Parte 1:
Tensão, terror, angustia coisas mais horríveis que eu estava sentindo naquele momento, parece que um buraco em meu estomago tinha se abrido, minha cabeça doía tanto que me fazia apertar meus olhos com tudo, eu estava agoniado, sem mais o que pensar ou o que fazer tinha medo, mais ainda, tudo a minha volta girava, aquelas pessoas chorando, algumas conversando, Manuela, Amada, rafa, Edgar, o infeliz do Bernardo ali parado como se fosse um puto idiota, meu deus não entrava na minha cabeça que Nicolas que estava em cima de uma cama de hospital, queria pegar ele, sentir ele. Eu estava sem o que fazer quando chegamos todos nos naquele hospital arrodeado de gente, todos com o semblante preocupado sem o que fazer, e assim mesmo desorientado como eu estava... Na verdade eu estava era louco, piradão da cabeça, caminhava de um lado ao outro sem falar com ninguém, olhava de cima para Bernardo mesmo ele me aconselhando me dando apoio assim mesmo por não saber por que estava daquele jeito ainda estava com aquela gota de gana dele..., mesmo assim me segurei, o pai de Nicolas estava ali, e a mãe dele também, tinham chegado assim que ele tinha chegado de ambulância.
Saiu para a rua estava sem ar ali dentro olhando para aquele bando de filho da puta, caminho com as mãos na cabeça, andando ate o estacionamento, Matheus já tinha pegado seu carro onde eu estava, e também eu já tinha ligado para meu pai e contado tudo a ele.
Chorava comigo mesmo, me lamentando com muito rancor, queria quebrar tudo, estava sem o que fazer de tanta raiva, pego uma pedra e atiro longe com toda a minha força, jogando entre algumas tabuas de construção que tinha no meio do estacionamento fazendo soar um barulho.
Sento-me no chão mesmo, colocando de novo minha cabeça no meio das pernas.
Chamava Nicolas dentro de minha cabeça, olhava para o meio das arvores no longe do horizonte escuro, tinha medo...
Muito medo das palavras dos médicos.
E se eles falassem se ele morreu?
E se eles dissessem que poderia acontecer o pior?
Meu deus...
De tanto que pensava falava comigo mesmo.
- oi bruno... – alguém falava nas minhas costas. Viro numa rapidez que levanto do chão no mesmo minuto, limpo o choro e vejo Lucas parado em minha frente.
- Lucas..., mas...
- calma ai cara, eu não vim aqui brigar com você, eu sei que você esta tendo um caso com o Nicolas...
- como sabe disso?
- só sei veio, já te pedi para ficar calmo bruno, ohhhh.... – ele diz dando um sorriso. Fico serio olhando para ele, outro que queria quebrar a cara...
- o que venho fazer aqui?
Lucas começa a caminhar ate a mim, e para a minha frente colocando sua mão em meu ombro. Seus olhos procuram os meus e ele sorri mais uma vez.
- mesmo socando a minha cara como você fez cara, acho que não podemos brigar como brigamos, acho que não podemos acabar com uma amizade de tantos anos como tínhamos meu, eu vim aqui hoje na paz veio, vim aqui ver como você esta, como esta passando diante disso.
- Mas eu dei em você cara, não esta com raiva de mim? – eu pergunto com a voz um pouco cansada.
- eu tinha cara, mas nos últimos dias percebi que raiva não vai levar a nada chara, te liga so meu nos lance que rolaram, vamos voltar a ser brother meu.
Puxo Lucas e abraço ele, ele faz o mesmo depois nos soltamos e apertamos as nossas mãos... Depois conversamos demais, Lucas me contou que estava com uma pessoa e que tudo estava nos conformes, ele ainda tentou entender tudo que estava acontecendo comigo e com Nicolas...
- ta, mas quando descobriu que era gay? Eu acho isso um nojo eca. – fala ele.
- não sou gay meu, alias nem o Nicolas é, só nos gostamos...
- haaa ta então que vocês são, parceiros.
- vai a merda Lucas. – caminhamos ate a entrada do hospital e entramos rindo com as piadas dele.
- foi ele.... – falava uma voz alta grossa, olhei devagar alguém apontava para mim, o pai de Nicolas com os olhos fervendo de raiva... – seu desgraçado..
