Vou falar sobre um jovem, um belo jovem que durante sua vida sempre teve tudo que queria roupas , sapatos,relógios, celulares . Só que ele nunca quis nada disso em sua vida , o que ele sempre queria era o amor de sua mãe e de seu pai , mas os pais trabalhavam muito e achavam que dando roupas e outras coisas poderiam compensar a falta de tempo que tinha com o seu filho. Esse menino foi crescendo sem a presença de um pai e de uma mãe , quando era seu aniversários ele ate se acostumava de os pais esquecerem a data , mas uma pessoa lembra sempre , sua avo por parte de mãe que ele tanto amava. Ela praticamente era a sua mãe pois morava com eles em uma bela casa em um condomínio de case alta. Ele se chamava Matheus Malouf , era branco, cabelos negros , os olhos tinham uma cor esverdeadas, tinha 1,77 m de altura , nao era forte e nem magro, mas verdade esse menino era eu. Olhei para a minha avo e disse entristecido.
- vovó eles esqueceram de novo a data do meu aniversario - em meus olhos escoria algumas lagrimas.
- O meu querido,não fique assim é que eles são muito ocupados com o trabalho. - disse a minha avo tentando explicar porque os meus pais não lembraram do meu aniversario. - Mas quem diria meu netinho , você ja esta fazendo 16 , esta a cara do seu avô - disse minha avo tentando me animar.
- Verdade estou a cara do vovô , pena que ele ja se foi, e não esta mais para ver como estamos parecidos - respondi tristemente , adorava o meu avo ele era igual a um pai , na verdade ele e minha avo eram os meus pais pois cuidavam de mim o tempo todo.
Me levantei do sofá que ficava na sala e fui em direção ao meu quarto para pensar um pouco e tentar justificar porque meus pais verdadeiros não lembravam se quer do meu aniversario. Fui ao banheiro tomar um banho pois haveria aula naquele dia, me aprontei rapidamente e fui em direção a garagem onde o motorista me aguardava ( na verdade ele não era só um motorista , era um grande amigo do meu pai que havia perdido o emprego e o meu pai ofereceu a ele um emprego de motorista).
- Parabéns matheuszinho , quantos anos esta fazendo ? 16 ou, Paulo. - dei um sorriso sem muita animação.
No percurso para a escola fiquei pensado que ate o amigo do meu pai sabia a data do meu aniversario e eles mesmo não fazia questão de lembra. Cheguei em frente a escola ,abri a porta e ja estava praticamente entrando dentro da escola ate que eu vejo um menino me olhando , achei muito estranho no inicio e virei o rosto e continuei andando fingindo que não tinha visto ele me observando. Na aula eu fiquei pensando o porque aquele menino ter me olhado e fiquei relembrando o rosto dele com aqueles olhos castanhos , uma pele bem branca , um nariz afilado , e seu rosto com alguns traços meio angelical mas era diferente de seu corpo bem cuidado ( de academia)e deveria ter 1,81 de altura. Mas logo tirei tudo da minha cabeça e pensei que tudo isso não se passava de um amor platônico, que nem se eu quisesse iria acontecer, jamais. Assim eu esperava.
Tocou- se o sinal para o intervalo e ao sair da sala a Ana veio correndo me abraçar feito loca ( a Ana é uma menina muito bonita ao acaso , olhos castanhos , cabelo longos de cor loira ,e bem branca quase pálida e um corpo bonito) .
- Você lembrou - disse eu sorridente
- Lógico lindao , você se quer pensou que eu iria esquecer a data do aniversario de umas das pessoas que eu mais amo neste mundo. - disse ela me abraçando e me deixando com um pouco de falta de ar. - Eai esse ano eles lembraram ou vão fazer igual o ano passado, depois que se passou um mês eles lembraram que você existia. - disse ela se referindo aos meus pais.
- Preciso responder essa pergunta ?
- Não fica assim meu bebe lindo , esquece isso hoje é o seu aniversario não deixe nada te atrapalha.
