Esta arrasado, quebrado, enojado, com repulsa de mim mesmo por ter magoado alguém que me amava , gostava de mim. Como eu me considerava um monstro, impuro que pelo desejo carnal havia perdido umas das poucas coisas boas que havia na minha vida. Praticamente a lancei no horizonte umas das poucas oportunidades que eu havia tido em minha vida para ser feliz.
Já se havia se passado 2 semanas que eu nem sequer havia falado com Felipe. Sentia saudades de seus beijos, de seu carinho do seu amor. Esse tempo havia chorado muito, meus olhos se encontravam escuros por causa das olheiras ao redor. Eu ia ainda para escola meio que obrigado pois quando o via estava morrendo de vontade de pular em seus braços e lhe dar um beijo. As alianças que ele havia comprado para nos usarmos continuavam guardadas em meu guarda roupa, escondidas para ninguém as achar. Estava em mais um dia comum de aula, não aprestava atenção na aula e chorava pelos cantos feito uma criança que havia perdido seu brinquedo favorito.
Estava voltando para a sala de aula ja que perdi o sino para a aula e me encontrava na sala de espera, fui subindo as escadas onde não haveria muito movimento naquela hora. Quando pisei no primeiro degrau elevei meus olhos para cima, eles deram de encontro com duas pessoas beijando loucamente. A menina o agarrava feito uma louca com suas mãos o apertando em todos os lugares, mas o menino se encontrava com as calças no chão. Sentia meu olho arder, estava praticamente chorando, perdendo o chão , não conseguia respirar, havia sentido uma faca entrando de encontro ao meu coração o dilacerando completamente. Sai daquele lugar rapidamente sem fazer qualquer barulho fui em direção ao banheiro mais próximo, tranquei a porta e fiquei em frente ao espelho com as mãos na pia. Eu via as lagrimas escorrendo dos meus olhos e caindo na pia e logo em seguia indo em direção o ralo. Como ela poderia fazer isso comigo, confiei todos os meus segredos, meus amores platônicos. Ainda não consegui acreditar nas cenas que havia visto Ana e Felipe juntos. Aquilo para mim foi a pior coisa. Eu sempre tolo, chorando todos os dias por uma pessoa que ao certo já havia me esquecido.
Me olhei novamente no espelho, não chorava mais, meus olhos haviam se escurecido, em meu peito meu coração se encontrava acelerado e ardendo por dentro, eu estava completamente em ódio. Lavei o meu rosto calmamente o sequei e sai em direção a sala. No final da manhã tocou o sino para ir embora, me levantei e fui saindo. A distancia vi Felipe o olhei rapidamente , mas em vez de baixar minha cabeça como fazia depois do ocorrido a duas semanas atrás eu a elevei levemente para cima, passei ao seu lado fingindo que nem se quer ele existia ou se tivemos alguma coisa.
Conseguia ver ele me olhando ainda incrédulo por eu não ter me afastado. Ao longe vejo Ana se aproximando de mim.
- Oi Matheus não te vi o dia inteiro. - Falava com um sorriso no rosto, cretina.
- E não me vera amanhã e nunca mais.- Falei friamente e a dei costa e fui em direção ao carro.
Cheguei em casa almocei e fui em direção ao meu quarto que se encontrava todo escuro. Abri todas as cortinas e as janelas deixando que a luz entrasse. Me joguei na cama e vejo que meu celular havia um monte de mensagens de Ana que nem seguer quis ler ate que vejo uma de um numero desconhecido.
" Estou com saudades de você, queria lhe ver hoje se for possível, me encontre no lago as 15 horas
Não sabia quem era, logo pensei que fosse Felipe mas logo descartei ja que ele tinha a Ana para o alegrar. Como sou muito curioso me aprontei e fui em direção ao lago que se encontrava em um pelo parque. Cheguei cedo para ver quem era essa tal pessoa. Fiquei durante 1 hora inteira esperando e ja estava indo embora ate que vejo no horizonte um belo rapaz branco, com os cabelos negros com um leve topete e com uma blusa justa em seu peito e uma bermuda bonita. Ele veio todo sorridente e sentou ao meu lado.
- Faz tempo que a gente não se falava- Falava João sorridente.
- Verdade, faz muito tempo que a gente não se fala.
- Lembra quando a gente vinha aqui nesse lago brincar com as nossas mães?
- Você se lembra disso? Até havia esquecido desses momentos bons que tive na infância.
-Nos éramos melhores amigos , " super BFF " - falava ele em meio aos sorriso lindo que ele tinha.
- Verdade " super bff " agente falava, lembra - falei sorrindo também - mas ai tudo mudou quando a gente entrou no ensino médio você se distancio de mim - Falei olhando para baixo um pouco triste.
- Verdade eu me afastei de você. - disse ele ainda olhando para o lago.
- Por que tu se afastou de mim? Por me achar feio?
