A principio não acreditei, levei alguns segundos para me dar conta que era realmente ele. Ao abrir o olhos ele estava parado na minha frente, usava apenas uma sunga vermelha, a pele estava queimada de sol e ele sujo de areia. Simplesmente lindo.
Respondi meio assustado a saudação dele.
Marco: -André!?!?
André: -Porra! Sua memória é boa mesmo, mas já eu não lembro do seu nome cara.
Eu sai do chuveiro e ainda bobo por ter encontrado ele daquela maneira.
Marco: -É Marco!
André: -Isso! Grande Marco!
E com isso, estendi a mão para apertar a dele, ele correspondeu com um movimento desses tipo de brothers, bateu na minha mão e a segurou e em seguida me puxou e me abraçou de forma que o braço direito dele ficou entre nos e o esquerdo passou pelas minhas costas, me apertando. Fui pego totalmente de surpresa por aquele movimento.
André: -E ai! Fez a força do pneu?
Marco: -Claro no mesmo dia, mas eu estou bobo, qual a chance de encontrar você justamente aqui?
Ele abriu um sorriso e se jogou embaixo do chuveiro que eu havia deixado ligado.
André: Muito grande, eu moro aqui!
A verdade que eu quase não prestei atenção na resposta dele, a água caindo sobre o ele e percorrendo aquela escultura viva que ele chama de corpo me excitou demais e eu estava de sunga. Imediatamente comecei a olhar para o lado e pensar em todo o tipo de coisa nojenta e broxante que conseguia lembrar, uma ereção ali seria uma vergonha monumental.
André parecia não ter percebido o que tinha acontecido e continuava a falar.
André: -Então, veio passear no feriadão?
Eu estava completamente sem graça tentando não olhar para ele.
Marco: -Éééé, sim, claro, vim com um casal de amigos.
André: Bacana!
Marco: -Nem tanto, tô mais segurando vela.
André: -Ué, então vem ficar ali na minha mesa. Tem uma galera pesada lá.
Meu coração deu um salto com o convite dele..
Marco: -Não vou incomodar?
André: -Que isso mané? Claro que não, vamo lá.
Eu claro estava louco de vontade de ir com ele, eu procurei muito por aquele homem e derrepente ele cai de paraquedas na minha frente! Não iria perder ele de vista de novo, pelo menos não tão facilmente.
Marco: -Poxa, então vamos sim, deixa só eu avisar aos meus amigos?
André: -Na boa, vamo lá falar com eles.
Eu quase não estava acreditando que ele estava ao meu lado. Segui para a mesa com um sorriso que ia de orelha a orelha e me dirigi a Marcia.
Marco: -Marcia, olha esse é meu amigo André.
Ela me respondeu com um olhar espantado.
Marcia: O André do pneu?
André respondeu abrindo um sorriso.
André: -Olha, eu tô famoso!
E esticou a mão para cumprimentar a ela e ao namorado, fiz as devidas apresentações e conclui:
Marco: -Então, eu vou ficar ali um pouco na mesa dele tá bom? Assim dou um pouco de privacidade a vocês.
Marcia: -Olha não precisa, mas tudo bem, vai lá.
Assim peguei as minhas coisas e vesti a bermuda.
André: -Cara a gente tá ali na beira mesmo, na areia, pode ficar de sunga mesmo.
Marco: -Não, tô bem assim.
Mal sabia ele que a ideia era eu esconder minha semi-ereção que se tornaria uma ereção completa a qualquer momento se continuasse olhando para ele de sunga. Fomos ate a mesa dele e ele fez uma apresentação genérica minha:
André: -Então galera atenção, esse aqui é o Polo!
Marco: -Não cara, Marco.
André com um sorrisinho malicioso no rosto se corrigiu.
André: -Ah, é mesmo, é que quando ouço Marco no automático me vem na cabeça Polo! Mas então, meu amigo aqui vai se juntar a nois aqui valeu! Marco, essa é a galera.
Sempre fui meio tímido, mas o álcool ainda correia na minhas veias e eu estava mais extrovertido, e acenei para todos. André conseguiu uma cadeira e colocou para que eu me sentasse próximo a ele.
Marco: -Cara eu tentei encontrar você sabia?
André: -Serio? Porque?
Marco: -Porque você esqueceu sua camisa! Estou com ela ate hoje.
André: -Ah foi mesmo, você esta com ela ai?
Marco: -Não ficou em minha casa, lá na cidade.
Mentira, a camisa estava no meu quarto, mas o quão estranho seria se eu dissesse aquilo a ele. Por isso preferi esconder isso.
André: -Então depois a gente combina e eu pego ela com você.
Marco: -Mas eu não entendi, se você mora aqui, o que estava fazendo naquelas redondezas naquele dia?
André: -Fui deixar uma piri em casa.
Marco: -Piri?
André: Piriguete.