Ate que ela tinha razão, de eu esquecer um pouco meus pais e a tristeza que eles me dão de presente todos os anos de nem se quer lembrar o meu aniversario. Fui no intervalo e um monte de gente já veio me dar parabéns , e isso ate que me animou. Um amigo meu veio me dar parabéns ele se chamava João , bem apessoado, um sorriso encantador, um corpo bonito também, nisso ele estava acompanhado de um amigo , quando olhei o tal amigo dele meu coração quase parou , era o tal garoto que eu peguei me observando na entrada do colégio.
- Esse aqui é o Felipe, um grande amigo meu. - mal terminou de falar Ana já foi dar beijinho na bochecha dele.
- Parabéns Matheus tudo de bom para você - disse ele apertando a minha mão.
- Obrigado. - e dei um sorriso simples sem mostrar muito entusiasmo , mas por dentro estava borbulhando de alegria, e pensando um monte de coisas. Quem já teve algum amor platônico sabe como que é , qualquer gesto simboliza tudo , ate o que não é.
Fomos andando e deixamos Joao e Felipe para traz e logo Ana já ataca.
- Senti um clima ali , a coisa pegou fogo - disse ela olhando para traz vendo onde Felipe e Joao estavam.
- Não começa Ana, não rolou nada só hoje quando cheguei na aula peguei o tal do Felipe me olhando e mais nada.
- E você não me fala nada em
menino? Fica me escondendo um bafo desse - disse ela meio seria e sorridente ao mesmo tempo.
- Achei que não era importante. E vamos acabar com isso e devemos voltar para a sala pois o sino já vai tocar.
Como a sala de Ana é uma das primeiras do corredor ele entrou antes de o sino bater , mas não consegui chegar a tempo a minha e tive que ficar para fora , quando estava indo em direção a sala de espera vejo alguém se aproximando de mim.
- Oi Matheus - disse Felipe, na hora tentei agir naturalmente.
- Oi - só consegui responder oi mais nada saiu da minha boca.
Fomos andando em silencio ate a sala de espera e para minha surpresa só ficaria eu e Felipe a sós, e o inspetor praticamente nem fica na sala. Sentei ao fundo ao lado de uma parede que ficava a minha esquerda , em seguida Felipe puxa uma cadeira e se senta ao meu lado.
- Como que esta sendo seu aniversario, ganhou muitos presentes ? - disse ele tentando puxar algum assunto.
- Ate que esta sendo legal , e não ganhei nenhum presente ainda.
- Você ja ganhou um presente meu hoje - disse ele olhando para mim nos meus olhos , ai o clima já ficou tenso.
- Qual , não me recordo ? - respondi sem compreender o que ele havia falado pois qual presente ele me dera.
- De me conhecer - disse ele se
aproximando de mim e como a gente estava um do lado ao outro e ficando cada vez mais próximo.
- Hahahahhaa você é ate engraçado - disse eu tentando fingi que não entendi a investida , parecendo que aquilo foi uma piada ou coisa parecida.
- Mas na verdade esse não é o único presente que eu queria te dar - disse ele olhando dentro do meus olhos um com o rosto de frente ao outro , muito próximos.
- Qual é este outro presente que você quer me dar alem de te conhecer ?
Ele olhou para a porta e não viu ninguém pelo vidro que fica uns 30 cm acima da maçaneta, olhou para mim , foi se aproximando e uma mão sua já veio subindo pela minhas costa que me puxou para junto dele, que nem percebi a mão que ela estava ali tão próxima de mim. Cada vez que a gente se aproximava eu conseguir sentir o cheio do seu perfume suave , e ate que sentir seus lábios juntos aos meus, e logo em seguida a língua foi pedindo espaço. Nunca havia beijado alguém , nem se quer de língua, para mim foi tudo muito novo, tudo muito diferente. Não sei ao certo quanto tempo ficamos nos beijando , mas queria que nunca terminasse. Fomos nos afastando um do outro ele ainda com a mão em minhas costa, acho que tentando impedir de eu fugir dele.
- Gostou do meu presente?- perguntou olhando para mim com aqueles olhos profundos e castanhos.