- calma Heitor. – fala a mãe de Nicolas chegando ao lado dele. Colocando a mão em seu ombro.
- mas o que esta acontecendo? – pergunto sem entender. Manuela caminha para a minha volta, junto com Amanda que estava chorando.
- tio ele não tem culpa de nada foi outra pessoa. –Amanda retrucava com seu tio, mas ele parecia descontrolado, gesticulava com as mãos estava impaciente, olhava para mim e apontava como se eu fosse culpado de alguma coisa.
- perai vocês estão me culpando por ter feito isso tudo com o Nicolas?
- foi você eu sei que foi...
- mas quem falou isso senhor? – perguntava Manuela parando ao meu lado, ela ainda usava o vestido que íamos sair, assim como eu que usava a camisa com sangue agora seco de Nicolas nela.
- não interessa, o que interessa que você é um desgraçado, seu play boy... – seguravam ele pois ele se exaltava parecia que ia dar ate alguma coisa no veio.
Lucas ainda estava sem entender, como todos a minha volta, Bernardo olhava sentado numas das cadeiras de espera, com as mãos juntas olhando para mim e para o homem que ainda gesticulava.
- não, mas esperai não estou entendo que esta falando? Vocês estão me culpando pelo que aconteceu com o Nicolas – agora eu já estava aumentando a minha voz, todos pararam e ficaram me olhando como se ainda não fosse entender, como se não tivesse como sair correndo dali. Eu fecho meus punhos...
Porra imaginem vocês eu estava atucanado, com a cabeça fervendo, louco para pegar e apagar de uma vez quem fez aquilo com o Nicolas e ainda vez um cara broxa fazer isso comigo, a vai se fuder, e também ele deve ter enlouquecido pois tinha me tratado super. bem enquanto estávamos aqui esperando noticias.
- Manuela o que aconteceu? – eu a perguntava o moço ficou me examinando com os olhos, a sua esposa ao seu lado.
- Nicolas entrou em coma Bruno. Ele ta bem mau.
Sinto uma lagrima cair pelo meu rosto, Bernardo se levantar e vir ate mim, os braços soltos e devagar foi parando um pouco ao meu lado.
- bruno acho que seria melhor se você saísse daqui, fosse esfriar a cabeça um pouco, deixa que nos resolvemos as coisas por aqui. Ele esta nervoso.
- mas esfriar o que..., eu estou bem Bernardo, e ainda mais quem falou essas asneiras para o senhor.
- não interessa. – Bernardo estava pálido olhava de canto de olho, me julgando com o olhar. Viro um pouco o rosto e Manuela fitava Bernardo.
Só o que me faltava, suspiro fundo vendo o pai de Nicolas se acalmar e se sentar nas cadeiras de espera depois do surto que teve comigo, Lucas faz uma cara de não acreditar para mim, Rafa o cumprimenta e Amanda caminha para fora da sala.
- vamos sair um pouco daqui, eu preciso, preciso sei la..., acho que....
- vem bruno eu vou com você.. – diz Manuela me puxando, meus braços na verdade estava doendo, parecia que eu tinha puxado peso o dia todo, meus olhos estavam pesados, meu corpo demolido, pareciam que tinham me dado uma surra, coisa que nunca aconteceu, mas mesmo assim me sentia acabado.
Manuela e eu, Rafaela, e Lucas andamos para a rua, Lucas conversou um pouco com nos, rimos da surra que eu dei nele, mas depois ficou tudo bem, Nicolas que era a coisa que mais importava para mim nesse momento.
Cinco horas passamos acordados, Manuela já estava com o rosto acabado, Lucas já tinha ido para o camping, o espetor tinha chegado logo pela manha de sábado, Marilia também, menos Matheus pois tinha uma reunião para ir depois dos acontecimentos.
O pai de Nicolas ainda não falava comigo, nem olhava na minha cara, eu não me importava por que se não ia fazer o velho virar presunto.
O medico chegava perto de onde estávamos.
- bruno...
- o que foi...
- o medico.- fala Manuela parando ao meu lado, acho que ela estava bem e assustada, não tinha paradeiro.
- vocês são familiares e amigos de Nicolas?
- sim somos sim. – eu falo me parando com as mãos na cintura, Bernardo me olha como se fosse atacar em mim.
