Olá! Galera, to super empolgado com a história, pois tudo tem saído melhor do que esperava. Tenho que confessar que, ao contrário de alguns autores, nunca tive foco em ranking ou coisa assim. Meu foco sempre foi contar uma história pra que alguém gostasse... e tem dado certo, desde a primeira história. Obrigado por tudo... E só um leitor adivinhou o mistério dessa parte hein ;) Boa leitura e até a próxima parte!
- Eu conversei com o Bruno agora e ele me disse não ter contado nada.
- Então esquece. A atitude do seu filho foi ótima e estou me recuperando bem.
Não aguentei, entrei no quarto:
- O que você está escondendo de mim pai?
Entrei no quarto e eles me olharam surpresos.
- Nada Carlos. Eu queria te pedir desculpas e tava conversando sobre isso com sua mãe. Acho que peguei pesado. Só não quero muito carinho na minha frente, mas vou tentar entender mais vocês dois.
- Tudo bem.
Não me entusiasmei muito, ainda curioso. Sabia que ele tinha desconversado, mas eu iria descobrir. Fui até minha mãe e a abracei. Ela parecia muito bem, dentro do esperado.
- Filho, eu preciso agradecer o Bruno. Me sinto tão culpada...
- Esquece essa culpa. E logo você vai agradecê-lo. Meus dois pacientes estão muito bem.
Saí do quarto sorrindo e ficamos bem nos próximos dois dias. Minha mãe voltaria pra casa e Bruno já estava pronto pra deixar o hospital também. O doutor deu alta para os dois e fomos para a casa dos meus pais, minha antiga casa. O clima estava ameno. Apesar do meu pai não viver de sorrisos conosco, ele era cordial comigo e com Bruno, mesmo não sentindo um entusiasmo da nossa parte, estávamos ainda ressentidos.
Durante o último almoço nosso em BH, meu pai conversava normalmente sobre o encontro com parentes nossos do interior que ainda não sabiam de nós dois.
- E o Jorge vive perguntando de você Bruno. Diz que ainda não conhece o sobrinho mais velho dele.
- Pode deixar que um dia ele vai me conhecer.
- Com certeza. Tem muita gente querendo te ver.
Bruno mantinha uma expressão séria, mas eu não. Era o momento de reconhecer. Meu pai estava mudando, pra melhor.
Ele não aceitaria de cara, mas já era um enorme progresso. Enquanto estivemos na casa dos meus pais dormimos em camas separadas e era até bom, já que Bruno ainda precisava se recuperar da cirurgia, até tirar os pontos.
Durante a tarde, outro assunto:
- Bruno você tem mantido contato com sua mãe, com a Amanda, com o...
- Não pai. Ela nos expulsou de lá, assim como vocês fizeram.
Dei um cutucão em Bruno e ele se redimiu:
- Mas ao menos vocês pediram perdão e estão nos acolhendo agora.
- Eu sei que foi tarde...
Era minha vez de me posicionar:
- Não pai. Foi tarde, mas foi providencial. Eu to muito feliz com isso tudo. Era essa aceitação que a gente precisava pra de fato ficar bem, mesmo longe daqui.
- E quando vocês voltam?
Bruno foi rápido:
- Hoje mesmo, depois que eu tirar os pontos.
Fiquei curioso:
- Tão rápido amor?
Meu pai nos olhou sério depois do “amor”, mas não foi nada demais. Bruno continuou:
- É... nossa vida tá em Floripa lembra? Faculdade, trabalho... Precisamos voltar logo. Uma semana já é tempo demais.
- Claro, claro.
A conversa foi rendendo e meu pai não se cansava de falar da família e amigos que perguntam por Bruno. Meu irmão não mudava sua feição, que mesclava apreensão e raiva. Eu não entendia. Absolutamente!
Fui ficar com minha mãe mais um tempo e aproveitei pra começar a me despedir dela, com a certeza que voltaria mais rápido.
- Mãe, eu tenho que voltar pra Floripa.
- Mas eu achei que vocês ficariam aqui, agora que o pai de vocês aceitou.
- Nossa vida está lá mãe. O trabalho do Bruno, minha faculdade... não dá pra voltar por agora. Mas a gente vai fazer visitas sempre. Quero voltar e ver a senhora mais do que perfeita.
- Vou ficar meu filho. Preciso agradecer o Bruno.
- Vou chamar ele mãe.
Sai para chamá-lo, mas ao chegar na sala, o papo chamou minha atenção:
- Até quando esse joguinho?
- Eu só acho que o Carlos tem que saber Bruno. Você não ama ele? Então conta.
Dessa vez eu não deixaria escapar:
- Quero saber Bruno. Me conta?
Ele saiu em disparada e foi cumprimentar minha mãe. Fiquei na sala com meu pai e ele já disse:
- Carlos, eu não quero que você pense que eu quero destruir o... Isso que vocês têm.
- Fala pai, para de me esconder as coisas.
- Tá. Se o Bruno não conta, eu falo. É que a Amanda...
O Bruno entrou na sala como um raio e o parou:
- Pai!
- Bruno, se você não conta eu conto.
- Eu vou contar. Esse direito é meu.
Quanto suspense. Eu não aguentava mais.
- Bruno, me fala logo. Estou ficando nervoso.
- É que... eu... a Amanda... nós. Carlos, eu e a Amanda temos um filho.
CONTINUA...