E o tempo passou... 2

Um conto erótico de Heitor
Categoria: Homossexual
Contém 1605 palavras
Data: 21/12/2012 13:32:36

Bem, eu voltei a escrever contos, espero que eu não desista de escrevê-los, hahaha. Aqui vai a continuação, espero que curtam. Por favor, deixem um comentário, a opinião de todos que lerem o conto é muito importante para mim. Um grande abraço e bom fim de semana!

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- Sério, espero que na mudança pra Poa não vá ninguém morar comigo. Quero liberdade, privacidade, tá tão difícil de entender?!

- No final vai dar tudo certo, tu vai ver que tudo vai se encaixar no seu devido lugar. – Falou Clara, uma amiga muito íntima.

- Já ouvi isso tantas vezes, que já não aguento mais escutar isso.

- Quando é que as suas aulas começam na facul?

- Amanhã. Meus pais compraram um apartamento pra mim ficar, porque seria muito ruim vir lá de casa até aqui, muita mão... O caramba! Cuidado!

“Biiiiiii!” – Toquei a buzina do carro.

- Heitor?!

- Que foi? Essa velharada é um perigo no volante, devia ser proibido idosos dirigir. – Sério, sei que vou ficar velho um dia, esclerosado, mijão, mal das vistas e esquecido, mas esse dia vai demorar pra chegar; então, xingo a terceira idade enquanto tenho “direito”.

Estar vivendo em uma cidade grande nunca foi tão... Como posso dizer? Bom, - Uma palavra simples, mas que significa bem o que quero expressar. – pois, eu sempre aspirei por liberdade, podendo fazer minhas próprias escolhas, sendo mais independente.

Um dia se passou e, obviamente, outro chegou; estava, então, indo para o meu primeiro dia de aula começar minha primeira cadeira de arquitetura, - Queria nascer rico para não precisar estudar e nem trabalhar, mas se você quer conforto, você tem que correr atrás não é? E se não quer, pode ser hippie de rodoviária, passar o dia tocando um violão, esperando gorjeta das pessoas, comendo sobras dos restaurantes mucufentos... É... Não? Não, essa, realmente, não é uma opção. – não podia estar mais ansioso naquele dia.

- Aff cara, onde será que é minha primeira aula? Esse lugar é muito grande, to me sentindo como se estivesse no labirinto do minotauro. – Olhava atentamente o mural enorme que mostrava milhares de códigos, números e listas de nomes de todos os jeitos.

- E aí? Precisa de ajuda?

Um garoto estranhamente familiar chamou minha atenção. Ele era alto, não muito, tinha olhos verdes, cabelo bem penteado, vestido de uma forma elegantemente jovial.

- Pois então... Sim, preciso de ajuda, não acho a sala nisso. – Disse indignado. Minha mãe, meu pai, minha irmã, enfim, toda minha família dizia sempre que eu era uma pessoa muito revoltada que reclamava de tudo que era possível, pois quando eu ficasse velho, seria o velho mais velho de todos, de acordo com eles, mas eu não creio muito nisso, sabe? – Meu curso é arquitetura e urbanismo e minha primeira aula é cálculo 1.

- Espera aí então... Deixa eu ver... Sua primeira aula é na sala 706, no prédio 12. A minha também é lá.

- Puxa, valeu MESMO, acho que se eu fosse esperar por mim não iria na aula.

- Hahaha.

Ele riu de uma forma tão engraçada e gostosa, uma risada que eu reconhecia, uma risada peculiar, uma risada que parecia modificada, mas com a mesma essência risada.

- Bá! Desculpa a má educação, nem perguntei seu nome, haha. – Falei já estando na sala.

- Ah, meu nome é Apolo, e o seu?

De repente, uma cena muito antiga reocorreu em minha mente, como um flash instantâneo. Vi duas crianças brincando na praia com baldinhos, rindo, correndo, sendo exatamente crianças.

Agora uma coisa, crer que aquele cara era aquele menino sequelado de tempos atrás não parecia nem um pouco real pra mim. Meu primeiro pensamento foi: No way!

- No way! – Foi o que eu disse também. Falo o que penso, quase sempre.

- Oi? – Fez uma cara de ponto de interrogação.

- Meu nome é Heitor, tu se lembra de mim? Gordinho e tudo mais? – Estava entusiasmado com aquele reencontro.

- Wow, não é tu, não pode, tu tá muito diferente, como pode isso? – Apolo demonstrava sorrir com uma expressão muito surpresa.

Eu realmente estava diferente, não posso negar, havia emagrecido em uma parte de minha adolescência. Descobri que precisava de uma boa impressão para chamar atenção das pessoas que me interessava, então busquei uma solução oras. Nada como viver a base de barras de cereal, passar fome e morrer correndo na praia durante todas as tardes no verão, NÃO FAÇAM ISSO EM CASA CRIANÇAS. Eu era um pouco alto, tinha sobrancelhas fortes, definidas e arqueadas, uma barba curta e delineada, meus lábios eram meio carnudos e rosados, meu cabelo era bagunçado e rebelde, parecendo que não havia sido penteado, - Realmente, não havia. - meus olhos eram bem destacados em meu rosto e minha face expressava naturalmente um ar sério e malvado; vestia naquele momento, calças jeans escuras e envelhecidas, um par de coturnos preto e camiseta branca com a imagem de uma cidade grande acinzentada, dizendo no topo: Sometimes, everything can mean nothing.

