Primeiro Namorado - Parte 14

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 1768 palavras
Data: 18/01/2013 22:50:29
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Eu ri muito com vocês achando que o Hugo ia ficar o ex-sogro. Eu nem tinha pensado nisso! KK E Garoto96, porque acha que sou uma boa pessoa? Você que é lindo! KK

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Parte 14 – Dupla H.

Eu consegui comer o meu jantar com a ajuda de Clara. Comida de Hospital nunca foi boa, mas essa parecia que foi feita pelos anjos, não sabia se era porque eu estava com fome mesmo, ou se era psicose da minha cabeça. Minha mãe chegou logo depois que eu terminei. E eu nem sabia por onde começar a pedir desculpas. Pelo menos foi aceitável, e ela nem hesitou em me perdoar. Ela mandou Clara ir para casa, e dormiu comigo no Hospital.

De manhã, eu já me sentia melhor. Roberto disse que quando meu soro acabasse, podia me mandar daqui. Clara chegou umas nove da manhã com Gustavo.

— Que dia é hoje afinal? – perguntei enquanto a enfermeira tirava o soro.

— Domingo. – respondeu Gustavo.

— Nossa, nunca uma semana passou tão rápido na minha vida. – disse levantando da cama.

Clara arrumou meu cabelo com seus dedos e eu passava a mão pela roupa. Estava perecendo que eu estava saindo do hospício, não de um hospital. Roupa amassada, cabelo bagunçado, e um pouco sonolento.

— Você está lindo! – disse ela. Eu ri com Gustavo. Ela também tinha de ser internada. — E vamos logo para casa! Não aguento mais esse lugar.

— Tirou as palavras da minha boca. – eu disse.

Nós três seguimos em direção ao elevador – que parecia que apenas não me obedecia. Odeio elevadores, minha barriga parece que brincava de pega-pega com meus rins. E Clara e Gustavo ficaram rindo da minha cara até o maldito elevador parar. Andamos mais um pouco e viramos onde tinha uma placa na parede com o nome “SAÍDA” e uma seta para esquerda. Viramos.

Clara estava no meio, segurando a cintura do Gustavo e como outro braço pelo meu pescoço. Quando estamos chegando à recepção, vejo-o conversando com o pai, e meu corpo para como se eu tivesse batido em uma parede invisível.

— O que foi? – perguntou Clara preocupada, e ela seguiu meus olhos, como sempre faz.

— Eu estou bem. – disse olhando pro chão.

Só foi o choque de vê-lo aqui. Ele está apenas conversando com o pai.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Gustavo perguntou.

— Depois eu te explico, agora vamos sair daqui. – disse Clara nos puxando pela cintura.

— Não deixe que ele me veja. – falei baixinho para Clara.

E não pude evitar que nossos olhos se encontrassem. Ele me olhou com uma intensidade que eu quase não consegui desviar o olhar. Para melhorar minha situação, Roberto me viu. Maravilha— Hugo! – ele me chamou. Meu corpo parou de novo e olhei para ele. Acenou para que eu fosse até lá.

— Vou esperar aqui. – disse Gustavo.

Eu e Clara caminhamos até ele. Henrique estava sem expressão, enquanto Roberto sorria e apertava minha mão.

— Só quero te dizer uma coisa... se alimente bem se não quiser voltar para cá. – ele deu uns tapinhas no meu ombro. — Eu sei que você odeia hospital.

— Pode deixar. – disse olhando para ele. Eu sabia que Henrique me olhava, e isso estava me matando.

— E essa menina linda? É sua namorada? – perguntou ele virando para Clara.

Não. Seu filho que era meu namorado.

— Ah não, Clara é minha amiga. – respondi com um sorriso forçado.

— Esse aqui é meu filho, mas acho que vocês já se conhecem. – disse ele virando para Henrique. E infelizmente virei para ele por pura educação.

— Sim, já nos conhecemos. – confirmei. Ele me olhava sem dizer uma palavra.

— Então... – disse Clara tentando tirar o clima pesado. — Muito obrigado Dr. Roberto, mas a gente precisa ir não é Hugo? – virou para mim. — Você tem que ver um monte de coisas que perdeu no colégio, e a gente se vê lá Henrique. – disse me puxando e acenando para eles. Depois chamamos Gustavo.

Finalmente pude sentir o cheiro do ar puro quando sai pela porta de vidro do Hospital. Andamos até um carro cinza grande com pick-up.

— Esse é seu carro? – perguntei para Gustavo.

— Não, é do meu pai. Mas para não deixar na garagem, eu uso. – disse ele dando de ombros.

