Olha, eu comecei a escrever isso ontem e terminei hoje. Por isso, deixei por conta do Word corrigir os erros grotescos kkkk
Coloquei minha mão na sua perna e suspirei. Seus cabelos loiros voando com o vento e seu sorriso, era simplesmente a coisa mais bonita que vi hoje. Olhei para baixo quando seu rosto encontrou o meu, porque com certeza estava olhando para ele com uma cara nada bonita. Comecei a alisar sua perna do joelho até a coxa. Ele ficou sério e suspirou.
— Acho melhor você parar antes que eu bata o carro em um poste – riu logo em seguida que tirei minha mão.
Iniciei agora uns carinhos na sua bochecha, roçando meus dedos pela sua barba, seu queixo. Meus dedos passearam em seu pescoço e depois por seu ombro forte. Fui obrigado a parar, porque seus olhos estavam famintos, como se fosse parar o carro agora para me agarrar. No fundo eu queria isso mesmo, fiquei sozinho a maior parte da minha vida em relação a ‘relacionamentos amorosos’. Mas eu sou paciente, até de mais.
Chegamos a sua casa, e ele me avisou que não tinha ninguém.
Sempre não tem ninguém.
E os empregados? E os pais dele? Primos? Sua mão quente e macia agarra a minha e me puxa para um abraço e também para longe desses pensamentos.
— Você me paga... qual é a sua hein? – ele me pergunta sério me colocando contra a parede da garagem.
Ele parecia segurar um riso quando viu meu rosto apavorado, por um momento eu estava mesmo, até quando me toquei do que ele falava.
— Do que você está falando? – entrei no seu joguinho. Segurei seus braços e tentei beijá-lo, mas ele desviou.
— Das suas provocações. – disse ele sério. — O senhor vai me pagar, e muito caro querido Hugo Dantas. – ele disse me colocando ao redor dos seus braços e me tirando do chão, como se eu fosse feito de pano. Depois me segurando nos braços me levou para a sala e me jogou no sofá – sem cuidado nenhum.
— O que você vai fazer comigo, oh, Henrique Cardoso? – disse com medo na voz, mas não segurei por muito tempo e comecei a rir da minha péssima atuação.
— Você acha que estou brincando?
Começou a caminhar de modo intimidador em minha direção. Afastava-me ainda rindo, até cair do sofá e ri mais ainda, mas ele continuava sério. Levantei e coloquei a mão no peito.
— Oh não! Por favor! Não me machuque! – disse rindo e com sarcasmo.
Eu estava em uma distância segura, mas quando ele morde o próprio lábio, eu me concentro apenas naquilo. Na sua boca. E que boca. Dou um passo para agarrá-lo, mas... aquilo era uma armadinha, ele sabe como me seduzir, e quando percebi isso comecei a correr para a outra sala. Ele correu atrás de mim. Meu coração batia forte e minha respiração ficou forte.
— Não pode fugir de mim na minha própria casa Hugo Dantas! – porque esse abuso com meu sobrenome?
Subi as escadas que davam em uma parte da casa que eu nunca tinha visto. Essa não era a mesma escada que naquele dia me levou para seu quarto. Eu não escutava mais os passos dele, o que me deixou mais aflito. Desistiria? Não. Continuei explorando a parte que tinha um cheiro gostoso de limpeza e que era bastante iluminado, tinha um tapete felpudo branco e uma coleção de livro jogados no chão, na mesa e em prateleiras. O que mais me chamou atenção foi um piano de cauda preto. Fiquei tentado a sentar ali e tocar, mas não ia dar esse gostinho para Henrique.
Então fui ver o que tinha atrás da porta, que era enorme e toda de vidro que dava em uma sacada. Uma vista maravilhosa da piscina assassina. Era lindo, ou quase. Um vento começou a soprar e então corri para fechar a porta, e ficou tudo em silêncio. Uma chuva fina começou a cair.
— E também não pode se esconder. – sua voz era assustadoramente sedutora.
Virei-me e ele estava apenas de bermuda, e caminhava lentamente na minha direção. Olhei todo o seu corpo, e fico cada vez mais estonteado quando ele chega perto. Seu perfume começa com aquele processo que me enlouquece, me embriaga. Estendo minha mão para o seu peito. Eu necessitava sentir o calor da pele dele. Mas ele segura meu pulso. E agora os dois, e os aperta contra a parede. Ele cola seu corpo ao meu e sussurra ao meu ouvido:
— Então Hugo... Dantas... – ele da uma risada. — É bom ser provocado? – Ele morde o lóbulo da minha orelha enquanto eu fecho os olhos e inclino minha cabeça pra trás. Estou quase tendo uma crise de necessidade. Dele é claro.
