A Montanha Russa da Vida IV
Continuando....
Rapidamente nos separamos contra a nossa vontade. Olhei assustado em direção da porta para ver quem era essa pessoa que nos pegara no flagra e tentar formular uma explicação rápida e pratica.
Meus olhos percorreram toda a sala até chegar ao meu alvo. E para minha surpresa, quem estava na porta era um rapaz incrivelmente parecido com o Tom. Ao constatar isso senti uma leve vertigem talvez provocada pelo susto. Totalmente atônico eu olhava para “os dois Tom” que estava naquela sala e ambos se entreolhavam. O ambiente que tinha enormes proporções agora aparentava – me tão pequeno quanto uma caixa de fósforos.
Ficamos em silêncio mais como ninguém se manifestou por um determinado tempo, o mesmo que nos interrompeu caminhou até o sofá onde estávamos sentados e começou a falar:
- Thiago pensei que você só fosse chegar mais tarde ! E Rafha o que você estar fazendo aqui ?!
Um turbilhão de coisas se passou na minha cabeça e de repente mim vir jogando milhares de palavras boca a fora:
Eu: De que você chamou ele ?! Thiago ?! Acho que ouvir errado. Meu Deus o que é essa situação toda ? Alguém poderia fazer o favor de explicar ?!
O Tom que fora chamado de Thiago continuava calado, enquanto o outro respondeu a minha pergunta:
- Bem. Rafha você não ouviu errado. Eu chamei este cara que você acabou de beijar de Thiago. Ele é o meu irmão gênio.
Perplexo com a sua revelação indaguei:
Eu: Irmão gênio ?! Quer dizer que você tem um irmão e não contou nada para mim nem a Marcela ?
Tom: Isso mesmo. Eu particularmente não gosto de tocar nesse assunto. Por que todas as meninas ficam assanhadas quando sabem que somos gênios e sempre ficam implorando para que um desenrole o outro. Por isso eu e o Thiago sempre estudamos em colégios diferentes e andamos separados.
Ainda confuso perguntei:
Eu: Quer dizer que eu estava beijando o seu irmão gênio sem saber que era seu irmão e não você ?!
Escondendo um leve sorriso no canto da boca ele responde:
Tom: Pelo que mim parece sim !
Havia muitas perguntas a ser feita e eu fiz questão de esclarece – las ali mesmo:
Eu: Então você escondeu esse irmão por todo esse tempo ?!
Tom: Claro que não. O Thiago estava morando com os nossos pais lá na Suíça. Mas por motivos de força maior resolveu voltar ao Brasil.
Era necessário pensar mais não tinha como. Thiago aparentava que havia perdido a fala, pois até este momento permaneceu calado. Mas ele tinha que falar eu queria interroga – ló para saber o que deu na sua cabeça para fazer o que ele tinha feito. Percebendo que nos precisávamos conversar, Tom tratou de se retirar da sala.
Tom: Acho que você dois precisam conversar, então deixarei vocês a sós. Rafha antes de ir embora quero falar contigo.
Assenti e com isso ele retirou – se do resinto. Ficamos só nos dois, eu com ambas as mãos na cabeça olhando para o chão, tentando entender o que se passara ali. Mesmo sem entender naquele momento, por dentro eu era possuído por uma irritação gigantesca.
Talvez tenha passado – se alguns segundos, minutos ou até mesmo horas e o silêncio parecia que cada vez crescia entre nós. Ele parecia uma estatua sentado e calado na mesma posição que se encontrara tempos atrás. Essa situação toda estava cansando – me, por isso tratei de começar a força – ló a falar:
Eu: Vai ficar calado o tempo todo ? Será que o gato comeu a sua língua ?!
E pela primeira vez desde o inicio dessa situação, Thiago se manifestou:
Thiago: Não. Só estou tentando processar essa situação. Como vou explicar ao meu irmão o que ele presenciou ?
Eu: Então quer dizer que o Tom não sabia da sua opção ?!
Thiago: Claro que ele sabe. Entre nós nunca houve segredos.
Eu: Então por que tanta preocupação ?
Thiago: Porque eu estava beijando uma pessoa que ele gostava.
