A Histótia de Nós Três - 5x04 - "O Jantar"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1561 palavras
Data: 12/12/2012 20:14:47

Filhos... todas as pessoas apenas se realizam quanto tem filhos... pode ser um, dois, três, quatro ou cinco. No final, tudo gira em torno deles. Talvez você não seja pai, mas é filho... e sabe como os pais podem ser... não é?

- Onde está o meu filho?! – gritou Luis preocupado.

- Olá... senhor?! – disse Vinicius.

- Ezequias... onde está o meu filhinho? – disse Eleonora.

- Calma... deixe comigo... – disse Priscila.

- Moça...onde está o meu filho? – perguntou Luis.

- Me acompanhem... – disse ela.

No caminho, Priscila explicou o que aconteceu. Phelip se assustou ao ver toda a família de Ezaquias lá.

- Meu filhinho... meu Deus...

- Vou processar essa faculdade. – disse Luís.

- Calma pai... eu to bem... – disse Ezequias.

- Vamos orar... vamos orar para Deus... agradecer esse milagre. – disse Eleonora se ajoelhando.

- Doutora... – disse Luís olhando para Priscila se ajoelhar com eles.

- Eu... preciso ir...

- Por favor... Deus a usou para curar o nosso filho... queremos lhe agradecer... você também meus jovens... são instrumentos de Deus. – disse ele olhando para Fernanda, Phelip e Osvaldo.

Eles se entreolharam e se ajoelharam vagarosamente. Luís realizou uma oração rápida e falou para o seu filho que iria resolver as coisas na faculdade enquanto a sua mãe ficaria ali cuidado dele.

- Gente... agradeço muito a ajuda de vocês, mas o meu menino precisa descansar... se quiserem voltar amanhã... – ela disse para os meninos.

- Claro.. – disse Fernanda sorrindo e a beijando.

- Até mais Brow!! – falou Osvaldo acenando para Ezequias.

- Bem... espero que você melhore... te vejo por aí. – disse Phelip se despedindo de Ezequias.

- Obrigado a todos vocês... de coração. – ele disse quebrando o coração de Phelip com um sorriso maravilhoso.

Sim... o meu irmão estava se apaixonando, apesar de não admitir... foi amor a primeira vista, mas depois de conhecer os pais de Luis ele tinha certeza que nada aconteceria.

- Eii... eu acho que eu topo uma pizza... – disse Osvaldo abraçando Fernanda.

- Eu também... quero portuguesa... – falou Fernanda.

- E metade calabresa. – disse Phelip olhando para trás.

O carnaval estava chegando e prometemos fazer uma viagem para Bahia. Afinal meu amor queria conhecer a famosa festa baiana. Fizemos tudo como manda o figurino... reservas de hotel e translado. Estava ansioso para conhecer a Bahia, durante a minha vida pouco havia explorado do Brasil. Na semana que antecedeu a nossa viagem. Preparei os meus filhos, pois, seriam duas semanas sem contato. Os mais velhos entenderam na hora, Pablo e Patrick choraram muito no dia em que partimos. Fiquei com o coração quebrado.

- Uma semana de folga... ao seu lado. – disse ele segurando a minha mão no avião.

- Só para nós dois... vamos ver o que a Bahia nos reserva. – falei rindo.

Nãomuito longe de mim estavam Priscila e Caleb que também aproveitariam uns dias de folga. O que eu fiquei impressionado foi a disposição dele durante a viagem toda. Ele tinha alguns conhecidos que fizeram festas incríveis, mas o que realmente queria era deixar a minha irmã a vontade.

- Amor... você está feliz morando comigo? – perguntou Caleb para Priscila.

- Estou sim... estou aprendendo muito com você. – disse Priscila o beijando.

Outro que também era familiarizado com as terras baianas era o Carlos, ele aproveitou a viagem para rever os parentes e apresentar sua esposa.

- Estou ansioso para te mostrar a minha família. – falou Carlos para Luciana.

- E eu ansiosa para conhecê-los. Seus pais são uns fofos... queria conhecer suas tias... – respondeu Luciana.

Sim... aquela viagem seria além de divertida, uma jornada de auto conhecimento para os nossos amigos e para nós. Ao chegarmos ao hotel, Mauricio e eu tomamos um banho e aproveitamos para namorar no chuveiro. Estava tranquilo, pois, os meus filhos estavam com os avós e com Dora. Não havia o que temer.

- Eu sinto falta disso... – falou Mauricio.

- De que? – perguntei.

