Walk Away - parte 15

Um conto erótico de Julho
Categoria: Homossexual
Contém 2545 palavras
Data: 17/12/2012 20:06:32
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeente, que saudades disso aqui! pensaram que eu tinha abandonado vocês? D: nunca.

Fiquei 8 dias sem acesso a internet, problema do servidor e pá. Vamos supor que isso foi um hiatus [;

Mas agora vamos ao conto? :

Ah, o Miguel era incrível. Fui percebendo com o tempo que aquele garoto riquinho, idiota e popular; era só uma fantasia que ele usara.

Na verdade o Miguel já tinha se tornado tão importante para mim, que eu já não saberia como viver sem ele. Na verdade eu abriria mão da minha vida por ele.

O Miguel fazia com que eu me sentisse especial para alguém, de alguma forma. O que eu sentia era forte, verdadeiro, intenso, bonito.

Eu pensava em como uma pessoa tinha se tornado tão importante para mim mesmo. Era até burrice gostar tanto de uma pessoa como eu gostava dele.

O verão tinha chegado, e consigo trouxe as férias escolares. Isso significa que só faltavam 5 meses para acabar meu ano escolar.

Ok! para muitos isso seria motivo de alegria, inclusive para mim, mas eu não estava animado, na verdade estava cada vez mais confuso com esse lance de sair da cidade, ir embora, me despedi de quem eu amo; eu estava angustiado e pensava em como o tempo estava passando rápido demais.

Nem parece, mas já se fazia 3 meses que eu e o Miguel namoramos.

Eu estava sentado no meio daquele enorme campo de lírios, de mão dadas com meu amado Miguel e com a leve brisa do vento passando sobre minha face.

Hey, namorado, o que foi? Você não costuma ser pensativo deste jeito! – Miguel falou, me encarando com uma expressão de desconfiança.

Não é nada, namorado - eu falei e suspirei.

O Miguel levantou - se, e ficou em minha frente, ao mesmo tempo estendendo a mão para mim: Então, o seu lindo animador de verão chegou.

Eu agarrei sua mão e disse: Ok, senhor animador de verão, vai ser uma tarefa difícil animar o meu verão.

Miguel: Hei, o importante é que estamos juntos, e nosso primeiro verão juntos vai ser legal.

Eu: você promete?

Miguel: Eu prometo, mas agora vem quero te mostrar uma coisa

Miguel me puxou pela mão e saímos correndo por aquele gigantesco campo todo florido.

Ele me conduziu até o topo de um barranco.

Aquilo era realmente uma visão maravilhosa, era inevitável não ficar abobalhado com a linda visão que o por do sol nos proporcionava.

Eu: Ah, Miguel, que lugar lindo.

Miguel: eu sabia que você iria amar. As vezes quando estou triste ou pensando em você, venho aqui e fico olhando as estrelas.

Eu: Ai, para de ser lindo – Eu falei isto fazendo uma careta.

Miguel: eu já tentei, mas não funciona – ele gargalhou

Eu: Besta! Mas, e então, o que vamos fazer nesse verão?

Miguel: Bom, coisas de namorados, tipo; podemos ir a o cinema, escutar musicas, ah! Vou te ensinar a jogar futebol e andar de skate.

Eu gargalhei imaginando como seria eu andando de skate, ou jogando futebol.

Miguel: fecha os olhos. Quero te dar uma coisa.

Eu fechei os olhos, ansioso para aquela tal surpresa, o que seria que o Miguel queria me dar?

O Miguel abriu minha mão e colocou alguma coisa e disse ao pé do meu ouvido: Espero que você goste!

Eu abri os olhos e vi uma pulseira, que tinha uma letra M.

Eu: M de Miguel.

Eu o abracei com minhas mãos acariciando sua nuca. Um abraço apertado.

Miguel e eu ficamos lá no barranco até anoitecer. Depois o Miguel foi me deixar em casa, e eu convidei – o para entrar.

Miguel se sentou confortavelmente na minha poltrona e me olhava com uma expressão curiosa. Resolvi sentar à sua frente, no minúsculo sofá de dois lugares.

Tinha passado a tarde inteira com ele, mas mesmo assim eu não queria que ele fosse embora.

Miguel continuava me olhando, eu já estava ficando incomodado com aqueles olhos que me vigiavam.

Eu: o que foi?