Ele se afasta e abro os olhos. Deparo-me com aqueles olhos azuis me fitando de maneira quase louca, esperando uma resposta. Sua língua começa a passear por seus lábios. Me faria cair se ele não estivesse me segurando. Ele se aproxima o bastante para que eu sinta seu hálito, e deixa a boca entreaberta de propósito.
— Por favor... – imploro tentando me libertar das suas mãos. — Me deixa te tocar... não faz isso comigo de novo... – disse isso na esperança dele ter compaixão.
E funcionou.
Quase no mesmo momento ele folga o aperto nos meus pulsos. E quando minha mão é solta, começo a alisar seu rosto. Desço até seu peito, onde faço um carinho rápido e agora com as duas mãos soltas, o abraço. Eu quero seu corpo junto do meu. Ele segura meu rosto entre as mãos e me encara. Passo minhas pernas por sua cintura, e ele me prende contra a parede. E me beija. Suas mãos estão descendo, e chegam a minha cintura. Depois minhas pernas. Ele tira a bermuda de uma maneira ninja, e fica apenas com sua cueca box preta. Meusantodeus, vou pegar fogo. Ele segura minhas costas e joga no tapete branco.
Ele fica por cima, e sinto o sem enorme peso, e outras coisas. Quase não consegui respirar. O beijo fica mais ardente. Estou com medo até de mim. Rolo com ele, e fico por cima. Fico beijando seu pescoço. Depois sento e fico o observando. Parecia que ia gozar a qualquer momento, isso sem nem ter feito nada. Vou passando a minha mão por seu abdômen rígido e meus dedos agora passeiam em volta do seu umbigo. Ele suspira forte. Vou colocando meu dedo indicador naquela entradinha da sua cueca. Depois minha mão vai afundando. Até que meu celular toca.
Henrique coloca suas mãos do rosto quando pego o meu celular ainda em cima dele. Quando vou atender, ele o toma de mim e levanta. Me deixando lá, jogado no chão.
— Alô? – ele pergunta quando coloca o celular no ouvido.
Eu já sabia que era minha mãe, ela era a única que sabia meu novo número.
— Ah Dona Ana, é Henrique, o amigo do Hugo, ele chegou bem sim. – ele ri.
Fiz um gesto para que ele me desse o celular e ele fez que não com a cabeça. Revirei os olhos.
— Claro, ele vai chegar aí sete horas em ponto. – ele disse. Ele ficou concordando com algumas outras coisas e por fim disse tchau.
Sentei no banco do piano ainda virado para ele com uma cara séria.
— Sua mãe é uma fofa. – ele disse, tirando meus cabelos da minha testa. — E você é um safado.
Eu abaixei meu rosto, para esconder o vermelho. Do que ele estava falando mesmo?
— Você me provoca, me atacou ali no chão e ainda por cima me esconde seu celular?
Suspirei alto, e finalmente disse.
— Eu ganhei isso hoje.
— Não importa, vou salvar meu número aqui. – disse ele mexendo nele. — Agora vou ligar para o meu e fazer o mesmo.
— Afinal de contas, você toca ou não toca piano? – virei para o piano e toquei um simples dó ré mi fá, fá fá e ri sem graça.
Ele sentou do meu lado.
— Um pouco. – seus dedos se posicionaram e seu pé foi para o pedal.
Ele começou a tocar uma música lenta, era uma do Beethoven, mas não lembro o nome, já escutei minha professora tocar antes, só que em outro tom – ela disse que ficava mais bonito. Seus dedos grandes deslizavam pelas teclas de maneira calma como a música, e seu rosto estava corado. Tinha partes que ele tocava olhando para mim. Quanto terminou, seus dedos logo saíram do teclado, mas as últimas notas continuaram no ar até seu pé sair do pedal. Era uma música simples, fácil e bonita, porém Henrique tocando-a foi a coisa mais perfeita que já tinha escutado. Eu fiquei sem palavras.
— Henrique... que lindo.. – disse ainda bestificado.
Dei um beijo nele.
— Não sei você, mas eu tô com fome – disse ele levantando. Se ele continuasse andando de cueca por todo o lado... — Vamos. – disse ele me tirando dos meus pensamentos nada puros.
Ele estava na minha frente e andando todo largado. Como se fosse o rei da casa. A visão das suas costas fortes e sua bunda e pernas não era uma coisa de Deus. Assoviei para ele e gritei:
— Gostoso! – eu tava segurando para não rir.
