Depois do muro da escola: o Cláudio em minha vida.
Depois de nossa transa, estava confirmado: eu era gay.
Estava maravilhado. Agora sabia que podia dar o cu sentindo só tesão e prazer.
Como trabalhava a semana inteira, não encontrei com o Cláudio. Aquilo me torturava, pois como nós não tínhamos conversado sobre o que acontecera, não sabia o que ele pensava, se ele queria novamente ou não. A única coisa que eu sabia era que eu queria.
Chegou sexta-feira, cheguei do trabalho cansado, mas só tomei um banho caprichado e saí. Não estava afim de noitada, queria era ver se encontrava com o Cláudio, conversar com ele, ver o que ele pensava sobre nossa transa. Só pensava nisso. Infelizmente não o encontrei pelo bairro, nem na pracinha. Fui até o clube ali perto, lotado, mas nem sinal dele. Fiquei decepcionado; voltei para casa cabisbaixo, já era tarde, estava cansado e triste. Deitei-me, sem consegui dormir, então percebi: estava apaixonado, e agora?
Rolei na cama, só consegui cochilar um pouco quando estava amanhecendo. Mas logo acordei, ouvindo os barulhos de meus pais se arrumando para trabalharem. Eu iria ficar, como sempre, o sábado inteiro sozinho, mas naquele sábado na maior deprê.
Ainda fiquei um pouco na cama, como vi que não adiantava tentar dormir, levantei-me, tomei um gole de café, olhei o relógio, ainda eram 9h. Cedo demais para poder sair e tentar encontrar o Cláudio. Sabia que ele dormia até tarde nos fins de semana, pois sempre ele aproveitava as noitadas.
Fui para a varanda, tomar um ar e esperar o tempo passar. Mal saí, veio a surpresa. O Cláudio estava na pracinha em frente de casa. Sentado num banco que dava de frente para varanda da minha casa. Olhei-o de longe e abri aquele sorriso. Ele instantaneamente me percebeu na varanda, também abriu um sorriso, levantou-se e, com seu jeito macho e despachado atravessou a rua em direção a mim.
Eu estava sonhando? O Cláudio tinha ficado ali na praça só esperando que eu acordasse?
A imagem da semana passada se repetia. Ele atravessou a rua, abriu o portão e veio até a varanda. Só que desta vez, nem eu nem ele falamos nada. Apenas nos olhávamos. Não havia mais sorriso em nossos rostos. Estávamos apreensivos e sem palavras. Foi ele que tomou a iniciativa e foi entrando em casa, sem mesmo eu ter o convidado. Segui-o, já na sala, ficamos um de frente para o outro, ainda sem nada dizer. Ele quebrou o silêncio: “Estamos sozinhos?”
Apenas confirmei com um gesto com a cabeça. Ele continuou: “Passei a semana inteira pensando... no que aconteceu... queria falar com você... mas você tava trabalhando...”
Não sabia se escutava em silêncio, se interrompia, se falava o que estava sentindo ou esperava ele se manifestar primeiro, afinal ele poderia apenas estar encucado de eu ter espalhado o que tinha acontecido e manchar a reputação de pegador da mulherada do bairro.
Não me contive: “Quero ficar com você de novo... Você quer?” Minha voz ia diminuindo, a pergunta saiu quase inaudível. Mas ele escutou. Percebi pelo sorriso que levemente marcou seu rosto. Não havia mais o que falar. Nos abraçamos e o beijo veio quente e carinhoso. Eu afagava seus cabelos, enquanto seus braços me enlaçavam, puxando meu corpo contra o seu. A pegada era forte, ele conduzia e eu acompanhava, ele o homem e eu a sua amante. O beijo foi longo e inebriante. Tanto foi que quando percebi já estávamos em meu quarto, caindo em minha cama, nos beijando, corpos colados, faiscando tesão e amor.
