Olá! Me chamo Paulo Eduardo (nome fictício) e tenho 18 anos de idade. Conheci o site através de um amigo (Lipe, autor da história 'Será um famoso amor'), e resolvi postar aqui uma história... mas não qualquer história. Não é apenas mais uma... é uma parte importante da minha vida! A História não é fictícia, portanto perdão se em algumas partes não houver emoção suficiente, ou não fizer algum sentido... afinal, o amor não faz.
Era dia 4 de agosto de 2012, eu havia acabado de me mudar pra o centro da cidade, e após alguns dias desempacotando caixas e arrumando móveis, eu finalmente tirei uma noite para sair um pouco.
- Mãe, vou dar uma volta. Volto mais tarde, ok?
Ela estava empolgada limpando a poeira dos móveis, e colocando cada coisa no devido lugar... acho que ela sequer me ouviu, mas respondeu com um "Tá bom" ríspido.
Coloquei meu casaco e sai. Haviam muitas árvores grandes, e uma praça pouco movimentada perto da minha casa. Tinha alguns bancos, mas era bem escuro e as pessoas evitavam passar por lá. Não vi perigo e sentei. Estava bem frio, mas eu gostava! Coloquei meus fones e me desliguei do mundo por um momento. Ao meu redor, só árvores, e na minha frente um outro banco com alguns galhos ao redor e bem escuro.
-Hm... achei meu lugar. Sussurrei pra mim mesmo e abri um sorriso pequeno.
Eu media 1,90, tinha cabelo curto preto, não tinha o corpo atlético, mas também não era tão magro. Na média, eu diria. Meus olhos eram castanhos, e minha aparência era comum pra um garoto da minha idade. Eu não via nada de especial em mim, por isso preferia me "afastar" e ficar quieto. [Nota: Pra inovar um pouco, a próxima parte tem "trilha sonora" haha. Ouçam Hurricane - 30 seconds to mars]
Então eu fechei os olhos. Deixei o vento gelado bater no meu rosto, me desliguei da vida, dos problemas, do passado... mas o futuro... bem, o futuro é sempre inusitado. Bem próximo há mim, naquele banco supostamente vazio, tinha alguém. Olhando com mais atenção, percebia-se uma sombra parada lá. Eu tirei os fones e observei mais atentamente.
-Olá?
Eu retruquei com um pouco de medo.
Eu sinceramente não esperava por uma resposta... mas obtive uma.
-Olá.
Ele disse! Saindo das sombras feito magia, um corpo esguio e alto, com a pele clara e a boca bem vermelha. Seu cabelo era um pouco grande com um penteado pro lado. Ele também estava de fones, e parece que aquele era seu lugar.
Eu ainda estava um pouco assustado! afinal, era um bairro novo e eu não tinha noção alguma das pessoas.
Tirei os fones, e o olhei firmemente.
-Você mora por aqui?
Ele se sentou do meu lado, e respondeu só com um "sim". Eu não era bom pra me relacionar com pessoas e parece que ele também não. E por um breve momento de silêncio, ele continuou;
-Moro no quarteirão ao lado... mas venho pra cá as vezes. Parece que esse não é mais só o meu canto.
Ele deu um sorriso entre-aberto e olhou pro chão.
Eu não sei bem o motivo, mas eu me sentia estranho... eu não pensava direito, e estava com tanta vergonha que tentava esconder meus dedos na manga cumprida do casaco.
-Ah... entendi! Eu moro na esquina... me mudei há pouco tempo. Bom... acho melhor eu ir, já tá meio tarde.
E com um suspiro de coragem, perguntei:
-Qual seu nome?
Eu já estava em pé, pronto pra sair dali. Ele me acompanhou e levantou também. De frente pra mim, o rapaz respondeu; - Mateus. Eu me chamo Mateus! E você?
- Me chamo Danilo.
Eu estava olhando-o, e apesar do momento ser no mínimo estranho, algo me afetou naquela hora... não sei bem o quê, ou porquê, mas o olhar de Mateus invadira completamente a essência da minha alma.
-Então... a gente se vê, Danilo.
Eu não tive tempo de responder, ele já havia desaparecido em meio ao escuro. Pude ver entre as folhas ele atravessando a rua de trás!
Fui pra casa feliz, e confuso com tudo aquilo. O que será que houve? o que houve comigo? Eu não fazia idéia, mas eu transbordava de alegria. Continuei com os fones, e entrei em casa.
Então foi assim. Esse foi o dia em que conheci Mateus... o amor, e a maldição da minha vida.
-
Bom, espero que tenham gostado no mínimo um pouco. Como é um prólogo, tentei não escrever tanto. E sem brincadeira, são 5:30 da manhã e eu tô exausto. Perdão se tiver erros :c
Relembrando que é de suma importância que vocês ouçam as músicas, e que também entendam que a história é real, mudei apenas alguns nomes, fisionomias, e algumas falas. Digam o que acharam! beijo ;3