Oi Galera. Olha só, eu quero deixar esclarecido uma coisa para vocês. Quando eu disse no capítulo anterior que só continuaria o conto se vocês insistissem, não foi com nenhuma intensão de querer apelos de ninguém, até porque não preciso disso, foi simplesmente porque, tem pessoas que se envolvem tanto com a história, que me pedem para continuar com mais alguns capítulos. Estou aberto a qualquer crítica, até porque eu sou adulto e maduro o suficiente para entender. Um beijo grande no coração de vocês e espero que curtam mais um capítulo. Ficam com Deus.
Senti um arrepio por dentro como se estivesse pressentindo alguma desgraça. Eu sabia dentro de mim que o Tony ia aprontar alguma coisa, mas como eu poderei evitar?
A Julia veio em minha direção, com um olhar atônico e eu estava mais nervoso do que ela. Pelo meu olhar ela percebeu que havia alguma coisa estranha, e que eu só estava ali com o Tony, contra a minha vontade.
- Amigo tudo bem?
Ela me abraçou forte e pude sussurrar em seu ouvido, pedindo ajuda. Disfarcei para que o Tony não pudesse ouvir.
- Ele me ameaçou, não tive outra escolha. Me ajuda por favor.
O Henrique me olhava com um olhar de desprezo e eu não pude notar a cara de satisfação da Sabrina em estar agarrada ao seu lado. O Paulo veio nos cumprimentar e para o meu desespero o Henrique também, junto aos demais.
- Tudo bem Gustavo?
- Tudo bem Paulo. Feliz Aniversário. Espero que goste.
- E este Gustavo? Quem é?
O Henrique me olhou com olhar desafiador, e interesse em saber o homem que estava ao meu lado. Eu gaguejei.
- Esse daqui é o...
- Eu sou o namorado do Gustavo, ou melhor, o seu marido, nós estamos morando juntos. Prazer, meu nome é Tony.
Fiquei sem chão. O Henrique fulmina raiva e desgosto ao mesmo tempo. Paulo e Antônio ficaram surpresos, pois eu não havia dito a eles que era gay. A Sabrina como sempre, muito debochada, riu da situação. Eu queria sair correndo dali.
- Eu não sabia que você era... a Julia não me disse nada.
- Não tem problema Paulo. Eu queria ir ao banheiro, você pode me indicar onde fica.
- Claro. Primeira porta a esquerda.
Precisava ficar um instante sozinho, para processar os meus pensamentos e uma ideia rápida de sair daquela casa.
- Vai, mas lembre de que eu estou de olho em você. Qualquer passo seu em falso, e eu acabo com a sua vida.
Fiquei olhando o Henrique, e a Julia tentou recepcionar o Tony, mesmo não gostando dele. Aproveitei e seguir para o corredor, em direção ao banheiro. Entrei e fiquei me olhando no espelho. Como você vai sair dessa Gustavo? Ela tinha que existir, ou melhor, o Tony e ela tinham que existir? Respira fundo Gustavo, você tem que ser forte!
Ia saindo, quando me deparo com o Henrique. Que me olhava com muita raiva.
- Que palhaçada é essa Gustavo? Que cara é aquele?
- O que você está fazendo aqui? Quer que alguém nos veja?
- Por quê? Tá com medo de o seu namoradinho nos pegar?
- Eu não lhe devo explicações. Você não é nada meu.
- Então é isso né? Você queria me usar não é isso?
- Não seja ridículo Henrique! Primeiro você diz que não pode ficar comigo, depois engravida aquela mulherzinha fútil e vulgar. Enxerga-se!
- Não fale mal da Sabrina. Eu pelo menos fui transparente com você.
- Chega! Eu não tenho que lhe dá satisfação!
- A Sabrina estava certa mesmo, eu não podia trocar o certo pelo duvidoso.
- Ah! Então quer dizer que você contou de nós dois para ela?
- Contei sim. Mas graça a Deus ela abriu minha cabeça. Vejo que eu me enganei com você. Veio com esse papinho de desilusão amorosa, e me aparece com aquele cara aqui, na casa do Paulo.
- Lave a sua boca para falar de mim. Só eu sei o quanto sofri e o quanto eu estou passando.
- Como assim o que você está passando?
A minha vontade era jogar na cara dele, que eu só estava com o Tony, por pura chantagem. Mas não podia fazer isso, ele ia querer tirar satisfações com o Tony e tudo poderia acabar mal.
- Me deixa em paz Henrique! Vai viver com a sua mulher. Agora você tem um filho pra se preocupar.
- Tenho você também para me preocupar. Eu sei que você não está com ele, que tudo isso é para me fazer ciúmes.
- Ciúmes? Hahahahahaha... E desde quando eu preciso te fazer ciúmes?
A minha paciência estava se esgotando, e eu tinha que acabar com aquele assunto de uma vez, pois era muito perigoso ficar ali no corredor com ele.
- Eu preciso ir para sala Henrique, com licença, por favor!
- Gustavo eu... Eu não quero perder você; será que não entende que lhe amo, que a minha vida sem você não tem sentindo? Fica comigo.
- Henrique eu... Eu não posso. Não desse jeito. Eu também te amo muito, mas é melhor vivermos longe um do outro.
Ele me pegou de surpresa e me deu um beijo tão molhado e intenso que eu me rendi ao seu beijo. Tudo parecia calmo, quando eu estava envolvido em seus braços. O meu amor por ele era mais forte do que eu podia pensar. E eu sabia que ele também me amava, mas não poderíamos ficar juntos. O Tony não me deixaria em paz nunca.
- O que está acontecendo aqui? Será que você pode me explicar Gustavo?
- Eu também quero uma explicação Henrique.
Meu Deus! O Tony e a Sabrina nos pegou no flagra.
CONTINUA...