- De ficar com você... sem querer dividir a sua atenção com as crianças...

- Que egoísta.. – falei brincando.

- Isso eu sou mesmo... quando se trata de você. – ele disse me pegando no colo e me dando um beijo.

- Adoro isso também... ainda mais quando você me pega no colo... me lembra que sou magro... e me deixa feliz. – falei rindo.

- Bobo... te pegaria até se tivesse 130kg...

- Me amaria se eu fosse tão gordo assim? – perguntei abraçando o pescoço dele.

- Pedro... o que eu amo em você... não é o seu corpo... tipo... ele ajuda... ajuda bastante, mas vai além disso... eu não se explicar... eu... eu... amo o teu ser...

- Obrigado... só deveria ter avisado antes... – falei.

- Por que? – ele perguntou intrigado.

- Pois, não teria gastado tanto tempo de academia... – falei rindo alto.

- Eu te amo. – ele disse me balançando nos braços igual uma criança.

- Eu te amo mais... – falei fechando os olhos e me sentindo protegido.

Realmente, eu me sentia uma criança nos braços do meu esposo, tudo o que era ruim desaparecia. Se eu soubesse o que viria pela frente teria aproveitado muito mais esses momentos a dois... ahhh como eu teria....

São Paulo –

Vinicius estava solitário, todos os seus amigos haviam viajado. E para completar, Jean recebeu uma missão do exercito. Ele resolveu ligar para o seu amigo Fábio. Que o ajudou a escapar da perseguição de sua mãe.

- Fábio... ei... é o Vinicius... gostaria de saber se você quer vir aqui em casa... assistir um filme... conversar... beleza... estou te esperando.

Sim. Vinicius estava solitário e procurava companhia naquele final de semana. Na casa de Ezequias, o clima estava agradável. Sua mãe convidou Phelip, Osvado e Fernanda para jantarem.

- Que casa bonita! – disse Fernanda olhando a sala.

- Obrigada... Deus ajuda quem batalha. – disse Eleonora rindo.

- Vocês pertencem a alguma congregação? – perguntou Luis.

- Ahmmm?! – fizeram todos.

- Vocês frequentam alguma igreja? – perguntou ele novamente.

ol

- Não.. respeito muito quem gosta de Jesus, mas não frequento. – disse Fernanda.

- Nem eu. – falaram Osvaldo e Phelip juntos.

- Bem... sempre há uma forma de começar... hoje a noite vai ser especial gente. – disse Eleonora.

Ezequias chegou com o violão, ele começou a tocar algumas músicas gospel. Phelip conseguiu ver todos os talentos dele. Além de um ótimo cantor, ele também era um bom músico. Todos aplaudiram a demonstração e seguiram para a sala de jantar.

- Phelip... você mora aqui pelo bairro né? – perguntou Eleonora.

- Sim senhora...

- Conhece alguma moça de boa índole para mostrar ao meu filho?

- Mãe... – disse Ezequias visivelmente envergonhado.

- Meu filho você precisa começar a pensar em namorar... quem foi sua última namorada? – perguntou Luís.

- A Esther Esquisita... – disse Daniela.

- Daniela... mãe... pai... não me envergonhem na frente dos meus novos amigos... – ele disse ficando vermelho.

- Não se preocupa dona Eleonora... logo... logo... seu filho vai encontrar um bom partido. – falou Phelip sorrindo.

O jantar seguiu sem grandes novidades... todos se despediram e Ezequias deixou os novos amigos em frente de sua casa. Osvaldo e Fernanda seguiram no carro. E os dois ficaram sozinhos.

- Minha família é louca... né? – disse Ezequias.

- Não tanto quanto a minha. – respondeu Phelip.

- Olha... eu sou novo nesse lance de amizade... nem tive tempo de te agradecer pela ajuda semana passada.

- Para com isso... você teria feito a mesma coisa. – disse Phelip sorrindo.

- Se... se você quiser passar aqui em casa amanhã... a gente pode sei lá... assistir um filme...

- Olha... até gostaria,mas tenho alguns compromissos... e...

- Com garotas? – perguntou Ezequias.

- Bem... eu sei que eu deve ter feito uma fama de pegador, mas....

- Tudo bem... sou cristão, mas não estou te julgando...

- Não me importo com o que falam de mim... eu sou mais eu... – disse Phelip tropeçando em um casca de banana, sendo aparado por Ezequias.

- Eu... percebi... – ele disse rindo.