Não gostava do olhar daquele garoto, mesmo nos falando ele me olhava de um jeito que fazia eu ter mais gana dele.
Ou ele gosta de mim ou não esta gostando de me ver ali. O pai de Nicolas também me fitava.
- bom..., Nicolas já foi para o quarto, ele passou por tratamentos difíceis, mas como ele pe forte graças a deus nos ajudou e conseguiu resistir a todos eles.
- ele acordou doutor? – pergunta a mãe dele.
- ainda não, ele ainda esta em coma induzido, nos seres humanos temos na nossa cabeça pontos muitos delicados que podem danificar os movimentos do corpo, e ate mesmo algumas coisa de nosso cérebro, ele esta bem isso eu poço dizer.
- mas meu filho vai voltar a andar, a ser como era antes? – pergunta o pai dele.
- não sei senhor Heitor, isso só o tempo pode dizer, ele vai ter que entrar em pericia, e fazer alguns procedimentos que a justiça nos pede nesse tipo de casos.
- claro eu já recorri com tudo. – diz o espetor com os braços cruzados.
- sim claro, agora é só esperar, fiquem calmos que bem ele esta.
O medico da meia volta e sai andando com uma enfermeira.
Eu vou virando passando a mão no rosto.
- seu desgraçado, foi você. – eu viro, o pai dele me praguejando.
- pelo amor de deus senhor, se o senhor não tem o bom senso eu tenho, seu filho esta em coma, então não fique incriminando quem não deve.
- pode ter certeza, você vai pagar, eu sei que você que dava droga para o meu filho.
Sabe quando seu sangue sobe pelo seu rosto, seus punhos fecham mas você tenta se segurar não conseguindo. Eu babava querendo saber quem falou aquilo.
- quem te falou isso, que mentira é essa que te falaram?
- larga meu filho e eu de mão, drogado. – e sai virando as costas para mim, Manuela chega ao meu lado virando pelos meus braços;
- tu viu o que ele disse, como que ele ficou sabendo?
- não sei, agora vamos. – ela me puxava.
- mas eu...
- bruno... – ela segura meu rosto. – agora não é assunto para matar tempo, vamos você precisa descansar, dormir um pouco por que estou vendo que vai enlouquecer ai parado, deixa que isso outra hora descobrimos, vamos que eu tenho coisas a te falar.
Seguimos para o camping onde estava as nossas coisas, chegando la tinha alguns alunos que não entendiam ainda o que aconteceu, alguns amigos meus vieram para a minha volta saber por que minha camisa estava manchada de sangue, eu como não estava com cabeça nem respondi nada deixei tudo com Rafael e segui para a minha cabana. Amanda disse que qualquer coisa que fosse acontecer ela ligaria para meu celular e avisaria, mas o bom que querendo ou não os pais dele estavam lá então não tinha como eu temer de algo.
Chego na frente da minha cabana olhando para a dele, agora virando e indo ate ela, parecia que ele estava ali me olhando sorrindo com aquele sorrisinho de anjo, bebezinho, rostinho delicado. Como eu estava com as suas chaves eu entro nela, olho aos lados estava tudo como a noite passada, algumas camisas estavam em cima de sua cama, como se ele estivesse vestindo uma por uma procurando alguma para vestir. Pego uma delas, levando ao meu nariz, o cheirinho bom dele delicado, imaginava aquele bracinhos em volta de meus ombros altos, ele beijando a minha boca, aquilo fazia o manchão aqui ficar mole mesmo, não era de ferro.
Olho mais em volta, a cama que tantas vezes nos amamos e muito, Nicolas era ótimo passivo, me deixava com o pau durasso.
Do um sorriso a mim mesmo, do mais uma analisadas em suas coisas e pego uma camisa sua regata que ele sempre usava para dormir, olho um pouco ao lado e tinha a sua gaveta de cuecas ainda aberta, pego uma, amava sentir o cheiro do rabinho dele..., e vou a minha cabana, tomo um banho, como alguma coisa e não vejo mais nada do mundo, acho que nem sonhado eu tinha.
Me acordei acho que umas seis horas da tarde, meu celular tocava muito, era Manuela, pois eu tinha dado um pulo antes da cama pensando que era Amanda com noticias de nicolas, mas não tinha nenhuma chamada dela.
