E chegamos ao fim do meu conto. Eu espero que tenham gostado. Estou planejando minha próxima história, mas igual eu fiz com essa eu vou deixa-lá escrita já pra facilitar postar novos capítulos. Obrigado a alguns leitores que estão comigo desde o inicio, Jhon Joel, caius, C. T. Akino, imperadorcelta e muitos outros. Motivado por vocês que transformei uma mera história baseada um pouco na minha vida num doce conto. Muito obrigado e aproveitem o fim. Eu volto em breve!
Não deixem de comentar sobre o que mais gostaram e o que não gostaram no conto em geral.
"Hoje é definitivamente é o pior dia da minha vida" pensei comigo mesmo. Eu não consigo acreditar que o Hugo estava morto. Meu amor, meu menino estava morto, num instante feliz e esperançoso pois iriamos escapar dessa com vida e no outro caído no chão sem vida.
Eu deveria estar um pouco mais animado, eu conseguira o visto de permissão para ficar permanentemente no Brasil. Com a tragédia que aconteceu aqui, meus pais impulsionados pelos abertura de uma filial da empresa para o país resolveram vir para cá também. E aqui vamos morar permanentemente. Pena que não tenho mais nenhum motivo para nessa terra querer continuar.
Eu ainda não acreditava que estava indo em seu enterro.
- Olavo, meu filho, está na hora. Vamos? - perguntava minha mãe.
- Eu não acredito que ele se foi, mãe. O meu menino, se foi - corri para abraçar minha mãe.
Eu não estava suportando saber que ele nunca mais iria voltar apesar de ter em mim essa pequena esperança de que era tudo um sonho e eu iria acordar a qualquer momento.
Desci as escadas com tremendo esforço, meus pés estavam pesados, minha alma estava pesada, tudo parecia estar pesada e sem vida.
Entrei no carro e um silêncio reinou. Não estava e nem tinha como eu falar nada, não havia o que se falar. Só conseguia pensar que seria melhor se tivesse sido eu no lugar dele.
Chegamos ao cemitério, a mãe dele me cumprimentou e agradeceu a mim por estar até o fim com o seu filho.
Não consegui prestar muita atenção na missa. Eu estava triste demais para qualquer coisa, só conseguia fitar o horizonte e esperar que tudo isso era só um pesadelo. Infelizmente, a missa havia terminado e estava na hora de eu vê-lo pela última vez.
Deixei que sua família fizesse as honras primeiro, eu queria ser o último. O último a ver aquele belo rosto mesmo que sem vida, por mim teria ido com ele. Minha vida nunca mais será a mesma. Tudo estava passando tão rápido hoje que chegara a minha hora de me despedir já. Ele estava tão lindo, trajava um smoking preto azulado, as cores favoritas dele. Sua pele alva, estava mais alva do que jamais esteve me lembrando que ele estava morto. Eu não conseguia mais chorar, minha alma chegou a um estrado mais profundo de desolação que lágrimas já não era o suficiente para externar minha dor. Só conseguia observar o quão lindo o meu menino era. Novamente o maldito tempo correndo passa, e está na hora de enterrar o corpo. Mas isso eu não aceito, já não basta eu ter o perdido e não poder ficar com ele até quando eu achar necessário?
Me joguei sobre o caixão e abracei com força a fria caixa de madeira que envolvia meu amado. Não iria solta-lo. Fui tirado a força de cima do caixão, mas não queria. Lutava para ficar mais tempo com ele:
- AONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA SAIBA QUE EU TE AMO! - berrei
- Eu sei - respondeu Hugo.
Acordei do meu sonho. Na verdade eu estava num quarto de hospital e tudo fora só um sonho.
Nunca acordei tão feliz, fui até a cama de Hugo que já estava quase de alta e o beijei com tamanho ardor como nunca tinha feito antes. Eu senti duas vezes na pele o que era quase perder alguém que se ama muito. E estava mais que feliz por tudo sera apenas um maldito pesadelo.
- Você está aqui, né? - perguntei de maneira mais boba impossível
- Sim, eu estou. E eu sou todo seu - respondi.
- Hugo, eu te amo.
- Eu também me amo - brincou Hugo.
