Entregando-me ao entregador de gás – parte 2
Primeiramente gostaria de agradecer a todos, que leram comentaram o meu conto anterior, pelo visto acho que agradei, bom ai está a segunda parte, espero que continuem gostando.
Continuando:
Os dias iam passando e eu e Rafael, começamos a ficarmos amigos, agora quando ele passava por mim com aquela moto, sempre parava e conversávamos um pouco mais, apesar de não ser uma conversa demorada trocávamos mais palavras que antes, agora não era somente um “oi”.
Um dia vi Rafael conversando com minha prima, como se fossem íntimos, os dois riam o que para mim dava a entender que ele estava paquerando ela, afinal Elaine é muito bonita, tem um corpo de dar inveja a qualquer outra mulher, seios fartos, magra, alta, enfim um verdadeiro mulherão capaz de arrebatar qualquer homem. A primeira coisa que veio a minha cabeça foi, “eu sabia um homem desses só podia ser hetero, eu já estava sonhando alto demais”, depois de eles terminarem a conversa, Rafael olha para trás me ver e acena com a mão e com um sorriso lindo e sai. Vou até Elaine e começamos a conversar.
Elaine: - Oi primo, você por aqui essa hora, não devia estar na faculdade? (faço faculdade de Gastronomia)
Eu – Sim, mas hoje só teve duas aulas práticas, ai terminou mais cedo, mas então vi você conversando com Rafael, pareciam bem animados!
Elaine – Sim, ele é super engraçado, tem um papo legal.
Eu – Hummm, vocês estão tendo alguma coisa?
Elaine – Infelizmente não, pois ele é lindo. Mas era justamente sobre isso que estávamos conversando, ele me dizia que está gostando de uma pessoa, e que essa tal pessoa não sai de sua cabeça e pediu para que eu o ajudasse a conquistá-lo.
Eu – ah! E por acaso eu conheço essa pessoa?
Elaine – Com Certeza.
Eu – Nossa, fiquei até curioso para saber que é a sortuda, me conta quem é?
Ela olhou para mim e deu um sorrisinho e disse: - Não ele pediu para não contar nada para ninguém, pelo menos não agora, mas pode deixar que na hora certa você descobrirá quem é!
Eu – Nossa quanto mistério.
Após conversarmos, Elaine e eu nos despedimos, fui para casa tomei um banho e deitei-me e liguei televisão para tentar me distrair um pouco, pois estava muito cansado. Nenhuma programação me chamava à atenção, foi então quando percebi que meus pensamentos se voltaram todos a Rafael. Fiquei ali deitado pensando nele, como seria bom ter ele comigo, sentir seu cheiro, seu calor, estava carente, necessitando de alguém ao meu lado. Mas finalmente voltei a si, percebendo que o que nutria por Rafael era impossível, principalmente depois do que minha prima havia me falado. Fiquei pensando em quem era essa pessoa misteriosa na qual Ele estava tão apaixonado, por um breve momento pensei “bem que a pessoa que vem tomando os pensamentos de Rafael podia ser eu”, tornei a si novamente e percebi que meu pensamento era realmente impossível de acontecer, pelo menos era o que eu imaginava.
Com o decorrer dos dias Rafael e Elaine pareciam se tornar mais amigos, e as conversas entre eles eram mais frequentes, os dois realmente pareciam se entender. Um dia Elaine estava em minha casa, além de primos éramos melhores amigos, meus pais estavam no trabalho, era de tarde, e ela e eu estávamos conversando sobre várias coisas, quando ela me pergunta:
Elaine – O que tu achas do Rafael?
Fiz-me de desentendido e falei: - Como assim?
Elaine – O que tu acha dele, não sentes nada por ele? Não venha inventar desculpas, pois bem já reparei seus olhares para ele.
Eu respondi meio que envergonhado – Ah, eu acho ele bonito, Simpático. Não sei por qual motivo afinal minha prima é a única que sabia de minha opção sexual era somente a ela que contava tudo sobre minha vida, mas mesmo assim fiquei desconcertado com a pergunta que ela acabara de me fazer.
Elaine olha para mim com um sorrisinho no rosto e diz: - para com isso eu sei que você se interessou por ele eu te conheço muito bem.
Dei um sorrisinho e tentei desconversar, mudei de assunto e chamei-a para cozinha resolvi cozinhar naquela hora, iria fazer alguma coisa para nós comermos, como bom estudante de Gastronomia tinha que exercitar minha futura profissão. Resolvi então fazer cupcakes, a coisa mais rápida e prática que me veio a cabeça naquele momento, sem falar que eu e ela adoramos. Comecei a preparar, fiz a massa e coloquei nas forminhas, quando fui levar ao forno, para minha tristeza (ou não) o gás tinha acabado.
Elaine olha para mim com um sorrisinho safado no rosto parecia até que tinha algum plano em mente e diz: - Olha só falando no entregador de gás, olha só o que acaba de faltar aqui na vossa casa, parece até o destino.
Eu - Como assim parece o destino.
Elaine – Nada não, mas então vai pedir o gás ou não? Ou melhor deixa que eu mesma peço.
Ela pegou o celular ligou, para o posto de gás da frente e pediu para que viessem deixar. Percebi-a falando mais alguma coisa, não deu para entender o que era, pois ela estava na sala e eu na cozinha, e ela falava um pouco mais baixo. Elaine volta à cozinha com um aquele sorriso safado dela, e diz que já tinha pedido o gás e que logo chegaria, não demorou mais que 5 minutos para que chegasse me deparei com Rafael, sim era ele aquele gato estava mais uma vez na minha casa, ficamos em silêncio que logo foi quebrado por Elaine que disse: - Entra Rafael. Ela percebeu meus olhares voltados para aquele homem, chegou perto dele disse alguma coisa em eu ouvido e saiu, tentei chamá-la, mais foi em vão, foi embora me deixou falando sozinho, quando percebi que estava sozinho com ele, na minha casa, não sabia o que falar, então perguntei: - Quer tomar alguma coisa Rafael?
Rafael: - Sim aceito um copo de água, to morrendo de sede, esse calor ta infernal.
Eu: - Também você com esse uniforme cobrindo todo seu corpo, só pode ta calor mesmo.
Rafael: - Realmente ele é muito quente.
Eu: - Então espera ai que vou buscar sua água, sente-se ai no sofá que já volto. Sai em direção à cozinha peguei a água e voltei imediatamente. Rafael bebeu a água rapidamente parecia até que não bebia a séculos, então falei:
- Nossa estava com sede mesmo hein?
Rafael: - Pois é muita.
Eu: - Aceita mais alguma coisa?
Rafael: - Sim aceito.
Eu: - E o você quer, queres mais um copo de água, ou um suco.
Rafael: - Não.
Eu: - Então o quê fala?
Rafael: Sabe o que eu quero realmente?
Eu – então estou esperando você falar.
Rafael então com um sorriso lindo e safado no rosto disse: - Eu quero você, como sempre quis te desejei desde a primeira vez que ti vi.
Continua...