Walk Away - Pensamentos

Um conto erótico de Julho
Categoria: Homossexual
Contém 1327 palavras
Data: 04/12/2012 21:52:53
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Oi, gente ;D

Vocês estão bem? espero que sim. Como vocês sabem os contos do meio da semana são menores, e também estou em semana de prova. Ah, eu fiquei muito feliz, tem uma pessoa apaixonada por conta do meu conto, essa pessoa é o garoto_carinhoso, nossa! você não sabe como eu fico feliz em saber disso. Boa sorte e boa leitura:

Pensamentos do Miguel:

Fundo musical que embala os pensamentos de Miguel: http://www.youtube.com/watch?v=w9D1wA1vHR8

Julho Albuquerque. Esse era o nome do garoto que tinha dominado a minha mente de uma maneira surpreendente. Jujuba e eu nunca fomos chegados à companhia um do outro, a verdade é que ele nunca foi com a minha cara, desde o meu primeiro dia de aula, naquela manhã que eu tive a infeliz ideia de sentar no seu lugar.

Julho mais parecia um furacão, não levava desaforo pra casa, sempre resolvendo seus assuntos na base de socos e de chutes. Ele era sinônimo de pancadaria.

Nós estudávamos juntos desde sempre, mas nunca trocamos mais do que desaforos, além das nossas brigas antológicas. O tempo passou e nós tomamos caminhos diferentes, mesmo convivendo diariamente. Mas ele não passava de um estranho para mim.

Como, de uma hora para outra, ele ressurge do nada, fazendo com que eu prestasse atenção nele pela primeira vez? Eu nunca tinha sentido atração por outros caras, mas sei lá, com ele foi diferente. O jeito dele me atraia e eu até achei que estava ficando maluco na época. Como eu não tinha percebido antes o quanto ele era viciante, o quanto ficava lindo com raiva e o quanto beijava bem?

Julho era diferente de todos os meninos, e se não de todas as pessoas, não se preocupava em me impressionar, tentando me chamar a atenção, tentando fazer com que eu reparasse nele. Isso foi o que me despertou. Julho era único que não me bajulava nem fazia questão da minha companhia nem da minha popularidade. Na verdade ele detestava isso e tudo que dizia respeito a mim

Eu só pensava nele, era só com ele que eu queria estar. Como eu Miguel Guimarães podia esta gostando de um garoto? Essa duvida me corroeu, mas eu preferi aceitar que era amor e que se exploda o mundo. Entretanto, ele insistia em manter distância, mais parecia um bicho selvagem, que fugia de seu caçador insaciável.

Percebi que o que eu sentia por ele não daria mais para esconder no dia que eu o vi na boate, dançando, um garoto totalmente diferente da que eu conhecia.

Mas o Julho da boate, aquele que me beijou daquela maneira, que quase me enlouqueceu a ponto de eu querer jogá-lo ao chão e despi-lo ali mesmo, aquele Julho estava em busca de vingança, ele queria ferir quem o feriu. Eu sabia que ele tinha todo o direito do mundo de fazer isso, ele foi humilhado por algo que não tinha nenhuma parcela de culpa, pelo menos não diretamente.

A verdade é que Maria de Lurdes, inventou o maldito boato quando percebeu o meu interesse pelo Julho. Todo mundo estava cansado de saber que ela era apaixonada por ele, mas ele não dava bola. E ao ver minha aproximação estranha do Julho, começou desconfiar da sexualidade dele e de outras coisas. E por isso, Julho foi quem pagou.

Agora eu estava aqui, sentando ao lado dele, sentindo a sua presença do meu lado, sem poder tocá-lo, ou confessar o que eu sentia por ele. Eu tinha pegado pesado com ele, MUITO PESADO, tinha falado coisas horríveis, mas já não aguentava mais toda aquela frieza, todas as escapadas dele. Eu queria derreter o gelo que o envolvia, mas isso parecia impossível, já que ele era mais difícil do que eu pensava.

Nunca fui o tipo de cara que corria atrás de mulheres, sempre tive todas as garotas que eu quis. Mas com garotos é diferente, sou novo nesse negocio, e mais um garoto tal como o Julho.

O garoto que eu mais queria agora parecia um sonho de adolescente distante, quase uma missão impossível. E isso me deixava com ódio, quem era ele para fazer aquilo comigo? Eu era Miguel Guimarães, todos se jogavam aos meus pés!