Me curvei e dei outro beijo apaixonado no meu menino e fui prontamente correspondido. Ele estava vivo, e nunca mais iria deixar que qualquer coisa acontecesse com ele.
Apesar de ainda estar num hospital estávamos nos beijando calorosamente quando Douglas entrou no quarto.
- Cof, cof. Melhor amigo passando.
Os três riram.
- Doug, você não sabe o quanto eu estou feliz de você estar aqui! - exclamou Hugo
- E não está feliz por eu estar aqui, não? - brincou Olavo
- Claro que eu estou seu besta - disse Hugo puxando Olavo e beijando-o
- Então, né - disse Douglas chamando atenção para ele - Hugo, eu queria agradecer-lhe por me entregar a carta do Renato. Ela explicou tanta coisa e me mostrou que ele realmente me amava. Muito obrigado de coração mesmo.
Carta de Renato para Douglas:
Meu amor, talvez você ainda esteja chateado comigo por eu tê-lo traído com o Hugo. Eu te peço as mais profundas desculpas por isso. Eu nunca tive essa intenção eu fui forçado, como você já deve saber agora.
Desde o começo tudo que fiz contra o Hugo fora por nós. Eu estava juntando o dinheiro que o Lucas me dava para pagar aquela viagem a Noruega que você tanto queria, seria meu presente de aniversário a você.
Eu te juro, eu nunca tive interesse algum no Hugo só fui ameaçado pelo Lucas. Meu grande amor é e pra sempre será você. Eu nunca te esquecerei, e mesmo que você nunca mais volte a falar comigo. Vou te levar pra sempre comigo. I'm hopelessly devoted to you*. Eu te amo do fundo do meu coração, e espero que um dia possa acreditar nisso.
- Não há de que. Ele foi um verdadeiro herói, se não fosse por ele não estaríamos aqui - disse Hugo entristecendo-se
- E que fim levou o Lucas? - perguntou Douglas
- Deixa que essa eu respondo - agora Olavo chamava atenção para ele - Ele será julgado e provavelmente vai pegar no minimo uns 10 anos de reclusão.
- Acho pouco na verdade. Mas de certa forma me sinto culpado por que indiretamente ou não, eu fui o culpado disso tudo. Na verdade, eu quero que ele se exploda. Sinto pena da irmã dele na verdade.
- Não sinta, Hugo. Boas novas você vai ganhar uma irmã. Acharam a irmã do Lucas e sua família já entrou com o processo para adota-la. No máximo até o natal ela já estará morando com você e com sua família.
Essa notícia fez o sorriso de Hugo que já estava grande, se enlarguecer mais ainda. Ele sempre quisera ter um irmãzinha e agora terá uma e tão bela quanto o traste do irmão já que Hugo chegou a conhecer Isabela quando ela era apenas uma criança, hoje com 13 anos.
- Hugo eu estou muito feliz por você e espero que você saia do hospital logo. Mas agora eu preciso ir. Abraços e depois nos falamos.
- Tchau, Doug. Abraços.
Hugo e Olavo estavam agora sozinhos no quarto novamente.
- Hugo, eu sei que você tá muito feliz. Mas eu preciso conversar com você sobre uma coisinha...
- Vish, se for coisa ruim nem fala. Já passei coisa demais esse ano para escutar mais infelicidade.
- Na verdade não, amor. Você se lembra que no dia que você foi ao casarão eu te disse que precisava falar com você urgente?
- Sim, eu me lembro. Por que?
- Então, eu ia te chamar pra sair pra te dar isso - Olavo tira do bolso uma caixinha com duas alianças - Hugo Fontinelle, você aceita namorar comigo? (apesar de estarem namorando há mais de 4 meses. Nenhum dos dois chegou a pedir oficialmente).
- É claro que eu aceito! - exclama Hugo que mesmo não podendo levantar-se da cama, abraça Olavo que o levanta e o gira no ar.
Olavo pega a aliança de Hugo e a coloca na mão dele: - Olha que está escrito dentro - pede Olavo.
Hugo pega a aliança e a gira observando que por dentro está escrito: you are my teenage dream.
"Esse meu namorado é muito perfeito mesmo até estranho por que geralmente garotos como eu não deveriam dar certo com garotos como ele" pensa Hugo enquanto beija Olavo apaixonadamente.