Filhos... todas as pessoas apenas se realizam quanto tem filhos... pode ser um, dois, três, quatro ou cinco. No final, tudo gira em torno deles. Talvez você não seja pai, mas é filho... e sabe como os pais podem ser... não é?
- Onde está o meu filho?! – gritou Luis preocupado.
- Olá... senhor?! – disse Vinicius.
- Ezequias... onde está o meu filhinho? – disse Eleonora.
- Calma... deixe comigo... – disse Priscila.
- Moça...onde está o meu filho? – perguntou Luis.
- Me acompanhem... – disse ela.
No caminho, Priscila explicou o que aconteceu. Phelip se assustou ao ver toda a família de Ezaquias lá.
- Meu filhinho... meu Deus...
- Vou processar essa faculdade. – disse Luís.
- Calma pai... eu to bem... – disse Ezequias.
- Vamos orar... vamos orar para Deus... agradecer esse milagre. – disse Eleonora se ajoelhando.
- Doutora... – disse Luís olhando para Priscila se ajoelhar com eles.
- Eu... preciso ir...
- Por favor... Deus a usou para curar o nosso filho... queremos lhe agradecer... você também meus jovens... são instrumentos de Deus. – disse ele olhando para Fernanda, Phelip e Osvaldo.
Eles se entreolharam e se ajoelharam vagarosamente. Luís realizou uma oração rápida e falou para o seu filho que iria resolver as coisas na faculdade enquanto a sua mãe ficaria ali cuidado dele.
- Gente... agradeço muito a ajuda de vocês, mas o meu menino precisa descansar... se quiserem voltar amanhã... – ela disse para os meninos.
- Claro.. – disse Fernanda sorrindo e a beijando.
- Até mais Brow!! – falou Osvaldo acenando para Ezequias.
- Bem... espero que você melhore... te vejo por aí. – disse Phelip se despedindo de Ezequias.
- Obrigado a todos vocês... de coração. – ele disse quebrando o coração de Phelip com um sorriso maravilhoso.
Sim... o meu irmão estava se apaixonando, apesar de não admitir... foi amor a primeira vista, mas depois de conhecer os pais de Luis ele tinha certeza que nada aconteceria.
- Eii... eu acho que eu topo uma pizza... – disse Osvaldo abraçando Fernanda.
- Eu também... quero portuguesa... – falou Fernanda.
- E metade calabresa. – disse Phelip olhando para trás.
O carnaval estava chegando e prometemos fazer uma viagem para Bahia. Afinal meu amor queria conhecer a famosa festa baiana. Fizemos tudo como manda o figurino... reservas de hotel e translado. Estava ansioso para conhecer a Bahia, durante a minha vida pouco havia explorado do Brasil. Na semana que antecedeu a nossa viagem. Preparei os meus filhos, pois, seriam duas semanas sem contato. Os mais velhos entenderam na hora, Pablo e Patrick choraram muito no dia em que partimos. Fiquei com o coração quebrado.
- Uma semana de folga... ao seu lado. – disse ele segurando a minha mão no avião.
- Só para nós dois... vamos ver o que a Bahia nos reserva. – falei rindo.
Nãomuito longe de mim estavam Priscila e Caleb que também aproveitariam uns dias de folga. O que eu fiquei impressionado foi a disposição dele durante a viagem toda. Ele tinha alguns conhecidos que fizeram festas incríveis, mas o que realmente queria era deixar a minha irmã a vontade.
- Amor... você está feliz morando comigo? – perguntou Caleb para Priscila.
- Estou sim... estou aprendendo muito com você. – disse Priscila o beijando.
Outro que também era familiarizado com as terras baianas era o Carlos, ele aproveitou a viagem para rever os parentes e apresentar sua esposa.
- Estou ansioso para te mostrar a minha família. – falou Carlos para Luciana.
- E eu ansiosa para conhecê-los. Seus pais são uns fofos... queria conhecer suas tias... – respondeu Luciana.
Sim... aquela viagem seria além de divertida, uma jornada de auto conhecimento para os nossos amigos e para nós. Ao chegarmos ao hotel, Mauricio e eu tomamos um banho e aproveitamos para namorar no chuveiro. Estava tranquilo, pois, os meus filhos estavam com os avós e com Dora. Não havia o que temer.
- Eu sinto falta disso... – falou Mauricio.
- De que? – perguntei.
- De ficar com você... sem querer dividir a sua atenção com as crianças...
- Que egoísta.. – falei brincando.
- Isso eu sou mesmo... quando se trata de você. – ele disse me pegando no colo e me dando um beijo.
- Adoro isso também... ainda mais quando você me pega no colo... me lembra que sou magro... e me deixa feliz. – falei rindo.
- Bobo... te pegaria até se tivesse 130kg...
- Me amaria se eu fosse tão gordo assim? – perguntei abraçando o pescoço dele.
- Pedro... o que eu amo em você... não é o seu corpo... tipo... ele ajuda... ajuda bastante, mas vai além disso... eu não se explicar... eu... eu... amo o teu ser...
- Obrigado... só deveria ter avisado antes... – falei.
- Por que? – ele perguntou intrigado.
- Pois, não teria gastado tanto tempo de academia... – falei rindo alto.
- Eu te amo. – ele disse me balançando nos braços igual uma criança.
- Eu te amo mais... – falei fechando os olhos e me sentindo protegido.
