Olá, gente. O conto que segue é diferente de tudo que já escrevi. Quem já leu algum outro conto meu, perceberá e espero que todos entendam o que eu quis passar escrevendo-o.
Outra coisa, esse conto não é baseado na minha realidade. Quem dera se fosse! Segundo o D. esse é o único defeito dele, não ser real.
Ai, ai. Vamos lá...
“O céu está clareando, as estrelas estão se apagando. Alguém faça isso ir mais devagar, isto é muito difícil. Porque sei que quando o sol aparecer irei embora. Esta é minha última visão, que em breve se tornará lembrança”
(Esse trecho faz parte da tradução da música Daylight do Maroon5)
A boca dele foi a minha perdição. Perdi-me naquele beijo. Fui rendida e desarmada. Tentei resistir e reagir. Mostrar tudo que posso ser na cama. Não deu. Permiti que ele me levasse. Na verdade nem tive escolha! Já chegou tomando posse do que era dele.
Eu estava entretida, perdida nos devaneios de Stephen King. Então ele entrou, entrou como se o quarto fosse dele e não meu. Levou-me pra perto do seu corpo e reivindicou o meu corpo, sua propriedade. Colou os lábios nos meus, uma mão na cintura, outra segurando o meu cabelo. Não tinha como fugir, nem queria. Esperei demais para que tudo finalmente fosse realidade. Depois do beijo, olhei em seus olhos e ali percebi que era mais que entrega, era mais que sexo. Era consumar tudo que sonhamos, marcar as nossas vidas.
Vocês precisam saber que não há no mundo alguém que me conheça como ele, que me acalme e me compreenda. Mesmo sendo imprevisível, ele conhece a minha essência. E eu sou dele. Do mesmo jeito que ele é meu! Foi por isso que ali não precisei de máscaras ou escudos. Não foi sexo por sexo.
- Eu sou sua, D.
- Eu sou seu, T. Pra sempre!
Nos beijamos novamente e fomos nos deixando levar. Ele tirou a minha regata e meus seios logo foram revelados e beijados, acariciados. Ele voltou a olhar nos meus olhos e tirou a camiseta, sem romper o contato visual. E eu o toquei, passei a minha mão de cima pra baixo e eu o vi fechar os olhos para receber o toque. Rimos. Parecíamos duas crianças. Duas crianças descobrindo o balanço no fundo da casa da avó.
Então ele abriu os olhos, me puxou pra perto novamente e, enquanto nos beijávamos, foi me deitando. Parou o beijo e foi usar a boca para me explorar. Nada ficou de fora. Nada passou sem que recebesse os seus lábios. Eu me arrepiava e me contorcia sobre a cama e quando ele tirou a minha calcinha, prendi o ar. Quando ele desceu com a boca e encostou a língua nela, eu só pude gemer. E lá permaneceu se lambuzando, brincando com os meus sentidos. Só restava me segurar nos lençóis, eu não queria gozar rápido. Cada momento era precioso e merecia atenção. Cada nova sensação merecia ser guardada.
-És deliciosa, T. E sou feliz por seres minha – Enquanto falava, usava os dedos, me torturando, me excitando. – Por esse motivo, tu vai gozar agora e vai matar a vontade que tenho de você.
Ele mal encostou e eu já senti vindo. Tentei prolongar, mas foi impossível. Eu gozei como se fosse uma menina inexperiente que nem tem o controle do próprio corpo. Como se ele fosse meu primeiro homem. E, talvez, tenha sido mesmo.
Nem tive tempo de me recompor e já fui invadida. E foi forte, urgente, rápido. Cada estocada parecia se vingar dos dias que nos distanciaram e das noites mal dormidas. Das horas ao telefone, dos sonhos, da preocupação, do querer.
Ao mesmo tempo em que entrou em mim, ele mordeu meu seio direito e puxou. Agüentei até onde foi possível e soltei meu pedido de clemência. Na hora meu seio foi solto. E foi a vez do esquerdo sofreu a mesma dor, a mesma tortura. E, confesso, uma tortura maravilhosa. E assim foi alternando e chegou a um momento em que eu não precisava dizer mais nada, ele sabia quando a dor virava insuportável.
Quando saiu de mim não precisou dizer nada, fiquei de quatro e ele meteu novamente. Incrível como nosso encaixe era perfeito, nossa sintonia não tinha erro. Fui puxada pelo cabelo e levantada, ao mesmo tempo ele veio ao encontro do meu corpo. Beijou meu pescoço, foi descendo e os beijos viraram mordidas. E mordidas me excitam.
- Eu preciso te olhar pra gozar.
Ele sentou com as costas na cabeceira e eu me encaixei nele. Rosto a rosto. Olho no olho. Enquanto cavalgava, meus seios eram apertados e beliscados novamente. Tava doendo demais, então tirei a mão dele. Não sei se isso foi um erro, mas sei que nessa hora ele mordeu meu lábio inferior até sangrar. Senti o gosto do meu próprio sangue e senti outro orgasmo vindo. E ali, olhando pra ele, com meu sangue escorrendo, gozamos.
Aninhei-me em seu peito e me senti abraçada, protegida.
- Você é extremamente deliciosa, T. Não te quero longe de mim outra vez.
- Não fui eu quem resolveu sumir. Mas você voltou e isso que importa. Já está na hora de ir, não é mesmo?
- Sim, está sim. Mas dá tempo pra um banho rápido.
E lá fomos nós pro banho. Na verdade eu tomei banho, sob a supervisão dele. Primeiro que, se ele realmente fosse tomar banho comigo, iríamos além e não tínhamos tempo pra isso. Segundo, ele era preocupadíssimo comigo e me enchia de cuidados.
Depois do banho, ele me vestiu e me colocou na cama
- Durma bem, MINHA princesinha. Eu te amo e assim que puder eu volto.
- Eu te amo, D. E já fico te esperando.
- Durma!
E saiu. Saiu do mesmo jeito que entrou. Só eu que não fiquei a mesma. Rolei na cama a procura do sono e de algum sinal de que tudo havia sido uma mentira. No meio dos meus pensamentos, o sono veio e eu dormi. Dormi um sono tranqüilo. Um sono feliz. E acordei sabendo pelas dores no meu corpo, que eu era realmente dele.
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D., espero pelo dia em que tudo isso possa ser real.