Eu: Sei.... Mas agora como sabemos ele já estar em outra.
Thiago: Pois é. Mas mudando de assunto. Você gostou do que rolou aqui ?!
Neste instante senti minhas bochechas esquentarem:
Eu: Mais isso é pergunta que se faça ?!
Thiago: Não vejo problema nisso.
Eu: Mais eu vejo. E faça – me o favor de não tentar nada do tipo.
Thiago: Quer dizer que você estar rejeitando o meu beijo. Eu pensei que você tinha gostado.
Eu: Pensou errado meu caro.
Respondendo a sua ultima pergunta, ele começou a se aproximar:
Thiago: Então quer dizer que você só teria gostado do beijo se fosse o Tom que tivesse lhe beijado ?!
Ora quem ele é para fazer uma insinuação dessas ?! Eu pensava. Por isso tratei de dar uma cortada:
Eu: Claro que não seu imbecil. O Tom é só meu amigo e namorado da minha melhor amiga.
Thiago: E porque você insiste em dizer que não gostou do meu beijo ?
Aproximando – se ainda mais ele prossegui:
Thiago: Posso lhe provar o contrario.
Quando eu falou isso tive uma vaga lembrava do Felipe. Thiago poderia até ter a mesma face que o Tom, mais em questão de caráter como deu perceber aparentava – se muito com o crápula dos infernos.Um raio de raiva atingiu – me e a minha única reação foi dar – lhe um dos meus melhores tapas no meio da sua cara.
Chocado com a minha atitude ele perguntou:
Thiago: Porque você fez isso ?! Aff’s que mãozinha pesada.
Neste instante tive uma crise de choro que talvez tivesse sido provocada pela péssima lembrança.
Entre as inúmeras lagrimas que vertiam de meus olhos. Conseguir responder:
Eu: Porque você é um canalha que estar se aproveitando do meu estado para tirar vantagens.
Indignado com a minha resposta ele continua:
Thiago: Claro que não. Minha intenção não foi essa. Nós temos muitas coisas para conversar. Talvez depois de tudo você possa entender o porquê desse beijo.
Soluçando e com a voz um pouco embargada, prossegui:
Eu: Não tenho nada para falar contigo. Só quero a sua distancia. E outra é melhor eu ir embora.
Caminhando rumo ao corredor que dava acesso a porta principal encontro o Tom sentado em uma poltrona. Ao ver – me ele levanta – se e começa a falar:
Tom: Pela sua feição, vocês não resolveram muita coisa.
Eu: Acho que não tinha para se resolver. Tudo não passou de um mal entendido. Quem iria imaginar que você teria um irmão gêmeo ?!
Tom: Você tem toda razão. Eu iria contar toda essa história assim que possível. Já que o Thiago iria chegar amanhã à tarde, mas acho que me enganei.
Eu: Pois é. Eu estou indo. Ele quer pôr as cartas na mesa mais eu não tenho cabeça para isso, pelo menos por hoje.
Tom: Estar bem. E esse assunto morre aqui.
Dei um super abraço no Tom e fui em direção à porta, quando o Thiago chamou por mim:
Thiago: Rafha espera !
Virando – me:
Eu: O que foi ?!
Thiago: Eu lhe levo para casa. Tom me empresta o seu carro ?!
Eu: Não precisa. Eu sei cuidar de mim. E Tom onde fica o ponto de taxi mais próximo ?
Thiago: Não precisa de taxi nenhum ! Eu vou lhe levar em casa, assim podemos conversar.
Eu: Ver se mim erra !
Tom: Acho que por aqui não tem nenhum ponto de taxi, mas posso chamar um !
Eu: Faça isso.
Tom saiu para procurar o telefone do ponto de taxi mais próximo talvez em outra sala. Foi exatamente neste momento que pude constatar que minha carteira não estava em meu bolso, talvez eu tivesse perdido quando fui pagar o taxi assim que cheguei à casa do Tom horas antes:
Eu: Acho que perdi minha carteira !
Tom: Onde ?!
Eu: Não sei. Talvez quando desci do carro aqui em sua porta horas atrás.
