Aventuras do Surf I

Um conto erótico de Nando
Categoria: Homossexual
Contém 1476 palavras
Data: 27/12/2012 19:56:35

Apesar do dia estar bonito e ensolarado, aquele dia do verão não estava muito legal para mim. Rose tinha ido lá em casa cedo tirar satisfações. Ela tinha acabado de chegar de viagem e ficou sabendo por uma amiga que eu tinha saído no final de semana passado. Tinha ido a uma boate zoar com os amigos e bebi todas mesmo e muita garota tinha dado mole para mim, mas não traí Rose com nenhuma delas, mas como cabeça de mulher já maquina o mal, não adiantou eu dizer nada e Rose disse que tinha a traído com uma “piranha”, como ela mesmo descreveu. Discutimos muito lá em casa. Com raiva eu peguei minha prancha e montei em minha bicicleta. Fui pedalando de Vargem Pequena, onde moro, até a praia do Recreio. Sempre que eu estava com coragem largava o carro na garagem do prédio e ia de bicicleta mesmo.

Era muito bom observar a paisagem enquanto pedalava pela orla. Via pessoas correndo, caminhando, andando de patins, skate, outras pedalando também. Via uns caras malhando em academias improvisadas na areia e várias mulheres gostosas desfilando com seus mini biquínis. Isso me leva à loucura. (Se Rose souber deste meu delírio, fica mais furiosa ainda).

Gosto muito de Rose, mas quando ela resolveu bancar a ciumenta a coisa foi ficando feia. A gente discutia sem parar a ponto de eu abandonar ela falando sozinha lá em casa, como havia feito naquele dia.

Chegando na praia, deixei minha bike no quiosque de Gil, um amigo meu. Sempre deixava minha magrela no quiosque dele e sempre dava uma moral gastando umas granas lá. Passei o protetor e fui em direção às ondas que estavam grandes e boas para surfar. Já via uns dez surfistas, pelo menos, naquela área onde eu estava. Cinco eram alunos da Escolinha de Surf Recreio, percebi por causa do uniforme vermelho que usavam. A Escolinha de Surf Recreio que eu frequentei quando tinha dez anos. Ao completar esta idade, meu pai me deu uma prancha de surf e me matriculou na escolinha de surf. Foi lá que aprendi meus primeiros passos como surfistas e dei minhas primeiras remadas. Desde então, não larguei o surf e sempre surfava, principalmente para desestressar.

Mergulhei na água e fui remando até as ondas, percebi que tinha um surfista que ficava me observando sentado na prancha. Ele aparentava ter a mesma idade que eu (vinte e três anos). Esperei a onda se formar subi na prancha me equilibrando e consegui me equilibrar por uns cinco segundos. Enquanto eu me recuperava da queda o surfista que me observava se aproximava de mim remando.

- Se você remasse mais um pouco e esperasse mais dois segundos para ficar em pé seria o momento ideal e talvez aproveitaria mais a onda – disse ele para mim.

- Como é que é? - perguntei estranhando sua intromissão.

- É cara você estava muito ansioso, no surf você tem que esperar a hora certa.

Olhei pra ele boladão. Resolvi não responder nada porque já estava nervoso por causa de Rose, apenas virei as costas e fui remando em direção à outra onda que se formava. Ele continuava a me observar e isto me deixou bastante nervoso que eu mal consegui ficar em pé na prancha e caí sem equilíbrio.

- Te falei cara você ficou ansioso de novo – disse ele.

- Cara não te perguntei nada. Foda-se! Quer dar uma de professor agora é? - disse eu com muita raiva.

- Ok! Não está mais aqui quem falou – disse ele levantando os ombros e remando em direção a próxima onda que vinha.

O cara esperou e quando ficou em pé na prancha surfou como eu nunca tinha visto alguém fazer ali. Realizou várias manobras em uma única onda e eu fiquei pasmo observando. “Mas o cara é metido pra caramba”. Depois uma linda garota, uma dos que usavam o uniforme da Escolinha de Surf do Recreio, se aproximou do surfista intrometido e o elogiou:

- Nossa Júlio! Você arrasou nesta onda! Meu lindo professor de surf!

Ele sorriu para ela. “Professor?” pensei eu. Aproximei-me disfarçadamente deles e questionei:

- Você dá aulas na Escolinha de Surf do Recreio? Ah tá explicado! Por isso estava bancando o professor pra mim né? - disse eu mais simpático – Porra , foi mal ae ter sido grosseiro contigo cara. Pensei que você só estava me enchendo. Mas vi que entende mesmo de surf depois que te vi pegando aquela onda.

- Tá tranquilo – disse ele sorrindo e apertando minha mão.

- Já fiz aulas nessa escolinha.

- Po cara, me desculpe, mas eu não lembro de você. A não ser que você seja aluno antigo porque só tenho dois anos como professor.

- É foi isso fiz aula dos dez aos catorze anos, depois larguei e achei que não precisava mais. Ia sempre surfar com meus amigos. Mas vi que preciso aprender muito ainda.

- De boa. Já te vi aqui uma vez, você sempre vem surfar sozinho?

- É. Meus dois amigos que surfavam comigo eram irmãos e mudaram de cidade.