Mas Julho parecia ser imune a mim, parecia que eu não o atraia e aquilo era meio absurdo de se pensar, visto que eu já tinha percebido o modo como ele ficava quando o beijava.

Eu precisava me agarrar naquilo, precisava vê-lo perder o controle, ficar irracional. Era assim que eu gostava de vê-lo, descontrolado, fora de si. Nessas horas sabia que ele ficava vulnerável e eu podia atacar.

Julho nunca mais olhou para mim, desde aquele dia que eu fui tomar satisfações com ele, uma sexta há alguns meses atrás. E desde então o gelo dele tinha criado uma barreira impenetrável entre nós dois, me impedindo de agir. Ele tinha voltado ao se comportamento normal: frio e distante.

Me ignorava completamente e aquilo era demais para minha cabeça, por causa dele eu não tinha uma namorada há meses. Eu não poderia mais deixar que essa situação continuasse.

Para que eu fui falar da mãe dele? Eu sou um idiota, mesmo.

Precisava agir, precisava quebrar o gelo de Julho.

Pensamentos de Julho

Fundo musical que embala os pensamentos de Julho: http://www.youtube.com/watch?v=XaIbM0RdRGI

Sabe quando você não tem mais vontade de fazer nada? Quando a sua vida tá uma droga e os dias são apenas dias, nada mais que isso?

Era assim que eu me sentia, apenas sobrevivia aquele marasmo que era a minha vida.

Tudo tinha voltado a ser como era antes, os populares andavam com os populares. Os rejeitados andavam com os rejeitados. E o resto bajulava os populares e ignoravam os rejeitados. E eu só tentando sobreviver aquelas pessoas inúteis. Era assim que a vida funcionava, era assim que tinha que ser. Essa era a ordem certa das coisas.

Mas alguma coisa dentro de mim queria que isso fosse diferente.

Miguel nunca mais trocou nem um "oi" comigo, nem olhava mais na minha cara.

No começo eu fiquei aliviado, estava mesmo magoado com tudo que havia me dito naquela manhã de sexta, logo após o meu surto. Porém, já havia se passado muito tempo e eu já tinha até esquecido daquilo tudo, mas ele nunca mais me dirigiu a palavra.

Aquilo me deixava louco, me fazia ficar inseguro, me deixava vulnerável. E eu odiava me sentir assim. Miguel despertava em mim todos os sentimentos que eu lutava para esconder.

Eu não entendia o comportamento dele, afinal eu sabia que ele se sentia atraído por mim. Entretanto, ele parecia mais frio e distante a cada dia que passava.

Por conta disso eu passava as minhas noites acordado, com milhares de perguntas me atormentando. Já estava começando a me preocupar, a qualquer momento eu poderia surtar. E agora aqui estava eu, sentado ao lado dele, tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

Eu travava uma batalha comigo mesmo, para não enlouquecer, mas a verdade é que eu queria me aproximar um pouco mais dele, para poder sentir aquele perfume que me embriagava, para poder tocar naqueles cabelos rebeldes que tanto amava. E mais, eu queria poder beijar aquela boca que fazia verdadeiras façanhas comigo.

Mas eu não podia fazer isso, porque agora eu voltei a ser Julho Albuquerque, o garoto que Miguel Guimarães odiava desde a 5ª série.

O sinal da ultima aula tocou e eu quase dou um pulo da cadeira, tamanho o susto que levei. Ultimamente eu não estava sendo um bom aluno, minha cabeça não estava para aulas. Deixei que todo mundo da sala saísse, enquanto fingia que arrumava meus cadernos, colocando-os com exagerado cuidado dentro da mochila. Depois, sai da sala, suspirando um agradecimento por mais um dia tedioso naquela maldita escola ter chegado ao fim.

Andei de cabeça baixa rumo à saída da escola, o dia estava nublado e úmido como sempre.

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Comentários

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as vezes precisamos abaixar a cabeça e dizer que estamos errados... acho que alguem vai ter que ceder... nao da pra ficar assim... os dois vao continuar se destruindo .... to amando continua logo XD ;9

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Os dois parece que tem medo de demostrar seus sentimentos um ao outro.

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Ai eu achei muito interessante os dois pontos de vista os dois modos de pensar mais eu acho que no dia em que ele falou da sua mae ele nao quis te ofender eu acho que e porque ele estava muito nervoso e na hora da raiva falmoacoisas sem pensar e quando vamos analisar oque fazemos vemos que fizemos.uma grande burrada.mais ta muito bom pra min eu amo

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