Tom: Diante disso é melhor cancelar o taxi.
Eu: De maneira nenhuma ! Quando chegar em casa eu mando o motorista esperar e pago.
Tom: Só não vou lhe levar em casa por que a Marcela estar chegando daqui a pouco. E alias acho que estar na hora dela para com essa besteira de se sentir culpada. Na verdade a culpa é daquele infeliz do Felipe.
Eu: Também acho.
Thiago: Não sei o que posso fazer com esse tal de Felipe se ver ele cara a cara !
Eu: Como você sabe dessa história ?!
Tom: Eu contei. Mas depois o próprio Thiago vai lhe explicar umas coisas.
Explicar ?! Mas explicar o que ?! – Eu me perguntava. Passou umas meia hora e nada do taxi e eu já estava ficando impaciente. O lado bom é que Marcela ainda não tinha chegado particularmente aquele não seria um bom momento para por os pontos nos “Is”.
Totalmente impaciente com a espera do bendito taxi, tentei converse o Tom que seria melhor ele cancelar – ló e mim dar uma carona, mas ele continuava a rejeitar minha proposta:
Eu: Faça o que eu estou lhe pedido Tom ! Seja bonzinho comigo, por favor !
Tom: Você deveria esperar mais um pouco. E outra Marcela chegará daqui a pouco e ela ficara uma fera caso eu não estiver aqui.
Eu: Não ficara nada. Tem o seu irmão ! Como é mesmo o nome dele ?!
Tom: Thiago.
Eu: Então o Thiago pode ficar aqui para fazer companhia e depois você explica a ela o motivo da sua ausência. Ela ira entender.
Tom: Melhor não. Thiago poderia levar você ! Que tal ?!
Contra a minha vontade, mas levando em consideração o fato da dor que cabeça que atingia – me em cheio, não pude recusar:
Eu: Mas ele acabou de chegar de viagem ! Deve estar cansado.
Thiago que observa – me com seus olhos verdes claros em silêncio respondeu:
Thiago: Não estou cansado. E não será nenhum empecilho lhe levar em casa.
Eu: Certo.
E agora deitado em minha quente cama revivendo novamente este episódio em minha cabeça, pergunto – me se essa resistência toda do Tom não foi de propósito, uma vez que ele já sabia de tudo. Mas eu não sei se fico feliz ou com raiva por ele ter o ajudadoNo carro ele dirigia com maestria, era difícil ficar evitando não olhar para ele. Mais uma vez minha cabeça estava uma bagunça, porém eu tinha plena consciência que havia coisas mais importantes naquele momento e por ventura eu não possuía tempo para romances melosos, não agora.
Dos autos falantes laterais do carro saiam os leves e fluidos acordes de Give Your Heart a Break (Demi Lovato) e pelo que deu para percebe era que Thiago conhecia a letra muito bem, já que cantava bem baixinho.
Parando em frente à casa ele destrava as portas e tenta se desculpa pelo ocorrido:
Thiago: Desculpe – me pelo que ocorreu hoje a tarde, não era a minha intenção causa todo esse transtorno.
Eu: Que nada. Afinal o também contribui para isso tudo. Não esquenta !
Tirando um Pen Drive do bolso, ele prossegui:
Thiago: Quero que você fique com isso. Eu costumava ouvir o que estar aí para pensar em você quando estava na Suíça.
Desci do carro e procurei não lembrar de suas palavrasAgradeço mais uma vez a todos vocês que sempre comentam os meus contos, muito obrigado por todo o carinho.
Mas hoje eu gostaria de perdi a vocês que dessem uma olhada no meu novo conto que postei recentemente. Acredito que as poucas pessoas que leram (poucas mesmas) não demonstraram uma opinião satisfatória para minha pessoa. Essa nova história que comecei a escrever é totalmente diferente dessa que vocês acompanham, ela não é tão clichê, estou tentando em uma série de romance junto com suspense. Então gostaria da opinião de todos vocês em respeito a essa primeira parte já publicada.
Portanto façam – me esse favor de ler: Dark Paradise: Quanto vale o amor ?
http://www.casadoscontos.com.br/texto/Boa leitura e comentem a vontade....