Ae, brinde pra vocês!
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De novo!
Ao desligar aquele telefone eu me senti o mais idiota do mundo. Eu ali cheio de esperança de ter o amor daquele merda, e ele mente pra mim descaradamente. Eu não acreditava em como ele era cara de pau. Não, é sério, se vocês não se lembram, vamos recordar a cena! Estavamos ele e eu, na garagem da minha casa, nos beijando, eu sentindo a porra da rola dele me pressionando enquanto sua língua entrava minha boca e me tirava o fôlego. Esse beijo me fez ver que eu amava aquele filho da puta de verdade. Não era brincadeira, não era faz de conta como a minha última namorada. Eu amava aquele cara. Então ele vai e me beija! E depois vem o seguinte diálogo, vamos ao flash back:
“- Pera ae Luiz, calma cara. – esse sou eu!
- O que foi? – ele, perguntou sem entender porra nenhuma.
- Porra cara, não dá! Isso não vai dar certo, é melhor pararmos. – eu, muito sensato.
- Edu... eu gosto de você cara, pensei que íamos tentar alguma coisa. – ele, safado, mentiroso, ordinário!
- Não dá Luiz, porra cara, você não gosta de mim, tu curte o outro maluco lá... Você me quer pra esquecer ele. – eu, prevendo que era tudo kaô dele.
- Não cara, nada haver isso! Ele... ele já foi! Já passou!” – ele, sendo mais safado, mentiroso e ordinário ainda!!
Como ele pode olhar nos meus olhos e falar que gostava de mim e que queria tentar alguma coisa... claro que ele queria tentar alguma coisa, me enganar, brincar comigo, me usar de papel higiênico, só ia passar no rabo e depois jogar fora.
Eu fiquei revoltado! Com muita raiva mesmo por ouvir a voz do Sérgio no telefone. Porra meu povo, pensem comigo, ele tinha acabado, ACABADO, de sair da minha casa, me beijado, pedido pra namorar, e horas depois estava com o cara, possivelmente se preparando pra fuder igual maluco. Como você estaria? É, parece que estou imitando Machado de Assis ao conversar com vocês, leitores, no texto, kkk, mas não foi minha intenção, percebi agora kkkk.
Enfim, voltando à narrativa... assim que desliguei o telefone, o meu começou a tocar, era ele, mas claro, eu ignorei total! Mas com a raiva que eu estava sentindo eu resolvi atender.
- Alô!
- Edu, a ligação caiu, fala o que você queria.
- A ligação não caiu, eu desliguei!
- Porque?
- Não se preocupa comigo não Luiz, pode voltar pra sua companhia ae!
- Edu, que história é essa?
- Ah para de fogo no rabo, eu sei bem com quem você está ai, eu que fui um idiota de te dar moral.
- Cara, você não entende...
- Entendi muito bem filho da puta! Você é um merda! Um mentiroso filho da puta! Safado! Fala que tá afim de mim pra depois ir pros braços do namoradinho. Faz o seguinte babaca, fica com ele e me esquece! E antes que eu me esqueça, vai tomar no seu cú! – Fui sutil e o mais calmo possível.
Ao desligar o telefone ainda sinto meu corpo tremer levemente. Nessa hora minha irmã bate na porta.
- Edu?! Que gritaria é essa?
- Vai embora garota! – mas ela meteu a mão na porta e abriu.
- Vai embora nada! O que você tem? Com quem você estava falando daquele jeito.
- Com seu amiguinho.
- com o Luiz? Porque você estava falando com ele assim?
- Ele é um idiota mentiroso, porra, quase que cai na dele, cara! Eu fui conversar com ele e ouvi o namoradinho dele chamando ele pra cama.
- O que?!
-Isso mesmo! Ele vem aqui, pede pra nós tentarmos ficar juntos fala um monte de coisa pra depois me fuder desse jeito. Que raiva que eu to sentindo daquele filho da puta!
- Edu, só pode ser um engano, ele não está namorando com o Sérgio, isso eu tenho certeza.
- Então o que os dois estavam fazendo juntos, fala!! – uma lágrima rolou do meu olho.
- Oh meu irmão! Não chora – já era, elas começaram a rolar uma a uma e logo já parecia uma cachoeira.
- Eu sou um idiota mesmo! Só tenho que me fuder mesmo por ir atrás dessa porra de amor.
- Se acalma cara, só pode ter sido um grande mal entendido, eu vou ver isso. Fica tranquilo.
