OVERDOSE - Parte 06

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1549 palavras
Data: 18/01/2013 19:43:35

Meus queridos, mais uma parte pra vocês curtirem. Esse casal ainda vai dar o que falar, vai ser difícil essa relação dá certo, mas vamos lê e comentar, e vê no que vai dar. IKY, um beijo pra você meu lindo. Te curto muito. Os demais, um super xero, bem gostoso.

“O BEIJO DADO ENTRE MEDO E EMOÇÃO TEM NO GOSTO DO PECADO... A CERTEZA DA PAIXÃO”.

Boa Leitura...

- Porque esse rapaz tá deixando você assim hein Andrey? Será? – Não, não pode ser. Eu nunca serei isso, eu não sou isso. – ele questionava a si mesmo.

Na verdade, o que ele estava sentindo era uma atração fatal pelo Guilherme. Aos poucos, via que não dava mais pra esconder de si mesmo. Perguntou-se várias vezes diante do espelho, chorando, tentando entender aquele sentimento. Nunca imaginou sentir o que estava sentido, ainda mais por um homem. Nos últimos dias, ele estava muito próximo do Gui, talvez isso o fez enxerga-lo de uma outra forma. Pensava nele no trabalho, na rua, em qualquer lugar, e escondia isso de todos, até de si próprio. Não queria aceitar a condição de estar atraído por outro cara. Sempre se envolveu com mulheres; ia pra cama com elas e não podia da noite para o dia... – Meu Deus, me mostra que eu estou errado, que é só uma confusão, carência, sei-lá... Menos isso.

Logo pela manhã, cumpriu com o prometido, e já estava no portão da casa do Guilherme, carregando uma mochila com roupas e produtos de higiene. Estava empolgado com a viagem pra Búzios, queria distrair um pouco a cabeça, tinha vários problemas dentro de casa e no trabalho, e por uma semana iria esquecê-los.

- Oi. Por favor Andrey, entre, eu já estou pronto, sou irei engolir um café e iremos.

Ele observou Guilherme de cima a baixo. – Meu branquinho, tá a coisa mais linda! – disse em pensamentos. Na altura do campeonato, não adiantava mais esconder que o seu sentimento, na verdade era amor. E a certeza, foi justamente comprovada ali, olhando aqueles olhos verdes que o deixava louco. A bunda empinada e o corpo atlético que desbancava qualquer um, não saia da sua cabeça.

- O que foi Andrey? Tô feio com essa roupa né? – perguntou ele, vendo que o mesmo não parava de olha-lo, ficando num transe.

- Hã? Não, é que... – mal sabia o Guilherme, que ele estava na verdade o admirando. Ou melhor, o desejando a cada dia que se passava. Mas decidiu guardar aquilo consigo, até porque ele era pobre morador de subúrbio e o Gui nunca olharia pra ele, pelo menos era o que ele pensava. – Você está ótimo. – disse ele sem muitas palavras.

- Eu já liguei para a Lívia e o Dinho. Eles vão em meu carro com a gente, daí encontramos a galera lá em Búzios. – disse Guilherme.

- Ok então. Tá sozinho?

- Minha mãe tá dormindo, só acorda mais tarde.

Os dois bateram um papo de poucos minutos na cozinha, com o Andrey admirando sempre a beleza do Guilherme. Estava completamente fascinado. Dizia sempre pra si mesmo: Meu branquinho, meu branquinho lindo.

- Você não para de me olhar Andrey. Olha que se você não fosse comprometido com sua namorada, eu dizia que estava me querendo. – Guilherme sorriu pra ele, o deixando ainda mais sem jeito.

- Tá doido Guilherme? É que costumo conversar olhando para as pessoas. – O Andrey tentou se explicar.

- Vamos deixar de papo e pegar a estrada? – disse o Gui, apanhando suas coisas e levando para o porta-malas do carro. Em poucos instantes a Lívia e o Dinho apareceram, completando o grupo para seguirem viagem. O Dinho foi na frente com o Gui,e a Lívia foi no banco de trás com o Andrey.

E assim seguiram viagem, com o Dinho falando sem parar, e sempre o mesmo assunto; homem.

- Amore me passa um cigarro. – pediu Lívia se dirigindo ao Guilherme.

- Pilantrinha, o Andrey não suporta o cheiro de cigarro, nem o Dinho; quando chegarmos, nós dois fumamos.

- Eu não me importo. Pode ficar a vontade Lívia. – disse ele, querendo mostrar que não era um empecilho entre eles.

- Relaxa Andrey, eu fumo mais tarde. – disse Lívia a ele.

À medida que o carro rasgava na pista, eles iam cantarolando músicas de cantores do pop internacional. Andrey volta e meia, dava umas olhadas para o Guilherme, que meio sem graça percebia, quando o olhava pelo espelho. A vontade do Andrey era abrir o jogo. Contar tudo pra ele, de como nasceu esse sentimento que estava sentindo, o quanto não suportava mais chorar todas as noites renegando-se a si próprio e que se ele topasse, lutaria pelos dois. Mas como? Se ele sabia que o Guilherme não o amava e que deixou bem claro que não era homem de relacionamentos sérios? Que acha uma bobagem esta história de amor e paixão? O mais sensato era esquecer tudo aquilo e contentar-se apenas com a amizade dele.

Depois de duas horas, eles chegaram ao endereço. A cidade de Búzios era um verdadeiro paraíso, cercada por gente bonita, belas praias, pousadas, casas, e tinha uma boate muito famosa, que lotava de gente. Desceram todos do carro e cada um ficou responsável por sua bagagem. Logo se juntaram ao grupo, que por sinal era grande, pois a metade da turma estava ali.

- Eu não acredito que aqueles idiotas vieram também. – a Lívia falava com cara feia, olhando para o Victor, Nicolas e Paulo, ao qual ela odiava.

