Isso tudo se passou numa terça-feira. Na quinta-feira, quando eu pensei que ele não iria mais ligar, o celular toca, no visor, Cesar R., atendi um pouco nervosa:
- Alô?
CONTINUAÇÃO...
Do outro lado da linha uma voz com um timbre bem grave e sexy responde:
- Quero você pronta amanhã, às 16:00 horas.
- Pronta aonde? Como saberei aonde me encontrar com o senhor? - eu estava mais nervosa ainda.
- Saberá...
Ele desligou. Não tive nem tempo de fazer mais perguntas, nem de dizer se eu toparia ou não. Mas quem impôs a última condição tinha sido eu, nada mais justo dele ligar e combinar, afinal, ele topou. Pra falar a verdade, eu também gostei do telefonema, apesar da sensação de insegurança de fazer algo desconhecido.
Restava a mim dar um motivo pros meus avós pra sair o final de semana inteiro. André ainda não seria um problema, pois estava viajando e só voltaria na segunda-feira. Eu topei, eu estava querendo, não podia fugir daquela atração. Não só pelas promessas que ele fizera, mas pelo homem que seu Cesar era, ou melhor, agora seria só "Cesar"?
Na sexta-feira pela manhã, a aula só faltou não passar. Olhava direto o relógio para ir embora dali. Quando tocou o sino saí quase correndo da sala, mas no corredor fui surpreendido por uma voz já conhecida:
- Aonde pensa que vai tão rápido?
- André?!! Oi...oiii...- foi o "oi" mais sem graça que pronunciara. - o que está fazendo aqui? Você não ia voltar só segunda-feira?
- Ia, mas voltei hoje com o Anderson (irmão de André). Meus pais voltam só segunda mesmo.
Num segundo, o corredor lotou de alunos correndo, comemorando a chegada do fim de semana. André fez um gesto para segui-lo e então fui.
- Não está feliz por me ver?
- Claro que estou, André. Estou só surpresa.
- Pra falar a verdade, estava morrendo de saudade de você, linda. Não podia espera mais um fim de semana longe de você.
Agora estava armado o drama de novela das nove. Não podia acreditar que estava acontecendo. O quê eu ia fazer agora? Segui ele até o carro, eu parecendo uma criança contrariada. Até eu não me entendia, afinal, era meu amor ali, o que estava acontecendo comigo? Não estava mais apaixonada?
No carro, pra completar, chega uma mensagem do seu Cesar:
-- Às 16hs, na pracinha --
Era uma pracinha perto de casa, ficava há uns dois quarteirões. Aquela mensagem disparou meu coração. E o pior aconteceu:
- Celular novo, Lol? -perguntou-me André.
- É sim. Ganhei da minha vó. - respondi meio sem graça.
- Legal.
O trajeto até em casa pareceu um retorno de velório. Eu não abri a boca pra nada. André me olhava com aquela doçura do nosso primeiro encontro na casa da serra. Eu tentava retribuir. Ai meu Deus eu tinha que falar...e falei:
- André, tenho que te contar uma coisa...
CONTINUA...
Gente, desculpa o suspense, mais tenho que citar muita coisa e não tenho o devido tempo pra escrever como eu queria. Espero comentários, epilef23, minha amiga linda adoro seus comentários...e dos outros também...beijos!!!