brasil, e ele resolveu ficar e tomar conta da empresa do pai. Henrique era um homem de 29 anos, e apesar da pouca idade, era bastante responsável e maduro, o que o deixava ainda mais atraente.
- Você quer ir ao Shopping jogar um pouco de boliche.
- Sim, mas vou logo dizendo, que nunca joguei boliche na minha vida, então... Você já sabe qual será o resultado né?
Rimos muito. Eu estava adorando aquele dia de domingo com ele.
- Não se preocupe, eu te ensino.
Seguimos em direção a sala de jogos, e logo, o Henrique já mostrava suas habilidades no jogo. Quando chegou a minha vez de jogar a bola, eu mal sabia pegá-la; confesso que fiquei um pouco envergonhado; percebendo isso, ele me propôs ajuda.
- Calma Gustavo. É assim que se faz...
Ele veio por trás de mim, segurando a minha mão, e o seu corpo cada vez mais próximo; eu pude sentir todo o seu cheiro e calor. Ele fez um gesto junto a mim, para que eu desse o impulso do arremesso.
- Boa garoto! Tá vendo? Você estava me enganando, dizendo que não sabia jogar.
- Até parece que eu conseguiria derrubar todos estes pinos sem a sua ajuda.
Ficamos jogando um pouco mais, e claro, com ele sempre me ajudando. Fazia muito tempo que eu não me divertia tanto. Meu foco nos últimos tempos era a faculdade e o teatro, mas hoje, o meu domingo, foi especial.
- Gustavo!
- Hã? Fala.
- Você aceita jantar comigo hoje?
Fiquei pensando se deveria prolongar o meu tempo com ele, ou se dava um basta ali mesmo, afinal, de uma coisa eu não podia esquecer: ele está comprometido, e pelo visto apaixonado pela Sabrina. A cada vez que eu pronunciava o nome dela, sentia uma revolta por dentro.
- Bem... Eu...
CONTINUA...