Garotos Como Eu - Parte IX

Um conto erótico de Gadeski
Categoria: Homossexual
Contém 1261 palavras
Data: 26/12/2012 13:11:44

Instigado pelo conteúdo daquela mensagem, e a foto que recebi logo em seguida não me contive e fui averiguar. Precisava sanar aquela dúvida o mais rápido possível. Seja lá quem for, destruíra minha amizade com o Douglas e do mesmo jeito que fizera isso poderia me ameaçar com o que ele possivelmente tinha em mãos.

Verificava se o endereço o qual a mensagem foi mandada era o mesmo de onde me encontrava, sim, era. Estava defronte a um casarão abandonado. Observava aquela casa, provavelmente, fora uma bela construção um dia, um jardim rodeava a casa e separava-a de um portão de madeira deteriorado pelo tempo. Olhei no meu relógio, faltavam poucos minutos para as 23h. Por estar muito tarde e eu não estar de volta em casa ainda, resolvi mandar uma sms pra minha mãe avisando que eu já estava indo pra casa.

Demorei alguns minutos até ter coragem o suficiente de dar o primeiro grito denunciando minha presença na frente da casa. Nada aconteceu. Esperei alguns segundos para chamar por alguém novamente, meu celular vibra quase que instantaneamente, um gelo sobre minha espinha, muito calmamente pego meu celular e vejo que é "apenas" uma mensagem do Olavo: "Hugo, entra no skype. Preciso falar contigo. Estou com saudades, te amo". Sem tempo para ligar para o Olavo, e explicar o que se passava, respondi: "Amor, estou ocupado. Vim resolver uma história e logo estarei em casa. Também te amo muito, meu pequeno". Apesar do Olavo, não ser tão mais baixo do que eu. Eu gostava de chama-lo de pequeno, era uma maneira de senti-lo mais próximo de mim.

Voltei a ação, guardei meu celular no bolso da jaqueta e quase que no mesmo instante a porta do casarão se abre. Nada precisava ser dito, entendi que aquilo era um convite. Respirei um pouco o ar da noite e entrei pelo portão, estava agora no jardim da casa. Ervas daninhas e trepadeiras por toda a parte. A passos calmos porém amedrontados cheguei a porta aberta. E ali parei, esperando que alguém saísse e me recebesse. Por um instante eu parei e ri de minha própria imbecilidade. "Hugo, olhe em volta. Você espera mesmo que numa mausoléu como esse alguém venha te receber na porta? Não quer mais nada não. Talvez chá e alguns biscoitos?" - pensei. O estúpido pensamento que tive fora o suficiente pra quebrar um pouco do medo que eu estava. Tomei mais um gole de coragem e entrei na casa. Fiquei parado na beira da porta, esperando que alguém aparecesse e me explicasse o que estava acontecendo.

A casa estava pouco iluminada pela luz da lua que entrava pelas frestas no teto. Procurando alguma fonte digna de luz, me deparo na beira da escada que dava acesso ao segundo andar, o meu diário que deixara cair a muito tempo atrás (mas exatamente, no dia que eu descobrira que o Douglas era gay), abaixei para pega-lo. Comecei a folhear algumas folhas, as primeiras folhas estavam do jeito que eu havia escrito-as. Porém a cada folha que se passava anotações e mais anotações apareciam, anotações e desenhos agora, anotações, desenhos e fotos. Detalhes sobre mim, desenhos de mim, fotos de momentos que eu achei que ninguém me via. Até que chego a última página, aonde está colada uma foto do Olavo e um grande x em vermelho.

Assustado levantei para correr dali, porém recebo uma panca extremamente forte. Mesmo com a cabeça pulsando de dor e tudo em minha volta escurecendo, eu ainda tentava sair dali. Cambaleando e batendo nas paredes. Eu avistava a porta, e quase chegara nela quando um vulto, não identificável se prostra na frente da porta. Eu fraquejo, mas aos poucos me levanto me apoiando no corpo da tal pessoa que estava parada na porta impedindo minha saída. Quando estou finalmente de pé, recebo outra pancada de trás e caio sem forças. Minha visão vai aos poucos ficando turva, e antes de desmaiar enxergo a pessoa se aproximando de mim e escuto-a dizer bem baixinho no meu ouvido:

- Peço desculpas pelo que estou fazendo, mas foi preciso.