Apolo estava bem distinto desde a última vez que o vi. Exibia um topete modesto, um olhar naturalmente sexy, uma boca com lábios largos, barba ralinha, - Meu ponto fraco. - queixo em formato de bumbum - Ah cara! Eu não acredito que eu escrevi bumbum. – e uma expressão facial “refinada” e charmosa. Ele sabia se vestir, usava calças jeans, sapatos de bom gosto e uma camiseta lisa, gola v não muito larga, com apenas o símbolo de marca no canto inferior da camiseta. Bem, olhando mais atentamente agora, digamos que... Ele não é de se jogar fora.

- Haha, verdade, crescemos não é?

Nossa! Como Apolo ainda era um cara maneiro. Quando crianças, ele era muito gentil e bacana, mas agora, jovem adulto, continua praticamente a mesma pessoa. Tudo bem, ele na verdade não continua; porém, parece ser o mesmo menino de anos atrás, sendo carismático e extremamente simpático. Nos dávamos tri bem, a conversa fluía solta. A cada segundo juntos, nos aproximávamos mais e mais.

Com o passar de alguns dias, Apolo e eu nos tornamos amigos de novo, relembramos a boa época que era em Santa Catarina na praia, as nossas manias de criança e contamos um ao outro como foi resumidamente esses dez anos que haviam se passado.

Em um sábado, havia combinado com ele de fazer um trabalho em dupla da faculdade, já que estávamos fazendo uma das cadeiras juntos. Marcamos de fazer em seu apartamento, pois o meu não estava em condições apresentáveis, não se sabe o que poderia ser encontrado por lá, sério, confie em mim, não queira descobrir.

- Então, por onde começar? – Apolo fez cara de alguém que estava perdido no deserto com sede, sem água, mas que tinha esperança de achar um Oásis no meio do nada, precisava ver.

-Bem...

- AAAUUU, AAUU! – Algo ou alguém latiu, lancei uma expressão a ele, do tipo: O que diabos foi isso?!

- Ah, é apenas o Sam, ele acabou de acordar.

De repente, do quarto de Apolo sai um cachorro da raça golden, lindo por sinal. Pêlo amarelo claro, sorriso de cachorro eufórico e jeito brincalhão.

- Wow, como tu é fofo meu guri. – Disse todo bobo ao cachorro, fazendo carinho em seu rosto.

Sam retribuiu com lambidas em minha mão, como quem dizia: Hey, aqui está sua recompensa por me acariciar, se quer mais lambidas, sugiro que faça mais carinho, morou?

Era um animal adorável, adorava cães e Sam estava se tornando um dos meus preferidos.

- Sente só, ele te curtiu. – Apolo se agachava também para fazer carícias no Sam, sorrindo para mim.

Pois é né... – Disse encabulado com aqueles lindos olhos verdes, que jogavam a isca em minha direção, querendo que eu fosse fisgado como um peixe indefeso.

Detalhe: Eu estava sendo.

Meu estômago estava ficando embrulhado e eu começando a ficar nervoso. – Eu não fico nervoso, eu fico agitado, não sou facilmente intimidado. Até aonde eu sabia.

- Bem, Sam, agora eu tenho que fazer um trabalho importante, tu pode esperar um pouquinho? Depois eu juro que brinco contigo, consegue fazer isso pra mim?

Não acredito que vou dizer isso, nem com essas palavras, mas: Aquilo foi tão fofinho e admirável, o jeito carinhoso e gentil com que ele falou com Sam foi encantador, qualquer um se derreteria numa cena daquelas. Puta merda, to me sentindo um Unicórnio depois dessa.

- AU! – Sam disse e saiu em direção para a área de serviço com uma bolinha na boca.

- Então, vamos começar, só vou pegar o note ali em cima. – Disse.

- Não, deixa que eu pego...

Sem querer, minha mão se cruzou com a de Apolo naquele momento e um sentimento antigo invadiu meu peito. Ficamos paralisados por um instante, Apolo não expressou muita coisa, ficou sem reação, mas eu petrifiquei. Parecia que um sentimento, uma chama, uma luz havia se reascendido dentro mim, sentia algo tão vago e ao mesmo tempo tão intenso que era difícil ser descrito. Eu não sei o porquê, mas me veio em mente a última vez que vi Apolo na praia, a nossa despedida, algo que havia me marcado muito. Desde então, nunca mais nos vimos de novo, até esse ano... Qual era o meu problema merda?!

Depois de algumas horas, o trabalho estava terminado, missão cumprida.

- Até que enfim acabamos, fiquei mó cansado.

- Eu também...

“Ding Dong”, a campainha toca.

- Vou atender, já volto.

- Ok. – Me perguntei por um instante: Quem será?

- Surpresa!

- Amor! Que saudade! Que surpresa boa!

Eu não conseguia ver quem era, a porta estava na frente, só havia descoberto que era uma mulher.

Enquanto isso, no meu interior: Será a mãe dele? Irmã? Tia? Avó? Ou...

- Heitor, essa é minha namorada, Mariana.

Eu não sei explicar porque, mas eu temia ouvir aquilo...

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Comentários

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Olá... Meu nome é Rubia, adorei seu conto, me deu muito tesão. Também tenho um conto postado aqui: "A procura de um amante" . Tenho um blog com muitas fotos e assuntos relacionados a sexo. caso queira dar uma espiadinha o endereço é: ( www.rubiaebeto.comunidades.net ) beijos...

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Há muito tempo atrás, eu lembro de quando você lançou seu primeiro conto. E vamos combinar, demorou até você terminar! Hahaha, mas acredite, eu li cada um deles sempre esperando pelo próximo. Naquela época eu não tinha conta, e nem escrevia também, mas sempre li e sempre adorei! E esse está tão incrível quanto o primeiro! Você é um dos meus favoritos daqui, parabéns!

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Au au au au au au au au au au au au au! Hahahahaha brink's legal teu conto. Bju xD~

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