Eu realmente não pertencia a esse grupo. Meus amigos são podres de ricos, e eu não tenho nem uma bicicleta! Mentira, eu tinha uma quando morava em Salvador, mas deixei-a para o meu primo. Eu e Clara sentamos no banco de trás, e Gustavo foi sozinho na frente.

— Porque ninguém quer sentar comigo? – perguntou ele com uma tristeza falsa.

— Porque a sua namorada é muito ciumenta, e se ela me vir ai, vai rolar briga, e Hugo vai me fazer companhia aqui atrás. – disse ela deitando na minha perna.

— Por falar em namorada... – ele mostrou o celular tocando. — Alô... aham... eu estava pegando meu colega no hospital... eu sei que era para eu ter passado ai... ta eu já estou indo. – desligou.

— Vamos passar na casa dela? – perguntou Clara.

— Sim, eu tinha marcado de sair com ela hoje, e acabei me esquecendo.

A casa dela não era tão longe do Hospital, e Andressa entrou no carro nervosa. Gustavo deu um selinho nela. Ela era bem bonita, cabelos castanhos e lisos, pele branca e uns olhos lindos cor de mel. Olhei para Clara no meu colo que revirou os olhos e eu li em seus lábios “Ela me odeia” seguido de um sorriso nervoso, “Por quê?” perguntei, e ela respondeu “Eu já fiquei com ele uma vez”. Agora fui eu quem sorriu.

— Só vou deixá-los em casa. – dizia Gustavo dirigindo.

Então Gustavo me deixa em casa e Clara desce comigo.

— Não vai querer que eu te leve até sua casa? – perguntou ele quando o vidro abaixou.

— Não precisa Guto, - disse o apelido dele. — Minha mãe vem me buscar mais tarde, obrigada. – sorriu, e ele sorriu de volta.

— Vamos Gustavo! – gritou Andressa dentro do carro.

E o carro virou a esquina. O que eu perdi esses dias?

— Quando foi que você ficou com ele? – perguntei quando já estávamos dentro da sala.

— Faz muito tempo – ela deu de ombros. — Mas eu acho que ele nunca esqueceu. – e caímos dando risada no sofá.

Clara esquentou uma pizza no forno. Ela me atualizou sobre os assuntos do colégio e eu nem dei bola, não me importava.

— Não existe nada melhor do que pizza e guaraná! – disse ela esticando o queijo até ele se romper.

Depois que nos enchemos de pizza, minha mãe chegou e nós três limpamos a bagunça. Clara foi embora só de tarde. Eu estava com ela tomando café – que aprendi a gostar – e assistindo uma novela que ela tinha começado a acompanhar. Eu só atrapalhava perguntado quem era quem.

— Eu e seu pai estamos nos divorciando.

Eu não respondi nada. Continuei olhando para a TV.

— Se você acha que é melhor assim... – disse por fim.

— Vai ser melhor. – disse ela levantando, pegando minha xícara e indo para cozinha.

Quando entro no meu quarto, ele está todo arrumado. Meus livros em perfeita ordem na prateleira, meus CDs todos organizados em duas pilhas na prateleira de cima, minha cama com um lençol branco, combinando com o guarda-roupa – que quando abri não o reconheci.

Decidi passar algumas músicas para meu celular, então peguei uns quatro CDs e procurei o notebook da minha mãe, depois de muito fuçar o Windows, conseguir passar. Eu sou bem eclético. Porém, as bandas que eu gosto, quase ninguém conhece. Depois de passar, procurei os fones de ouvido na caixa do celular. E quando botei para tocar... tocava. Comecei rodar enquanto começava tocar as primeiras notas de Time To Pretend – Mgmt. Aumentei o volume. Minha vontade era de bagunçar o quarto todo de novo. Por algum motivo eu me sentia mais confortável assim, mas não faria isso com minha mãe, o tempo vai fazer.

Cansei e me joguei na cama, tirei os fones e joguei junto com o celular no chão. Encolhi-me e me abracei. Meus ouvidos zuniam, e eu estava morrendo de preguiça de levantar para pegar o cobertor. Adormeci assim mesmo.

Levantei antes do tempo, e tomei um banho bem quente, pois estava muito frio hoje. Coloquei meu uniforme, e achei facilmente um casaco no meu guarda-roupa. Desci e minha mãe já estava pondo meu café. E me deu um beijo quando sai. O dia estava nublado, nenhum raio de sol apareceu ainda, esperei meu cabelo secar para por o capuz do casaco e coloquei o fone.