Claro, obvio, aquele homem não poderia ser gay, claro que tinha que ser hetero. So sei que continuamos conversando por diversos assuntos e aos poucos os amigos dele também passaram a participar do papo, segui tomando cerveja com eles e quando dei por mim já começava a noitecer. Mas o papo foi incrível. Descobri que André tinha 22 anos, morava nessa cidadezinha beira-mar que o comercio girava pelo turismo das cidades vizinhas que vinham para suas praias. Ele havia terminado o segundo grau e estudava para o vestibular. Morava com os pais e fazia bicos aqui e ali para viver. Logicamente era um rato de academia, o que explicava seu corpo fantástico, com seus 1,81 (descobri porque perguntei) e seus 90kg de puro músculo. Aos poucos os amigos dele começaram a sair ate que ficamos apenas eu e ele conversando. Foi quando sugeri irmos embora.
André: -Claro, você deve ter outros compromissos.
Marco: -Não, pensei o contrario que talvez eu estivesse te mantendo preso aqui.
André: -Nem, que nada, não tenho mais nada para fazer hoje. O que eu queria era ir pra cidade, vai ter um show de Arnaldo Antunes rolando hoje que eu tava doido pra ver.
Marco: -E porque não vai?
André: -Por falta de carro, de lugar pra dormir pra não ter que voltar dirigindo ou se fosse de ônibus para esperar os carros voltarem a circular, essas coisas.
Marco: -E aquele seu carro? O que aconteceu?
André: -Não era meu. Era emprestado de um amigo, que me emprestava sempre, mas o cara agora ta morando no interior, ae já viu né?
Eu pensei por um tempo, tomamos mais uma cerveja e já no fim eu tomei uma decisão a qual hoje eu vejo o quão louca foi.
Marco: -André, vamos pro show. Eu não tô em condições de dirigir, mas se você estiver a gente vai para cidade de ônibus, de lá para minha casa, pegamos meu carro e vamos.
André sorriu com o que eu disse.
André: -Seria legal Marco, mas o lance é que vou beber lá e já bebi bastante agora, eu ainda posso dirigir, mas de lá para cá fica difícil, mas valeu pelo convite assim mesmo.
Marco: -Que nada, a gente dorme lá em casa e volta amanha a tarde!
André: -Sendo assim me animo, vamos nessa antes que fique tarde!
É, sei que foi uma atitude louca! Como que levo um desconhecido para dentro da minha casa? Eu não sei o que aconteceu comigo ao conhecer André, mas parei de agir como eu agia normalmente, comecei a ter essas ações que nem eu mesmo compreendia. E também eu sentia algo incrível com ele, a energia dele me transmitia confiança, segurança.
Saímos da praia e já era noite. Decidi que não passaria na pousada, eu estava com minha carteira, celular, chinelos, bermuda e camisa e seria mais pratico, já que iria para minha casa me vestir lá. André passaria na sua casa para ver a sua roupa. Ele tinha ido a praia apenas de sunga, descalço e levando sua carteira e seu celular, e assim seguimos pelas ruas da cidade, a pé, ate sua casa. Aquele homem passeando de sunga era uma visão. Pude também notar o quanto ele era conhecido e querido, não andávamos muito sem que ele falasse com alguém. Com alguns fazia o mesmo cumprimento que tinha me dado mais cedo, batendo na mão e dando o abraço caracterisco. No caminho inclusive paramos alguns segundos para que ele falasse com um amigo dele. O rapaz também queria ir para o show mas estava com o mesmo problema de André, nos despedimos e seguimos para a casa dele.
Marco: -Porque não chamou seu amigo para ir com a gente, vocês pareciam próximos.
André: -Nada haver, você que tá me dando essa carona, nada haver chamar o cara para ir com a gente.
Gostei da atitude e da resposta dele. Andamos mais uns 10 minutos ate chegarmos a casa dele. Ficava numa rua de terra, sem calçada ou asfalto, a casa era humilde, mas ajeitada. Tinha um muro baixo que permitia ver a frente da casa.
André: -Cara já que a gente vai na sua casa é de boa eu tomar banho e me vestir lá pra gente não demorar aqui e perder o busão?
Marco: -Claro rapaz, sem problema.
André: -Então entra ai para eu pegar umas coisas e a gente sai.
Marco: -Não, vai você, vou ficar aqui na frente e aproveitar para fazer uma ligação.
André: -Você que sabe, mas é rapidão aqui, espera ai que já volto.
Peguei o telefone e aproveitei e liguei para Marcia para informar dos meus planos.
Marcia: -Tem certeza disso? Você saindo para show assim é tão não você.
Marco: -Eu sei, mas me animei.
Marcia: -Rolou um clima com o saradão?
Marco: -Não, nem vai rolar, já senti que o cara é hetero.
Marcia: -E porque você esta investindo nele?