- Não me afastei de você por ser feio que uma coisa que tu não es. Acho que me afastei mesmo foi por causa das minhas novas amizades que não gostavam muito de você. - Falava agora olhando para mim, mas eu ainda continuava desviando o olhar.
- Então vou indo por que a qualquer momento um dos seus amigos passe por aqui.- falei me levantando e indo em direção a uma floresta que ficava ao redor do lago.
Andava apreçado em meio as lagrimas que faziam arder meus olhos. Escuto passos perto de mim e logo ele me se segura pelo braço e me choca contra seu corpo rígido e me da um beijo com urgência. Ele não ousava me soltar, a força que empregava em seus beijos deixavam meu lábios avermelhados. Ele me segurava pela cintura e me pressionava em uma grande arvore, alguns raios de sol tentavam atravessar a folhagem das arvores e alguns ousavam a atingir a membrana que cobria meus olhos quando estão fechados. Ao longo do tempo fui deixando ele me controlar e em seguida seus lábios empregavam menos força e sua língua também. Seu cheiro empreguinava em meu nariz me deixando completamente zonzo e perdendo os sentidos. Meu corpo podia sentir sua pele quente por cima da sua camisa, e seus rígidos músculos. Ele foi me soltando e se separando devagar ate que os nossos olhos puderam se encontrar novamente. Seus lábios se encontravam vermelhos e seus olhos se repousavam de encontro aos meus . Ele segurou a minha mão e foi me levando mas a dentro da mata. Ate que chegamos em uma grande arvore que deveria ter uns 20 metros em seu tronco se encontrava algumas gravuras.
-Se lembra disso? - ele falava passando uma das mãos na gravura e a outra segurando a minha.
- Como poderia me esquecer , fizemos quando tínhamos 10 anos, me lembro que sempre vinha aqui com você ou minha avo. -falava passando a mão também na gravura.
**** 6 anos atrás ****
-Olha Matheus que bela arvore - Falava joão admirando aquela grande arvore e segurando a minha mão tentando me proteger te tudo e de todos.
-Muito bonita, ela é muito grande. - Eu falava olhando para cima vendo como era enorme.
-Vamos escrever nossos nomes na Arvore?
- Mas isso vai machucar ela coitadinha.
-Não esquenta , ela é muito grande para sentir dor e mais, só vamos deixar nossas iniciais aqui. O que acha? - Perguntava segurando minha mão mas forte ainda.
-Tudo bem, mas promete qua não vai machucar ela?
- Prometo.
Ele soltou a minha mão e pegou uma pedra que achou no chão e escreveu nossas inicias na arvora " J M "
- Pronto agora esta selado nossa amizade para sempre. - Falava ele sorridente com seu cabelo todo bagunçado.
-Promete que sempre será meu amigo e nunca me abandonara ? -Perguntei o olhando nos olhos.
-Prometo - ele arrumou a minha franja que se encontrava perto dos meus olhos e segurou a minha mão. Ao longe se escutava a minha avo nos chamando e saímos rapidamente dali.
**** Arvore hoje****
Ele olhou sorridente para mim, e continuávamos com as mãos dadas. Parecíamos que estávamos conectados um ao outro. Ele tirou a franja dos meus olhos e olhou fixamente para mim.
- Senti tanta falta de você, ficava feliz quando a gente pelo menos dávamos oi no corredor do colégio.
- Eu também. - Falei olhando para dentro dos olhos castanhos claros que ele tinha.
Ele foi se aproximando de mim novamente, seus lábios ao encostarem nos meus me deu um arrepio em todo o meu corpo. Sua língua fazia movimentos lentos junto a minha, uma das mãos em minha cintura e a outra perto da minha nuca. Nos separamos com dificuldade e nos sentamos na beira da arvore que havia nossas iniciais gravadas. Ele ficou fazendo carinho e fazendo massagem em meus cabelos e a outra mão ainda grudada junto a minha, eu me encontrava deitado em seu peito entre suas pernas. Não falamos sequer uma palavra depois. Quando estava escurecendo ele me ajudou a levantar e foi me levando a um carro que se encontrava no estacionamento do parque sem desgrudar nossa mãos. Ele soltou a minha só para entrar no lado do motorista mas logo segurou a minha mão. Ele deu um sorriso e deu ignição no carro e fomos em direção a minha casa. No caminho ele teve que tirar sua mão da minha para manobrar o carro. Chegamos em frente a minha casa e como os vidros estavam levantados ele me deu um beijo calmo e nos separamos em um belo sorriso e ele soltou da minha mão e entrei dentro de casa.
Subi as escadas e ao trancar a portar me sentei no chão , meus dedos correram para meus lábios tentando ter a mesma sensação ao beijar os lábios de João.
Gente desculpas por demorar tanto tempo para postar, é que meu amorzinho me levou para a fazenda para passarmos o natal e não pegava sinal de internet nem de celular. Conto depois como foi ir mais uma vez para a fazenda. Beijos