Minha história não é muito excitante, mas precisava desabafar. Estou triste.
Vou contar um pouco da minha história tensa de como foi meu primeiro beijo homossexual. Sou muito estranho, gosto de poucas coisas e sempre fui complexado. Tentei entrar para uma igreja, mas não deu certo também, e Deus hoje para mim é sinônimo de decepção.
Sou ‘’S’’ – de ‘’sei lá’’, fico com quem me dá vontade (meninos, meninas).
Estava no ensino médio com 16 anos, e no primeiro ano desisti de estudar (por motivos importantes), até então era evangélico, mas a coisa mudou quando comecei a pensar sobre o que fazer da minha vida e etc. Sempre fui certinho desde pequeno por fora, porém por dentro meus desejos eram outros. Sempre minha mente foi voltada ao sexo e sempre quis fazer coisas que ninguém que eu conhecia poderia entender.
Até que eu enfim repeti um ano e conheci uma moça chamada Dan, uma gordinha muito simpática que logo virou minha amiga. Então começamos a conversar sobre sexualidade e algumas histórias, até uma vez quando estava na minha casa e ficamos pela primeira vez. Nessa época, minha vida na igreja já não era mais como antes e estava começando a me afastar cada vez mais dessas coisas.
Eu e a Dan conversávamos sobre como o mundo seria um lugar mais interessante se as pessoas fossem mais desencanadas não se ‘reprimindo’. Formamos então meio que um casal liberal: ela pegava as menininhas/menininhos do curso dela e eu ficava ainda dividido (no sentido da igreja e tals).
O tempo passou e muita coisa aconteceu. Minha mãe, por exemplo, proibiu que eu falasse com a Dan, mas eu não queria isso. Continuei falando com ela normal escondido. Enfim nós começamos a querer fazer uma coisa ‘’diferente’’, daí começamos a procurar alguém para ficar de três, só que não encontrávamos. As pessoas são muito sem graça para essas coisas.
Até que um dia quando a aula terminou resolvi ir até a casa da Dan. Lá, conheci um novo amigo dela, o Andy. Ele era muito louco, como a Dan. Tinha 19 anos e uma bundinha muito fenomenal! Era BI e quando me conheceu, não sei por que, disse que queria ficar comigo. Só que, eu fiquei nervoso e disse que iria pensar - não me via fazendo isso, achava que era estranho. E quando foi um belo dia na casa da Dan, aconteceu. Primeiro ela deixou a gente sozinho em seu quarto. Estava sentado em uma das camas e ele em outra, mas quando ela saiu, ele até a porta e a trancou. Fiquei tenso. Ele sentou do meu lado e olhou para a direção contrária a mim, e eu, olhei para ele sem graça. Eu estava muito nervoso, varias coisas se passavam na minha mente. Meus pés estavam frios, e quando eu ia abrir a boca pra falar sem sei mais o quê, ele virou e me tascou um beijo! Foi muuuuuito intenso, até hoje gosto de lembrar esse dia.
A gente ficou um tempo se beijando daquele jeito. Depois, ele se levantou e puxou meu braço, e me levou até o cantinho da porta. Ele ficou de costas para parede e eu fiquei de frente para ele. Me abraçou, e continuamos a nos beijar. Eu fiquei super excitado, estava tão louco que comecei a passar a mão em sua bunda. Era uma delicia, bem redondinha! Subi até suas costas e desci de novo.
Ele ficou empurrando meu corpo contra o dele, dava para sentir seu membro e acho que ele também deveria sentir o meu. Ficamos ali e depois ele se deitou na cama, e eu por cima dele. Ficamos trocando beijos e ele continuava empurrando seu corpo contra o meu. Eu não conseguia parar de fazer um movimento de vai e vem, era incrível!
Até que a Dan bate na porta e diz que a mãe dela está chegando. Rapidamente abrimos a porta. Ela entra. E a gente fica com cara de cu.
Eu não sei dizer se agradeço à mãe dela ter chegado naquela hora, ou se amaldiçoo a velha, pois queria ir mais além, queria comer o Andy (Só de lembrar da sua bundinha...), mas meu complexo (com meu corpo, meu membro, minha vida, etc.) não deixaria.
Depois desse dia eu percebi que, pra mim, homem e mulher não tem diferença, é tudo igual. Já era tarde, minha mãe me mandou para um lugar diferente ao deles, e hoje nem falo mais com eles. Eu fico triste porque fico me perguntando, “Será que também vou ter uma vida reprimida, tanto pelo meu complexo quando pela minha família?’’
Agora eu tenho que ir para igreja, me reconciliei, mas não quero essa vida para mim. Nunca mais eu fiquei com algum garoto. Não sei mais o que fazer. Obrigado pela atenção.