Marco: -Não estou investindo. Não sei o que é exatamente, mas gostei dele, quero ficar perto dele, não consigo exatamente explicar.
Marcia: -Tudo bem, mas cuidado ok? E qualquer coisa me liga, independente da hora.
Optei por omitir a ela que ele dormiria na minha casa, ate eu sabia que isso era uma atitude meio louca, mas eu queria muito fazer aquilo. Ele cumpriu com a palavra e não demorou a sair de casa usando havaianas, uma bermuda de tactel e uma camiseta.
André: -Vamos nessa que o ônibus sai em 20 minutos!
Caminhamos acelerado ate a parada de ônibus e chegamos praticamente junto com ele.
Entramos e já lá dentro pela janela ele comprou duas latas de cerveja, e fomos conversando e bebendo. Levou uns 40 minutos ate chegarmos a cidade, tempo em que conversamos sobre muita coisa e que me fazia ficar cada vez mais fascinado por ele. Ele era espontâneo, divertido, engraçado e acima de tudo lindo. E a cada vez mais que nós conversávamos, ou melhor ele falava, ele é extramente falante e desinibido, mais e mais eu gostava dele. Aquela maneira dele livre de ser, de falar as coisas, simplesmente me deixava mais e mais fascinado por ele.
Saltamos do ônibus e ele sugeriu que pegássemos outra para minha casa, mas minha cota de ônibus do dia já tinha se esgotado e por isso pegamos um taxi, o qual achei legal dele querer dividir o custo da corrida, mas não aceitei, afinal ele queria ir de ônibus.
Chegamos no meu condomínio e parei para falar com o porteiro, mesmo confiando nele queria mostrar para ele que o condomínio tinha segurança.
André: -Caramba você mora bem!
Sim, moro em um condomínio de casas de classe media, mas não sou rico. Ainda estou pagando pelo imóvel e dei sorte que consegui um preço excelente porque os antigos proprietários estavam precisando vender urgentemente. Mas admito que moro com certo conforto. Ao entrarmos em casa ele gostou ainda mais.
André: -Cara que canto massa você tem aqui hein?
Marco: -É cara, assim, na verdade eu não sou baladeiro, raramente saio a noite, fico mais tempo em casa, então invisto aqui entende? No meu “canto”.
André: -Serio? Não curte a night?
Marco: -Não é não curtir, só sou mais caseiro entende?
Assim subimos para o pavimento superior e o levei ao quarto de hospedes, e o apresentei.
Marco: -Fica a vontade, tem toalha no banheiro, sabonete, tudo direitinho, sempre deixo o quarto de hospedes pronto.
André: -Verdadeiramente um homem preparado.
Assim sai para o meu quarto, me tranquei no banheiro e bati umas três punhetas em seqüência lembrando daquele deus de sunga na praia. De uma coisa eu tinha certeza, eu estava com um tesão monstruoso por aquele homem. E ainda por cima imaginar que ele estava nu em pelo no quarto ao lado me deixava ainda mais louco. Eu precisa aliviar aquele tesão para não pagar o mico de ficar de pau duro ao lado dele.
Sai do banho e me vesti numa carreira só, estava ansioso para ve-lo novamente.
Vesti uma calça Jeans, um tênis, uma camisa tipo polo e sai do meu quarto, segui pelo corredor e vi a porta do quarto de hospedes aberta, como ela estava assim, adentrei ao quarto chamando por ele. Ele respondeu de dentro do banheiro.
André: -Aqui no banheiro, chega ai.
Cheguei na porta do banheiro que estava aberta e espiei. Ele estava de toalha na cintura e se olhando no espelho e passando a mão pela cabeça que tinha o cabelo muito curto, parecia ter sido cortado a maquina 2 ou 3.
Marco: -Foi mal não queria te atrapalhar.
André: -Não atrapalha. Você já esta pronto!? Ligeiro você!
Marco: -É, me visto rápido.
Pura mentira.
André: -Tranquilo, só vou me vestir aqui.
E ao dizer isso, ele de maneira natural e totalmente espontânea se virou, retirou a toalha e a jogou sobre a pia ficando completamente nu na minha frente. Após eu ter gozado três vezes achava impossível que eu tivesse outra ereção nas próximas horas, pois é, eu estava enganado, fiquei de pau duro imediatamente com a cena que se desenrolava em minha frente.
Fiquei sem saber o que fazer, ele parece não ter percebido pois passou por mim e foi mexer na sua mochila, eu decidi sair dali, meu pau parecia que ia explodir dentro da calça, se ele se virasse perceberia minha ereção.
Marco: -Cara vou aqui no meu quarto pegar uma coisa que esqueci.
E me mandei de la sem esperar nem a resposta dele. Entrei no meu quarto, fechei a porta e então finalmente admiti para mim mesmo o que não queria admitir ou que ainda não tinha percebido.
"-Eu estou completamente arriado por esse cara."