No conto anterior “você já fez troca-troca?” enalteci a grande instituição do Brasil, o troca-troca. Fora a parte cômica que tal afirmação sugere, essa é uma das mais sérias constatações da existência humana. O troca-troca vem sendo no decorrer da história do Brasil, a moeda de troca mais utilizada nas relações de todos os âmbitos. Já na área das relações humanas, precisamente quando o assunto é sexo, ele é o mecanismo mais eficaz para a emancipação sexual de meninos e meninas.
Hoje eu vou contar a sequência de minha iniciação no maravilhoso mundo do prazer. Como já tinha dito, sentando no colo dos meninos mais velhos, ganhei várias figurinhas de álbuns da época. Essa foi minha iniciação e a partir daí, minha libido foi despertada.
Havia em nosso meio uma garota da mesma faixa etária que sempre brincava com nós meninos. Ela era irmã de um amiguinho chegado meu e segundo os garotos mais velhos era biscate. Não sabia o que era isso, mas sabia que tinha relação com sexo e isso me chamou a atenção. Queria estar pelado com ela e fazer coisas com ela que eu nem sabia o que era.
Então bolei um plano. Como ela era diferente das outras garotas, mais parecida com um menino e as vezes até mais menino que a maioria de nós, pensei: - vou levar minhas figurinhas até a sua casa e convidá-la para uma disputa à valer. O que chamávamos de “bater figurinhas”. Chegando lá ela me atendeu e sentamos na soleira da entrada, começando a disputa, cada qual “casando” algumas figurinhas. Mas na minha cabeça só uma dúvida me consumia:- Como vou dizer a ela o que eu verdadeiramente queria?
Acontece que naquela época as coisas eram diferentes. Para um menino chegar numa menina era um Trabalho de Hércules. Segurar em sua mão, nem em sonhos. Um beijo então, missão quase impossível. Resultado: ela me “limpou”(expressão que usávamos para designar uma perda calorosa) e eu fiquei sem coragem de pedir qualquer coisa.
Frustrado saí em direção a minha casa e no caminho encontrei o irmão da biscatinha que me deixou sem uma figurinha e na mão. Chamei-o para brincar na minha casa e lá após algum tempo o desejo tomou conta de nós, mesmo sem que percebêssemos o que era. Então ele me diz:
_ Vamos fazer “bobagem”? KKK! Essa era a palavra que se usava para designar sexo entre meninos.
Estávamos sozinhos em casa. Fomos para um cantinho do terreiro e lá demos início a brincadeira. Cada um arriou seus shorts até os joelhos e da mesma forma da minha primeira vez não houve nada além da simples colocação do perú no reguinho um do outro. Não sabíamos sobre meter dentro do cuzinho. Permanecíamos de pé e a cada minuto alternávamos naquela posição. Depois de certo tempo ao me aproximar de sua bundinha na minha vez, ele se recusou me dizendo que estava com vontade de fazer cocô. Disse a ele que não acreditava e num gesto impensado e brusco ele se vira de costas para mim, desce o calção, abre as bandas da bunda e exibe seu cuzinho se abrindo para a saída de um “colosso”. Rsrsrsrsr! Em contrapartida, disse a ele: - então vem você! Abaixei minha roupa e sem perceber me ofereci de uma forma diferente. Havia naquele lugar um monte de britas no qual me debrucei e viando o rosto para trás disse: Vem? Porém, antes que ele tomasse qualquer atitude, um susto! Minha mãe nos surpreende e começa a correria. Ele para sua casa e eu aos prantos para dentro de casa. Minha mãe não disse nada. Talvez ela não tenha dado conta do que se sucedera. Pedi a ela em prantos para que não contasse para meu pai. Acho que ela não contou, pois não tomei nenhuma surra. Ela só veio tempos depois quando sumi de casa para fazer bobagem com esse meu amiguinho num desbarrancado próximo a minha casa. KKKkkk!!
Após esse fato não fizemos mais nossas brincadeirinhas.
Se vocês quiserem numa próxima oportunidade contarei como foi que descobri como era um troca- troca com pau duro e penetração. Imperdível!!