Meus queridos, mais uma parte pra vocês curtirem. Esse casal ainda vai dar o que falar, vai ser difícil essa relação dá certo, mas vamos lê e comentar, e vê no que vai dar. IKY, um beijo pra você meu lindo. Te curto muito. Os demais, um super xero, bem gostoso.
“O BEIJO DADO ENTRE MEDO E EMOÇÃO TEM NO GOSTO DO PECADO... A CERTEZA DA PAIXÃO”.
Boa Leitura...
- Porque esse rapaz tá deixando você assim hein Andrey? Será? – Não, não pode ser. Eu nunca serei isso, eu não sou isso. – ele questionava a si mesmo.
Na verdade, o que ele estava sentindo era uma atração fatal pelo Guilherme. Aos poucos, via que não dava mais pra esconder de si mesmo. Perguntou-se várias vezes diante do espelho, chorando, tentando entender aquele sentimento. Nunca imaginou sentir o que estava sentido, ainda mais por um homem. Nos últimos dias, ele estava muito próximo do Gui, talvez isso o fez enxerga-lo de uma outra forma. Pensava nele no trabalho, na rua, em qualquer lugar, e escondia isso de todos, até de si próprio. Não queria aceitar a condição de estar atraído por outro cara. Sempre se envolveu com mulheres; ia pra cama com elas e não podia da noite para o dia... – Meu Deus, me mostra que eu estou errado, que é só uma confusão, carência, sei-lá... Menos isso.
Logo pela manhã, cumpriu com o prometido, e já estava no portão da casa do Guilherme, carregando uma mochila com roupas e produtos de higiene. Estava empolgado com a viagem pra Búzios, queria distrair um pouco a cabeça, tinha vários problemas dentro de casa e no trabalho, e por uma semana iria esquecê-los.
- Oi. Por favor Andrey, entre, eu já estou pronto, sou irei engolir um café e iremos.
Ele observou Guilherme de cima a baixo. – Meu branquinho, tá a coisa mais linda! – disse em pensamentos. Na altura do campeonato, não adiantava mais esconder que o seu sentimento, na verdade era amor. E a certeza, foi justamente comprovada ali, olhando aqueles olhos verdes que o deixava louco. A bunda empinada e o corpo atlético que desbancava qualquer um, não saia da sua cabeça.
- O que foi Andrey? Tô feio com essa roupa né? – perguntou ele, vendo que o mesmo não parava de olha-lo, ficando num transe.
- Hã? Não, é que... – mal sabia o Guilherme, que ele estava na verdade o admirando. Ou melhor, o desejando a cada dia que se passava. Mas decidiu guardar aquilo consigo, até porque ele era pobre morador de subúrbio e o Gui nunca olharia pra ele, pelo menos era o que ele pensava. – Você está ótimo. – disse ele sem muitas palavras.
- Eu já liguei para a Lívia e o Dinho. Eles vão em meu carro com a gente, daí encontramos a galera lá em Búzios. – disse Guilherme.
- Ok então. Tá sozinho?
- Minha mãe tá dormindo, só acorda mais tarde.
Os dois bateram um papo de poucos minutos na cozinha, com o Andrey admirando sempre a beleza do Guilherme. Estava completamente fascinado. Dizia sempre pra si mesmo: Meu branquinho, meu branquinho lindo.
- Você não para de me olhar Andrey. Olha que se você não fosse comprometido com sua namorada, eu dizia que estava me querendo. – Guilherme sorriu pra ele, o deixando ainda mais sem jeito.
- Tá doido Guilherme? É que costumo conversar olhando para as pessoas. – O Andrey tentou se explicar.
- Vamos deixar de papo e pegar a estrada? – disse o Gui, apanhando suas coisas e levando para o porta-malas do carro. Em poucos instantes a Lívia e o Dinho apareceram, completando o grupo para seguirem viagem. O Dinho foi na frente com o Gui,e a Lívia foi no banco de trás com o Andrey.
E assim seguiram viagem, com o Dinho falando sem parar, e sempre o mesmo assunto; homem.
- Amore me passa um cigarro. – pediu Lívia se dirigindo ao Guilherme.
- Pilantrinha, o Andrey não suporta o cheiro de cigarro, nem o Dinho; quando chegarmos, nós dois fumamos.
- Eu não me importo. Pode ficar a vontade Lívia. – disse ele, querendo mostrar que não era um empecilho entre eles.
- Relaxa Andrey, eu fumo mais tarde. – disse Lívia a ele.
À medida que o carro rasgava na pista, eles iam cantarolando músicas de cantores do pop internacional. Andrey volta e meia, dava umas olhadas para o Guilherme, que meio sem graça percebia, quando o olhava pelo espelho. A vontade do Andrey era abrir o jogo. Contar tudo pra ele, de como nasceu esse sentimento que estava sentindo, o quanto não suportava mais chorar todas as noites renegando-se a si próprio e que se ele topasse, lutaria pelos dois. Mas como? Se ele sabia que o Guilherme não o amava e que deixou bem claro que não era homem de relacionamentos sérios? Que acha uma bobagem esta história de amor e paixão? O mais sensato era esquecer tudo aquilo e contentar-se apenas com a amizade dele.