Nada respondi , me levantei e fui saindo da sala de espera feito um louco e deixei ele lá para traz sem saber ao certo o que havia ocorrido para eu ter agito daquela maneira. Fui direto ao banheiro tentar pensar um pouco, tentar compreender o que havia ocorrido, se era tudo um sonho ao certo.
Quando estava dentro do banheiro o sino tocou para a aula seguinte, sai andando igual um louco para consegui chegar na aula para pelo menos tentar pensar melhor.
No segundo intervalo eu não contei nada do ocorrido a Ana porque saberia que ela iria ficar louca e iria me julgar por deixar ele sozinho na sala de espera. Eu o avistei de longe mais não tive a decência nem a coragem de me aproximar. Voltando a aula, esta preste a entrar quando alguém me puxa e vai me levando ao banheiro, trancou o banheiro inteiro, vê boxe por boxe para ter certeza se só estávamos nos dois lá dentro.
- O que você quer Felipe ? Esta louco tenho que ir para minha aula. - falei meio irritado.
- Porque você saiu daquele jeito da sala de espera? Me deixando lá sozinho sem entender nada. - disse ele se aproximando, e meio que estufando o peito.
- Fiquei confuso, foi tudo tão rápido que a única opção era sair dali para pensar um pouco.
- Fique preocupado, achei que fiz algo de errado. Me desculpe, fiz sem pensar prometo que não vou fazer de novo.
- É - só falei isso , ele estava quase destrancando a porta para sair.
- Mas me responde uma pergunta. Você gostou? Você sabe do beijo?
- Sim - respondi meio envergonhado.- Gostei muito ate.
Ele abriu o belo sorriso e veio se aproximando de mim, eu estava perto de uma parede e quando ele foi chegando meu coração esta a mil. Ele passou uma mão em minha cintura, e me puxou para junto de seu corpo. Olhamos um nos olhos do outro ate que pela segunda vez no dia ele me beijou. Um beijo calmo, parecia que o tempo havia parado e que só existia eu e ele no mundo. Ficamos nos beijando por um longo tempo, praticamente uma aula inteiro , minha boca nem se fala como ficou, toda vermelha e ardia um pouco. Tocou o sino, parece que acordei daquele transe que ele me proporcionava e lembre que ja havia perdido 2 aulas no mesmo dia.
- Felipe tenho que ir, pois ja perdi 2 aulas hoje meus pais vão ficar preocupados. - menti feio , meus mais nem se quer foram na minha escola, sempre quem ia comigo era minha avo para pegar o boletim, e fazer matricula. Meus pais so se preocupavam em eu passar de ano.
- Você tem razão - ele foi tirando o braço da minha cintura para me deixar sair de perto dele. Mas quando estava para abrir a porta ele me puxou e me deu um beijo e sorrio e me deixou ir.
Sai primeiro do banheiro para não levantar suspeitas. Fui para a sala e alguns dos meus amigos me perguntaram aonde eu estava mas falei qualquer coisa que nem me recordo. A ultima aula passou voando, o sinal para ir embora tocou , e fui andando todo feliz. Achei Ana no percurso em direção a saída da escola. Conversamos um pouco ate que o Paulo o motorista chegou e fui embora para casa. Chegando em casa dei um beijo na minha vovó linda, subi as escadas joguei meu material na cama e fui rapidamente para a sala de jantar para almoçar. E levei um susto pois meus pais estavam em casa, já que nunca almoçam em casa, só nos seus escritórios.
- Boa tarde - disse me sentando a mesa.
- Boa tarde filho - respondeu minha mãe. Minha mãe se chamava Paula, tinhas os olhos verdes, cabelos escuros e longos e tinha 1,77 de altura, era médica , especializada em cirurgia plástica.
- Boa tarde filho - Respondeu logo em seguida meu pai, se chamava Roberto era alto com 1,83 , cabelos escuros e olhos castanhos bem claro, era executivo de uma grande empresa.