- alo. – minha voz estava rouca.
- esta cordado?
- agora sim.
- bom, já esta de malas prontas, daqui a pouco vamos voltar para a faculdade.
- sim, já estão sim mas e as do Nicolas?
- a família dele esteve aqui pegando as coisas, ai levaram tudo, o bom que ele esta bem, ainda não acordou.
- você falou com a Amanda?
- sim ela foi para casa, nem esperou os ônibus, to chegando ai na sua cabana, para a gente ir juntos.
- falou. – desligou e levanto indo para o banheiro, depois me arrumo, ligo para Amanda e fico sabendo que Nicolas ia ser transferido para o hospital perto de nossas casas, então eu tinha que me apressar o máximo possível.
Meu deus..., informação de mais, minha cabeça ainda não encaixava direito, estava girando, doendo.
Tinha que me largar daqui.
Vejo se não me esqueci de nada e logo saiu em direção a entrada do camping junto com Manuela e alguns amigos meus.
- o Brunão não vai vir com nos não? – perguntava Gustavo.
- não eu vou, passar em outro lugar primeiro.
- a sim, e também fiquei sabendo que você e o Lucas voltaram a se falar cara, isso é de mais meu.
- pior, ontem a noite, foi ate bem rápido nossa reconciliação. Mas foi tudo bem.
- mas e ai, você ainda esta com raiva dele?
- não cara isso passou.
-o bruno vamos com nos cara. – chegava outro amigo meu, perto de nos.
- Não cara vou ir com outras pessoas vou passar num lugar ai.
Ele concorda e tocamos as mãos e ele sai, levo minhas mochilas para o ônibus olhando Bernardo também se aproximando.
- oi bruno tudo bem agora?
- uhun. – ele não me descia. – e você?
- sim tudo sim... – ele se afasta e vai ate Matheus o nosso coordenador. Parado com uma lista de estudantes nas mãos, acho que fazendo chamada.
Algumas pessoas vinham em mim e se despediam, principalmente as minas, outras ate sabiam que eu e Nicolas estávamos nos dando, outras nem mal falavam comigo, pois do mesmo jeito que tenho bastante amigos eu também tenho inimigos.
Fomos de volta para o hospital, já estava a ambulância na frente do ambulatório esperando ele, ao pais dele me olharam e logo viraram o rosto, nem estava ai, Amandinha venho ate mim e me abraçou, estava chorando angustiada assim, como eu Edgar, Manuela.
Logo em seguida vinha os enfermeiros, em volta acho que alguns médicos, segurando a maca, eu fico mais impaciente ainda, olho mais ainda para a maca, vejo ele entubado, com alguns canos no nariz, estava sereno, o rosto um pouco pálido achei, os olhos fechados, o cabelo parecia que estava molhado, pois percebi pela sua franja. Foi muito rápido pois logo ele já estava dentro da ambulância, e seus pais entraram e saíram.
Eu corri para o carro de Douglas, o meu amigo que é medico e que ia receber Nicolas no hospital onde eu fiquei internadovocês fiquem aqui eu vou ver o que deu la. – fala Douglas assim que chegamos no hospital, ele entra no elevador junto com Nicolas e mais uma vez me sento naquelas porra de sala de espera, tentando seus pais estavam junto com ele, mas parecia que tinha uma sala especial para eles no andar de cima.
Ficamos ali por mais alguns minutos ate que percebemos que Bernardo estava chegando.
- oi pessoal? – todos deram oi a ele, menos eu, já estava cansado daquela cara de falso dele me encarando, louco para perguntar que tanto ele me encarava daquele jeito.
Ele chega perto de Manuela. Fala com ela baixo e eu saio de perto, fico num canto mexendo no celular de Nicolas, pois por incrível que pareça ninguém tinha ainda dado falta, então fiquei com ele monitorando tudo, li todas as suas mensagens e percebi que quem procurava quem era o Bernardo. Sempre ele.
Manuela chega perto de mim, se senta na cadeira ao meu lado, Rafael no outro, eu continuo a jogar o joguinho legal que tinha no celular de Nicolas.
- tu não acha estranho um cara que diz que vai jogar vôlei numa mare que estamos passando. – eu paro olho para ela, que olhava pensativa para o chão .- por que se ate ele me dissesse que ia para casa jogar vídeo game eu ia acreditar, mas ir jogar vôlei...
