Dsculpa estou tendo alguns problemas serios em casa, gente espero que gostem e me desculpem mas nao sei quando vou poder postar de novo, espero que amanha ou o mais rapido possivel, bjos
Encostei a cabeça no banco e fechei os olhos, eu amava um estranho e essa historia ficava cada vez mais confusa. E agora? Eu seria capaz de viver sem o Ruan? A resposta era não, de uma forma estranha eu sabia que nunca mais seria capaz de viver sem ele.
Liguei meu celular, agora eu podia falar com ela.
(Eu) — Alo mãe?
(Mãe) — Lucas, onde você esta? O que aconteceu? Você esta bem?
Eu contei para ela o que tinha acontecido, omitindo as partes que o Ruan tinha usado drogas e as revelações que ele me tinha feito, e que quase tinha se matado, ela escutou em silencio.
(Eu) — Mãe? Você esta ai?
(Mãe) — Estou sim Lucas, onde você esta? Onde esse assassino te levou?
(Eu) — Mãe não o chame assim, você não o conhece.
(Mãe) — E aposto que você o conhece?
(Eu) — Sim mãe, eu o conheço.
(Mãe) — Ah Lucas, o que eu faço com você? – Ela disse chorando.
(Eu) — Eu não sei, não sei o que vai ser daqui pra frente. Preciso pensar.
(Mãe) — Lucas não des…
(Eu) — Tchau. – Desliguei o telefone.
Eu não iria a um hospital, não queria passar pela mesma vergonha que da outra vez, não, e nem queria ver aquele medico de novo ou qualquer outro medico idiota. Liguei para uma pessoa que eu tinha certeza que iria me ajudar. Uma voz sonolenta atendeu.
(Do outro lado da linha) — Ah que droga Lucas! Você sabe que horas são?
Já que ela não tinha sido gentil eu não tinha nenhum motivo para ser – fui estuprado. – Desabafei.
(Do outro lado da linha) — Como? Que historia é essa? – Totalmente desperta.
E eu contei, de novo o que tinha se passado, sem omitir nada.
(Do outro lado da linha) — Nossa meu, Lucas esse cara é perigoso, toma cuidado!
(Eu) — Como se você pudesse me repreender! Mas não é por isso que estou ligando, será que eu posso ficar na sua casa? Por um tempo?
(Do outro lado da linha) — E precisa pedir garoto minha casa é sua.
(Eu) — Então daqui a pouco estou indo, depois a gente se fala o Ruan esta voltando. Tchau.
(Do outro lado da linha) — Tchau Lucas e cuidado.
(Eu) Pode deixa. – Desliguei o celular.
A porta do carro foi aberta e o Ruan entrou, eu estava guardando o celular e ele viu. – Com quem você estava falando?
(Eu) — Primeiro liguei para minha mãe.
Ele fez um sinal com a cabeça como se entendesse, - e depois?
(Eu) — Para uma amiga, a Valquíria. Ruan, eu não vou para um hospital e não discuta comigo – falei quando ele abriu a boca para me questionar, - eu vou para a casa dela, não posso voltar para casa assim, me sinto sujo, simplesmente não posso, não ia me sentir bem.
(Ruan) — Então para onde vamos? Eu não posso te levar para minha casa Lucas, por mais que eu queira, não posso, não agora pelo menos.
(Eu) — Eu pedi para ela para ficar na casa dela e ela concordou me leva pra lá. – eu disse apoiando a cabeça no colo dele, ele me enlaçou com os seus braços, sua camisa estava molhada de suor, ele não fedia, só que não era um cheiro agradável – você esta suado. – comentei.
(Ruan) — Pois é, estou fedendo né?
(Eu) — Não, eu gosto, faz com que me sinta em casa. – Ele riu.
(Ruan) — Onde fica a casa da sua amiga? – Eu sussurrei o endereço, tinha sido um dia movimentado na loja, e a noite mais agitada ainda, fechei os olhos, eu precisava dormir. Senti seus lábios tocarem minha boca em um selinho suave, depois minha testa – eu te amo.
(Eu) — Amo você. – Instantes depois adormeci.
Não sei como o Ruan conseguiu dirigir abraçado comigo.
(Ruan) — Hei, Lucas – ele começou a me beijar, - acorda amor.
(Eu) — Já chegamos? – Perguntei, passando a mão nos olhos.
Ele riu.
(Eu) — O que foi?
(Ruan) — Nada é só que, você é lindo – atáh, eu ia discordar, sua boca colou na minha e eu me esqueci até de onde estava, foi um beijo suave, delicado, maravilhoso.
Valquíria me esperava do lado de fora de sua casa, desci do carro, na rua ainda restava vestígios da chuva que da chuva que tinha caído. Ruan tinha parado o carro em frente à casa da Valquíria. Ele desceu, deu a volta no carro e me abraçou por trás.
