Oi Gente, valeu por todos os comentários. Continuem curtindo. Beijão e Boa leitura... Ah! Em breve o Lucca vai sofrer com o seu pai.
- Que história é essa de reconquistar você Lucca?
- Eu...
- Fala Lucca, o gato comeu a sua língua? Que papo é esse nesta mensagem?
- Hugo, eu não sei do que você está falando.
- É ele né? Por acaso vocês...
Antes que ele concluísse, eu me impus, para não deixar dúvidas de que eu não estava o traindo. Me aproximei dele, e olhando dentro de seus olhos o abracei.
- Confia em mim, eu escolhi você e não vou voltar atrás.
- Você sabe o quanto eu te amo não sabe?
- Sei sim. Eu também gosto muito de você e não quero que nada estrague o nosso relacionamento.
Ficamos mais um pouco no quarto, nos amando, e logo em seguida descemos para o almoço. Estava todos reunidos à mesa, o meu pai na ponta, sempre me fitando, como se quisesse me cobrar algo, ou simplesmente me avisar: Estou de olho em você. Era bem o jeito dele, ainda mais comigo, pois nunca tivemos uma aproximação muito calorosa, eu definitivamente era a ovelha negra da família. Só eu sabia o quanto era difícil viver um relacionamento com Hugo, dentro da minha própria casa, sendo vigiado o tempo todo; mas só o gostinho da adrenalina, fazia tudo valer à pena.
- Mamãe eu posso chamar todos os meus colegas?
- Sim meu filho. Claro que você pode.
Eu já havia me esquecido do aniversário do Caio, ele estará completando dez anos. Esta festa é a vida dele, como todas as outras anteriores foram. Estava numa alegria que não tinha mais tamanho.
- Lucca, advinha quem eu convidei para minha festinha?
- Quem lindão?
- O Vini, meu amigo, ou melhor, nosso amigo.
Quase engasguei quando ele disse aquilo. O Hugo automaticamente olhou pra minha cara, demonstrando claramente insatisfação.
- Ele me garantiu que vem, e ainda me prometeu jogar vídeo game comigo um final de semana.
- Quem é esse tal Vini? – perguntou o meu pai.
- É um colega meu, que acabou conhecendo o Caio. – nem me atrevi a dizer a palavra “amigo”, para não deixar o Hugo mais irritado do que estava.
A tarde inteira o Hugo ficou quieto, sem dizer muita coisa. O chamei para dar uma volta, mas ele recusou. Era óbvio que ele não havia gostado de saber da presença do Vinicius amanhã lá em casa, mas o que eu podia fazer? O Caio e ele se dava super bem, quando nos separamos, o meu irmão infernizava o meu juízo perguntando sempre por ele.
Fui andar sozinho. A minha vida havia dado uma reviravolta, mas mesmo assim, a imagem do Vini não saía da minha cabeça. Por um momento comecei a pensar em todos os nossos momentos. Da nossa primeira relação amorosa em seu carro, do dia em que me cortei na cozinha e quase rolou um beijo, enfim, por mais que eu tentasse, não conseguia esquecê-lo. Mas por outro lado, o Hugo era um cara bacana, divertido, batalhador... Ai meu Deus! O que eu faço da minha vida?
- E aí, já está pronto?
- Sim. Cadê o Hugo?
- Já desceu. Disse que ia esperar lá fora.
- Então vamos.
Confesso que eu não estava num clima de balada, mas como havia prometido ao Breno que iria fazer o quê né?
- Está tudo bem? – perguntei a ele, quando o vi parado no jardim do prédio, olhando pro vazio.
- Sim. Vamos.
Ficamos todos em silêncio durante o trajeto. Ao chegarmos na boate, o Breno foi pegar bebida e eu aproveitei o momento a sós, para conversar com o Hugo.
- Você está calado desde cedo. Eu já posso imaginar o motivo.
- Eu só espero uma coisa Lucca; que aquele cara não dê em cima de você, senão vai rolar briga.
- Você precisa ser seguro de si, pois eu estou do seu lado, não estou? Agora vem, vem dançar. – o arrastei pra pista, na tentativa de mudar aquela cara amarrada. Depois de um tempo, já nos divertíamos com a festa. Ríamos muito do jeito desengonçado do Breno de dançar. Eu na altura do campeonato tinha bebido muito, e logo senti o corpo responder ao álcool.
- Vou ao banheiro e volto já.
- Pode deixar Lucca, que eu tomo conta dele.
- Acho bom. Rsrsrsrsrsrsr.
- Entrei no Box para mijar, e ao sair...
- Desculpa... Você? O que faz aqui?
- O mesmo que você. Chegou agora?
- Isso não é da sua conta Vinicius.
- Calma. – ele me segurou pelo braço. – Você vai ficar me tratando assim até quando?
- Até você me deixar em paz.
- Não me trate assim Lucca... Você está tão lindo.
- Dispenso elogios. Qual é a tua hein? Vai ficar me perseguindo agora é?
- Mas eu nem sabia que você estava aqui. Tá vendo? Os astros estão conspirando ao nosso favor, ou melhor, ao nosso amor.
- Hã, como se eu acreditasse nessa palhaçada. Agora me solte que eu preciso ir.
- Você fica nervoso quando está ao meu lado; e sabe por quê? Porque você ainda me ama.
- Você ta ficando doido cara.
- Não Lucca, está estampado na tua cara, em teus olhos. Para de se torturar, vamos ser felizes de novo.
- Eu já sou feliz, ao lado do Hugo.
- Ah é? Então deixa eu te mostrar o contrário. – num ato rápido, ele me beijou mais uma vez, depois da separação. Desta vez, o beijo foi mais intenso, mais longo, mais vibrante. Ele tinha o controle sobre mim, pois eu não conseguia mover um dedo sequer.
- Me solta! Seu atrevido, seu... – e mais uma vez me calou com outro beijo. O meu coração estava disparado, o corpo arrepiado. Me rendi totalmente nos braços fortes do Vinicius.
- Eu te amo Lucca, como nunca amei nenhum outro cara. Tudo me lembra você. Volta pra mim.
CONTINUA...