- Po se achar interessante a gente pode pegar umas ondas depois do almoço to aqui de novo. Só dou aula na parte da manhã.

- Po fechou então. Até mais. Júlio, né? (eu ouvi a aluna gata o chamando).

- Isso – disse ele e o seu?

- Fernando.

Fui embora almocei, olhei o celular que tinha deixado em casa de propósito e vi umas dez ligações perdidas de Rose. Ignorei e joguei o celular na cama de novo. Descansei do almoço assistindo TV depois peguei a bicicleta e fiz o mesmo percurso. Assim que cheguei lá Júlio não tinha chegado ainda. Imaginei que ele nem iria mais e resolvi pegar onda sozinho. Até conseguia me equilibrar em algumas mas percebi que estava mesmo faltando um pouco de técnica.

Meia hora depois Júlio chegou. Começamos a surfar juntos e ele me passava várias técnicas que fizeram meu desempenho melhorar consideravelmente já naquele dia. Quando cansamos ficamos sentados na prancha logo atrás onde as ondas se formam, ali o mar era mais tranquilo e conversamos bastante. Contei a ele sobre Rose e que a gente vivia brigando. Júlio me disse que tinha acabado de terminar o namoro com sua namorada pelo mesmo motivo: ciúmes.

- Mulher é tudo igual né cara? Arrumam sempre motivos pra ter ciúmes – disse ele.

- Verdade – disse eu concordando piamente pensando em Rose.

- Terminei um namoro com uma garota maneira pra caramba por causa dessa praga de ciúmes. Odeio ficar sozinho.

- Mas pelo menos tem gente já na fila como a aluna gata.

Júlio começou a rir.

- Já pensei seriamente nisso.

Ficamos ali conversando tanto que nem reparamos que o tempo tinha fechado e de repente começou a chover, ventar e trovejar muito forte.

- Caralho! Fudeu! Chuva de verão – disse eu.

Rapidamente remamos para a praia e saímos correndo. Peguei minha bicicleta no quiosque do Gil.

- Tu mora aqui perto? - perguntou Júlio.

- Vargem Pequena – respondi.

- Caralho lonjão. Vamos lá pro meu prédio a chuta tá muito forte e ventando muito. Espera a chuva passar lá.

- Po não vou não cara, não quero incomodar sua família lá não.

- Não tem ninguém lá em casa não, vamos moro aqui em frente – disse ele me mostrando um prédio do outro lado da mesma direção do quiosque do Gil. Resolvi entrar.

Como Júlio mesmo disse não tinha ninguém em casa. Ele foi ao seu quarto e pegou duas toalhas uma para ele e a outra ele me deu.

- Caraca! Essa chuva tá sinistra – disse eu.

E a chuva firmou e estava muito forte e não parava. Do seu apartamento olhávamos para o mar e a linha do horizonte sumiu.

- Quer tomar banho cara pra tirar o sal do corpo? Te empresto uma roupa aqui. Depois eu tomo.

- Já é disse eu.

- O banheiro é aqui. Vai lá que eu vou procurar uma roupa pra você.

Entrei no banheiro e tirei a bermuda e a sunga. Meu corpo estava mesmo cheio de sal e a roupa também. A sensação de se livrar de tudo aquilo era boa demais.

Minutos depois saí do banheiro enrolado em uma toalha e o chamei.

- To aqui no quarto Fernando.

Nem sabia onde era o quarto mas segui o som de sua voz. Júlio estava de costas só de sunga branca mexendo em sua gaveta tirou uma bermuda, camisa e cueca.

- Se importa em usar minha cueca? - disse ele rindo me dando uma cueca branca.

- Se estiver bem limpa não.

Começamos a rir. Coloquei a cueca por baixo da toalha, pois estava com muita vergonha. Tirei a toalha ficando só de cueca. Júlio deu uma olhada e comentou:

- Coube direitinho! - disse ele passando a mão no seu saco por cima da sunga.

Aquilo, não sei porque, me deixou excitado, talvez porque eu estava com a cueca de outro cara. O pior foi que Júlio percebeu e fez uma cara de estranhamento. Fiquei muito sem graça.

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Comentários

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Cara pra ser sincero contigo, gostei ha tua história, más não considero ela como um conto erótico, pelo q vi isso pode acontecer com qualquer um, vc apenas conheceu um cara, coisa normal,se caso vc acha q estou errado posta o resto q faço questão de admitir q eu estou errado más caso contrário isso vai ser apenas uma história legal más bem vivida por vc. Abraço...

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Meu o seu conto é magnifico o enredo é ótimo o tamanho também e o melhor de tudo você escreve com emoção enfim muito bom mesmo, e com todo respeito pra mim surfitas e sksitista pra mim são os melhores (sou skaitista),enfim o clima ficou meio "delicado" ai depois desse momento ai, emeu quero lhe dar meus parabéns seu conto é muuito bom você escreve super bem, e por favor poste o mais rápido possivel e viciei no seu conto.

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Cara ta demais posta pelo menos mais um hoje to adorando e nao melhor parte voce para que isso bora continua ai hj por favor

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cara, ficou maneiro, pacas, posta logo o resto.

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