(Eu) — Oi.
(Valquíria) — Então é esse o gostosão que roubou o coração do meu melhor amigo? – Ela soltou na lata, não sorria.
(Eu) — Pois é hehehe. – Eu estava com vergonha.
(Ruan) — Acho melhor eu ir.
(Valquíria) — Também acho.
Ele não podia me deixar, eu não conseguia me imaginar sem ele, parecia que meu coração ia ser esmagado no peito. – Não, fica comigo.
(Ruan) — Eu não posso Lucas, tenho umas coisas para resolver.
(Valquíria) — E você pediu para você ficar Lucas, não para o assa... – fechei a cara com um ódio que não pensei que eu pudesse senti, acho que ela percebeu pois disse, - para o Ruan.
(Eu) — Fica comigo Ruan, por favor, eu preciso de você. – Apertei seus braços ao meu redor, e ele me abraçou mais forte.
(Ruan) — Eu não posso, e alem acho que não sou bem vindo.
(Valquíria) — Pode acreditar.
(Eu) — Por que você esta sendo tão má? – Perguntei com os olhos cheios de lagrimas, que droga lá estava eu a ponto de chorar de novo. - Então acho que também não sou, vamos embora Ruan.
(Valquíria) — Desculpa, ta Lucas, é claro que ele pode ficar desde que não arranje nenhuma encrenca. Se ele quiser é claro.
(Eu) — Ta vendo? Fica? Por mim…
Ele suspirou no meu pescoço, me arrepiei – como você é teimoso garoto.
Virei encarando-o nos olhos – então você fica?
Ele respondeu sorrindo – e você me deixou escolha?
O arrependimento bateu e me senti como um adolescente mimado, - sempre existe uma escolha Ruan, você tem que escolher, ninguém pode te obrigar a fazer uma coisa que você não quer. Você não é escravo de ninguém, sempre tem uma escolha. – Eu falei isso enquanto me soltava dele, minha garganta estava fechada, engoli o choro. Queria ser sincero com ele, ter um relacionamento aberto, não queria que ele fizesse algo por mim sem ter vontade, por mais que eu precisasse. - Eu quero e muito que você fique, mas se você tem coisas melhores para fazer, não quero impedir.
Na casa da Valquíria tem uma escadaria, comecei a subir, meus olhos iam pelo chão. Senti que ele me abraçava por trás. – Eu tenho que ir, mas eu prometo que volto.
(Eu) — Vou ficar esperando, vê se não demora. – Eu estava segurando o choro o máximo, não olhei para ele, subi os degraus e entrei para dentro.
Valquíria fechou a porta logo em seguida, - Lucas…
Me encostei na parede e escorreguei ate o chão, - que é? – perguntei com voz de choro.
(Valquíria) — Você esta precisando de um banho. – Ela se sentou ao meu lado, passando o braço pelo meu pescoço, olhei para ela, que torceu o nariz como se eu estivesse fedendo. – Você rolou na lama é?
Aquilo me fez lembrar tudo o que eu tinha passado naquela noite, da voz do desgraçado, de eu ser arrastado, eu não podendo fazer nada e o Ruan chegando, me salvando. Não aguentei e desatei a chorar, chorava com vontade como se o mundo fosse acabar naquele instante. Eu me sentia ridículo, sempre fui tão independente e agora estava irrevogavelmente dependente, a vida é uma merda sabe. Quando consegui me acalmar.
(Valquíria) — Melhor?
Ai sabem o que aconteceu? Desabei no choro de novo, como ela podia achar que eu estava melhor? Serio, como? Dessa vez a crise de choro foi pequena.
(Valquíria) — Calmo garoto?
(Eu) — Sim, -respondi fungando, detesto chorar meu nariz fica vermelho e começa a escorrer, e meus olhos ficam inchados. Uma beleza de se ver, que droga viu!
(Valquíria) — Então já para o banho.
Ela me ajudou a levantar, eu nunca tinha vindo na casa dela, era uma casa simples mas bem organizada. Acho que estávamos na sala, digo acho por que tinha um sofá roxo com flores amarelas, um quadro bizarro com cores que eu nem sabia que existiam, uma lareira, a casa é bem antiga. Mas não vi televisão em parte alguma.
(Eu) — Nossa, lareira é?
(Valquíria) — é que eu gosto de transar com as chamas acesas.
Senti meu rosto queimar, ela me levou ate o banheiro. – Toma banho ai porquinho, vou pegar roupas e toalha. – Ela me empurrou e fechou a porta atrás de mim. Comecei a tirar a roupa ali mesmo, tirei a camisa e joguei no chão, depois a calça e por fim o tênis as meias e a cueca. Coloquei a mão na bunda com medo, depois olhei para ela, não tinha sangue e isso era bom, certo?
