Era uma bela tarde de quinta-feira. O sol brilhava forte as 13:00 hrs e já me fazia suar um pouco no pescoço, tentava não me mover muito para não suar mais, afinal, eu ia me encontrar com o menino que eu amava e não queria fazer isso suada. A grama em que estava deitada não estava mais geladinha como quando me deitei, na verdade já estava bem quente por culpa do calor do meu corpo. Então me levantei e fui deitar em um lugar um pouco mais distante, e pra minha alegria estava geladinha. Depois de alguns minutos vendo várias pessoas passaram pela praça e nada do meu garoto chegar coloquei a playlist do meu celular pra tocar. Assim fiquei deitada naquela grama ouvindo pelo menos umas 7 músicas. Eu já estava de olhos fechados, sonhando com o quanto eu amava aquele garoto quando fui ''acordada'' com um selinho na minha boca. Como não esperava aquilo me levantei de supetão e meus fones foram arrancados de meus ouvidos e quando sairam, fizeram uma pressãozinha que me doeu por alguns segundos. Mesmo um pouco surpresa com aquele beijo gostoso me recuperei o mais rápido que pude quando vi quem havia me roubado. Sim... O meu garoto, na verdade, o meu garotão. Ele era mais velho que eu, eu tinha apenas 15 e ele já 17.
Me sentei na grama enquanto ele se sentava também. Depois de ver que eu estava vermelha deu um sorriso - o sorriso que sempre me deixava tímida e ao mesmo tempo com certa vontade de agarra-lo - aquele sorriso era o motivo pelo qual eu começei a gostar de ser um pouco atrapalhada. Eu ficava feliz por saber que ria pra mim e por mim. Ele me seduzia com aquela linda boca carnuda e aqueles dentes brancos... Ele me seduzia e nem sabia ou pelo menos, fingia que não notava.
- Olha... Você por aqui? - E então fez aquele tipica cara de falsa-surpresa pra mim. E eu adorava. - Pensei que ia me dar um bolo. Que nem lembrava que iamos nos encontrar aqui. - E riu de leve enquanto me olhava com aqueles olhos que me devoravam.
Eu ri - como sempre fazia quando ele dizia as belas e épicas ironias dele - e disse:
- Ó... Claro que eu me lembrei. Nunca esqueceria disso, como eu iria te dar um tapa na bunda se não viesse te encontrar aqui hoje?
Ele riu de novo. Nossa como eu amava aquele sorriso. Aquele rosto lindo em seu auge de beleza. Como eu podia ter conquistado aquele garoto? Logo eu... Uma menina normal demais pra ele. Mesmo com essa dúvida eu ainda gostava de saber que ele também retribuia isso.
- Hmm... Quer dizer que quer me dar outro tapa na bunda? Você está me assustando assim. - Sorriu de novo.
- Não sei se eu estou te assustando ou se você é fresco demais. Mas ok. Eu aguento. - E fiz uma cara triste ironicamente, ele sorriu. Se virou pra mim e pegou minha mão. Eu estava gelando. Suando frio com aquele contato que acelerava meus batimentos.
- Então... Eu não sou nem um pouco fresco. Mas opinião é opinião, fazer o que?
- Eu não penso isso. Claro, só disse de zoa com você.
- Tô sabendo de tudo isso. - E riu sozinho, aquele me pareceu um riso de deboche mas ele ainda estava lindo - Como foi seu dia? Novidades?
- Descobri duas coisas novas hoje. - E abri a boca como se fosse uma surpresa aquilo.
- E o que você descobriu?
- A primeira é que eu adoro sapatilhas com laços... E a segunda é chocante pra você. - Dei um sorriso envergonhado mas me senti bem feliz por ter começado a chegar onde queria.
- E o que é a segunda coisa?
Tomei coragem pra falar o que ''descobri''. Afinal eu já tinha começado então iria até o fim.
- Eu acordei com uma enorme vontade de... Te dar um beijo grego.
Fim.
Continua no próximo conto.