Ele tava me ignorando, então corri e pulei nas suas costas e prendi minhas pernas na sua cintura. Fiquei beijando seu pescoço e cheirando seu cabelo até chegarmos à cozinha onde eu o soltei e sentei na cadeira alta do grande balcão no meio da cozinha.
— O que vamos comer? - perguntei.
— Eu não vou fazer nada para você. – disse jogando um beijo para mim. Ele pegou um pão e o abriu com uma faca. — Se vira amor.
Essa foi a primeira vez que ele me chamou de amor, mas mesmo assim, não era o mesmo de amor de amar, e sim um simples amor, um amor qualquer. Fingi não ligar para isso enquanto passei por ele. Pelo menos em esconder meus sentimentos eu era bom.
— Você é que manda. – disse dando de ombros.
Abri a geladeira de inox enorme e procurei alguma coisa qualquer. Tinha muita coisa gostosa, mas eu apenas peguei um pote grande com frutas. Depois procurei uma tigela pequena. Depois de muito abrir as portas dos armários encontrei. Henrique parecia se divertir com isso. Coloquei apenas uvas e morangos na tigela e depois perguntei:
— Aqui tem leite condensado?
Ele apenas virou a cabeça enquanto terminava de fazer seu hambúrguer. Fui até onde ele indicou e peguei. Abri com uma faca mesmo e despejei a metade na minha tigela, depois peguei uma colher e fui comendo minhas frutas. Fui para perto dele e o abracei de lado e ele me levou até a sala onde ficamos no chão mesmo e encostados no sofá. Ele ligou a TV e deixou em um canal de filme. A gente nem tava ligando para o filme e sim para a comida.
Ele terminou o hambúrguer em apenas em algumas mordidas. Eu ainda não tava nem na metade da minha tigela.
— Nossa, ainda tô com fome. – ele disse olhando com cara de pidão para mim.
— Nem vem! – levantei a minha tigela.
Depois de muito insistir eu cedi.
— Tá, mas eu vou te dar. – ele fez uma cara engraçada e depois aprovou. Peguei um morango todo coberto de leite condensado na colher.
— Olha o aviãozinho! – apertei os lábios para reprimir um sorriso.
Ele comeu o morango em segundos. Enchi a colher com duas uvas e muito leite condensado. E quando tava levando para boca dele um pouco do leite condensado caiu no queixo dele e mais um pouco em seu peito. Ele mastigou as uvas bem mais rápido do que o morango.
— Meu Deus! Isso tudo é fome? – perguntei assustado.
— Você nem faz idéia. – disse limpando os lábios com a língua.
Quase imediatamente o beijei. O gosto doce da sua boca aumentou meu tesão. Comecei a limpar seu queixo com a língua e depois chupá-lo. Desci por seu pescoço e encontrei aquele leite condensado atrevido no peito dele. Chupei seu peito até ele ficar sem nada. Essa foi a coisa mais excitante que tinha feito na vida. Seu gemido era lindo. Quando terminei ainda dei um selinho nele e voltei a comer minhas frutas.
Porém ele queria mais.
Tomou a tigela de mim, levou a colher cheia de leite condensado para minha boca, e quando a abri, ele deixou cair “acidentalmente” no seu peito e no seu abdômen. Que safado! Dei um riso nervoso quando ele disse um droga forçado. Minha língua já estava no seu peito e depois passeando pelos gominhos da sua barriga. Coloquei minha mão em cima da sua cueca e senti aquela coisa grande e quente em baixo. Puxei pela laterais e tirei sua cueca.
Tá. Era mais ou menos grande. Se fosse comparar com o meu, daria uns 2 ou 3 centímetros maior. Não vou entrar em detalhes, na verdade nem sei o que eu tô fazendo. Ele não achou justo me ver com roupa e tratou de me despir. Fiquei apenas de cueca e ele me jogou no chão. Tirou meu cabelo do meus olhos e disse:
— Minha vez – pegou a colher e começou a jogar o resto de leite condensado no meu peito e barriga.
Claro que para ele não teria graça fazer isso, já que meu corpo não é como o dele. Mas ele pareceu adorar me ver gemer e me contorcer enquanto sua língua quente passava lentamente perto do meu umbigo. Peguei seus cabelos e puxei sua cabeça para cima, e juntei nossas bocas. Esse era um momento que queria para sempre. Senti seu perfume, o cheiro do seu cabelo, o gosto da sua boca, a sua voz, a música que tocou para mim, tudo isso vai estar para sempre gravado na minha mente.
Para sempre.