O almoço foi se decorrendo e ninguém se quer falava nada, o que mais me indignou pois realmente esse anos de muitos outros eles esqueceram o meu aniversario. Terminei de almoçar e sai da mesa zangado, e minha mãe e meu pai não intenderam nada. So deu para escutar algumas coisas da escada.
- O que aconteceu com ele? - perguntou meu pai para minha avo que estava na mesa.
- O que sempre acontece todos os anos quando vocês 2 esquecem da data de aniversario do seu UNICO filho. - respondeu a minha avo se retirando da mesa e indo em direção ao meu quarto.
Me joguei na cama e fiquei chorando, com isso a minha avo veio tentando me acalmar. Logo dormir em seu colo e só fui acorda a noite com uma ligação em meu celular.
- Alo quem fala ? - perguntei sem saber quem era.
- Oi , sou eu o Felipe.
Ficamos conversando por um longo tempo, ainda bem que no dia seguinte eu era sábado e não haveria aula. Me despedi dele e fiquei pensando na cama tudo que tinha ocorrido naquele dia. Dei um sorriso quando lembre que nos beijamos no banheiro que estava fedendo urina kkkkkkkk. Deci as escadas e vi que esta tudo escuro , fui ate a cozinha como alguma coisa, e voltei ao meu quarto. Tentei dormir um pouco e nada consegui. Ate que era umas 2 da manha e o Felipe me ligou de novo.
- Não consigo dormir, queria te ver, será que posso ir ai ate a sua casa? - perguntou Felipe com uma voz manhosa.
- Pode sim , vou te passar o endereço.
- Não se preocupe eu sei bem aonde é.
- Uhumm como que você sabe?- perguntei intrigado.
- Porque moro a duas quadras da sua casa.
- Serio ? Você mora no mesmo condomínio que eu.
- Sim, como você acha que te vi pela primeira vez?
- Hum andou me vigiando vou ligar para a policia. - nos dois demos uma gargalhada. - Esta bem , vem logo e quando chegar me liga.
- Tudo bem, mas deixa eu te falar ja cheguei.
- Você já estava aqui em frente esse tempo todo??
- Sim - fui em direção a janela do meu quarto que dava ao jardim em frente a casa- Já vou abrir.
Deci as escada feito um locou, coloquei a senha para destravar o alarme e deixei ele entrar. Tranquei tudo e coloquei a senha de novo para que ninguém percebesse e o levei ate o meu quarto, tudo no maior silencio possível. Tranquei a porta do quarto e nem deu tempo de me virar ele já me beijava com urgência.
- Calma....menino.- tentava fala entre seus beijos , mas não muito certo.
Ele me levantou no colo, e foi me levando para cama e me beijando e algumas coisas no meio do caminho foi caindo. Mas continuamos nos beijando , ate que alguém bate na porta.
- Matheus tem alguém ai junto com você? Deixa eu entrar.
- Fudeu Felipe é a minha avo - falei bem baixo só para ele escutar - esconde em algum lugar rápido.
- Nao tem aonde me esconder.
- Dentro do guarda roupa corre. Ja vai vovó.
- Ate que em fim você abriu essa porta. Pensei em ter escutado alguém. Vou olhar o seu quarto para ter certeza.
Fiquei na porta esperando ela vasculhar o quarto inteiro, ate que ela ia abrir o guarda roupa e logo falei.
- Ja vovó estou com sono - e dei uma bagunçada no cabelo - Ontem dormi muito pouco.
- Você tem razão, dorme um pouco. Devo esta escutando coisas mesmo, coisas da idade.
Ela saiu do meu quarto tranquei a porta e coloquei o ouvido para tentar escutar ela fechando a porta do seu quarto. Fui em direção ao guarda roupa e fui abrir não consegui ver Felipe, ate que ele pula de dentro e me agarra e caímos no chão e ele vem beijando meu pescoço.
- Essa foi por pouco em matheuszinho.
- Hum já ganhei apelido. Que intimidade. - dei um sorriso.
Nos levantamos do chão que estava gelado e fomos para cama, ficamos um de frente ao outro sem falar nada ate que eu adormeci.
Bom, essa é o inicio da minha historia com o Felipe, tomarem que gostem.