Ela me olha.
- mas quem te disse isto?
- o Bernardo, ele me disse que iria jogar vôlei.
Franzo o cenho, virando a ela.
- é estranho mesmo Brunão. – diz rafa ao meu lado. Manuela ainda me olhava sem entender, eu volto a fitar o celular nas mãos, levanto da cadeira, algumas pessoas me olhavam, outras nem tanto, me senti como se fosse procurar algo e achar no meio de toda aquela confusão.
- tu quer ir atrás dele? – pergunta Manuela.
- eu topo, se você for comigo.
- já é vamos. – eu e Manuela andamos uns dois passos ate a porta e eu viro de volta para Rafael.
- o Rafael fica ai..., qualquer coisa..., mas qualquer coisa mesmo cara ate se ele tossiu você me liga eu já volto.
- to ligado vai firme.
Saímos no meu carro, pois agora como estávamos na nossa cidade eu tinha como circular com ele.
- aonde ele disse que ia.
- não preciso nem responder, olha la ele na parada de ônibus.
Olho em frente, diminuo a velocidade do carro, ele entrando em um dos ônibus.
- puta merda cara, to com um pouco de medo. – eu digo ligando o carro de novo.
- medo? De que bruno, eu nunca te vi com medo?
- de descobrir quem é essa pessoa, tenho medo por ela, vou matar ela.
- te acalma ai...
- e se eu for la e acabar com esse joguinho desse filho da puta em Manu..
- ficou louco, vai acabar com tudo, isso aqui ta mais para James Bond, é coisa irada cara não é todos os dias que fizemos isso, investigar. – rimos juntos.
Manuela faz uma cara de entendida e eu começo a seguir o ônibus, passando pelos carros e deixando cada um para trás, Manuela estava antenada nele, ate que ele para acho que algumas avenidas depois e Bernardo desce dele.
Paro com o carro na frente de um campo de futebol, e fico examinando pra onde ele ia, Bernardo entrava dentro de um prédio muito bonito mesmo, alto, acho que tinha uns 12 andares.
- é aqui que ele mora? – Manuela balança a cabeça.
- não é aqui não.
- de quem é esse apartamento então? – estava sem entender.
- sei la, mas é estranho, ele disse que ia para o DC ESPORTES.
- DC ESPORTES não é la no outro lado da avenida? – aperto um pouco o volante.
- sim mas...., é estranho por que, ele me afirmou que estava indo para la...
Fico fitando e vejo a porta se abrir alguém saindo, Bernardo e logo depois um cara alto, não dava para ver o rosto, pois o cara usava um boné e óculos escuros, estava de cavanhaque. E com uma mochila nas costas.
- quem é aquele cara.
- não é o pai dele ou coisa assim...
- não eu conheço o pai dele. É estranho meu. Liga o carro eles estão entrando naquele ali.
No final das contas seguimos Bernardo o dia todo, ate que perdemos eles de vistas, aquele cara ficou em minha cabeça fazendo eu ainda mais pegar gana dele, eu queria na verdade extravasar o mais possível e jogar tudo na cara dele. Bernardo sim estava em minha lista.
Volto para o hospital, antes largando Manuela em sua casa ela disse que ainda estava de virada então queria dormir um pouco.
- e ai Douglas...
- oi Brunão.
- como que ele esta?
- ta bem cara, mas não sei não meu, seu amigo não esta dando sinal nenhum, não quero te falar nada de mais bruno mas é capaz que ele fique vegetativo meu, desde que ele chegou fizemos vários procedimentos mas só o coração e os outros órgãos trabalham.
- não me fala isso cara ele esta bem pelo amor de deus.
- eu sei cara mas ate quando?
- sabe se te alguém no quarto com ele?
- não os pais dele foram para casa, disseram que a noite vao voltar, ele esta sozinho, vai la eu fico aqui.
Saiu em direção ao elevador, parando quinto andar, queria ver ele. Chego na porta de seu quarto antes respirando fundo, e abro a porta, estava um pouco escuro, só a luz de um abajur iluminando, ando ate ele Nicolas parecia que nem respirava, estava magrinho, mais ainda do que já era, sua mão largada em cima do lençol sendo cobrida pela minha.