Realmente, eu me sentia uma criança nos braços do meu esposo, tudo o que era ruim desaparecia. Se eu soubesse o que viria pela frente teria aproveitado muito mais esses momentos a dois... ahhh como eu teria....
São Paulo –
Vinicius estava solitário, todos os seus amigos haviam viajado. E para completar, Jean recebeu uma missão do exercito. Ele resolveu ligar para o seu amigo Fábio. Que o ajudou a escapar da perseguição de sua mãe.
- Fábio... ei... é o Vinicius... gostaria de saber se você quer vir aqui em casa... assistir um filme... conversar... beleza... estou te esperando.
Sim. Vinicius estava solitário e procurava companhia naquele final de semana. Na casa de Ezequias, o clima estava agradável. Sua mãe convidou Phelip, Osvado e Fernanda para jantarem.
- Que casa bonita! – disse Fernanda olhando a sala.
- Obrigada... Deus ajuda quem batalha. – disse Eleonora rindo.
- Vocês pertencem a alguma congregação? – perguntou Luis.
- Ahmmm?! – fizeram todos.
- Vocês frequentam alguma igreja? – perguntou ele novamente.
ol
- Não.. respeito muito quem gosta de Jesus, mas não frequento. – disse Fernanda.
- Nem eu. – falaram Osvaldo e Phelip juntos.
- Bem... sempre há uma forma de começar... hoje a noite vai ser especial gente. – disse Eleonora.
Ezequias chegou com o violão, ele começou a tocar algumas músicas gospel. Phelip conseguiu ver todos os talentos dele. Além de um ótimo cantor, ele também era um bom músico. Todos aplaudiram a demonstração e seguiram para a sala de jantar.
- Phelip... você mora aqui pelo bairro né? – perguntou Eleonora.
- Sim senhora...
- Conhece alguma moça de boa índole para mostrar ao meu filho?
- Mãe... – disse Ezequias visivelmente envergonhado.
- Meu filho você precisa começar a pensar em namorar... quem foi sua última namorada? – perguntou Luís.
- A Esther Esquisita... – disse Daniela.
- Daniela... mãe... pai... não me envergonhem na frente dos meus novos amigos... – ele disse ficando vermelho.
- Não se preocupa dona Eleonora... logo... logo... seu filho vai encontrar um bom partido. – falou Phelip sorrindo.
O jantar seguiu sem grandes novidades... todos se despediram e Ezequias deixou os novos amigos em frente de sua casa. Osvaldo e Fernanda seguiram no carro. E os dois ficaram sozinhos.
- Minha família é louca... né? – disse Ezequias.
- Não tanto quanto a minha. – respondeu Phelip.
- Olha... eu sou novo nesse lance de amizade... nem tive tempo de te agradecer pela ajuda semana passada.
- Para com isso... você teria feito a mesma coisa. – disse Phelip sorrindo.
- Se... se você quiser passar aqui em casa amanhã... a gente pode sei lá... assistir um filme...
- Olha... até gostaria,mas tenho alguns compromissos... e...
- Com garotas? – perguntou Ezequias.
- Bem... eu sei que eu deve ter feito uma fama de pegador, mas....
- Tudo bem... sou cristão, mas não estou te julgando...
- Não me importo com o que falam de mim... eu sou mais eu... – disse Phelip tropeçando em um casca de banana, sendo aparado por Ezequias.
- Eu... percebi... – ele disse rindo.
- Foi programado... não se preocupa.... ei... amanhã Osvaldo e eu vamos fazer um tornei de futebol... vamos?
- Faz... faz tempo que eu não jogo, mas posso tentar...
- Beleza... 17h na minha casa... esteja lá.
- Claro...
Em casa, DJ não conseguia dormir. Judith percebeu a movimentação no quarto do irmão e foi conferir.
- Ei... está tudo bem? – perguntou.
- Mais ou menos... – ele disse.
- O que está acontecendo?
- To com medo...
- De que? – ela perguntou.
- Que os nossos pais não voltem... igual aos outros...
- DJ... o Pedro e o Mauricio nunca iriam abandonar a gente... eles nos amam... não se preocupe... ok? – ela perguntou.
- Sim, mas toda vez antes de eu dormir um deles vinha me desejar boa noite...
- Para mim também... – ela disse. – Quer saber? Hoje vamos dormir juntos... – ela disse entrando debaixo das cobertas do irmão.
- E quando eles voltaram poderíamos fazer algo para recebê-los... o que acha? – ele perguntou.
- Sim... seria legal... vamos fazer uma faixa grande com o nome deles... e depois... a gente...
Bahia
- Amor... você pareceu a noite toda distante. – falei para o Mauricio.
- Saudades das minhas crianças...
- Já ligamos para os nossos pais... está tudo bem... – falei.
- Sei... mas é diferente... eu não estou lá para ver se o cobertor está fora do lugar... ou para desejar boa noite para eles... me sinto culpado...
- Isso é ser pai... lembra quando viajei para o México?
- Sim...
- Foram os piores dias da minha vida... igualmente a enchente... nossa... mas precisamos superar esses obstáculos e lembrar de nós... pois... merecemos uma folga...
- Sabe o que eu queria agora? – ele perguntou.
- O que?
- Uma massagem... bem gostosa e demorada...
- Claro. – falei o virando de costa.
Sim... quem é pai sabe o sacrifício que é deixar um filho... ainda mais sendo tão novos. Mas, isso traz experiência e consciência que merecemos viver um pouco.
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