Caminhei pelo piso branco, o banheiro era enorme, tipo casarão. Tinha azulejos esverdeados brilhantes, entrei no box, liguei o chuveiro e deixe a água cair. Queria que ela lavasse meu corpo e minha alma. Quem já passou álcool em machucado sabe o quanto arde, a água quando desceu pelas minhas costas e quando tocou no meu anus…
(Eu) — Aiiii – gritei de dor, parecia que meu coração tinha descido ali, eu sentia meu cu pulsar. Valquíria entrou no banheiro, eu tinha esquecido de passar a chave.
(Valquíria) — Ta tudo bem Lucas?
(Eu) — Não. – Eu falei com a voz beirando ao choro, dessa vez de dor.
(Valquíria) — O que aconteceu?
(Eu) — Meu cu ta doendo muito.
E a desgraçada começou a rir. Eu abri o box e coloquei a cabeça para fora, - ta rindo do que o vadia?
(Valquíria) — Me desculpa Lucas é que eu não consegui evitar, olha vou deixar as coisas aqui pendurada e quando você terminar, bem você se troca né? – ela ia dizendo enquanto pendurava, eu continuava olhando para ela, com a mão na frente do meu pinto, o vidro estava embaçado, mas nunca se sabe… - não usa sabonete ta.
Olhei para ela com cara de “TA DOIDA OH MUIÉ”? E eu também falei, - cê ta loca? – Se já estava ardendo só com água, imaginem com sabonete. Demorei muito no banho, a dor não passou diminuiu um pouquinho, mas não sumiu.
Sai do box e me enxuguei, ela tinha me trazido uma camisa com o Pooh, vesti era larga. Tinha uma calça de moletom e espera ai, cueca? Eu nem queria saber de quem ela tinha roubado, vesti, era azul e parecia nova, coloquei o moletom cinza e quando saio do banheiro quase morro do coração.
(Eu) — Mãe? O que a senhora esta fazendo aqui?
(Mãe) — Você quer me matar do coração fedelho? – Ela disse isso me abraçando, - eu sou sua mãe, vou estar sempre do seu lado.
Eu concordei.
(Valquíria) — Ela me ligou Lucas, pensei que você tivesse falado pra ela que ia dormir aqui.
(Mãe) — Você tinha que ter me pedido Lucas, agora vamos para casa.
(Eu) — Mãe eu não posso ir. – E tentei explicar a ela os meus motivos, com um suspiro ela disse que entendia. Valquíria me levou até um quarto no segundo andar, “não era muito grande”, tinha uma cama de casal, um guarda-roupa antigo de mogno, uma poltrona, e uma porta de vidro que dava para uma varanda, me joguei na cama, eu queria dormir e esquecer tudo só que minha mãe não ia deixar.
(Mãe) — Lucas deixa eu ver o estrago. – Ela já tinha trabalhado como enfermeira quando eu era pequeno, eu não tinha vergonha dela. Deitei de lado e abaixei tudo, e as duas ficaram olhando, a Valquíria foi até pegar uma lanterna, eu queria matá-la! – Tem uma caixa de primeiros-socorros?
(Valquíria) — Tem sim vou pegar. – Ela saiu para voltar logo em seguida, como eu estava virado de costas para a porta não vi o que ela trazia. Minha mãe começou a desinfetar, eu mordia o travesseiro para não gritar. Ela não estava só fazendo curativo, não, ela estava me torturando. Quando ela terminou, eu não conseguia deitar de barriga para baixo, estava doendo, mas eu estava tão cansado que dormi. Algumas horas depois acordo com gritos, caminho ate a varanda e vejo, por causa da luz que saia de dentro da casa já que o poste estava queimado, minha mãe xingando o Ruan.
Quando você acha que não pode acontecer mais nada, enquanto eu descia para ver o que estava acontecendo, torci o pé no ultimo degrau da escada.
(Eu) — Ruan? – Eu o chamei, meu pé doía muito.
(Ruan) — Ouviu? Ele esta me chamando, tenho muito respeito pela senhora por ter criado a razão da minha vida, mas não abusa, eu o amo não entende? – Eu podia ouvi-lo baixo, ele estava exaltado.
(Mãe) — Aqui você não entra, vai embora se não eu vou chamar a policia. – Eu fui mancando ate a porta, admiro quem consegue ficar pulando que nem saci, só que se eu ficar pulando sinto mais dor.
(Eu) — O que esta acontecendo aqui? – falei parando na frente da porta.
UM BEIJO DOCE, C0MO CHOCOLATE COM PIMENTA, ATÉ MAIS AMORES...