- Foi programado... não se preocupa.... ei... amanhã Osvaldo e eu vamos fazer um tornei de futebol... vamos?

- Faz... faz tempo que eu não jogo, mas posso tentar...

- Beleza... 17h na minha casa... esteja lá.

- Claro...

Em casa, DJ não conseguia dormir. Judith percebeu a movimentação no quarto do irmão e foi conferir.

- Ei... está tudo bem? – perguntou.

- Mais ou menos... – ele disse.

- O que está acontecendo?

- To com medo...

- De que? – ela perguntou.

- Que os nossos pais não voltem... igual aos outros...

- DJ... o Pedro e o Mauricio nunca iriam abandonar a gente... eles nos amam... não se preocupe... ok? – ela perguntou.

- Sim, mas toda vez antes de eu dormir um deles vinha me desejar boa noite...

- Para mim também... – ela disse. – Quer saber? Hoje vamos dormir juntos... – ela disse entrando debaixo das cobertas do irmão.

- E quando eles voltaram poderíamos fazer algo para recebê-los... o que acha? – ele perguntou.

- Sim... seria legal... vamos fazer uma faixa grande com o nome deles... e depois... a gente...

Bahia

- Amor... você pareceu a noite toda distante. – falei para o Mauricio.

- Saudades das minhas crianças...

- Já ligamos para os nossos pais... está tudo bem... – falei.

- Sei... mas é diferente... eu não estou lá para ver se o cobertor está fora do lugar... ou para desejar boa noite para eles... me sinto culpado...

- Isso é ser pai... lembra quando viajei para o México?

- Sim...

- Foram os piores dias da minha vida... igualmente a enchente... nossa... mas precisamos superar esses obstáculos e lembrar de nós... pois... merecemos uma folga...

- Sabe o que eu queria agora? – ele perguntou.

- O que?

- Uma massagem... bem gostosa e demorada...

- Claro. – falei o virando de costa.

Sim... quem é pai sabe o sacrifício que é deixar um filho... ainda mais sendo tão novos. Mas, isso traz experiência e consciência que merecemos viver um pouco.

MSN - contosaki@hotmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive My Way a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Apesar de discorda da sua primeira frase.. Adoreii.. Achei curto também, queria ler mais :)

0 0
Foto de perfil genérica

Quando amamos e somos amados não há nada melhor, nada mais recompensador! No amor nem precisamos de recompensa, pois o simples fato de amar já nos faz feliz, se for amor mesmo! O amor verdadeiro nos atrai não nos permite afastar, ou se nos afastamos um dia retornamos. O amor é ciclico, se perdemos, depois ganhamos ou mesmo recuperamos esse amor que as vezes tem de superar barreiras, grandes barreiras para poder ser experienciado e vivenciado. Pra se viver um amor verdadeiro é como pra viver a paz; A paz não e a ausencia de problemas ou conflitos, mas um estado de espírito, assim como o amor que não é simplesmente um sentimento, é uma decisão, uma atitude! Mesmo em meio a tempestades vindouras sei que essa família se sairá bem e será feliz! Nota? Ah, isso, diante de seu conto se torna irrisório!

0 0
Foto de perfil genérica

Fiquei um pouco proucupada na parte que o Pedro fala "se eu soubesse oque viria pela frente teria aproveitado muito mais esse momento a dois... " isso partiu meu coraçao e como um presságio sei lá parece que algo irá acontecer com o Mauricio...

0 0
Foto de perfil genérica

Concordo em número, gênero e grau com o que foi falado pelo CrisBR. Seu conto é ímpar. Existem outros muito bons, mas nada que possa ser comparado. Essa é minha opinião. A cada temporada, o foco é dado a um dos persanagens e assuntos vem a tona para nosso deleite. No geral os personagens permanecem, em sua maioria e alguns "poucos" são o que saem de cena. Essa habilidade em mudar o tem mas sem deixar o painel de fundo da história é que me agrada... enfim, só posso parabenizá-lo pelo talento. E que se multiplique sempre para que possamos ter o prazer de uma leitura agradabilíssima.

A nota claroo ... sempreeeeeee....100000!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Seu conto sempre é um diferencial do site. Virou marca registrada, sem esquecer das surpresas que sempre trás. Parabéns! 10

0 0
Foto de perfil genérica

Como amar uma pessoa diferente do nosso ambiente familiar causa tanta dor e sofrimento,já que será uma guerra para se conquistar,além de cada dia,buscar por direito,afirmação e compreensão do companheiro que pertence a esta famila digamos diferente.

0 0