Ela me deixou sozinho e claro, eu continuei chorando, mas prometendo pra mim mesmo que nunca mais ia chorar por ninguém. Nesse tempo que minha irmã ficou fora, eu fiquei pensando em tudo na minha vida, eu fazia muito isso ultimamente, tentava planejar os mínimos detalhes, mas dificilmente saia do jeito que eu planejava, entretanto a sensação de controle me tranquilizava quando ao futuro.
Ouvi de novo as batidas na porta... Era minha irmã querendo entrar, mas eu não estava afim.
- Carla, vai embora, me deixa em paz.
- Não sem antes você me ouvir. – ela já tinha entrado.
- Porra, eu não to mandando mais nada aqui mesmo!
- Você é um idiota Eduardo. Perdeu sua oportunidade de ser feliz por ciúme besta.
- Você não ouviu o que eu ouvi.
- Você ouviu o primo do Luiz chamando ele para ir socorrer um amigo que estava passando mal. – Embatuquei! – Ele parou a correria só para te atender, para saber se você estava bem, o que você estava precisando e você esculacha o cara, xinga ele de tudo o que é nome... Ele não quer mais saber de você. Não quer mais olhar pra sua cara.
- Para carla! Mesmo que eu tenha me enganado, ele gosta do outro cara, não de mim. Ele só me quer pra esquecer o outro lá.
- Você é mesmo um idiota! Ele não quer mais saber o Sergio. Ele é passado, o cara é casado, tem filho e mesmo assim quer ficar com ele, mas o Luiz, ao descobrir tudo, terminou com ele e vive se esquivando do cara.
- Mentira Carla, ele me largou no shopping pra sair com o cara.
- Quanto tempo tem isso?
- Ah, um tempo atrás. Mas é a verdade, eu vi ele entrando no carro do tal do Sergio.
- Coloca uma coisa na sua cabeça... ele te ama.
- Não tem como eu acreditar.
- Então eu vou deixar ele mesmo falar, ok? Corro o risco de perder o amigo, mas vou te mostrar.
Ele saiu do quarto e eu fiquei muito envergonhado de ter xingado tanto ele, não queria ter dado o braço a torcer a minha irmã, mas pisei feião na bola com o cara, porém alguma coisa dentro de mim dizia que era o cara que estava lá. Logo minha irmã voltou com o computador dela, sentou do meu lado e ficou mexendo.
- O que você tá vendo ai?
- Meu msn, meus registros de conversa com o Luh... Aqui! Lê isso:
- Luiz – Encontrei seu irmão no metrô hoje.
- Carla – O que aquele ogro aprontou?
- Luiz – Nada, adorei a conversa dele, ele é muito engraçado.
- Carla – ih, ele deve ter deixado a ferradura em casa.
- Luiz – Não fala assim dele, tadinho.
- Carla – Ih, pronto! Gamou.
- Luiz – rsrsrs É.
- Carla – Luiz Otávio!!
- Luiz – Ah desculpa, ele é muito legal, não paro de pensar nele. Pena que seja hetero e esteja namorando.
- Carla – É... mas pow, investe, quem sabe você não seduz o machão?
- Luiz – Você é doida? De problemas com homem já basta aquele inominável.
Minha irmã fechou a página e ficou procurando outra.
- Lê esse outro.
- Luiz – Linda! Vc não sabe o que aconteceu!!
- Carla – Claro que não sei.
- Luiz – Sai com um cara ontem muito show de bola!
- Carla – Quem?
- Luiz – Teu irmão.
- Carla – KKKK OQUEEE???!!!
- Luiz – É, mas foi só uma cerveja... no inicio!
- Carla – kkk o que rolou?
- Luiz – Pow, nada de mais, barzinho, depois boate, depois praia, ele me beijou, depois voltei pra casa.
- Carla – O QUEEE???!! Como assim? Ele teve coragem de te beijar?
- Luiz – Porra! Sou tão feio assim não! kkkk
- Carla – Não quis dizer isso!
- Luiz – Eu sei o que você quis dizer... porque você não me falou que ele era gay?
- Carla – Porque ele é todo neurótico com isso, e ele que tinha que contar, não eu. Mas diz o que rolou?
- Luiz – Ele me beijou ué, mas não foi o que eu esperava, ele disse que como eu tinha ficado com um cara na boate, ele não tinha que sair no zero a zero, e me beijou. Me senti como resto porra!
- Carla – Meu irmãozinho é um poço de romantismo.
- Luiz – Esse beijo fez eu ver que gosto dele mesmo, estou fudido.