- Nem eu estou acreditando... Quem será que convidou estes babacas? – perguntou o Dinho.

- Gente, esquece esses idiotas. Viemos aqui para nos divertir, e não serão eles que vão estragar isso. Vamos entrar e arrumar nossas coisas. – disse o Guilherme puxando a turma para dentro.

A casa estava lotada. A Patrícia ordenava o grupo, já que era ela a responsável pela viagem. Pediu silêncio aos jovens que num total dava dezesseis, contando com os convidados de cada um.

- Bom gente, silêncio por favor! – dizia Patrícia gritando. Ela era alta, magra e loira de cabelos curtos. – São apenas cinco quartos. Como nós meninas estamos em maior número, três quartos serão nosso e os outros dois para os meninos.

Como não tiveram muita escolha, todos toparam. O Guilherme, o Dinho e Andrey ficaram em um dos quartos, e o Victor e sua turma ficaram no outro, ao lado de mais dois caras que estavam ali, já que o quarto deles era o maior.

Despois de tudo arrumado e a confusão resolvida, cada um se dispersaram pra um canto da cidade, uns acompanhados, outros saíram sozinhos. O Dinho e a Lívia foram para um bar paquerar os gatinhos de Búzios. O Andrey ficou meio recuado, pois não conhecia quase ninguém, foi quando o Guilherme o convidou para dar uma volta na praia. Iam caminhando na areia, o Gui de bermuda branca e regata vermelha, com o boné virado para trás. Seus cabelos lisos caíam sobre a sua testa. Já o Andrey, estava de bermuda azul e com o peitoral de fora, exibindo o corpo definido,o que deixou Guilherme atraído. Ele não sabia que sensações eram aquelas, mas toda vez que via o Andrey sem camisa, ou bem arrumado, lhe dava um tesão incontrolável. Talvez fosse carência, ou vontade de fazer sexo com ele – pensou Guilherme.

Distraído na conversa, o Gui nem percebeu quando o Andrey arrancou o seu boné da cabeça e saiu correndo.

- Quero vê você me alcançar fracote. – disse Andrey, já distante do Guilherme.

- Devolva o meu boné. Ah é? Vou te mostrar quem é fracote.

Guilherme começou a correr atrás dele, mas foi sem sucesso, pois o Andrey era muito rápido.

- Para Andrey, eu já tô cansado! – Guilherme implorava. – Devolva, pois se eu te pegar, vai se vê comigo.

- Ui, tô morrendo de medo. Se me pegar vai fazer o quê? – perguntou Andrey.

- Você vai vê agora. – Guilherme arrancou forças do corpo, e correu numa velocidade incrível, alcançando o Andrey e derrubando-o no chão.

- Eu disse que te pegaria. – disse o Guilherme em cima do corpo dele.

- Tá bom, eu me rendo. – Andrey entregou o boné.

Por um momento, ficaram em silêncio, os observando. Seus olhares se cruzaram e o sol refletia nos dois corpos, dando o brilho e a luz, que os deixaram ainda mais encantadores. Os olhos verdes do Guilherme reluziam como esmeraldas e ia de encontro aos olhos pretos do Andrey. O Gui, ali, entrelaçado sobre aquele corpo negro, que transmitia desejo, prazer, pecado.

- É... – Guilherme tentou dizer alguma coisa, mas a sua voz não saía. O Andrey, já não conseguindo mais controlar os seus impulsos, pois estava agarrado a sua paixão, não pensou nas consequências, era o que ele queria fazer, era o que o seu coração estava pedindo pra ele fazer.

- Gui, eu... Tô apaixonado por você. Nesse momento ele beijou a boca do Guilherme, sentindo os seus lábios vermelhos. Este, não conseguia se mover, apenas sentia o sabor da boca do Andrey. Inverteram de posição, permanecendo unidos por aquele beijo. Agora era o Andrey que estava por cima do Guilherme. A força do beijo era tão intensa, que mais pareciam estar matando a fome do desejo que invadiam seus corpos. Andrey acariciou a face dele, e voltou a repetir o que havia dito momentos atrás.

- Eu estou completamente apaixonado por você cara.

O Guilherme o encarou, sem dizer nada.

CONTINUA...

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Comentários

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É uma pena que na vida, nem tudo acontece como nós queremos. Mas continuem lendo e comentando. Beijos meus queridos.

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Cara estou encantado com sua história, você escreve super bem, faz a gente se colocar no cenario, se colocar no lugar dos personagens. Adoro caras como o Andrey, sérios e apaixonados. Sua história, a o Luca e Do Bruno são as que mais estou gostando no momento. Não esqueci de você não é que nos ultimos contos escritos não vi o seu e nem eprcebi que tinha ja atualizado, mas agora ja salvei em meus favoritos. Continue logo.

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Muuiitoo bom! Só tenho medo do Gui magoar o Andrey que parece muito sincero com seus sentimentos. Continua logo...

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Aê até que enfim um dos dois tomou uma atitude, gostei dessa do Andrey agora depois do beijo espero que venha msis surpirises, se é que me intende.

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Uau! Simplesmente incrível. Adorei. Demais. Vamos as especulações. Primeiro acho que mesmo se sentindo mais que atraído Guilherme, em um primeiro momento, vai negar seus sentimentos e tentar provar pra si mesmo que não está se apaixonando por Andrey, ficando com outros carinhas na balada de Búzios. Andrey vai ficar possesso de ciúmes, terá um barroco seguido de um quebra-pau daqueles, depois no calor da briga, no quarto, sem o Dinho que ainda tá na balada, eles se pegam e se entregam ao desejo, a paixão. Adoraria, algo assim.

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amei esse cap. parabens nota 10

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