Ola pessoal, boa noite a todos.
Nossa, confesso que não espera todos os comentários no post anterior. Mas vocês mandaram muito bem, adoro ler a opinião de vocês. Docinho, claro que esta desculapda, tem otimos contos aqui no site, mas não consigo aocmpanhar todos, postar esse e trabalhar, estudar, malhar, cuidar da vida, é muita coisa pra dar conta, rsrs. Mo agora fiquei curioso sobre suas historias, quem sabe um dia não escrevemos um conto juntos, hein? Geo, Olavo, Shot, Stahn, Cris, apesar de algumas diferenças em suas opinioes, todos vocês estão certos. Foguinho, você desconfia de todos hein, rsrs, mas voc~e esta certo, fique de olhos nas atitudes dos personagens, algum razao eles tem pra serem assim. Beijao para rb_pr, perola, alanis e hique.
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Capítulo 24
Cíntia – João, do que você esta falando. Olhou preocupada para João.
João – Pensei muito, não posso ser egoísta pensar só em mim, amo ele demais pra vê-lo sofrer.
João – Pensei muito mesmo e tomei uma decisão. Vou me afastar do Fernando.
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Cíntia – O que você ficou loco? Comeu coco foi?
João – Cíntia..
Cíntia – João, você não vai cometer uma bobagem dessa. 1º - Um cara como o Fernando você não encontra em qualquer esquina, bonito, amoroso, honesto, forte. 2º Depois de todos desencontros, você vai jogar tudo fora? 3º - No primeiro obstáculo você já vai pular fora?
Cíntia – Olha, posso passar a noite aqui enumerando n”s motivos para você não deixa-lo, mas o principal é o amor que você sente por ele, pretende mesmo deixar o amor da sua vida ir embora?
João – Cíntia, você esta coberta de razão, mas não posso permitir que ele se sinta em duvida a quem escolher, a mim ou a família dele. É cruel demais com ele, jamais vou permitir que ele passe por isso, mesmo que ele me odeie por isso. Sou capaz de tudo pra vê-lo feliz, até mesmo sacrificar o meu amor, o amor que sinto por ele.
Cíntia – Você vai sofrer e faze-lo sofrer. Nossa conversa não acaba aqui João, ai de você de tomar alguma decisão sem antes me falar, não vou deixar você fazer merda.
João foi pra casa, estava com uma dor de cabeça horrível. Como não fazer a pessoa que mais amava sofrer? Pegou um porta retrato com a foto de Fernando, beijou seu rosto, daria tudo que tinha na vida, para poupar seu amor de qualquer sofrimento.
João sempre foi uma pessoa instável, não sabia amar de pouquinho, amava com todas suas forças, pela primeira vez que amou alguém, Marcos, apostou todas suas fichas, se anulou em favor de um cara que nunca lhe deu o valor, então lógico que por Fernando, que foi um cara que sempre lhe retribuiu o amor que sentia, lógico que para o Fernando, João não mediria esforços para vê-lo feliz.
Jair – Precisamos esclarecer algumas coisas rapaz. Dizia secamente para Jair.
Fernando – Fale pai, estou aqui pra escutá-lo.
Jair – Enquanto você morar aqui, você deve satisfação dos seus atos, e respeitar os horários. Aqui agora, vai ter hora pra chegar, sair, isso também vale para seu irmão.
Jair – Pense bem também nos amigos que irá trazer aqui. Eu e sua mãe demos liberdade demais para você e seu irmão, mas iremos corrigir, mesmo que seja tarde.
Fernando – Pai se você esta falando do Jo..
Jair – Fernando, não me interrompa.
Fernando – Desculpa.
Jair – Ficou claro essa nossa conversa?
Fernando – Sim pai.
Fernando foi para seu quarto, estava angustiado, sentia-se um estranho na casa onde sempre viveu, tentou ligar para João mas o celular só dava caixa postal, nem mesmo Felipe foi ao seu quarto vê-lo.
João estava triste, sentia que estava em suas mão a resolução de tudo aquilo.
Pedro – João desamarra essa tromba, vamos dar uma saída depois do trampo, tu precisa esquecer um pouco os problemas.
João – Ah Pedro, os problemas vão sempre comigo, não sei ser assim como você, relaxado, desencanado.
Estava saindo do prédio onde trabalhava, Fernando estava na porta esperando João.
Pedro – Pelo visto perdi né. Disse rindo.
Fernando – Oi meu amor, que saudade. Vim te pegar, estou precisando tanto de você.
João e Fernando seguiram de carro até um jardim, precisavam conversar. Dentro do carro, Fernando tentou lhe roubar alguns beijos, as percebeu que seu amor estava estranho.
João saiu do carro, como se quisesse tomar ar e pegar força, para algo que ia fazer.