Miguel, abaixou a cabeça, sorriu, e sussurrou: eu te amo.

Eu corei, gargalhei e disse: eu também, eu realmente te amo.

Miguel sorriu e puxou do bolso um papel dobrado ao meio. Eu o encarei, confuso, e ele murmurou:

Pela manhã eu estava sem fazer nada, então tentei fazer uma lista com as coisas que eu gosto em você, mas foi meio impossível, porque há muita coisa de que gosto. Então, resolvi listar as coisas que eu odeio em você - o encarei, incrédulo e depois sorri, ainda não acreditando no que tinha acabado de ouvir.

Miguel era mesmo único.

Você passou a manhã inteira listando as coisas que odeia em mim? - questionei, balançando a cabeça.

Miguel deu um sorriso torto e me fitou:

Exatamente. Quer ouvir? - perguntou e eu fiz um gesto com a mão para que ele prosseguisse.

Bom, vamos começar – Miguel falou, enquanto desdobrava o papel - 5 coisas que eu odeio em Julho Albuquerque – leu e eu o interrompi, franzindo o cenho.

São só cinco? - inquiri, surpreso.

Você queria que fosse mais? – Miguel retrucou, igualmente surpreso.

Balancei a cabeça novamente e pedi para ele continuar:

Primeiro item da lista: odeio a maneira como você quer resolver tudo na base da porrada - me encarou, esperando alguma reação minha, mas eu não emiti nenhum som. Deixaria que ele terminasse com essa palhaçada toda para poder me manifestar.

Item dois: odeio aquela sua scooter que mais parece ter saído de um ferro velho. Você não fica bem dirigindo uma lata velha daquela - o encarei, sério.

Ninguém podia chamar a minha scooter de lata velha. Eu gostava dela, apesar de saber que ele não era nenhuma máquina.

Miguel sorriu ao perceber que eu já começava a ficar vermelho de raiva.

Item três: eu odeio esse seu piercing no nariz. Francamente Julho, isso não tem nada a ver com você - apontou para o pequeno objeto de aço preso no meu nariz. Nessa hora, eu já estava de pé, completamente exasperado.

Olha aqui Miguel, você me conheceu assim, e eu não vou mudar meu jeito, entendeu? - o olhei diretamente nos olhos, me arrependendo de imediato. Não tinha condições de travar uma discussão com ele enquanto não me desviasse daqueles olhos perfeitos.

Me afastei, passando as mãos pelos cabelos, soltando um longo suspiro.

E se você quer saber eu tenho uma lista infinita de coisas que odeio em você - resmunguei, enquanto enumerava os itens com os dedos - um, eu odeio esse seu jeito babaca de ser, dois, odeio o modo como você se vê, como se fosse o dono do mundo, três, odeio essas suas roupas de grife que faz você parecer um astro de cinema ou um modelo, quatro, eu odeio aquele seu estúpido carrinho prata,Miguel interrompeu meus pensamentos, ao segurar minhas mãos.

Posso terminar a minha lista? - me encarou sério, seus olhos grudados nos meus. Bufei e me afastei dele, me voltando para a janela.

Item cinco e o mais importante de todos: eu odeio o modo como você me deixa completamente vulnerável, inquieto, inseguro. Eu nunca sei o que você está pensando realmente. Suas atitudes são sempre inesperadas, não dá para ter uma previsão do que vai acontecer. E acima de tudo, eu odeio o modo como você tem poder sobre mim - sibilou e eu o encarei, surpreso.

Miguel deu um sorriso torto, completamente desconcertado e passou as mãos pela nuca, baixando os olhos, corado de vergonha. Meu coração deu um pulo dentro do peito e eu mordi o canto da boca, tentando mascarar o sorriso que dançava em meus lábios.

São mais de cinco itens - murmurei e Miguel deu uma risada baixa, meio nervoso.

Resolvi reunir os itens comuns em um só - falou e eu me aproximei lentamente dele, observando os olhos cor de mel me fitarem com um brilho intenso.

Meu piercing? - perguntei, apontando para a joia presa à meu nariz.

Odeio. Não faz jus a sua beleza - sibilou, me puxando em um abraço.

E o que você acharia de uma tatuagem? - perguntei e Miguel revirou os olhos.

Nem pense em fazer isso - retrucou e eu fiz uma careta, meio mimado.

E se eu tatuasse o seu nome? - perguntei, ironicamente.

