Oi galera, finalizando mais um capitulo. A história vai começar a esquentar. Comentem por favor, e deixem suas notas. Um beijão.
O elogio dele me deixou louco. Achei estranho, um cara hétero elogiar outro homem, mas tudo bem; o importante é que ele olhou pra mim. Entramos no carro e seguimos para o restaurante. Uma mensagem? Olhei no meu celular, e vi uma mensagem do Tony. O que aquele idiota estava querendo desta vez? Eu lembrei que não tinha apagado o seu número da minha agenda.
“Você pensou que eu ia desistir de você assim tão fácil? Me aguarde, que você terá uma surpresa”.
Meu Deus! O que será que ele quis dizer naquela mensagem? Fiquei um pouco nervoso, e o Henrique acabou percebendo. Disfarcei e inventei qualquer coisa. Como o Tony é capaz de fazer isso comigo? Depois de tudo, ainda me importunava com mensagens ridículas. Chega! Ele não vai estragar a minha noite.
- Tudo bem mesmo?
- Sim. Está tudo ótimo.
Entramos no restaurante, que por sinal, era caríssimo, e logo sentamos na mesa que já estava reservada.
- Você bebe alguma coisa Gustavo?
- Um Wisky, por favor.
- Eu vou querer um Vinho do Porto.
Após os pedidos, o garçom se afastou.
- Henrique? Eu... Queria na verdade, te agradecer pelo dia de hoje. Eu me diverti muito.
- Não precisa agradecer. Eu também me diverti bastante.
- Então me conta Henrique, seus pais fazem o quê mesmo?
- Bom! O meu pai é empresário do ramo de hotelaria; e a minha mãe não trabalha, mas herdou uma fortuna do meu avó.
Fiquei pensando. Se eu tivesse algo com ele, pelo menos não estaria comigo por interesse financeiro, pois a fortuna da sua família era maior que a dos meus pais junta. Fomos servidos, logo os papos começavam a surgir. Falei das peças que eu havia feito, das viagens para o exterior, da experiência de morar sozinho; e aos poucos O Henrique ia me conhecendo e eu conhecendo ele, nos deixando cada vez mais íntimos.
- Gustavo, eu só te chamei pra jantar, porque queria te contar uma coisa...
- Pode falar, estou te ouvindo.
- Bem... é que... Eu também tive uma grande decepção amorosa, só que não foi com uma mulher, foi com um homem!
Eu quase cai pra trás com aquela revelação. Um monte de perguntas começaram a surgir em minha cabeça.
- Você é...
- Não sei te dizer o que eu sou Gustavo, a minha única certeza, e é a que eu posso te informar, é que eu sou muito intenso, e procuro viver a minha vida da mesma forma.
- Uau! Nossa! Confesso que fiquei surpreso. Mas então, me diz o motivo da sua decepção.
- Eu conheci um cara numa viagem que fiz para Buenos Aires, e nos apaixonamos; bom, pelo menos eu me apaixonei. Aí, ficamos amigos, depois foi ficando serio, até eu me envolver pra valer com ele.
Eu observava atento a cada palavra, e ao mesmo tempo estava atônico com as suas revelações .
- Foi tão horrível Gustavo, na verdade eu tinha posto um ladrão dentro da minha própria casa. O Otávio levou tudo, não deixou nada, nem mesmo o meu anel, que ele mesmo havia me dado de presente. Despois eu descobri, que ele tinha agido, juntos com uns caras barra pesada, e até mesmo estava usando drogas.
Fiquei com uma pena dele. O seu olhar era de uma tristeza sem tamanho.
- Eu sempre fazia às suas vontades. Sempre o cobria com presentes, pagava viagens e mais viagens, e o que eu ganhei em troca?
- Você gostava muito dele não é?
- Sim. Eu o amava! Mas quando eu descobri tudo, o baque foi tão grande, que no mesmo ato chamei a policia para prendê-lo.
- É tão ruim, quando no machucamos por essas coisas do amor.
- Mas eu já o esqueci. Prometi a mim mesmo que não me envolveria com mais homem nenhum, que eles eram tudo igual. Foi aí que a Sabrina entrou na minha vida.
Ele tinha que tocar no nome dela.
- Todos menos eu. Não sou assim! E se você quer saber, também fiquei cego por amor.
- Eu sei que você não é assim. Por isso que eu...
- Eu o que?
- Por isso que eu me sinto completamente atraído por você, desde de o dia em que eu tiver na sala da casa da Julia.
Meu coração foi a mil por hora, eu juro que não esperava tamanha revelação. Como seria a minha reação agora? Será que eu devia contar que também me sinto atraído por ele, ou melhor, que eu estava completamente apaixonado?
- Henrique, eu... Eu nem sei o que dizer.
- Não precisa dizer nada, sei que sou um bobo e idiota mesmo. Aliás, eu nem deveria ter dito estas coias pra você.
- Não é isso! É que... Eu também estou muito atraído por você, seu rosto não sair da minha cabeça.
Já não sabia mais pra onde olhar, estava sem graça depois de tudo, e nem tive a coragem de dizer mesmo o que eu sentia.
- Vamos sair daqui e ir para um lugar mais tranquilo?
- Eu...
CONTINUA...
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