Garotos Como Eu - Parte VII

Um conto erótico de Gadeski
Categoria: Homossexual
Contém 1373 palavras
Data: 23/12/2012 03:09:50
Última revisão: 23/12/2012 03:24:42

Primeiramente, eu queria me desculpar por passar tanto tempo sem postar nenhuma continuação do conto. Esses últimos meses foram muito difíceis para mim. Desde que eu me assumi vivo num inferno, mas hoje vim terminar o conto que eu comecei, espero que vocês gostem.

Prometo não demorar muito para postar as partes que faltam, já estou escrevendo o décimo e último capitulo. E vou liberando eles em seguida.

De verdade peço desculpas aos meus leitores, por que estava muito difícil escrever e viver do jeito que eu estava vivendo. Mas já estou melhor e logo termino o conto pra vocês. Abraços e muito obrigado pela compreensãoEu e o Olavo estávamos namorando há quase 3 meses. E de longe nunca ninguém me fizera tão feliz o quanto ele estava fazendo. Eu finalmente conseguira tirar o Douglas da minha cabeça e o único pensamento que o Douglas ainda permeava em minha consciência era o fato de eu ter ficado com o namorado dele. Eles ainda estão juntos e tão felizes quanto eu e o Olavo. A propósito marcamos de sair em casal daqui há uma hora, e como de praxe eu estava atrasado.

Nos quatro iriamos ao boliche de um shopping perto da minha casa. Minha mãe muito ocupada como sempre, deixou o dinheiro em cima da mesa da sala de estar junto ao bilhete me pedindo que não voltasse tarde. Entendido o recado, peguei o dinheiro e como já estava pronto, sai.

Como o shopping era perto de casa, apesar de estar atrasado fui o primeiro a chegar. Aproveitei que havia chego cedo e fui comprar um presente para o Olavo, pois estávamos próximos a completar 3 meses. Saindo da loja, recebo uma sms do Olavo dizendo que já estavam lá, e só faltava eu. Peguei o elevador para o térreo e logo os avistei. O Olavo estava tão lindo, o cabelo meticulosamente bagunçado, uma camisa azul piscina, uma calça branca justa e um sapatênis bege. Equilibradamente lindo, perfeitamente meu. O Douglas e o Renato não faziam feio também, nos 4 estávamos espetaculares no quesito visual e no quesito apaixonados. Pelo menos eu estava pelo Olavo e ele por mim, e isso eu posso afirmar com certeza.

Entramos no boliche, pegamos nossos sapatos e começamos a jogar. O Olavo nunca havia me dito, mas ele nunca havia jogado boliche, o que me fez ter uma desculpa para me aproximar dele e "sem nenhuma segunda intenção" manusear sua mão para mostrar-lhe como é que se jogava. Demorou algum tempo mas ele pegou o jeito. Rodadas e mais rodadas, e eu e o Olavo acabamos perdendo de forma que teríamos que pagar o lanche conforme apostamos com os meninos.

- Pegue - disse ao Douglas me sentado na mesa quadrada do lado oposto de onde o Renato se sentou - Vai lá e pegue o que quiser. Aproveite e traz um milkshake pra mim - disse á ele entregando-o mais uma nota.

- Vem comigo, vem

- Nem, estou morto depois de tanto arremessar bolas.

- Então vem comigo? Não quero ir sozinho - se dirigindo ao Olavo.

- Tudo bem, eu vou - disse Olavo se levantando, me estalando um beijo nos lábios e indo.

Agora pela primeira vez desde a última vez que ficamos, eu estava sozinho com o Renato. Um silêncio parava no ar e um clima estranho estava rondando nos. Eu olhava pra ele levemente sem que ele percebesse, mas aposto que ele percebeu e estava fazendo o mesmo. O clima se tornava insuportável quando ele rompeu o silêncio:

- Você está mesmo feliz com o Olavo? - Me perguntou

- Mais feliz do que nunca estive com ninguém - Ligeiramente o respondo.

- Sério? - Me olhou com uma cara de não consigo acreditar nisto.

- Aham - Acenti com a cabeça

- Bom, pois eu não. Estou pensando em terminar com o Douglas...

Senti algo estranho ao ouvir isso, provável que seja pena do Douglas e no estado que ele iria ficar por isso.

- Por que? - indaguei-o

- Eu não sei... Hm, não consigo esquecer a gente...

- Renato... - disse olhando para o chão

- Não, Hugo é que... Eu não amo o Douglas. Tudo isso fora uma invenção, uma maneira que eu pensei para me aproximar de você

Estava perplexo. Nunca pensei que o Renato, o menino mais bonito da escola aquele que as meninas nunca desconfiaria ser gay estava apaixonado por mim... Justamente por mim, o seis e meio com esforço. E além do mais, eu estava apaixonado pelo Olavo e é com ele que eu quero ficar.