- Carla – Se ele te beijou, é porque também gosta de você.
- Luiz – Não... ele fez por fazer, também estava bêbado né... to chateado, não posso me apaixonar por ele
- Carla – Não me fala que é o Sergio.
- Luiz – Ele reapareceu.
- Carla – E você resistiu né?
- Luiz – Não...
- Carla – ai ai!
- Luiz – Não tem como ficar com o Edu enquanto ainda gosto desse escroto. Porra! Porque não conheci o Edu antes? Mas vou me livrar disso e quando estiver livre, vou conversar... cunhada kkkkk
- Carla – Vou dando minhas investidas aqui também com ele.
Lembrei muito bem daquele dia, e ele realmente entendeu tudo errado, eu não aguentei mais mesmo! Fiquei louco de vontade de agarrar ele. Depois ele desapareceu e eu vi que ele não tinha gostado mesmo de mim.
- Tem mais!! Lê essa conversa.
- Luiz – Agora dei um basta total no Sergio.
- Carla – Opa! Sério amigo?
- Luiz – Ele é muito escroto, estou com nojo da cara dele
- Carla – O que ele fez dessa vez?
- Luiz – Bem, eu tive outra recaída.
- Carla – normal né! Você não toma jeito!
- Luiz – Pois é, e eu estava com o Edu ainda por cima.
- Carla – Tu largou o edu pra ficar com ele?
- Luiz – Mais ou menos! O Sergio mandou uma mensagem dizendo que se eu naõ fosse encontrar ele no estacionamento, ele iria pegar o Edu de porrada.
- Carla – Luh, você já viu o Eduardo? Quem bate nele?
- Luiz – O Sergio, lutador de jiu-jitsu e um corvarde!
- Carla – Sou mais o Edu kkkkk
- Luiz – Eu também... ele foi demais no nosso encontro, porra que leke maneiro cara!
- Carla – Eduquei bem ele. Kkkk Mas fala do Sergio.
- Luiz – Então, acabei indo, entrei no carro e ele começou a mesma ladainha de sempre, que era louco por mim, que eu não podia deixar ele, e por fim ele disse que eu fui a melhor coisa que aconteceu na vida dele.
- Carla – Você derreteu.
- Luiz – Igual picolé no asfalto.
- Carla – Caraio!
- Luiz – porra Carlinha, você conheceu ele, o cara é charme puro! Mas eu consegui me libertar.
- Carla – O que rolou?
- Luiz – Ontem ele estava na minha casa e começou a falar com a esposa de lá. Dizendo que estava trabalhando, que ia demorar a chegar e por fim disse que a amava demais, que ela era tudo na vida dele...
- Carla – Que filho de uma puta!
- Luiz – Total! Eu senti um nojo dele e de mim também... não quero mais isso na minha vida. Estou livre, de verdade.
- Carla – Que ótimo meu lindo, fico feliz por você.
- Luiz – Carla?
- Carla – Oi!
- Luiz – Não paro de pensar no Edu!
- Carla – Ih cara, ele tá na farra, na gandaia...
- Luiz – Poxa, pensei que ele gostasse de mim.
- Carla – Talvez goste... vem aqui em casa e conversa com ele.
- Luiz – Pow, show, vou sim, sábado!
- Carla – Perfeito! Só aparecer.
- Depois disso você sabe o que rolou né?
- E como! Então ele me ama mesmo?
- Sim.
- Porque você não me contou isso antes?
- Porque ele é meu amigo, não posso contar o que ele me fala.
- Você sabe que eu também gosto dele pra caramba né?
- Sim, eu sei.
- Mas e agora?
- Não faço a mínima ideia.
- Vou lá!
- Agora não, louco! Ele está na rua, não te falei que ele foi socorrer num sei quem.
- É... amanhã ele não me escapa... mas como faço pra ele perdoar?
- O Luiz é um cara a moda antiga... seja sincero e romântico, ele vai te perdoar sim. – falou ela saindo do quarto.
“E agora? O que fazer ?”... Com isso na cabeça eu fui dormir. No meio da noite eu tive uma revelação mística kkkk Acordei com uma música na cabeça e algumas instruções... e eu já sabia o que teria que ser feitoE ai meu povo e minha pova, gostaram do brinde? Ah que bom que sim, porque só volto a postar ano que vem!
RÁ pegadinha do malandro ( eu sei, essa foi péssima) semana que vem tem outro. bjunda a todos!
eduardocastilhoedu@hotmail.com