Miguel deu um longo suspiro e depois eu vi um sorriso torto brotar em seus lábios.

Acho que podemos reconsiderar essa ideia da tatuagem - sibilou e eu gargalhei, minhas mãos brincando com a gola da camisa preta que ele vestia.

Foi a vez de Miguel perguntar.

Não gosta do meu carro? - me olhou e eu fiz uma careta.

Muito chique. Odeio esses carros estupidamente velozes e lindos - sibilei e ele sorriu, acariciando meu rosto.

Você é irritantemente lindo, Julho Albuquerque - murmurou, beijando a curva do meu queixo.

Idem - sussurrei, já ofegante, o coração em um perfeito descompasso.

Um segundo depois minha boca já estava sob a de Miguel, nossos lábios se movendo lentamente.

Miguel me apertou em seu abraço, meu peitoral em contato com o seu peito musculoso. Oh meu Deus, lá vem o calor me atormentar!

Sem perceber como, nós caímos no sofá, eu fiquei em cima de Miguel, suas mãos brincando com as minhas costas, passeando lentamente por toda a extensão da minha coluna.

Minhas mãos brincaram com os seus cabelos, puxando cada vez que ele tentava tirar a sua boca da minha.

Eu ofeguei, quando Miguel passou as mãos pela minha bunda e eu fui incapaz de conter um gemido.

Sua boca aproveitou essa breve trégua e passou a trilhar um caminho de fogo pelo meu pescoço, me deixando cada vez mais sem ar.

Miguel.. - consegui balbuciar, completamente entregue aqueles lábios e aquelas mãos, o calor se transformando em um fogo insuportável, me deixando completamente louca para arrancar as minhas roupas.

Desejo. Então era assim que agia o desejo que movia as pessoas. Eu nunca tinha sentido isso, mas confesso que estava adorando.

A boca de Miguel voltou para o meu rosto, procurando avidamente por meus lábios, sua língua se enroscando com a minha, me deixando intoxicado com aquele gosto maravilhoso.

De repente, Miguel se afastou, suas mãos agora estavam na minha cintura e me apertavam forte.

Hum.. acho que é melhor pararmos com isso - sibilou e me fitou com intensidade, a cor de mel dos seus olhos estava flamejando.

Pelo visto ele estava sentindo a mesma coisa que eu. Mas Miguel estava certo, ainda era muito cedo para fazer isso.

Me levantei e ia cair se ele não tivesse me segurado.

Já tinha dado para perceber que as mãos dele quando tocavam meu corpo provocavam sensações que eu nunca ousaria imaginar. E ele sabia que se não as mantivesse longe, a coisa ficaria quente demais para parar.

Mas eu queria que isso parasse? Era claro que não, mas não precisava ser assim, tão repentinamente. Eu podia esperar um pouco. Mas só um pouco.

Bom, a-acho melhor eu ir embora, já tá ficando tarde - Miguel estava visivelmente alterado, por vezes ele fechou os olhos com força, tentando se concentrar no que estava dizendo. Era engraçado vê-lo daquele jeito, tão afetado.

Até amanhã, Miguel - sibilei, ficando na ponta dos pés para beijá-lo. Suas mãos se fecharam na minha cintura e logo nós recomeçamos mais uma sessão de beijos famintos.

E mais uma vez, foi Miguel quem tomou a iniciativa de parar, me afastando o máximo que podia. Sem dizer uma palavra, pegou seu casaco e saiu da minha casa, se movendo com uma rapidez incrível, praticamente correndo até o seu carro estacionado em frente à minha casa.

É.. pelo visto ele estava disposto a tudo para fugir da tentação.

Os dias que se seguiram a esse episódio foram tranquilos, Miguel estava mesmo disposto a agir como um perfeito cavalheiro saído da Idade Média, fazendo de tudo para me manter casto e puro. Não iria me surpreender se ele me desse de presente um cinto de castidade, já que eu mal podia tocá-lo. Tá certo que eu não queria também bancar o pervertido, mas o que havia de mal em dar alguns amassos no banco do carro dele quando nós estávamos a sós?

Para o meu querido namorado que parecia ter saído de um filme ambientado no século passado, aquilo era um grande problema e ele preferia se manter bem longe daquele tipo de situação, o que me deixava visivelmente exasperado.