- Renato, olha, você é legal, muito bonito, e uma ótima pessoa. Mas não vai rolar, eu verdadeiramente amo o Olavo e eu irei ficar com ele.

- Hugo, vamos. Você termina com o Olavo, eu termino com o Douglas e podemos ficar juntos pra sempre.

- Não isso não vai acontec...

De repente, o Olavo e o Douglas voltam de surpresa interrompendo minha discussão com o Renato que me olhava como se insistisse, por favor me aceite. Enquanto comíamos e o Douglas contava uma de suas histórias, o Renato sempre desviava o olhar para mim que fingia que não via nada. Uma hora senti ele passando sua perna em mim, o que me fez dar um pequeno salto de susto. Peguei e retrai um pouco mais minha perna para que ele notasse que estava me incomodando. "Como o Renato é insistente" - pensei. Agora ele contava uma história sobre ele, fazendo uma alusão a nós. Ambos entendemos o duplo sentido daquela história, salvando o Doug e o Olavo de entender o que aconteceu entre nós. Conversa vai e conversa ia, os olhares de Renato passaram a ser menos discretos de modo que com certeza o Olavo tinha notado visto que ele estava mais próximo de mim de maneira a dizer: "Pare de olhar meu namorado, pois ele é meu". Não suportando mais a pressão, acabei batendo os punhos com raiva na mesa.

Todos me olharam sem entender o que se passava, Renato finalmente parou de tentar chamar minha atenção e se retraiu um pouco.

- O que foi, amor? Você está bem - disse Olavo com ares de preocupação

- Nada não.

- Mesmo?

- Sim sim...

Fui interrompido pelo meu celular tocando na mesa. Distraído do jeito que eu estava, o Douglas pegou o celular e atendeu-o por mim.

- Alô? - perguntou Doug.

- Que surpresa a minha - disse a voz irreconhecível pelo telefone - Era com você mesmo que eu queria falar... Conte-me o quão seria legal ser traído pelo seu melhor amigo.

- Como?

- Pergunte a ele qual o gosto do beijo do Renato, que ele saberá como te responder. E se dúvida, olhe o que acabei de enviar para este celular... - Quem quer seja havia acabado de desligar a ligação.

Douglas tirou o telefone o da orelha, e abriu o arquivo enviado. Num instante o olhar de surpresa surgiu e as lágrimas caíram lhe a face. Saiu correndo, jogando meu celular longe. Levantei e fui busca-lo para minha surpresa o arquivo mandado era um vídeo do Renato me beijando naquele dia no banheiro. Após saber o que era o Renato saiu correndo atrás do Douglas em vão, pois este já estava muito longe. No canto superior da tela havia a data da gravação:O dia que eles completaram um mês de namoro.

Abracei fortemente o Olavo. Ele me perguntou o que havia acontecido, e lhe mostrei o vídeo. Ele como já sabia de tudo, só retribuiu o abraço e me acalmou. Me soltando, Olavo me olhou seriamente:

- Hugo eu preciso que você me responda algo sinceramente.

- Diga - respondi eu ainda assustado

- Você e o Renato... Depois disso... Tiveram mais alguma coisa?

- Não, te juro. Passado alguns dias daquele vídeo, começamos a namorar e eu nunca fui tão feliz do seu lado.

Ele sorriu - Você jura?

- Com todas as minhas forças - abracei o mais forte ainda e no seu ouvido sussurrei - Eu te amo.

- Eu também te amo - ele retribuiu.

Estava extremamente feliz com o momento lindo que acabara de ter com o Olavo e duplamente consternado com o que aconteceria com a minha amizade com o Douglas... Eu fui um imbecil e iria ter de arcar com as consequências uma hora ou outra. Só não esperava que essa hora viesse tão de surpresa e que eu perderia tudo que significa algo pra mim, inclusive o Olavo...

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Comentários

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Muito obrigado ao imperadorcelta e ao Caco.

Bom, minha vida já esta melhorando aos poucos, está indo, né. E eu não poderia deixar que o ano terminasse sem concluir essa história.

Já escrevi os próximos capítulos, e agora trabalho no final, garanto que vocês não irão se arrepender de acompanharem até o fim.

Obrigado pelo feedback.

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Nossa, quanto tempo. Você escreve tão bem, e você não sabe o quanto eu tiro lições com a sua história

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Nossa ótimo conto. É a primeira vez que eu comenta, mas so para dizer q pena q está acabando. Espero q dê tudo certo em sua vida. AH, eu tbm escrevi recentemente um conto. "Nós quase tivemos por completo."

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