Desmaio inconsciente.

*Em algum lugar próximo à antiga escola de Hugo há alguns anos atrás*

Meu pai havia acabado de me chutar. Fora um chute extremamente forte. Próximo a minha costela, sentia o sangue e a pele rompida por debaixo da roupa. Tentei ser forte, mas não deu as lágrimas começaram a cair. A dor era lacerante.

- Levanta daí, moleque viado.

Sem pestanejar levantei o mais rápido possível, não queria contrariar meu pai principalmente no estado de raiva que ele estava. Caminhávamos em direção a minha casa que não era longe da escola. Aposto que meu pai só estava esperando que chegássemos em casa para me dar uma tremenda surra. Eu nunca fui de brigar na escola, mas aquele viado mereceu. E se eu pudesse estouraria a cara dele.

Paramos, acabávamos de chegar em casa. E um medo tomava conta de mim, eu já sabia o que estava prestes a enfrentar e a cada passo dado em direção a ficarmos sozinho, eu preferia voltar dois para trás. Entramos em casa e ele trancou a porta. Como de nada adiantava fugir, esperei sentado no sofá enquanto meu pai aparentemente mais calmo tranca a porta. Terminado o serviço ele se vira para mim e me olha com ódio, eu fitava aquela face ruborizada amedrontado e só esperando a violência que estava por vir quando meu pai rompeu o silêncio:

- Por que brigara com o Hugo?

- Pai... Eu... – gaguejava muito e isso o deixava visivelmente mais nervoso do que já estava – E-E-Eu não estava brigando pai. Fo-fora ele que começou...

Antes que eu pudesse terminar de falar algo, ele me deferi um tapa. Um violento tapa, me fazendo cuspir sangue dos meus lábios cortados.

- Vamos diga – falou com ignorância

- Pai, o Hugo é gay. Ele tentou me beijar na noite do aniversário dele e – Fui interrompido agora por um soco, o sangue quente possivelmente do meu nariz quebrado escorria pelos cantos da boca.

- Você beijou ele?

- Não, pai.

-Não minta para mim! – gritou com raiva batendo na minha cabeça.

- Não pai, eu juro que não beijei ele.

- Olhe, Lucas... Eu sempre desconfiei da amizade de vocês dois e agora você vem com essa. Aposto que vocês tiveram uma briga de casal, e resolveram partir pra porrada. Seu viado de merda – disse debochando.

- Não me xinga, seu bêbado imundo.

Se eu não havia apanhado o suficiente, agora eu despertei a fúria do meu pai. Fui jogado ao chão, e só sentia socos no meu rosto e pontapés em minha barriga. Coloquei os braços na frente de meu rosto, tentando me proteger mas sua fúria estava implacável. Não me lembro muito do que acontecera, desmaiara após um violento chute na cabeça. Só me lembro de acordado no hospital, extremamente dolorido. No mesmo dia me informa que meu pai fora preso e que minha irmã estava num abrigo para menores. O babaca do meu pai tudo bem, não ligo praquele bosta. Pelo menos agora ele está longe de mim, mas minha irmãzinha não. Eu sei o que fazem num abrigo para menores. E não queria minha irmã lá de jeito nenhum. Eu precisava tira-la de lá mas não havia como comigo preso numa cama, mal conseguindo abrir os olhos de tanto que eles estavam inchados. Eu estava furioso, mas me contive. Minha família fora destruído e o pouco que significava para mim, fora jogado fora. Eu estava com ódio e comigo mesmo concordava. Alguém iria pagar muito caro por isso, de preferência aquela bicha.

*Hugo começa acordar*

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Comentários

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To começando a ler o conto agora porem li todos os capitulos hoje é otimo seu conto estou adorando

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aposto que foi o lucas o seu primeiro amor, to adorando o conto e espero qu continue logo pois estou curioso pra saber quem esse misterioso,nota 10!!!!!

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Será que foi Renato? Nossa mas que pai FDP, acho pouco ter sido preso. Ah mas que curiosidade pra saber quen é, continua logo

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