Eu estava por baixo, seu corpo totalmente sobre mim. Suas mãos passaram a percorrer todo meu corpo, numa pegada forte, mas carinhosa. Senti seu pau em meu corpo, estava teso, ainda preso em sua bermuda. Abri minhas pernas e enlacei seu corpo. Nossos corpos se encaixaram. Sentia todo o vigor de Cláudio e de seu membro, ali roçando em mim. Ele se esfregava de cima para baixo e de baixo para cima, passando por meu pau, meu saco e a entradinha de minha bunda. Apesar das roupas, o contato era tão intenso, que eu sentia aquele pau pulsar, explodindo de tesão por mim.
Suas mãos correram pelos meus braços e encontraram as minhas, puxaram-nas para cima colando-as no colchão uma de cada lado de minha cabeça. Finalmente o beijo cessou. Ele ergueu sua cabeça, olhando-me diretamente nos olhos. Nós dois arfávamos, estávamos quase sem ar. Vi em seus olhos o tesão queimando. Retribuí o olhar também demonstrando o meu tesão. Ficamos um tempo assim. Então desvencilhei minhas mãos das suas, escorreguei-as pelos seu corpo e puxei sua camiseta, deixando seu torso nu. Ele fez o mesmo comigo. E voltamos a nos abraçar. Sentia agora pele com pele. Seus pelos roçando minha pele suave.
Ele ergueu seu corpo, sempre olhando em meus olhos, foi abrindo minha bermuda e a puxou junto com minha cueca, deixando-me completamente nu. Também abriu a dele, mas apenas a abaixou um pouco na frente junto com sua cueca, liberando seu pau que latejava, já deitando novamente sobre mim e eu automaticamente o enlacei novamente com minhas pernas. Suas mãos novamente encontraram as minhas, colocando-as sobre o colchão próximas a minha cabeça. O beijo veio ardente. Nossos corpos se encaixaram ainda mais. Arrebitei o máximo que pude minha bundinha e seu pau como tivesse vontade própria se encaixou perfeitamente em meu cuzinho forçando a penetração.
Dessa vez, entrou doído, sem qualquer lubrificação. O meu gemido só foi contido por causa do beijo que enroscava nossas línguas. Ele percebendo, tentou se levantar, mas eu o segurava com minhas pernas. O beijo cessou e ele me perguntou: “Eu te machuquei?”
Apesar de seu olhar ainda faiscar tesão, seu rosto mostrava preocupação. Olhei-o nos olhos, mostrando o tesão que sentia: “Relaxa Cláudio. Me come que eu sou seu!”
Um sorrisinho malicioso surgiu em seus lábios, seu corpo colou novamente ao meu, enquanto seu quadril começava a se mexer. A dor se tornou em leve incômodo e quase instantaneamente em prazer. Os beijos se seguiam um atrás do outro, apenas com leves intervalos de gemidos e respiração ofegante. Naquela posição seu pau entrava pouco mais que a metade, mas já me causava um tesão incrível. Os movimentos eram cadenciados, firmes, mas sem força. Duraram uns cinco minutos assim. Então se intensificaram e aceleram e em instantes explodiram êxtase. O pau pulsava dentro de mim, o corpo de Cláudio tremia e sua boca colada em meu ouvido gemia e arfava descompassadamente.
Logo depois um beijo, agora suave, carinhoso e muito demorado.
Continuamos assim, até seu pau amolecer a sair naturalmente de dentro de mim.
Soltei minha mão direita, levei-a até sua nuca, depois emaranhei meus dedos em seus cabelos e puxei, obrigando-o a levantar sua cabeça e olhar diretamente para mim. “Namorados?” Perguntei, quase numa afirmação. A resposta veio com mais um beijo que selou nosso compromisso.
Nossa relação continuou assim furtiva, regada a muito sexo, carinho e sua pegada de macho. Namoramos quase três anos, até quando ele conheceu uma moça aqui da cidade. Nossos encontros foram rareando, logo se acabando. Ele pouco depois assumiu o namoro com ela, para depois se casarem.
Foi muito natural, sem ressentimento ou dores, embora ainda guarde com ótimas lembranças e saudades meu primeiro namorado, o Cláudio em minha vida.