E ali estávamos nós, jogados no meio da minha minúscula sala, em mais uma tarde monótona e chuvosa do meio da semana. Miguel tinha se oferecido para me ajudar em alguns exercícios de álgebra e agora que tínhamos resolvido quase metade do livro à nossa frente, uma aura de puro tédio tinha se instalado sobre nós, me deixando extremamente desconfortável.

Soltei um longo suspiro, passando as mãos pelos meus cabelos, externando o meu descontentamento com aquela situação toda.

Edward estava folheando a droga do livro de álgebra e parecia bastante interessado no que fazia.

Miguel - chamei, colocando a mão na capa do livro, fechando-o. Miguel me encarou, surpreso, os olhos cor de mel brilhando de curiosidade.

O que foi, Julho? - perguntou, me observando atentamente.

Nada não, eu só queria fazer uma coisa... - e puxei seu rosto de encontro ao meu, sem dar chances de Miguel fugir. Aquele comportamento bonzinho demais dele já estava me deixando irritado. Por que ele simplesmente não agia como os garotos da nossa idade e tentava tirar minha roupa?

Miguel me puxou para junto do seu corpo quente e eu quase soltei fogos de artificio quando senti a língua macia deslizando para dentro da minha boca, explorando cada cantinho, me fazendo tremer em seus braços. Muito bom, as coisas sempre ficavam melhor dessa maneira.

Minhas mãos voaram até seus cabelos naturalmente desgrenhados e eu puxei um bom tufo, ao mesmo tempo que Miguel mordia meu lábio inferior, arrancando um gemido do fundo da minha garganta.

Só conseguimos afastar nossas bocas, quando os pulmões começaram a reclamar pela falta de ar.

Miguel se afastou e passou as mãos várias vezes pelos cabelos, desarrumando-os ainda mais. Seu rosto estava muito vermelho e o azul penetrante das suas íris parecia estar pegando fogo. Um lindo fogo azul.

Hum.. o que você quer fazer agora? - perguntei, quebrando o silêncio desconfortável que tinha pairado sobre nós.

Miguel soltou uma risadinha baixa e balançou a cabeça lentamente, sem me encarar.

Pergunta errada, você sabe muito bem o que eu quero fazer nesse exato momento - Miguel sibilou eu corei absurdamente.

Ele gargalhou e me puxou em um abraço, beijando a minha cabeça.

Não se preocupe, eu não vou atacar você. Sei me controlar, mesmo com você me tentando de todas as formas - comentou, enquanto brincava com uma mecha do meu cabelo.

Eu não sabia se ficava aliviado ou desapontado após ouvi-lo falar aquilo.

Miguel e eu agora estávamos no meu quarto, ele deitado displicentemente na minha cama, enquanto eu remexia na minha pilha de CDs, procurando alguma coisa para escutar.

Me virei e vi que ele estava com as mãos na nuca, balançando as pernas no ar. Não pude deixar essa passar.

Mais folgado impossível, Miguel. murmurei, colocando o cd de música clássica no cdplayer.

Talvez os acordes suaves da música instrumental acalmassem os meus nervos à flor da pele. Miguel me puxou para cima da cama, me deitando ao seu lado.

Sorri, enquanto ele acariciava lentamente o meu rosto, me deixando ofegante assim que seus dedos tocaram a minha pele.

Continua '

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Julho a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Como nosso companheiro HyguitoH falou, já estamos diabéticos, estou louco pra ver esses dois se pegando, eita jeova!!!!! Muito bom seu conto!!!!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

como assim já fez três meses de namoro? e esse romance tá muito doce . jogou açúcar na minha face , tô com diabete! kkkk . só falta descobrir que Miguel é um vampiro! pq o Edward incorpora nele poderosamente !

0 0
Foto de perfil genérica

Amei , voces sao muito fofos , e seu pai nao descobriu nada durante esse tempo?

continua logo ta muito bom.

0 0
Foto de perfil genérica

Meu vocês são perfeitos um para o outro, essa lista que o Miguel fez foi muuito hilária, mais quero ver até quando o Miguel vai se segurar para não te "atacar" parece que ele realmente voltou para a Idade Média ele esta sendo um perfeito cavalheiro, só que meio idiota os cavalheiro daqueles tempos não eram tão santos assim espero que ele pare de jogar na defesa...

0 0
Foto de perfil genérica

Ai seu conto cada vez fica melhor, adorando continua logo por favor. nota 10

0 0
Este comentário não está disponível