Depois de duas horas, eles chegaram ao endereço. A cidade de Búzios era um verdadeiro paraíso, cercada por gente bonita, belas praias, pousadas, casas, e tinha uma boate muito famosa, que lotava de gente. Desceram todos do carro e cada um ficou responsável por sua bagagem. Logo se juntaram ao grupo, que por sinal era grande, pois a metade da turma estava ali.
- Eu não acredito que aqueles idiotas vieram também. – a Lívia falava com cara feia, olhando para o Victor, Nicolas e Paulo, ao qual ela odiava.
- Nem eu estou acreditando... Quem será que convidou estes babacas? – perguntou o Dinho.
- Gente, esquece esses idiotas. Viemos aqui para nos divertir, e não serão eles que vão estragar isso. Vamos entrar e arrumar nossas coisas. – disse o Guilherme puxando a turma para dentro.
A casa estava lotada. A Patrícia ordenava o grupo, já que era ela a responsável pela viagem. Pediu silêncio aos jovens que num total dava dezesseis, contando com os convidados de cada um.
- Bom gente, silêncio por favor! – dizia Patrícia gritando. Ela era alta, magra e loira de cabelos curtos. – São apenas cinco quartos. Como nós meninas estamos em maior número, três quartos serão nosso e os outros dois para os meninos.
Como não tiveram muita escolha, todos toparam. O Guilherme, o Dinho e Andrey ficaram em um dos quartos, e o Victor e sua turma ficaram no outro, ao lado de mais dois caras que estavam ali, já que o quarto deles era o maior.
Despois de tudo arrumado e a confusão resolvida, cada um se dispersaram pra um canto da cidade, uns acompanhados, outros saíram sozinhos. O Dinho e a Lívia foram para um bar paquerar os gatinhos de Búzios. O Andrey ficou meio recuado, pois não conhecia quase ninguém, foi quando o Guilherme o convidou para dar uma volta na praia. Iam caminhando na areia, o Gui de bermuda branca e regata vermelha, com o boné virado para trás. Seus cabelos lisos caíam sobre a sua testa. Já o Andrey, estava de bermuda azul e com o peitoral de fora, exibindo o corpo definido,o que deixou Guilherme atraído. Ele não sabia que sensações eram aquelas, mas toda vez que via o Andrey sem camisa, ou bem arrumado, lhe dava um tesão incontrolável. Talvez fosse carência, ou vontade de fazer sexo com ele – pensou Guilherme.
Distraído na conversa, o Gui nem percebeu quando o Andrey arrancou o seu boné da cabeça e saiu correndo.
- Quero vê você me alcançar fracote. – disse Andrey, já distante do Guilherme.
- Devolva o meu boné. Ah é? Vou te mostrar quem é fracote.
Guilherme começou a correr atrás dele, mas foi sem sucesso, pois o Andrey era muito rápido.
- Para Andrey, eu já tô cansado! – Guilherme implorava. – Devolva, pois se eu te pegar, vai se vê comigo.
- Ui, tô morrendo de medo. Se me pegar vai fazer o quê? – perguntou Andrey.
- Você vai vê agora. – Guilherme arrancou forças do corpo, e correu numa velocidade incrível, alcançando o Andrey e derrubando-o no chão.
- Eu disse que te pegaria. – disse o Guilherme em cima do corpo dele.
- Tá bom, eu me rendo. – Andrey entregou o boné.
Por um momento, ficaram em silêncio, os observando. Seus olhares se cruzaram e o sol refletia nos dois corpos, dando o brilho e a luz, que os deixaram ainda mais encantadores. Os olhos verdes do Guilherme reluziam como esmeraldas e ia de encontro aos olhos pretos do Andrey. O Gui, ali, entrelaçado sobre aquele corpo negro, que transmitia desejo, prazer, pecado.
- É... – Guilherme tentou dizer alguma coisa, mas a sua voz não saía. O Andrey, já não conseguindo mais controlar os seus impulsos, pois estava agarrado a sua paixão, não pensou nas consequências, era o que ele queria fazer, era o que o seu coração estava pedindo pra ele fazer.
- Gui, eu... Tô apaixonado por você. Nesse momento ele beijou a boca do Guilherme, sentindo os seus lábios vermelhos. Este, não conseguia se mover, apenas sentia o sabor da boca do Andrey. Inverteram de posição, permanecendo unidos por aquele beijo. Agora era o Andrey que estava por cima do Guilherme. A força do beijo era tão intensa, que mais pareciam estar matando a fome do desejo que invadiam seus corpos. Andrey acariciou a face dele, e voltou a repetir o que havia dito momentos atrás.
- Eu estou completamente apaixonado por você cara.
O Guilherme o encarou, sem dizer nada.
CONTINUA...