Quanto sofrimento. Mas é assim mesmo, faz parte da vida! Estou amando os comentários. Dedico este conto a todos vocês que acompanham e me inspiram a continuar escrevendo. Nota pra vocês: Beijos e boa leitura...
O Breno ia me pagar pelo soco, eu não ia deixar barato, mas agora o que eu preciso mesmo é tomar banho e dormir, se é que eu ia conseguir dormir depois de tudo. Comecei a processar os acontecimentos debaixo do chuveiro, e não pude deixar de chorar. O meu coração estava vazio, só de imaginar que o Vini não estaria mais ao meu lado. Sai do banho e vi uma mensagem no celular: " Eu assumo você, eu me arrisco por nois dois. Fica comigo e esquece aquele cara. Descobri que te amo, e quero você. Beijos, Hugo. "
Porque ele insiste com isso? Será que ele gosta mesmo de mim? Bom, não me interessa, o Hugo já me causou problemas demais. Procurei dormir um pouco, pois amanhã seria um dia cheio, e eu nem me lembrava que as aulas da faculdade retornaram, ainda bem que esta maldita greve acabou, ia ser bom pra mim concentrar-me nos meus estudos e tentar ajustar as coisas.
Acordei cedo, mal consegui pregar os olhos, refleti a noite inteira sobre tudo, e tomei uma decisão: iria ficar um tempo só, para amadurecer os meus sentimentos e os pensamentos também. Fiz minha higiene de rotina, desci, e todos ainda dormiam, eu mesmo preparei o meu café e resolvi fazer uma caminhada; troquei de roupa e em poucos minutos já estava andando pelas ruas do bairro.
À medida que eu andava, as lembraças do Vini viam na minha cabeça, afinal, ele mora na mesma rua que eu, e ao passar pelo lugar onde nos conhecemos, me fez escorrer um lágrima dos olhos. Exatamente ali, quando eu tomei um banho de água suja do carro dele, quando discutimos e eu tomei ódio a primeira vista; um ódio que virou amor, que me fez acreditar no amor... Mas enfim, estava tudo acabado, eu o perdi pra sempre, e nada que eu fizesse, o iria trazer de volta.
Continuei a caminhar, chegando quase perto de casa, quando de repente o vejo chegando em sua casa, completamente bêbado, e pior, ainda por cima dirigindo. Fiquei na vontade de ajudá-lo a entrar, mas não sabia qual seria a sua reação. O meu impulso falou mais alto e fui em sua direção.
- Oi Vinicius. - disse meio graça. Deixa eu te ajudar a entrar.
- Sai daqui, eu não preciso da sua ajuda, se estou desse jeito, é por sua causa.
- Como você sai para beber e volta de carro? Queria que acontecesse um acidente?
- Seria bom mesmo que eu morresse, só assim não precisava sofrer por alguém que não merece. - ele estava falando meio embolado, o álcool ainda fazia efeito sobre ele.
- Para de falar bobagens, vem, deixa eu te ajudar a entrar. - ele havia saido pra encher a cara, justamente na noite em que eu revelei a minha traição. Só em lembrar, me dava uma angústia no peito.
- Eu sabia o tempo tempo que vocês dois estavam tendo um caso. Por que não me disse a verdade antes hein? Queria me fazer de idiota até quando?
- Euu não te fiz de idiota Vini, muito pelo contrário, fui verdadeiro com você. Se soubesse o quanto eu estou arrependido pelo que fiz, o quanto eu já chorei por ter magoado você... Eu só queria que me perdoasse. Eu fui fraco sim, mas tudo não passou de sexo, porque quem eu amo mesmo, está aqui na mimha frente.
- Eu não acredito no seu amor, você é mentiroso, sujo! Nunca mais quero vê-lo na minha frente.
- Eu entendo a sua revolta e sem que está certo em me rejeitar, mas por favor, você não está bem, deixa eu colocá-lo ao menos dentro de casa.
Ele sem muita opção acabou cedendo e eu o apoiei em meu ombro e fui andando lentamente ao portão de sua casa. Será que tinha alguém ali? O Vini havia me dito que só morava com a sua mãe; nossa, será a primeira vez que irei conhecê-la.
Toquei a campanhia e uma mulher alta, muito bonita e que por sinal era a cara dele, me atendeu.
- Oi senhora, desculpe o incômodo, é que o Vinicius bebeu muito ontem, e...
- Meu filho, você nunca fez isso. - disse ela, se dirigindo a ele, e me ajudando a colocá-lo no sofá.
- Você pode ficar com ele aqui uns instantes, eu vou prepar um café bem forte, pra vê se ele melhora.
- Claro, eu aguardo. - ela foi para cozinha, nos deixando a sós.
- Eu já te disse que não preciso da sua ajuda e nem de você também.
- Eu só saio daqui, depois de vê-lo recuperado!
- Eu não preciso da sua preocupação.
- Eu te amo Vini - eu disse olhando dentro de seus olhos.
- Toda vez que você diz isso, a minha raiva por você só aumenta. - depois de uns minutos, ela veio com o café, forçando-o a tomar tudo.
- A senhora se incomoda se eu levá-lo para o banheiro? Acho que só um banho vai fazê-lo ficar melhor.
- Claro meu querido. O Vini nunca havia comentado sobre você. Prazer, meu nome é Amália.
- O prazer é todo meu. Lucca. - lancei um sorriso pra ela e segui com ele para o banheiro, que no inicio rejeitou, mas não teve escolhas.
- Você pode colaborar e tirar a roupa Vini? Assim fica díficil te ajudar.
- Eu não vou ficar pelado na sua frente.
- Eu já vi você pelado lembra?
- Mas foi em outra circunstância, quando estávamos nos amando pela primeira vez.
Quando ele disse aquilo, as lembranças vieram em minha cabeça. Como foi bom a nossa noite de amor, o melhor dia da minha vida sem dúvidas.
- Tira a roupa Vini, por favor. O bêbado aqui não sou eu, e para você melhorar, precisa de um banho; para de ser birrento!
- Tá bom. - ele começou a se despi, e o meu coração acelerou. Vê-lo de novo nu na minha frente, me deixava louco. O Vini tem tudo perfeito.
- Vai ficar me olhando? Pronto, agora saia do box que eu me viro sozinho.
- Ok. Eu acho que eu já vou embora.
- Espera. - ele me agarrou pelo braço, e me deu um beijo tão forte e tão molhado que me deixou em êxtase. A água caia sobre nós dois e o meu sentimento por ele explodiu de uma forma louca. Ele percorreu a mão sobre a minha bunda, sem desgrudar da minha boca. Me abraçava forte, me apertava cada vez mais, como se quisesse descontar a sua raiva. A essa altura, eu nem me importava com as minha roupas molhadas. Ficamos nus, nos beijando loucamente, bruscamente, e eu pude ter certeza que ele ainda me ama. Fizemos amor debaixo do chuveiro. Não foi tão romântico, mas pouco me importava. Eu estava adorando o seu jeito selvagem e bruto, a pegada estava mais firme. Me virei pra ele, e com os olhos em lágrimas disse:
- Volta pra mim.
CONTINUA...