Fernando – O que esta acontecendo meu príncipe.
João – Fernando, andei pensando bastante, nessa historia toda, sei que quem mais esta sofrendo é você, pra mim também será difícil, mas precisamos agir assim.
Fernando – João, não estou lhe entendendo.
João – Meu amor, me entenda, acho que precisamos dar um tempo, acho que será bom pra que sua família se adapte, se acostume.
Fernando – Perai, perai João, tu ta querendo cair fora. Dizia já nervoso.
Fernando – Não me ama mais?
João – Não, claro que não Fernando, te amo com todas minhas forças, mas acho que esse tempo será..
Fernando – Não, não entendo não. Você diz que me ama mas esta me abandonando. Que espécie de amor é esse?
João – Fernando nunca duvide do me amor.
Fernando – e o que você quer que eu pense cara? Estou abrindo mão de tudo por você, pra estar com você e agora você vem com essa.
João – Não quero ser um peso pra você, que você tenha que escolher ente mim e sua família, por favor, meu amor me entenda.
Fernando – Porra João. Exclamou dando um chute no carro.
Fernando – Você esta sendo fraco, acho que me enganei com você.
Os olhos de João já estavam cheio de lagrimas, mas ele tinha que se manter firme. Tentou abraçar Fernando, mas foi rejeitado.
Fernando – Acabou, é isso? João nada respondeu, apenas abaixou a cabeça e começou a chorar.
Fernando entrou em seu carro e foi embora. No trajeto começou a chorar, batia no volante, sentia raiva, ódio, duvidava do amor de João.
Chegando em casa já ouviu um interrogatório da sua mãe.
Bete – Fernando te esperamos pra jantar, custava ter ligado, eu sei muito bem onde você estava.
Fernando – Pode ficar feliz, não existe mais o João. Podem comemorar.
João chegou em casa, só chorava, pegou algumas roupas de Fernando, sentia seu cheiro, ao mesmo tempo que olhava aquela aliança em seu dedo, sentia que dias difíceis estavam por vir.
Felipe foi até o quarto de Fernando, que estava deitado olhando para o teto.
Felipe – O que foi mano?
Fernando – Já era, acabou.
Felipe – Mano, não foi melhor assim? Olha seu estado, tu esta sofrendo, isso não pode ser saudável, ficar assim por alguém.
Fernando levantou-se e sentou-se de frente ao seu irmão.
Fernando – Tu não entende cara, sinto falta dele, da voz dele, da boca, de beijá-lo, fazer amor com ele, nós não transamos, nós fazemos amor. Acordar e não sentir o corpo dele sobre o meu a voz dele, ver o sorriso dele, você não tem idéia Fernando, que essa falta toda me faz.
Felipe ficou sem graça, nunca seu irmão tinha se aberto dessa maneira em relação a sua sexualidade.
Fernando passou a noite em claro, não procurou mais João, que fez o mesmo.
Os dias foram passando, foram passando também as semanas, João para tentar esquecer o grande amor da sua vida, afundou-se no trabalho, começou a produzir mais e mais, mas quando chegava em sua casa, ficava sozinho a noite, ele tinha que encarar a realidade, ele, Fernando, não estava ali. Só sentia aquela dor no peito, mas tentava se sentir feliz por saber que seu grande amor, agora estava tendo paz, estava fora de conflitos.
João – Cíntia.
Cíntia – Não fala comigo.
João – o Que é isso minha amiga?
Cíntia – Até hoje não engoli sua decisão de terminar tudo.
João – Cíntia eu já lhe expliquei.
Cíntia – Sabe quem eu encontrei por acaso agora? Ele mesmo o Fernando.
Cíntia – Nem de longe ele lembra aquele cara que conhecemos, o brilho do olhar dele sumiu, esta magro, triste.
João – Cíntia, por favor. João já falava, com voz de choro e com lágrimas nos olhos.
João – Eu não queria vê-lo sofrer.
Cíntia – Disso eu não tenho duvida, mas João, você não é Deus, você decidiu por vocês dois, ele é adulto, ciente dos seus atos, e você agiu como um ditador, decidindo o que é bom pra vocês dois.
Cíntia – Essa decisão não era só sua, meu amigo eu sei o quanto você é nobre e o ama, mas você não fez a melhor escolha.
Cíntia – Olhe pra você? Esta sofrendo também e você acha o que, que a convivência na casa do Fernando esta um mar de rosa?
João – Cíntia, tudo que eu fiz, foi pensando em acertar. Dizia já chorando.
Cíntia – Eu sei meu amor. Abraçava João, consolando-o.
Cíntia – mas tudo nessa vida, da pra ser corrigido.
João – Do que você esta falando?
Cíntia – João, para de lutar contra seu coração, faça o que deve ser feito, hein?