Não tinha como aguentar, sento me em uma cadeira próxima colocando meu rosto em cima de seu abdômen deitando devagar, e começando a chorar.
- não me deixe amor... – eu falava aos poucos, estava com a cabeça molhada de suor, Nicolas sem da um reação, não falava, acho que nem respirava direito, tomado de canos pelos seus braços e pelos seu corpo. Parecia que as coisas ficavam mais fácil perto dele, eu vendo ele dormindo como se fosse um anjo de cabelinhos loiros, tão belo, não levava a serio o que Lucas tinha falado de eu ser gay, ate ele é, mas o nicolas não era como se apaixonar por qualquer pessoa, era se libertar de algum mal, alguma coisa que estava te prendendo, algo que não tivesse fim, uma droga que você sempre quisesse mais e mais...,
Fico mais um pouco la com ele mas logo tinha que sair, beijo a sua testa roçando meu nariz pelo seu rostinho delicado.
- eu te amo amor. Volta para mim volta, eu to aqui te esperando. – digo próximo ao seu ouvido. – teu macho te espera amor.
Passo mas uma vez a mão em seu rosto e saiu em direção a saída do hospital, nem falei com Douglas pois não queria ver ele vendo eu chorar.
Passando pelas ruas de carro, quando se entrava na avenida do hospital dava bem de entrada para a avenida onde encontramos Bernardo, mas não estava nem ai nem dava muita bola, só seguia com meu carro, mas me chamou a atenção que o carro daquele cara ainda estava no mesmo lugar quando perdemos de vista.
Espero um pouco parando o carro abaixo de uma arvore, afirmando o olhar, Bernardo saia do prédio daquele cara com uma mochila nas mãos, olhando para os lados e indo para o ponto de ônibus, logo após fico mais um pouco e vejo o cara saindo, agora sim eu conseguindo ver quem era aquela pessoa que ele estava andando.
Matheus usava um terno todo preto, andando em direção ao seu carro que estava na garagem de baixo daquele prédio, ele ainda para com seu carro e vai ate o outro, pegando outra mochila de dentro dele e estaciona atrás do outro, logo depois ele vem com varias malas que estavam dentro do prédio e coloca no porta malas, eu franzo o cenho. Encolhido vendo o que ele fazia.
Matheus coloca varias malas dentro do porta malas entra para dentro de seu carro e sai em direção a avenida.
Mas se essa é a casa de Matheus o que Bernardo estava fazendo aqui, e além do mais tudo estava muito confuso para mim, pois Bernardo esta estranho, ele é estranho na verdade, é como se e não olhasse fundo dentro de mim não me encarasse como algo, eu estava com medo que poderia vir ate mim, que poderia me sacrificar aos poucos e fazer de meus dias infelizes, temia muito pelo Nicolas, tinha medo que ele se arrependesse de não querer mais ficar comigo ate depois que aconteceu comigo e com Roberta. Eu tinha medo, e pela primeira vez eu bruno tenho medo de algo.
- Manuela eu tenho uma coisa a te contar sobre o que vi agora quando sai do hospital...
Ela suspira pelo telefone.
- ahan, mas eu acho o que eu tenho é mais grave ainda, foi uma coisa que descobrir agora e você não vai acreditar.
- ta mas e ai o que ta rolando é sobre o Bernardo?
- sim é sobre ele sim, olha bruno acho que o que eu descobrir pelo menos pode desvendar coisas que estão escurecidas, segredos ainda mais podem serem revelados.
- conta Manuela então o que foi que você descobriu?
Continua...
Bom galera minha, desculpem a demora mas é que estavamos passando por varios problemas, e tambem não sabemos se vamos postar assim um atras do outro, problemas que podem ate ferir nosso relacionamento, mas nao se preocupem por que estamos bem e ninguem vai nos separar, bom gente essa é a primeira parte de meu conto, nicolas fica quase alguns dias em coma entao essas partes quem vai ter que contar vai ser eu bruno, ele vai voltar só no conto 20 ou 21 isso se as coisas se fecharem ate la, espero que gostem gente e nao achem que tudo isso é nada mais uma mentira por que nao estamos aqui para mentir, mas para quem acha paciencia, falow galera abraços
nicolasybruno@hotmail.com para quem quiser se contata.
ate a proxima!!!!