Quando cheguei ao colégio, tinha ainda poucas pessoas, e ao invés do meu suco de laranja, comprei uma caixa de chiclete. E mascava enquanto os outros não chegavam, escutando agora Kids do Mgmt. Clara chegou com o Gustavo e ficamos conversando.

Eu não sabia que aquela “farra” na casa do Pedro era sua despedida. Ele está bem longe uma hora dessas. Eu nem tinha me despedido... Não importava mais agora.

Bruno e Sara tinham se distanciado um pouco da gente, outra coisa que eu não me preocupava também. Eles apenas queriam ficar juntinhos. O sinal tocou e eu, andei com cara de morte junto com Clara e Gustavo. Sentamos no fundo, e esperamos a professora de Literatura entrar.

— Bom dia meus amores! – ela exclamou entrando com os braços cheios de papeis livros e um notebook.

— Oh Deus, me salve. – sussurrou Clara. — Quando ela ta de bom humor assim, é porque vai ter alguma coisa.

— Hoje vou passar uma pesquisa em dupla que valerá a metade da sua nota nessa unidade. – eu abaixei a cabeça e depois olhei para Clara, e sua expressão dizia: “Eu não disse?”.

— E nos vamos poder escolher as duplas? – perguntou Gustavo.

— Não, eu vou escolher pela minha caderneta, melhor, vou fazer em ordem alfabética, pode chorar, espernear, ligar pro Papa, mas eu não vou mudar as duplas, ok lindos? – ela sorriu. Eu gostava dela, mas às vezes Marina me dava medo.

Ela entregou um papel para cada pessoa, com as instruções para a pesquisa, e qualquer coisa fora do lugar era zero. Medo.

Então começou a falar os nomes das duplas.

— André e Bianca.

E nesse momento meu cérebro desperta. Hugo... “H”... Henrique... “H”... Não. Não e Não.

— Brenda e Bruno. – continuou.

— Meu Deus, eu estou com um pesado pressentimento que vou ter de fazer isso com Henrique. – disse para Clara.

— Você também pode ficar com o Gustavo, já que o nome dele é antes do seu.

Marina continuou, e Clara ficou com Camila. Ah Deus, porque isso? Eu tinha que ficar com o Gustavo.

— Fabiana e Gustavo.

Eu queria me jogar pela janela agora. Tentei tapar meus ouvidos, mas, já era tarde demais.

— Henrique e Hugo.

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Comentários

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E aew Nordestino! Ganhou mais um leitor assidou! Adorei a história, li tudo hoje e ja estou esperando ansioso pelos próximos capítulos. Você escreve mto bem, ta de parabéns! E não ligue se od outros não gostarem, danem-se! Estou aguardando viu... Abraço do recifense!

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Só pra retirar dúvidas, quando disse "não estou dizendo que seu conto seja o melhor", eu disse isso porque evito julgar esse tipo de coisa, não estou a essa altura. Seu conto foi o que mais me deixou ansioso por continuações, o que mais me fez imaginar rumos prováveis e improváveis durante altas horas da noite... Enfim, é isso. Continue!

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Ahhhhh mas se você não voltar... Eu to falando sério, isso é tortura! Todo dia eu entro na sua conta, pra ver se você voltou a postar! Não faz isso comigo ;( (ok, chega de drama, mas é sério mesmo assim).

Btw, você sumiu, nunca mais li um comentário seu. Você com certeza tem o conto que eu mais aprecio na casa (é a pura verdade... não estou dizendo que seu conto seja o melhor, estou dizendo que foi o que mais me tocou), e sua opinião é importante para mim.

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Vish ou iram voltar ou se destetarem para sempre. Tomara que Henrique peça perdão. Continua logo

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ahh isso e tortura continua logo NOTA 1000

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Você está me torturando. Continue logo!

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Cara nao me mata de angustia nao demore a postar pfv, seu conto esta minha lista de preferidos, bjss e ate mais!

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um dia vc ainda vai me matar por demorar muito a postar a continuação,gosto muito do seu conto é um dos meus favoritos.

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Ah, eu não comento mais coisas que as coisas que eu comentei foram abortadas quando tu entrou em crise. Mas, cara, fico muito grato ao perceber que você é uma pessoa que dialoga com os seus leitores. E confesso que eu queria ver o outro desenvolvimento pois estava sendo de acordo com a minha sugestão, tipo deles namorarem e se maltratarem na escola. Mas ansioso para o que irá rolar com esta dupla.

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Tô voltando a gostar do seu conto... ansioso pela próxima parte.

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Perfeito e espero que não de more muito. Sei lá, só sinto! kkk E da onde você tirou que eu sou lindo? O.o

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