minha inbox dispara e mostra que chegou uma nova ask, eu clico nela e abro:
Defina o Amor?
O amor, é um sentimento que idiotas como eu sentem e são machucados, está bom para você?
PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARA.
Eu acho que vocês não entenderam nada, então deixa eu começar do começo (obvio):
Ah, de volta a esta merda de escola.
Este foi meu pensamento quando eu parei minha velha scooter em frente ao prédio do colégio. Eu realmente odiava aquele lugar, assim como odiava as pessoas de lá.
Nunca fui muito sociável, então não tenho muitos amigos. Sei que isso é deprimente mais enfim.
Eu sempre fui um garoto muito quieto, sempre calado no meu canto.
Meu pai até achava que eu tinha algum problema. Ele me levou à um psicólogo. Realmente, acho eu depois da minha sessão quem ficou deprimido foi o psicólogo. Tomei alguns comprimidos coloridos, e o Dr. Disse que tudo isso era por conta da minha mãe.
(ta,ta, ele não disse com essa palavras) Desde que minha mãe foi morar em Londres com o namorado, eu venho guardando tudo isso dentro de mim.
OK! Minha mãe não me abandonou, eu que optei por vir morar com meu pai, me considerava um estorvo para ela. Mas tudo isso aconteceu dos meus 7 anos aos 14 anos.
Depois disso, para variar meu pai pensou que eu estava ficando mais maluco do que de costume.
Comecei minha fase: foda – se o mundo.
Eu comecei a me vestir de preto, amar caveiras e amar rock, dessa fase deprimente, assim sem mais nem menos, eu passei para a fase rebelde.
E como tudo na vida passa, essas fases também passaram, mas eu ainda amo caveiras.
Da minha fase rebelde, eu ainda tenho meu piercing no nariz.
Não via a hora de dar adeus a essa cidade patética e me mudar para São Paulo; ir para faculdade e ser feliz.
Assim que eu entrei na minha sala de aula, eu o avistei.
Era alto, cabelos estilo militar castanhos bagunçados despreocupadamente.
Lá estava Miguel Guimarães, o garoto mais IDIOTA e COBIÇADO do colégio. Minha relação para com ele, nunca foi uma das melhores. Nós conhecemos na 5ª série.
Enquanto ele estava lá com seu jeito mimado e me xingando; eu estava encolhido no meu lugar tentando só enxergar o quadro branco.
Isso durou até os meus 10 anos. Em um belo dia, ele tomou minha carteira escolar, e eu já estava cheio dele e não admiti aquilo, então nos atracamos, nós dois rolávamos pelo chão, com socos e ponta pés, resultado:
Ele saiu com o nariz sangrando e eu com p braço quebrado e uma bela suspensão.
E desde então nos adiávamos e fim da história.
E agora fingíamos que não nos conhecemos, não trocávamos uma única palavra.
Eu encarava o colégio com paciência, afinal em 11 meses, 30 dias, 12 horas, 30 minutos e 14 segundos, eu estaria livre disto.
Final da primeira parte ~
Vocês que sabem se eu continuo ou paro por aqui ;*