Já fazia algumas semanas que João e Fernando não se viam, mas isso não foi o suficiente pra que a convivência em sua casa voltasse ao normal. Fernando saia de manhã para o trabalho, voltava e entrava no quarto, saindo só no outro dia de manhã.
Seu pai, vez ou outra sempre jogava alguma indireta, sua mãe tentava agir como se toda aquela historia nunca tivesse acontecido. Tudo que iria fazer, era visto com desconfiança pelos seus pais, como se tivesse perdido a confiança deles.
João pensava em tudo que a Cíntia havia lhe falado, mas também pensava:
- Ele não me procurou todo esse tempo, será que o amor dele já acabou?
Naquela noite, João teve um pesadelo horrível, não conseguia lembrar exatamente, mas sabia com clareza que em seu sonho, Fernando corria algum perigo, estava sozinho e chamava pelo seu nome. João acordou assustado durante a noite, pegou seu celular e ligou para seu amor.
Fernando acordou, atendeu de imediato sem prestar atenção no nome da pessoa que ligava.
Fernando – Alo, alo. Falava com a voz sonolenta.
João apenas ouvia aquela voz em silencio, era hora de tomar um decisão.
Fernando desligou o celular e viu que era João que havia lhe ligado. Discou o numero do seu príncipe, João atendeu mas ficou em silêncio.
Fernando – Mesmo que você não fale nada, não tem problema, eu consigo sentir o som da sua respiração, sinto até mesmo as batidas do seu coração, mesmo tendo sido rejeitado, não tenho vergonha de dizer.
Fernando – Eu te amo, sempre vou te amar. Desligou o telefone.
Do outro lado da linha João desabou na cama chorando, não conseguindo dormir mais.
O clima na casa de Fernando, nos últimos dias, parecia um velório, quase não conversavam mais, mas aquele silêncio foi quebrado por Fernando.
Bete – Esta procurando alguma coisa meu filho.
Fernando – Não, não é nada.
Bete – Como não é nada? Você esta revirando tudo.
Fernando abria gavetas, olhava armários, bolsos de calça, mesinhas de centro, e nada de encontrar o que procurava.
Bete – Me fala o que procura e te ajudo, vai ver eu guardei.
Fernando – Não é nada, é só um anel, deixei em cima da pia do banheiro mas não estou achando.
Jair – Um anel ou uma aliança?
Fernando preferiu não rebater e continuou sua procura.
Bete – Que aliança homem?
Jair – A aliança que seu filho usava com orgulho no dedo.
Fernando – Pai esta com você? Por favor, me devolve, essa aliança é minha.
Jair – Rapaz se eu tivesse pego já teria jogado no lixo essa merda.
Iniciaram uma discussão, e em poucos minutos já estavam aos berros.
Fernando – O Sr. não tem o direito de fazer isso, esse anel é meu, será que já não esta satisfeito com tudo?
Jair – Tenho todos os direitos, essa casa é minha, e não fale comigo nesse tom.
Bete – Por favor, parem com essa briga.
Fernando – Não é a primeira vez que o Senhor me joga isso na cara, pra mim isso já deu. Vou embora daqui.
Bete – Parem, por favor. Gritava Bete.
Bete – Se é isso que você quer, tome meu filho.
Bete retirou do bolso a aliança de Fernando, com o nome de João gravado.
Fernando pegou a aliança da mão de sua mãe, exibiu a mão para seus pais e colocou aquele anel em seu dedo, saindo batendo a porta.
Dirigia sem rumo pela cidade até para seu carro e andar a pé.
Estava sentado num banco, pensando em tudo que tinha acontecido em sua vida, no amor de João e na falta que ele fazia. Decidiu que não dava mais pra ficar em sua casa, independente de estar ou não com João.
Decidiu também que era hora de enterrar de vez esse amor e seguir sua vida.
Ficou alguns minutos olhando sua mão, aquela aliança brilhava diante do reflexo do sol. Retirou-a cuidadosamente, rodeando entre seus dedos e lendo o nome de João.
Abraçou aquele metal em sua mão e atirou o mais longe que conseguiu.
Aquela aliança caiu no chão e saiu rodando até parar no bico daquele sapato preto. Aquele homem pegou a aliança do chão.
Fernando ainda estava sentando naquele banco agora de cabeça baixa, não tinha percebido que não estava mais sozinho ali.
Aquela mão com os dedos finos, mas coberta com aquela fina camada de pelos, pegou em sua mão, causando-lhe susto e surpresa.
Aquele homem segurou sua mão, e foi encaixando a aliança em seu dedo, até acomodá-la completamente. Só teve tempo de escutar aquelas palavras:
“Nunca mais tire essa aliança do seu dedo”
Continua